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Streptococcus agalactiae

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Streptococcus agalactiae 
Streptococcus agalactiae
• Classificação
• Beta hemolítico: causa hemólise total de eritrócitos no
meio ágar sangue;
• Pertence ao grupo sorológico B de Lancefield:
apresenta carboidrato C na superfície da parede celular.
• Características
• Diplococo/ pequenas cadeias
• Gram-positivo
• Encapsulado
• Anaeróbios facultativos
• Isolada pela primeira vez em 1887
Cocos em pares (diplococos) 
e pequenas cadeias
Streptococcus agalactiae
• Sorotipos
• O S. agalactiae é classificado em sorotipos de acordo com diferenças
antigênicas capsulares detectados classicamente pela técnica de
imunodifusão ou por PCR (Reação em Cadeia da Polimerase);
• Existem atualmente dez sorotipos capsulares distintos (Ia, Ib, II, III, IV, V, VI,
VII, VIII), incluindo o mais novo, IX, descrito em 2007;
• A variedade capsular tem relação com a virulência, e identificar os sorotipos é
fundamental para estudos clínicos e epidemiológicos;
• Dentre os 10 sorotipos, os mais conhecidos são: Ia, II, III e V
Streptococcus agalactiae
• Epidemiologia
• O TGI humano é o reservatório natural do S. agalactiae, sendo este local a 
fonte de colonização vaginal na mulher;
• Aproximadamente 10 a 30% das gestantes são colonizadas pelo S. agalactiae 
na vagina ou no reto;
• Na ausência de qualquer intervenção, estima-se que 1 a 2% dos RNs de mães 
colonizadas desenvolvem doença precoce por S. agalactiae;
Streptococcus agalactiae
• Fatores de riscos em perinatais 
• Colonização genital materna
• Ruptura da membrana amniótica antes da 37ª semana;
• Febre alta durante o parto;
• A infecção do RN pode ser causada pela aspiração do liquido amniótico
contaminado ou durante a passagem pelo canal do parto;
Streptococcus agalactiae
• Em 1996, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) publicou diretrizes
para a prevenção de infecção estreptocócica do grupo B no período perinatal;
• E atualizadas em 2002 pelo CDC, padronizando a triagem de mulheres grávidas
para a detecção de colonização pelo S. agalactiae entre a 35ª e a 37ª semanas de
gestação, indicando profilaxia antibiótica nas infectadas durante o trabalho de
parto;
• Em 2010, nova atualização reavaliou as estratégias de prevenção dando novas
orientações referentes ao uso racional dos antibióticos, triagem de urina e
metodologias laboratoriais;
• Além de técnicas convencionais de identificação, foram desenvolvidas sondas de
DNA, e testes de amplificação de ácido nucléico, como reação em cadeia da
polimerase (PCR).
Streptococcus agalactiae
• Patogenicidade
• Desde os anos 70 é considerado o agente mais frequente de infecção,
especialmente, no período perinatal, envolvendo recém-nascidos (RN),
mulheres grávidas ou no pós-parto;
• Na grávida pode provocar infecção do trato urinário (ITU), amnionite,
endometrite e bacteremia;
• Mais recentemente, descrito em pacientes idosos e em casos de infecção
hospitalar;
• A doença em recém-nascidos (RN), em geral manifesta-se habitualmente nas
primeiras 24 horas de vida, denominada sepse neonatal de início precoce;
Streptococcus agalactiae
• Doença neonatal de início precoce – até 7 dias após nascimento
• Adquiridas no útero ou no momento do nascimento
• As manifestações clinicas no recém-nascidos são a septicemia (25 a 40% dos
casos) , osteomielite, artrite séptica, pneumonia (35 a 55% dos casos) e
meningite ( 5 a 10% dos casos), podendo também acarretar sequelas
neurológicas, visuais e auditivas graves em 15 a 30% dos nascidos
acometidos, ou podendo ainda levar ao óbito;
• Sorotipos: Ia – 35 a 40%; II – 30% e V – 15%
• Taxas de mortalidade: entre 4 a 6% no RN de termo; 10% prematuro (entre
34ª e 36ª semana de gestação);
Streptococcus agalactiae
• Doença neonatal de início tardio – varia do 7º dia ao 3º mês de vida
• Fonte exógena – durante a permanecia da criança no berçário;
• Bacteremia
• Meningite
• Maioria – Sorotipo III
• No homem adulto e na mulher não grávida, a infecção por S.
agalactiae, embora rara pode existir e está geralmente associada a
estados de imunodeficiência;
• Homens e mulheres não gravidas: infecções de pele, tecidos moles,
bacteremias, infecções urinárias e pneumonia.
Streptococcus agalactiae
• Fatores de virulência
• Cápsula de polissacarídeos – Composta por glicose, galactose, N-actil-
glucosamina e resíduos de ácido siálico
• inibe a ligação de C3 – bloqueando a ativação do sistema complemento;
• Proteção contra a fagocitose
• Capacidade de induzir a produção de citocinas pró-inflamatórias responsáveis pelo
choque séptico.
• Proteínas de superfície: Estimulam a produção de anticorpos protetores
(proteínas C, R, X e Rib).
Streptococcus agalactiae
• Fatores de virulência 
• Beta-hemolisina: Citotóxica para células (epiteliais e endoteliais inclusive dos
pulmões) – forma poros na membrana celular.
• Fator CAMP – proteína que apresenta a capacidade de se ligar a
imunoglobulinas G e M, via porção Fc ;
• C5a peptidase: Inativa o componente C5a do SC impedindo ou diminuído a
quimiotaxia de neutrófilos e possui afinidade pela fibronectina, sugerindo seu
papel na invasão tecidual;
• Hialuronidase: Capacidade de dissolver a substancia fundamental do tecido
conjuntivo.
Streptococcus agalactiae
• Diagnóstico laboratorial 
• Gravidas – são coletadas amostras da parede vaginal e ano-retal
• Deve ser realizadas entre a 35 e 37 semanas de gestação ou quando a mulher apresentar 
trabalho de parto ou ruptura de bolsa antes de 37 semanas.
• Recém-nascido – deve ser coletado logo após o nascimento a partir do 
cordão umbilical, canal auditivo externo, garganta e reto.
• Crianças com sintomas: sangue (hemocultura); líquor (exames e cultura) e 
urina (urocultura)
• A confirmação é realizada por meio de testes sorológicos para detecção do antígeno do 
grupo B.
Streptococcus agalactiae
• Tratamento
• Penicilina
• Cefalosporinas
• Eritromicina
• Cloranfenicol
• Resistente a tetraciclina
• Infecções graves: Penicilina + Aminoglicosídeo (Gentamicina)
FIM

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