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História da Aviação UNIDADE 4 2 HISTÓRIA DA AVIAÇÃO UnIDADe 4 PARA InícIO De cOnVeRSA Olá, querido (a) aluno (a)! Ao longo desta unidade você será apresentado a contextos evolutivos da aviação, alguns com sua origem iniciada ao final da segunda guerra, e que com os progressos da eletrônica, informática, composição de ligas e tecnologias atreladas a propulsão abriram novos horizontes. Como exemplo podemos citar as pesquisas em relação aos motores, que em menos de meio século salta- ram da era a jato para a hipersônica e o ressurgimento do dirigível, agora mais seguro mantendo, porém, as características dos grandes aeróstatos de transporte do início do século XX. Vamos começar? VejA O VíDeO! Sugiro que você faça a leitura de nosso livro-texto na Unidade 4 para melhor com- preensão desta unidade e confira o vídeo “Aeronave do Século XXI”. Acesse o link. (Duração: 1:35) Dentro dos aperfeiçoamentos passados pela aviação militar às aeronaves de uso comercial, vamos apre- sentar alguns conceitos importantes para o entendimento deste guia de estudos. VELOCIDADE MACH (Ma) (T) Iniciamos definindo a unidade “Mach (Ma)”, que possui a velocidade de 1.225,044 km/h ou a velocidade do som ou sônica. Com o advento do voo acima da velocidade do som, aqui dividimos esta velocidade em supersônica, com valores entre 1.2 Ma e 5 Ma e hipersônica com valores Ma > e 5; a chamada “pós-com- bustão”, que é uma reinjeção de combustível no motor, aumentando a sua potência e consequentemente a velocidade do avião. O voo “supercruise”, é definido como a capacidade aerodinâmica de uma aeronave atingir velocidades supersónicas sem utilizar a pós-combustão. A chamada “assinatura no radar” como sendo o grau de reflexão do sinal magnético emitido por um radar. Logo um avião “invisível” é aquele que não reflete os sinais emitidos pelo radar. A geometria variável das asas de um avião, é um recurso aerodinâmico que permite torná-las mais en- flechadas ou recuadas durante o voo, de forma a diminuir a resistência do ar ou o atrito com este. Assim https://www.youtube.com/watch?v=1vt5pmAv2U8 3 o avião após decolar recua suas asas junto ao corpo ou fuselagem para otimizar o voo em termos de velocidade e volta a abri-las quando do momento do pouso. Este recurso permite o melhor desempenho em regimes supersônicos de voo. 1. AeROnAVeS MODeRnAS Assim, passaremos agora a definição de contextos aplicados e que caracterizam as aeronaves modernas para o seu melhor entendimento da Unidade. AeROnAVeS VTOL A limitação causada pelo espaço, comuns em grandes centros urbanos, destinado aos pousos e decola- gens, levou a pesquisa e desenvolvimento dos chamados VTOL, Vertical Take-Off and Landing ou aerona- ves de decolagem e pousos verticais, o helicóptero por excelência, é um exemplo deste tipo. Oriundo dos projetos de Leonardo da Vinci e cuja evolução você pode conferir em nosso livro-texto às páginas 77 e 78, tem agora como grande novidade a sua variante híbrida, misto de avião com helicóptero, um novo conceito de aeronave, o convertiplano, destinada inicialmente ao mercado militar, mas com gran- de potencial de aceitação como meio de transporte em grandes e conturbadas metrópoles. VejA O VíDeO! Um exemplo deste conceito é demonstrado no vídeo a seguir no link. (Duração: 1:00) VISITe A PágInA Um híbrido deste tipo já funcional e de sucesso, é o V-22 “Osprey”. Você pode aprender mais visitando o link. Assim, poderemos descrever melhor os aviões com conceito VTOL. O Hawker-Siddeley “Harrier”, foi um avião militar, produzido na Inglaterra e teve sua primeira versão fabricada em 1967. Inaugurou a capaci- dade de decolagens verticais e curtas de um avião. Atualmente este conceito foi novamente resgatado no moderno caça norte americano F-35, concebido como um caça de 5ª geração, com capacidade supercruise, supersônica e com baixa assinatura radar. http://vuela.com.mx/am/video/928-convertiplano-trifan-600.html https://tripulantes.com.br/noticia/editorial/111/convertiplanos-conheca-o-novo-bell-v-280-entenda-mais-sobre-essas-maquinas-e-conheca-o-projeto-brasileiro 4 O VOO De VeLOcIDADe AcIMA DO SOM Outra demanda do mundo moderno são as viagens cada vez mais rápidas. Da quantidade de meses ne- cessários para cruzar o oceano atlântico até o “Novo Mundo” (em caravelas há 300 anos), o trajeto foi percorrido em dias (112 horas) em 1928, com o Graf Zeppelin ligando Frankfurt a Nova York. Meio século depois, já se fazia o mesmo trajeto em 3 horas e 45 minutos, com a aeronave supersônica Concorde. O voo supersônico, iniciado em outubro de 1947, pelo Bell_X-1, que tornou-se o primeiro avião a superar a velocidade do som, atingindo a velocidade de Mach 1,06, foi abandonado comercialmente nos anos 80, devido ao seu alto consumo de combustível. E por ser ecologicamente incorreto, devido ao barulho que produz, justamente pelo tipo de motor que lhe permite voar duas vezes a velocidade do som e principal- mente a crise do petróleo que volta a ser reconsiderada agora, sobre a ótica “hipersônica”. O “Mirage”, um jato de combate francês, desenvolvido pela Dassault Aviation na década de 1950, foi o primeiro avião de combate europeu capaz de voar a uma velocidade de Mach 2, e que trouxe várias ino- vações tecnológicas significativas, tais como o formato aerodinâmico de suas asas em formato triangular ou delta. O sucesso deste projeto se verifica pela participação em vários conflitos, número de países que ainda o utilizam e a grande quantidade de versões fabricadas nas quase quatro décadas de fabricação, bem como sua herança aerodinâmica passada aos grandes jatos de transporte supersônicos como o Concorde, produzido entre abril de 1965 e o final de 1978, pelo consórcio formado pela britânica British Aircraft Cor- poration e a francesa Aérospatiale e o transporte supersônico russo Tupolev, Tu-144, construído em 1968, pelo fabricante russo Tupolev. Já o início do voo hipersônico se iniciou com o North American X-15, desenvolvido a partir dos requisitos da Força Aérea Americana para uma aeronave foguete, hipersônica e capaz de atingir velocidades de Mach 7. Porém a complexidade do voo hipersônico tem barrado o seu desenvolvimento. Fatores como a estabilidade hipersônica, componentes estruturais, motores e combustível ainda não foram plenamente dominados sobre a ótica da tecnologia hoje disponível. Tendo sido desenvolvido para este tipo de voo, atualmente os chamados motores “scramjet”, são tipos de motores a reação com propulsão interna e que podem funcionar com vários tipos de combustíveis quí- micos. Isto é importante no conceito atual do voo hipersônico, pois este pode ser realizado em diferentes contextos tais como a decolagem e pouso ao nível do mar e o voo em nível orbital ou suborbital, onde as variáveis do voo são modificadas drasticamente. Já a aerodinâmica “supercruise”, para este tipo de voo continua a esbarrar no grande consumo de com- bustível, devido ao alto atrito com o ar, para ser viável em aplicações comerciais, fica assim o voo neste regime, ainda na dependência de melhores tecnologias de propulsão. 5 VISITe A PágInA Você pode entender melhor o que é um motor scramjet acessando o Link. Uma outra forma de viabilizar os voos hipersônicos é com as chamadas viagens orbitais /suborbitais, onde a aeronave após decolar do solo, viaja em um trecho de altas altitudes, entrando ou não em órbita, no qual há menor resistência ou atrito com o ar atmosférico. Entenda melhor os conceitos aqui apresentados sobre voos suborbitais, supercruise e hipersônico lendo as páginas 79 a 81 de nosso livro-texto. O VOO AUTÔMATO O voo que a cada dia toma mais corpo na aviação é o voo autômato, remotamente controlado ou não. Ini- ciado na história durante a primeira guerra mundial e popularizado pela bomba voadora alemã V1, porém sem grande precisão, pois na verdade se tratava de um foguete, este tipo de voo irá melhor se configurar pelos avanços da era espacial e pela guerra fria,onde veículos lançadores e mísseis intercontinentais com trajetória programada matematicamente ou ajustável dispensaram a intervenção humana. VISITe A PágInA Você pode descobrir mais sobre como o voo autônomo se iniciou no link. Atualmente, devido as tecnologias de navegação por satélite, o uso de VANT militares já é uma realidade, porém a utilização de mísseis com navegação autômata, que dispensam a total intervenção humana, tem como um bom exemplo o sistema de navegação inercial TERCOM do míssil americano Tomahawk, da década de 70. VISITe A PágInA Aprenda mais sobre esses temas lendo as páginas 81 e 82 em nosso livro-texto e acessando o link. Um exemplo de sucesso comercial é o Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk, veículo aéreo não tripulado (VANT) de vigilância. Ele foi inicialmente desenhado pela Ryan Aeronautical e era conhecido como Tier II, durante o seu desenvolvimento. http://mundoestranho.abril.com.br/tecnologia/como-funciona-o-novo-motor-hipersonico/ http://www.dw.com/pt-br/criador-de-m%C3%ADssil-nazista-foi-decisivo-para-viagens-%C3%A0-lua/a-4500357 http://www.jn.pt/mundo/interior/como-funcionam-os-misseis-tomahawk--1810850.html 6 Possuindo uma velocidade máxima de 629 km/h teve seu voo inaugural realizado em fevereiro de 1998, sendo utilizado em aplicações militares, comerciais e científicas. Em 2001, um Global Hawk, efetuou um voo de Edwards nos Estados Unidos até a Austrália, sem escalas e sem reabastecimento. O voo durou 23 horas e 23 minutos, e é considerado o voo ponto-a-ponto mais longo já realizado por um avião remotamente tripulado. Em 2003, foi realizado o primeiro voo totalmente autônomo sobre o Oceano Atlântico por uma aeronave controlada por computadores. AeROnAVeS InVISíVeIS, FURTIVAS OU STeALTH O conceito de invisibilidade ou baixa assinatura radar, envolve na verdade vários outros contextos. A ideia inicial era assimilar ou não refletir de volta os sinais emitidos por uma antena de radar, de forma a se passar por um objeto inexistente já que as ondas ou sinais não ecoaram. Isto pode ser executado de várias maneiras, uma delas é eliminar formas que favoreçam a reflexão e espalhem o sinal recebido em outras direções. Partes como geometria aguda, trens de pouso ou lemes de direção favorecem a reflexão e devem ser embutidos ou eliminados. A composição da aeronave por materiais não-metálicos, capaz de absorver uma parte dessas ondas de rádio também é outra opção para a invisibilidade mecânica. Para invisibilidade térmica se utilizam mis- turadores de ar atmosférico, frio, na saída do motor como forma de diminuir a temperatura dos gases do escape. VejA O VíDeO! Recomendo que você assista a este vídeo-documento que apresenta o caça stealth Lockheed F-117A Nighthawk no link. (Duração: 1:51) A eLeTRÔnIcA eMBARcADA A década de 80 se caracterizou na aviação pela inclusão em definitivo do contexto digital. Esse se apre- senta de maneira mais significativa pela implantação do Glass Cockpit na cabine de pilotagem, que é simplesmente o fato de modificar os instrumentos de voo analógicos por display eletrônicos utilizando telas de LCD, tendo a vantagem da melhor visualização e precisão das leituras muitas vezes. Estas modi- ficações foram primeiramente encontradas nos Airbus A300- 600 e A 310, em 1986. Outra inovação significativa encontrada agora no A 320 e que o transformou em referência tecnológi- ca, foi o fato deste ser o primeiro avião comercial subsônico totalmente comandado pelo sistema FBW. Fly-by-wire, ou sistema de controle por fiações ou servos elétricos, é um tipo de controle realizado por computador nas superfícies móveis do avião. https://www.youtube.com/watch?v=3g-QSZjbtWg 7 Sua grande vantagem se dá na interpretação pelo computador de um comando realizado pelo piloto, evi- tando excessos ou atitudes aerodinamicamente incompatíveis com os parâmetros do voo que está sendo realizado. Outras vantagens são o aumento na velocidade de manobra de uma aeronave impedir que o piloto ul- trapasse os limites da estrutura, redução do peso do avião e aumento na confiabilidade do sistema de controle. Outro avanço significativo foi em relação ao Boieng 777, Triple Seven, o maior birreator a jato existente na atualidade, e o primeiro a ter sido totalmente planejado com o uso de computadores. VejA O VíDeO! Conheça no vídeo no link, sobre a cabine digital do A 320. (Duração: 5:39) 2. O FUTURO DA AVIAÇÃO eneRgIAS ALTeRnATIVAS A entrada das energias alternativas na aviação é uma mudança urgente, face aos problemas ambientais e econômicos. A redução de emissões de gases de efeito estufa não é ainda uma prioridade para o trans- porte aéreo, que é o meio de transporte mais poluente. Porém, há algum tempo se procura energias de baixo custo e ecologicamente corretas que possam ser aplicadas num futuro próximo na aviação. A seguir apresentaremos algumas alternativas às fontes de combustíveis fósseis. O HIDROgÊnIO Este novo combustível tem várias vantagens sobre seus antecessores fósseis, uma das características mais atraentes do hidrogênio como combustível é que ele não polui e gera a água como subproduto de sua queima. Outra vantagem é pesar um terço a menos do que o querosene, fator importante na aviação, sendo também mais eficiente em motores a explosão, pois contém maior poder calorífero (mais energia explosiva). Sendo assim por que ainda não temos um avião a hidrogênio liquefeito? O problema é que não é nada fácil lidar com o hidrogênio. Lembra do dirigível Hindenburg? O hidrogênio líquido como combustível deve ser armazenado em forma de gás e em estado líquido, estando em permanente ebulição, sendo por isso facilmente inflamável, podendo causar explosões fatais. Isto significa que se deve manter o hidrogênio controlado a uma temperatura de 253 graus Celsius nega- tivos nos tanques e pressurizado, para quando o avião atingir altitudes orbitais, por exemplo. https://www.youtube.com/watch?v=YF2-EbPyRq0 8 Desta forma a preocupação com a segurança é o principal obstáculo ao uso deste tipo de combustível. Embora tenha um peso convidativo em relação ao querosene, os cuidados com vazamentos e pressuriza- ção dos tanques acabam em diminuir e muito essa vantagem. Os propulsores hipersônicos em teste, funcionam em modo dual, ou seja, com hidrogênio gasoso e tam- bém com gás natural liquefeito, porém além do desafio de criar esta nova tecnologia sobre o avião a hidrogênio, é preciso projetar, construir e implantar as instalações de abastecimento em terra. Vencendo as barreiras científicas e também as psicológicas, principalmente as comerciais, de novo o Hindenburg, na qual se inclui também o custo de produção do hidrogênio, seguem os voos experimentais do Hipersônico russo Tu-155, que realizou seu primeiro voo em abril de 1988, e seu prometido irmão comercial, o Tu-204, que, embora programado para funcionar inicialmente a querosene, poderá utilizar também o hidrogênio. O PLASMA O plasma é um estado fluído da matéria, similar ao gasoso, e pode ser encontrado em fenômenos da natureza, tais como nos raios durante uma tormenta, na ionosfera e na aurora boreal. Também pode ser encontrado na forma de plasma artificial. VOcÊ SABIA? O plasma apresenta caraterísticas próprias que não se dão nos estados sólido, líquido ou gasoso, sendo considerado o quarto estado de agregação da matéria. Como um gás, o plasma não tem uma forma ou um volume definido, tem a vantagem na aplicação aeronáutica de possuir baixo peso, custo e não contaminar o ambiente. Esta tecnologia pode ser usada para gerar tração em um motor, utilizado em conjunto com o hidrogênio, por exemplo. O hidrogênio deve ter seus gases aquecidos de alguma forma, até que cheguem ao estado de plasma, momento onde há a maior liberação de energia no processo de aquecimento. Esta energia em forma de plasma deve ser direcionada para fora do motor, produzindo o empuxo que move o foguete. Esta operação pode chegar a temperaturas até20 vezes mais altas que a do Sol dada a quantidade de energia liberada. VejA O VíDeO! Você pode verificar o funcionamento do motor VASIMR VX-20 no link. Este motor gera plasma a partir do gás argônio no primeiro módulo, enquanto o segundo usa o plasma para gerar a potência final de saída. (Duração: 0:52) ??? https://www.youtube.com/watch?v=KVsgSjm_vXg 9 O AVIÃO SOLAR O Impulso Solar - em inglês Solar Impulse - é projeto de avião solar de longo alcance e projetado pela Escola Politécnica Federal de Lausana da Suíça, iniciado em 2003. O projeto visa executar uma volta ao mundo utilizando-se somente energia solar. A aeronave deverá ter somente um lugar, ser capaz de nave- gar autonomamente, de modo a manter o navegante a bordo durante dias. O processo de conversão da energia solar em elétrica é realizado por células fotovoltaicas distribuídas pela envergadura das asas de 80 metros, que gerarão eletricidade durante o dia, que servirá tanto para acionar os quatro motores elétricos do avião, como para recarregar baterias que possibilitarão o voo noturno. VISITe A PágInA Veja no link, informações sobre final da volta ao mundo pelo Impulso Solar. VOcÊ SABIA? Um outro projeto de aeronave híbrida é o Hy-Bird, fabricado pela empresa francesa Lisa Airplanes. A aeronave possui uma motorização híbrida que utiliza células fotovoltaicas e de hidrogênio, promissora, porém cara no atual estágio de conhecimento. A VOLTA DOS DIRIgíVeIS Vamos agora entender as razões que estão levando ao resgate de um dos ícones do transporte aéreo do início do século XX, o dirigível. Antes, porém, vamos entender um pouco mais de seu funcionamento. Utiliza inicialmente o hidrogênio como combustível para flutuação, por ser um gás menos denso e mais leve que o ar e ter sua produção efetuada com relativo baixo custo. Contudo, tinha a perigosa desvantagem de ser altamente inflamável, tendo este fato sido atribuído como uma das causas do incidente de 1937, com o “Hindenburg”, quando 36 pessoas morreram. Assim o hidro- gênio foi substituído nos dirigíveis mais modernos pelo gás hélio, muito mais seguro, embora mais caro e um pouco mais denso. Todos os dirigíveis foram ou são movidos por hélices de tração mecânica. Sua dirigibilidade é controlada por lemes que operam da mesma forma que os aviões. Lemes de elevação convencionais proporcionam as variações de altitude da aeronave em movimento, porém o que nos interessa realmente é entender a estrutura interna desta aeronave. ??? http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/impulse-ii-encerra-viagem-e-e-1-aviao-cruzar-o-mundo-com-energia-solar.html 10 VOcÊ SABIA? A estrutura interna do dirigível é classificada como rígida, semi-rígida e não rígida (blimp). Os tipos semi-rígido e não rígido tornaram-se conhecidos como dirigíveis de pressão, porque sua forma depende da pressão interna. O rígido possui uma estrutura metálica que envolve e dá forma ao corpo do dirigível, sendo todos os outros componentes, como tripulação, depósitos e células de gás instalados neste interior. Outra classificação mais atual inclui o “Metal-clad”, uma designação dos dirigíveis que possuem carac- terísticas dos dirigíveis rígidos e não rígidos, utilizando uma camada de invólucro de metal muito fino e hermético, em vez do balão de borracha ou telado fechado conforme o habitual. O chamado dirigível híbrido, é um termo geral para uma aeronave que combina características de ser mais pesada que o ar e com a mais leve tecnologia aeronáutica puder se dispor em sua construção. É sustentado pelo princípio do empuxo, embora se erga com ajuda de motores basculantes, como os de um convertiplano (aeródino). A volta dos dirigíveis foi objeto de solução também na área de transporte de carga de baixo custo, ago- ra com o uso da tecnologia de ponta. Estes evoluíram em termos de segurança e capacidade de carga, agregando o conceito de dirigível híbrido, que mistura em sua estrutura conceitos de construção rígida e semi-rígida. VejA O VíDeO! Saiba mais sobre esta aeronave lendo a página 84 do livro-texto. Você pode aprender mais assistindo este vídeo que demonstra a concepção e aplicação dos dirigíveis do futuro no link. (Duração: 6:02) Projetado para ser uma aeronave para o transporte misto, carga e passageiros, o Aeroscraft é a evolução do antigo zepelim - possui uma estrutura híbrida e semirrígida. Empregará um sistema único de bexiga, que poderá alterar o peso estático da aeronave (em relação ao ar) a vontade, funcionamento semelhante à forma como os submarinos usam o ar comprimido para permanecerem flutuando chamado de COSH (controle de peso estático). Esta aeronave revolucionará o conceito de transporte aéreo de carga e passageiros e está sendo desen- volvida pela companhia Aeros Corp, a maior fabricante de aeronaves e dirigíveis do mundo. O Aeroscraft vai medir mais de 120 metros de comprimento e será capaz de levantar 66 ton. ??? https://www.youtube.com/watch?v=bHaEEFal6YA 11 VISITe A PágInA Sugiro que você acesse a página para obter maiores informações sobre o Aeroscraft. O AVIÃO HIPeRSÔnIcO De PASSAgeIROS Já os requisitos de transporte moderno na aviação comercial, iniciados na era contemporânea, como a aeronave de passageiros Boeing 377, Stratocruiser, que atendia aos requisitos de capacidade, pressuriza- ção, grande alcance e conforto rapidamente evoluiu na mesma década com o lançamento do jato Comet. Evoluindo rapidamente no final do século passado, tivemos os Boeing 707 e 747, ícones em suas épocas em termos de quantidade de passageiros e nos anos seguintes os Airbus das séries 300/310/320 que revolucionaram a aviação com inovações eletrônicas. Os expoentes atuais de tecnologia e números de passageiros, hoje estão representados pelo Boeing 787 e Airbus A380. VISITe A PágInA Confira os aperfeiçoamentos aplicados no Boeing 787 no Link. Logo o desafio em termos de velocidade, alcance e capacidade de passageiros é voltada agora para ae- ronaves hipersônicas. Um projeto de um avião de passageiros que supere o até então e surpreendente Concorde, lançado pela Agência Espacial Europeia (ESA) com o objetivo de criar um avião de passageiros hipersônico, que voe mais de cinco vezes a velocidade do som, e seis vezes mais rápido do que um avião normal com capacidade de voo suborbital. O LAPCAT, acrónimo de Long–Term Advanced Propulsion Concepts and Technology é uma máquina incrível concebida pela Reaction Engines e financiada pela Agência Espacial Europeia com o objetivo de saber se é possível criar um avião capaz de cobrir longas distâncias num curto período de tempo. gUARDe eSSA IDeIA! Duas inovações importantes integram este projeto: Sistema propulsor: para obter velocidades na ordem das anunciadas foi desenvolvido um novo motor denominado “Scimitar“ que explora as propriedades termodinâmicas do hidrogénio líquido e a sua velo- cidade de exaustão. https://www.tecmundo.com.br/veiculos/44544-o-primeiro-dirigivel-aeroscraft-saiu-do-chao.htm http://veja.abril.com.br/ciencia/novas-tecnologias-transformam-boeing-787-em-aviao-dos-sonhos/ 12 Concepção estrutural e aerodinâmica do avião: feita para suportar velocidades cinco vezes superior à do som e transportar cerca de 300 passageiros. VISITe A PágInA Confira no link o projeto da aeronave hipersônica e suborbital LAPCAT. VEÍCULOS AÉREOS URBANOS Uma outra tendência é a de aeronaves pessoais futurísticas para uso urbano, que mesclam a praticidade com a economia de operação, sendo uma alternativa aérea de transporte aos veículos de pequeno porte terrestres convencionais. Um exemplo deste tipo de veículo é o A5, uma aeronave anfíbia sendo desenvolvida nos Estados Unidos pela Icon. É extremamente compacto e, com suas asas dobradas, pode ser rebocado por um automóvel. O seu painel de controle é de fácil manuseio. Outra das suas características é que este tanto decola da terra como da água e permite aos ocupantes o acesso a locais onde sócarros e barcos os levariam. O Icon A5 pode atingir uma velocidade máxima de 140 milhas por hora, voar a uma altura máxima de 10.000 pés e somente durante o dia. É mais seguro que um helicóptero pessoal e possui paraquedas embutido. exeMPLO Um outro exemplo deste tipo de veículo é o “Fly Citycopter” que você pode verificar no link. 3. AcIDenTeS AeROnáUTIcOS A ocorrência dos acidentes aeronáuticos na aviação é decorrente de vários fatores, que devem ser estu- dados e o aprendizado obtido, posto em prática, de forma proativa, para evitar uma nova ocorrência do fato. Estes acidentes geralmente são originados de falhas mecânicas, erros de comunicação, colisões no ar, incêndio a bordo ou falha humana. São dos acidentes que também surgem alguns avanços tecnológicos e de treinamento, que modernizam as aeronaves e aumentam a segurança aérea. Após um acidente, órgãos governamentais e independentes investigam as causas e, ao final da investiga- ção, divulgam um relatório com recomendações para que acidentes semelhantes não aconteçam. http://obviousmag.org/archives/2008/01/lapcat_viagens.html https://economia.terra.com.br/carros-motos/designer-cria-helicoptero-pessoal-baseado-nos-jetsons,63e3a92d6c6f5410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html 13 Confira na sequência, alguns acidentes que mudaram as normas de segurança aérea, e cuja importância e destaque se deu pelo pioneirismo das aeronaves envolvidas à época do acidente. Um dos primeiros grandes acidentes aeronáuticos, se deu com o dirigível Hindenburg, no momento em que se preparava para pousar em Lakehurst nos Estados Unidos vindo de Berlim, na Alemanha. Utilizado juntamente com seu irmão, o dirigível Zeppelin, o Hindenburg fazia viagens transoceânicas de longo curso ligando a Europa aos Estados Unidos, emblematizando a propaganda da Alemanha nazista. A importância deste trágico acidente, em maio de 1937, em que 36 pessoas morreram, se deu pelo im- pacto de ter sido o primeiro transmitido ao vivo, via rádio, e no momento de popularização adquirida pelos zepelins como meio de transporte durante a era de ouro da aviação. A colisão entre duas aeronaves Boeing 747, em março de 1977, no aeroporto de Los Rodeos na Ilha de Tenerife, Espanha quando um Boeing da KLM e outro da Pan Am se chocaram durante manobras na pista, causando a morte de 583 pessoas e ferindo outras 61. A causa do acidente apontou além do mau tempo, a falha de comunicação padronizada entre as tripula- ções e a torre de controle. Como lição obtida deste acidente, passou-se a padronizar a linguagem e os termos técnicos utilizados na comunicação via rádio. A queda de uma aeronave supersônica modelo Concorde da Air France no voo entre Paris a Nova Iorque, em julho de 2000, matou 109 passageiros. Uma ruptura no tanque de combustível foi a causa de um grande incêndio sob a asa esquerda da aeronave e a fez cair após a decolagem. A consequência deste acidente foi abreviar o encerramento de voos supersônicos Concorde em função do alto custo operacional e comercial. A queda do Airbus 330 do voo da Air France no trecho entre Rio de Janeiro e Paris. A aeronave partiu do Rio de Janeiro com destino a Paris, na noite de 31 de maio de 2009, com 228 pessoas a bordo. Após passar por Fernando de Noronha, sumiu do controle de tráfego, em meio a uma forte tempestade. Foram atribuídos fatores em conjunto para a queda da aeronave, falha técnica junto a erros humanos con- tribuíram para o desastre. Como falha técnica foi apontado o congelamento do tubo de Pitot, responsável pela geração de sinais de velocidade e altitude ao piloto automático do avião que estava parcialmente obstruído por cristais de gelo, gerando informações inconsistentes que levaram a aeronave a entrar em voo de mergulho. Já a falha humana apontada se refere ao comando da aeronave naquele momento por estar de posse do co-piloto. Como conclusão, a investigação apontou para a melhoria do treinamento à tripulação para lidar com esse tipo de situação e troca dos tubos Pitot. Vemos aqui um exemplo de uma aeronave de grande porte de última geração e contendo dispositivos eletrônicos modernos e que obstante disso, envolveu-se num acidente de grandes proporções. 14 PARA ReSUMIR A projeção de aeronaves futurísticas passa principalmente por conceitos hoje colocados à prova. A busca por novas tecnologias, sempre em desenvolvimento, como exemplo de aviões movidos a energia solar, plasma ou hidrogênio, voo suborbital e do voo hipersônico, nos levam a deparar hoje com os mesmos dilemas que envolviam os aeronautas estudados ao longo desta disciplina, quando a execução de ideias era restrita pelo conhecimento e tecnologia daquele momento, porém o futuro não tarda a chegar. Por fim, devemos repensar que alguns dos obstáculos a serem vencidos ao longo da história da aviação foram superados pelo esforço contínuo e desafiador de alguns aeronautas aqui apresentados. Motores sem a potência e peso desejados, a falta de conhecimento aerodinâmico e a evolução da me- talurgia foram as grandes barreiras quebradas em função do tempo. Agora na atualidade, em um novo patamar tecnológico, nos deparamos com contextos muito parecidos quando ocorrem novamente limita- ções técnicas. Assim um novo ciclo se inicia. PALAVRAS FInAIS Caro (a) aluno (a), Ao longo do nosso estudo, apresentei a você alguns fatos e personagens que causaram a evolução desta ciência, ciência esta que é reescrita a cada edição de novos eventos. Sugiro que você, com base nestes ensinamentos, possa aumentar sua cultura aeronáutica e entender melhor este novo mundo que agora se descortina para você: a aviação. Agradeço a atenção dispensada e espero poder ter contribuído para ampliar o seu conhecimento sobre esse diversificado universo. Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades avaliativas refe- rentes ao conteúdo aprendido nesta unidade. Não deixe de postar e discutir com seus colegas virtuais, de modo a enriquecer e aprofundar nesses temas. Em caso de dúvidas, consulte o seu professor. Ele está a sua disposição para orientá-lo (a) no que for necessário para lhe tornar um profissional qualificado. Desejo muito sucesso ao longo de sua caminhada e conte sempre conosco para lhe ajudar na sua formação profissional. Bons estudos!
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