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3 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA __VARA DO TRABALHO DA CIDADE-ESTADO. 
RECLAMANTE: Maria dos Anzóis 
RECLAMADOS: Empresa Catavento Terceirização de Serviços Ltda. Município/Estado 
MARIA DOS ANZÓIS, solteira, Assistente Social, inscrita no CPF n.º , (endereço eletrônico), residente e domiciliada (endereço completo), por intermédio de seu Advogado que a esta subscreve e com procuração anexa a este petitório, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base no artigo 840 da Legislação Consolidada, propor pelo rito sumaríssimo, RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em face de EMPRESA CATAVENTO TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS LTDA., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., (endereço eletrônico), com sede nesta capital, (endereço completo) e MUNICÍPIO/ESTADO, pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., (endereço eletrônico), com sede (endereço completo),, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
 INICIALMENTE a) DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA: 
Sendo certo que a Reclamante atualmente encontra-se desempregada, e não possui condições de arcar com os ônus processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência anexada a esta inicial, conforme prevê a Súmula 463 do C. TST, requer se digne Vossa Excelência deferir-lhe os benefícios da Justiça Gratuita, com base no artigo 790, §3º da legislação consolidada. b) DA NÃO OBRIGATORIEDADE DE SUBMISSÃO DA RECLAMANTE À COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA – CCP: MM Juiz, em razão da prevalência do Princípio da Inafastabilidade do controle jurisdicional, inscrito no artigo 5º, XXXV da Constituição Federal, vem a Reclamante indicar que não se submeteu à CCP da Empresa em razão de não haver obrigatoriedade legal, mormente em razão do teor das ADIs 1074, 2139 e 2160, todas de 2000, já apreciadas no Supremo Tribunal Federal em 01/08/2018. 
I. DOS FATOS 
01. A Reclamante foi admitida pela Reclamada para desenvolver suas atividades profissionais junto a postos de saúde do município, atuando enquanto integrante da equipe de trabalho do Centro de Saúde “A”; Centro de Saúde “B” e Centro de Saúde “C”. 2 02. A Autora foi admitida em 02/12/2009, para exercer a função de Assistente Social do NASF, conforme cópia da CTPS em anexo, com remuneração de R$ 2.587,46 (dois mil, quinhentos e oitenta e sete reais e quarenta e seis centavos). Cumpria jornada de trabalho de segunda à quinta-feira no intervalo de horário entre 08h00 e 17h00, perfazendo um total de 32 (trinta e duas) horas de trabalho semanais, o que contrariou a Lei 12.317/2010, ultrapassando em 02 (duas) horas semanais o que é determinado para a carga horária que legalmente deve ser trabalhada pelo Assistente Social. 03. Em 04/02/2013 a Reclamante foi dispensada sem justa causa pelo que não honrou com o pagamento das verbas rescisórias a que tem direito, consoante legislação trabalhista. 04. Conforme se pode verificar no termo de homologação de rescisão do contrato de trabalho da Reclamante, há ressalvas deduzidas no referido documento, cujo teor é o que se segue: “Ressalva-se o direito da empregada de pleitear junto à justiça especializada do Trabalho as seguintes verbas: aviso prévio indenizado, multa do artigo 477 da CLT, 13º salário proporcional – ano de 2013, 13º salário do aviso indenizado, férias referentes ao aviso prévio indenizado, férias proporcionais e a multa dos 40% do FGTS (...)”. [Grifo nosso]. Assim, com base nas obrigações legais descumpridas pela Reclamada, vem a Reclamante ajuizar o presente procedimento, rogando a Vossa Excelência que aprecie os fatos e defira todos os pedidos aqui formulados. 
II. DO DIREITO 
Deverá o Reclamado honrar o pagamento dos haveres rescisórios da Reclamante em face da despedida sem justa causa que ora se pleiteia. Desta forma, são devidas todas as verbas rescisórias, descritas enquanto ressalvas no Termo de Homologação de Rescisão do Contrato de Trabalho (THRCT), a saber: aviso prévio indenizado, multa do artigo 477 da CLT, 13º salário proporcional – ano de 2013, 13º salário do aviso indenizado, férias referentes ao aviso prévio indenizado, férias proporcionais e multa de 40% sobre os depósitos do FGTS. Assim, requer-se o pagamento de todas as verbas rescisórias, devidamente corrigidas à época do efetivo pagamento, devendo o período de aviso integrar ao tempo de serviço do obreiro, para todos os fins de direito. 
II.1 - DO AVISO PRÉVIO 
Nos termos da Lei nº 12.506/11, após o transcurso de um ano de trabalho aos trinta dias de aviso prévio serão acrescidos três (03) dias por ano de serviço realizados na mesma empresa. Sob tal fundamento, requer a condenação do Reclamado ao pagamento de um mês e nove dias, o que equivale ao valor pecuniário de R$ 3.378,26 (três mil trezentos e setenta e oito reais e vinte e seis centavos). 
II.2 - DOS 13º SALÁRIOS 
A Reclamante não recebeu o 13º Salário proporcional (1/12) equivalente ao ano de 2013 cujo valor corresponde a R$ 215,62 (duzentos e quinze reais e sessenta e dois centavos) e nem o 13º salário indenizado, equivalente a R$ 215,62 (duzentos e quinze reais e sessenta e dois centavos), totalizando ambos o quantum de R$ 431,24 (quatrocentos e trinta e um reais e vinte e quatro centavos). Neste tocante indica-se a violação do disposto nas Leis nº 4.090/62 e 4.749/65 que regulamentam a matéria. 3
 
II.3 - DAS FÉRIAS 
Em violação ao disposto no artigo 7º, XVII da Constituição Federal em consonância com o estabelecido nos artigos 129 a 153 da norma consolidada, a Autora NÃO RECEBEU os valores referentes às férias proporcionais do ano de 2013, que deverão ser calculadas considerando-se o período de 02/12 avos e acrescidas do terço constitucional, que correspondem respectivamente aos valores de R$ 431,24 (quatrocentos e trinta e um reais e vinte e quatro centavos) e R$ 143,75 (cento e quarenta e três reais e setenta e cinco centavos). Também não recebeu as férias indenizadas (1/12 igual a R$ 215,62) acrescidas de 1/3 (R$71,87) o que equivale a R$ 287,49 (duzentos e oitenta e sete reais e quarenta e nove centavos). 
II.4 - DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS 
A Lei 12.317/2010 determina em seu artigo 5º-A determina que “a duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas semanais”. Como se pode perceber pelo teor do que foi relatado pela Reclamante, semanalmente eram excedidas 02 (duas) horas da carga horária legal para sua categoria. Frise-se que essa carga horária passou a ter vigência a partir da data da publicação da Lei 12.317/2010 em 26 de agosto de 2010, quando o contrato da Reclamante estava em curso, não havendo a necessária adequação da jornada por ocasião da publicação da Lei. A Reclamante deveria laborar de segunda a sexta de 08h00min as 14h00min, perfazendo o total de 30 horas semanais, todavia não era esta a realidade laborativa da autora, laborando de segunda a quinta-feira, de 08h00minh as 17h00 horas, o que totaliza 32 horas semanais. Assim, houve exacerbação da carga horária de trabalho semanal que deveria ser de 30 horas e terminou por ser da forma como se demonstra no quadro abaixo: Data Inicial Data Final Quantidade de semanas Quantidade de horas excedidas 26/08/2010* 26/08/2011 52 104 27/08/2011 26/08/2012 52 104 27/08/2012 04/02/2013 22 44 * Início da vigência da Lei 12.317/2010. TOTAL = 252 horas Considerando que para o cálculo de horas extras deve ser levado em conta o valor da hora normal, observamos que em regra a jornada semanal é multiplicada por cinco para encontrar a jornada mensal. Os que possuem jornada de 44 horas semanais o divisor mensal é 220 (5 x 44), os que possuem jornada semanal de 36 horas o divisor mensal é 180 (5 x 36). O Tribunal Superior do Trabalho com a Súmula nº 431 manifestou o seguinte entendimento: “aplica-se o divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora do empregado sujeito a 40 (quarenta) horas semanais de trabalho”. 4 Seguiu a mesma lógica de multiplicar o número de horas semanais por cinco (5 x 40). Ora, seguindo a mesma linha de raciocínio, podemossustentar que deve ser aplicado o divisor 150 para o cálculo do valor do salário-hora do Assistente Social sujeito a jornada de 30 horas semanais (5 x 30). Desta forma, o Assistente Social que prestar serviço extraordinário deverá ter sua remuneração mensal dividida por 150 para encontrar o valor do salário-hora ordinário, para base de cálculo da hora extra. Portanto, temos que no caso da Reclamante, o valor da hora ordinária de trabalho corresponde a R$ 17,25 (dezessete reais e vinte e cinco centavos), enquanto a hora extraordinária corresponde a R$ 25,87 (vinte e cinco reais e oitenta e sete centavos). 
Como A RECLAMANTE REALIZOU 252 HORAS EXTRAORDINÁRIAS, FAZ JUS À PERCEPÇÃO DE R$ 6.520,50 (SEIS MIL QUINHENTOS E VINTE REAIS E CINQUENTA CENTAVOS). 
II.5 - DO SEGURO-DESEMPREGO
 Pela despedida sem justa causa tem direito a Reclamante à indenização da verba a que faria jus a título de seguro-desemprego, nos termos das Leis 7.998/90 e 8.900/94.
 II.6 - MULTA DO ART. 477 CLT 
Conforme se constatou pelos THRCT da Reclamante que o empregador até a presente data NÃO PAGOU todos os valores que lhe seriam devidos por obrigação legal. Portanto, faz jus ao pagamento da multa do art. 477 da CLT, que infere ao pagamento de um mês de salário, conforme o § 8º do referido artigo.
 II.7 – DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
 A Reclamante é pessoa pobre, conforme se depreende da declaração em anexo e do fundamento jurídico acima apresentado, de maneira que restam atendidos os requisitos legais. Assim, são devidos os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita - AJG e Justiça Gratuita e, ante o trabalho do advogado, fulcro no artigo 791-A da CLT, lhe é cabível o justo pagamento de honorários de assistência judiciária/sucumbência, no percentual de 15% sobre os valores brutos decorrentes da presente ação. 
III. DOS PEDIDOS
 Em face do exposto, requer-se, o recebimento da presente petição, seguida da notificação dos RECLAMADOS, para querendo, ofertarem defesa à presente, pugnando-se ainda pela condenação da Reclamada ao pagamento das verbas especificadas e ora discriminadas: a) Aviso Prévio (39 dias) .............................................................. R$ 3.378,26 b) Saldo de salário (4/28) ............................................................. R$ 369,64 c) 13º proporcional (1/12) ............................................................. R$ 216,56 d) 13º indenizado .......................................................................... R$ 216,56 e) Horas extras (252) .................................................................... R$ 6.520,50 5 f) Férias proporcionais (2/12) ....................................................... R$ 433,11 g) 1/3 férias proporcionais ............................................................. R$ 143,75 h) Férias indenizadas..................................................................... R$ 216,56 i) 1/3 férias indenizadas ................................................................ R$ 71,87 j) 40% - multa do FGTS ................................................................ R$ 3.346,64 k) Multa do artigo 477, §6º e 8º da CLT ......................................... R$ 2.587,46 l) Multa do artigo 467 da CLT ........................................................ ilíquido* m) Honorários advocatícios (15%).................................................... R$ 2.584,64 * Valor a ser definido. Total Geral .................................................................................. R$ 19.815,55 Requer ainda a Reclamante: a) Concessão do benefício da gratuidade da Justiça; b) Seja a Reclamada compelida a efetuar o pagamento em audiência das verbas incontroversas, sob as penas do artigo 467 da CLT; c) Pagamento de férias proporcionais referente ao ano de 2013, acrescida de 1/3, nos termos da fundamentação supra e das férias indenizadas mais um terço; d) Pagamento das verbas rescisórias: 13º salário proporcional e indenizado, no montante de 01/12 avos, e multa de 40% sobre os depósitos do FGTS, devidamente corrigidos à época do efetivo pagamento; e) Pagamento do aviso prévio calculado sobre 39 (trinta e nove) dias, consoante Lei 12.506/2011; f) Pagamento das horas extras (252 horas) e seus reflexos legais durante todo o período; h) Condenar a reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 15% sobre o valor da condenação. Indica-se como provas a serem produzidas as de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal dos Reclamados, sob pena de confissão, na amplitude do artigo 369 do Código de Processo Civil. 
IV VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 19.815,55 (dezenove mil, oitocentos e quinze reais e cinquenta e cinco centavos) 
Nesses Termos, Pede e confia no deferimento. 
Cidade, Estado, 
Advogado OAB/UF nº

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