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ESTRUTURA DE SÓLIDOS CRISTALINOS Profa.: MEng. Priscila Praxedes • As propriedades de alguns materiais estão ligados às suas estruturas cristalinas. • Ex.: C. • Ex. 2: Cerâmicas e polímeros: NÃO CRISTALINOSt X CRISTALINOS. A Estrutura Cristalina dos Sólidos • Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade segundo a qual os átomos ou íons estão arranjados em relação uns aos outros. 1. Conceitos Fundamentais CRISTALINOS: apresentam um arranjo atômico que se repete ao longo de grandes distâncias Ex.: todos os metais, materiais cerâmicos e certos polímeros. NÃO CRISTALINO (AMORFO): materiais que não cristalizam, ou seja, materiais cuja ordem atômica de longo alcance está ausente. • Para descrever o retículo cristalino dos materiais, consideraremos os átomos como sendo esferas sólidas com diâmetros definidos. 1. Conceitos Fundamentais • São unidades menores que formam o padrão repetitivo presente em sólidos cristalinos. • Representam a simetria da estrutura cristalina, ou seja, todas as posições dos átomos no cristal podem ser geradas mediante translações. 2. Células Unitárias Consiste na unidade estrutural básica da estrutura cristalina, definindo-a em virtude da sua geometria e das posições dos átomos no seu interior. 2. Células Unitárias (a) (b) (c) Representação das células unitárias: (a) esferas rígidas; (b) esferas reduzidas; (c) agregado de átomos. (Fonte: Callister, 2001) • Volume total da célula ocupado por átomos. • FEA= volume de átomos em cada célula unitária volume total da célula unitária • Metais possuem FEA altos. 4. Fator de empacotamento (FEA) • Este grupo não apresenta restrições quanto ao número e a posição dos átomos vizinhos pois apresentam ligações metálicas alto grau de empacotamento. 3. Estruturas Cristalinas de Metais São formadas basicamente: • Cúbica de Face Centrada (CFC); • Cúbica de Corpo Centrado (CCC); • Hexagonal Compacta (HC). • Geometria cúbica Ex.: Cu, Al, Au, Ag. 𝑎 = 2𝑅√2 • Apresenta 1/8 de átomo em cada vértice (4 átomos). • FEA: 0,74 3.1 Estrutura cristalina (CFC) d lado Fonte: Callister,2001 • Exercício 1: Calcule o volume de uma célula unitária CFC em termos do raio atômico R. 3.1 Estrutura cristalina - exercício 3.1 Estrutura cristalina (CFC) • Exercício 2: Mostre que o fator de empacotamento atômico para a estrutura cristalina CFC é de 0,74. 3.1 Estrutura cristalina - exercício Dado: volume da esfera 𝑉𝑒 = 4 3 ∗ 𝜋 ∗ 𝑅3 • Geometria cúbica Ex.: Cr, Fe, W. 𝑎 = 4𝑅/√3 • Apresenta 1/8 de átomo em cada vértice + 1 central (2 átomos). • FEA: 0,68 3.1 Estrutura cristalina (CCC) D Fonte: Callister,2001 3.1 Estrutura cristalina (CCC) D Fonte: Callister,2001 • Geometria NÃO CÚBICA Ex.: Cd, Mg, Ti, Zn. • Planos com 6 átomos e uma esfera central + plano adicional com 3 átomos. • FEA: 0,74 3.1 Estrutura cristalina (HC) Fonte: Callister,2001 3.1 Estrutura cristalina (HC) • Pode ser conhecida através da estrutura cristalina do material. 𝜌 = 𝑛 ∗ 𝐴 𝑉𝑐 ∗ 𝑁𝐴 Onde: n=número de átomos na célula unitária A= peso atômico Vc= volume da célula unitária NA = número de avogadro 4. Densidade • Exercício 3: O cobre possui raio atômico de 0,128nm (1,28Å), uma estrutura cristalina CFC, e um peso atômico de 63,5g/mol. Calcule a densidade. Dado: NA =6,02*10 23 átomos/mol 4. Densidade - exercício 5. Polimorfismo e Alotropia • Característica que metais e não metais tem de apresentar mais de uma estrutura cristalina. • Se este fenômeno acontece em compostos sólidos elementares é chamado de ALOTROPIA. • A T e P estão diretamente ligados a fase cristalográfica. A alteração de cristalinidade gera alteração da densidade ou de outra propriedade. Metais apresentam formas alotrópicas diferentes, isso acarreta propriedades diferentes durante o tratamento térmico. • Ex.: ferro (): dissolve até 2% de carbono. ferro (α): no máximo dissolve 0,02% (727°C) Importância da Alotropia Fonte: CHIAVERINI, 1986 5. Polimorfismo e Alotropia • Alotropia do Carbono: visualização de suas formas polimórficas. C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx C:/Users/Raphael/Documents/PUC/Vinculo figura alotropia do C.pptx 6. Sistemas Cristalinos • Como existem muitas estruturas cristalinas possíveis, é conveniente dividi-las em grupos de acordo com as configurações da célula unitária e/ou arranjos atômicos. • A geometria da célula unitária é completamente definida em termos de 6 parâmetros: • os 3 comprimentos de arestas a, b e c, e • os 3 ângulos ∶ 𝛼, 𝛽, 𝛾 6. Sistemas Cristalinos • São representados por 7 sistemas: • CÚBICO • TETRAGONAL • HEXAGONAL • ORTORRÔMBICO • ROMBOÉDRICO • MONOCLÍNICO • TRICLÍNICO • Como existem muitas estruturas cristalinas possíveis, é conveniente dividi-las em grupos de acordo com as configurações da célula unitária e/ou arranjos atômicos. 6. Sistemas Cristalinos A geometria da célula unitária é completamente definida em termos de 6 parâmetros: • os 3 comprimentos de arestas a, b e c; • os 3 ângulos ∶ 𝛼, 𝛽, 𝛾 •São 7 combinações dos parâmetros de rede. Cada combinação forma um sistema cristalino 6. Sistemas Cristalinos ANGULOS DE 90° MAIOR SIMETRIA 6. Sistemas Cristalinos ESTRUTURAS CCC e CFC 6. Sistemas Cristalinos ESTRUTURAS HC 6. Sistemas Cristalinos 6. Sistemas Cristalinos 7. Cristalografia • Estudo das estruturas cristalinas dos materiais. • POSIÇÕES; • DIREÇOES; • PLANOS. 7.1 Posições • POSIÇÕES: Pontos representados na célula cristalina cúbica. P1 = 0; 0; 0 P2 = 0; 1; 0 P3 = 0; 1; 1 P4 = 0; 0; 1 P5 = 1; 0; 0 P6 = 1; 1; 0 P7 = 1; 1; 1 P8 = 1; 0; 1 FONTE: BITTENCOURT, 2012 7.1 Posições • POSIÇÕES: podem haver posições intermediárias. P1 = 1/2; 1/2; 1/2 P2 = 1/3; 0; 0 P3 = 2/3; 1; 1 P4 = 0; 1; 1/4 FONTE: BITTENCOURT, 2012 7. 2 Direções Cristalográficas • São determinadas por um vetor: - Deve passar pela origem. - O comprimento da projeção do vetor sobre cada um dos três eixos são as dimensões da célula unitária (a, b e c). - Números devem ser os menores valores inteiros possíveis. 7. 2 DireçõesCristalográficas • São determinadas por um vetor: - A representação é feita [uvw] sem vírgulas, onde u, v e w são as projeções reduzidas ao longo dos eixos x, y e z. - Podem ter coordenadas negativas. Ex.: [11 1] teria um componente na direção negativa de y. 7. 2 Direções Cristalográficas FONTE: BITTENCOURT, 2012 [100] [110] [111] Exercício 4: Determine os índices para a direção mostrada na figura abaixo: 7. 2 .1 Índices das Direções Cristalográficas O estudo das direções e dos planos cristalinos é importante quando influencia nas pp físicas, mecânicas e elétricas. As direções são representadas por um vetor. Os “índices de Miller” ou coordenadas são apresentados sempre por números inteiros e dentro de colchetes ex: [ 1 1 1 ]. 7.3 Planos Cristalográficos •As pp físicas (o módulo elástico, a condutividade elétrica, e o índice de refração) de alguns monocristais dependem da direção cristalográfica na qual as medições sejam feitas. ANISOTROPIA: dependentes da direção cristalina. Está associada à diferença do espaçamento atômico em função da direção. ISOTROPIAS Substâncias nas quais as pp medidas são independentes da direção de medição. Ex.: Aço 8. Anisotropia vs. Isotropia Módulo de Elasticidade (GPa) Metal [100] [110] [111] Alumínio 63,3 72,6 76,1 Cobre 66,2 130,3 191,1 Ferro 125,1 210,5 272,7 Tugstênio 354,1 381,6 384,6 (CALLISTER Jr., 2000) •Nos materiais policristalinos as orientações cristalográficas são totalmente randômicas. Assim mesmo que cada grão seja anisotrópico uma amostra com vários grãos tem comportamento isotrópico. •A orientação cristalina predominante é chamada de “textura” 8. Anisotropia vs. Isotropia • São sólidos cristalinos com arranjos periódicos e repetidos perfeitamente ao longo da amostra sem interrupções. 9.1 Materiais Cristalinos - Monocristais Silício (Si) Calcita (CaF2) • São materiais compostos por diversos cristais ou grãos. 9.2 Materiais Cristalinos - Policristais Composta por vários cristais pequenos ou grãos (junções de monocristais). Diagramas esquemáticos da solidificação de um material policristalino F o n te : C a lli s te r, 2 0 0 0 9.2 Materiais Cristalinos - Policristais •Inicialmente, pequenos cristais ou núcleos se formam em várias posições •E possuem orientações cristalográficas aleatórias, conforme está indicado pelos retículos quadrados. (C A L L IS T E R J r. , 2 0 0 0 , c a p . 3 ). 9.2 Materiais Cristalinos - Policristais Os pequenos grãos crescem mediante a adição sucessiva de átomos (b), vindos do líquido circunvizinho, à estrutura de cada um deles. (C A L L IS T E R J r. , 2 0 0 0 , c a p . 3 ). 9.2 Materiais Cristalinos - Policristais As extremidades dos grãos adjacentes se chocam umas com as outras à medida que o processo de solidificação se aproxima de seu término (c). (C A L L IS T E R J r. , 2 0 0 0 , c a p . 3 ). 9.2 Materiais Cristalinos - Policristais Aparecimento dos contornos de grão que são as linhas escuras. Contorno de Grão é uma má combinação atômica. (CA L L IS T E R J r. , 2 0 0 0 , c a p . 3 ). 9.2 Materiais Cristalinos - Policristais Compostos por átomos, moléculas ou íons que não apresentam uma ordenação de longo alcance. Ausência de arranjo atômico regular de longo alcance mas podem apresentar uma ordenação de curto alcance. Ex.: gases , líquidos e os vidros. •GASES Cada molécula ou átomo está à uma distância suficiente dos outros átomos ou moléculas, para que possa ser considerado independente. •LÍQUIDOS São fluídos e não apresentam a ordem encontrada em grandes distâncias nos cristais. 10. Materiais Amorfos VIDROS Os vidros são considerados, como sendo líquidos super resfriados . Em Televadas, os vidros formam líquidos verdadeiros e os átomos movem-se livremente, não havendo resistência para tensões de cisalhamento. O vidro comercial é super resfriado, ocorre uma contração térmica causada pelo rearranjo atômico, produzindo um empacotamento mais eficiente dos átomos. 10. Materiais Amorfos •CALLISTER Jr., W. D. Materials Science and Engineering: an Introduction. Tradução de: LTC. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000. Referências http://www.quimica3d.com/animations/bcc/br.php
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