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Metodologia e prática do ensino de ciências sociais e naturais da educação infantil Professora: Keila Rodrigues Aula 14: Os museus e outros espaços para aprendizagem dos fenômenos sociais e naturais. Trabalho de campo enquanto recurso metodológico. Alternativas metodológicas que relacionem conteúdo e didática no Ensino de Ciências Sociais e Naturais na Educação Infantil Introdução Conforme estudado em aulas anteriores, há diversas possibilidades para desenvolver o ensino de ciêncis sociais e naturais, como é o caso da utilização de vídeos, revistas e jornais, bem como visitas técnicas a espaços direcionados para aaprendizagem, como os museus, espaços naturais como hortas e parques, além de espaços de experimentação como cozinhas experimentais e laboratório de Ciências – todas elas, também associadas ao currículo e adequadas à faixa etária dos alunos. Utilização de vídeos, jornais e revistas Atrair a atenção dos alunos e mantê-los interessados de maneira que o ensino- aprendizagem seja eficaz são desafios para os professores da Educação Infantil. Dessa maneira, o vídeo pode ser utilizado como ferramenta didática, aproximando o espaço escolar ao cotidiano das crianças e trazendo para a sala de aula novas linguagens e novas possibilidades de comunicação. Ainda a respeito da utilização do vídeo como recurso didático no ensino-aprendizagem das Ciências na Educação Infantil, segundo Morán (1995, p. 28): [...] significa também uma forma de contar multilinguística, de superposição de códigos e significações, predominantemente audiovisuais, mais próxima da sensibilidade e prática do homem urbano e ainda distante da linguagem educacional, mais apoiada no discurso verbal-escrito. Para que o trabalho com vídeos seja produtivo, Morán (1995) propõe um roteiro básico para sua utilização enquanto recurso didático-pedagógico: • Antes da exibição: assista ao vídeo na íntegra para identificar suas possibilidades didáticas; explique às crianças sobre o assunto que será tratado. • Durante a exibição: observe a reação das crianças durante a exibição, considerando posteriores inserções de conteúdo; se necessário, faça pequenas pausas para possíveis orientações complementares. • Depois da exibição: volte aos trechos que considerar importantes; questione as crianças sobre os principais conceitos apresentados; insira provocações para que os alunos manifestem suas opiniões e solicite que realizem um registro na forma de desenhos, por exemplo. Conduza uma análise da linguagem e faça questionamentos interessantes para sintetizar as ideias apresentadas no vídeo, por exemplo: quais os aspectos positivos do vídeo? Quais os aspectos negativos? Quais as ideias principais que passa? Que história é contada, e de que maneira? O que lhe chamou a atenção visualmente? • Reconstrução: instigue os alunos a responderem à questão: o que vocês mudariam neste vídeo? A partir deste roteiro, é possível desenvolver inúmeras propostas igualmente estimuladoras, que não só atraiam a atenção dos alunos, mas também mantenham o interesse pelo aprendizado, levando-os a compreender e valorizar os conhecimentos adquiridos neste processo. Nesse contexto, as mídias impressas possibilitam outra forma de linguagem e comunicação, permitindo acesso à informação e agregando conhecimentos. Na Educação Infantil, a utilização de jornais e revistas pode servir como fonte de pesquisa; matéria-prima para recortes, colagens e na produção de objetos a partir da manipulação do papel. Como material reaproveitável em reciclagens ou na produção de objetos, torna-se importante recurso didático formador da consciência de preservação ambiental. Conforme defende Gomes (2001), o reaproveitamento de materiais de sucata, especialmente nas manifestações artísticas, desperta o interesse das crianças e possibilita vencer desafios, consentindo que as crianças explorem o mundo através de seu olhar, desenvolvendo a imaginação e auxiliando na criação de novas possibilidades de aprendizagem. Os museus e outros espaços para aprendizagem dos fenômenos sociais e naturais Existem diversas possibilidades didáticas para o desenvolvimento de processos de ensino e aprendizagem das Ciências Sociais e Naturais. Algumas destas traduzem-se em espaços de vivências culturais e científicas que agregam conhecimentos diversificados que podem ser contextualizados pelas experiências individuais dos alunos. Uma opção didática muito utilizada no ensino formal e informal é a visitação a instituições culturais, como museus, parques e exposições. As possibilidades de aprendizagem que tais estratégias podem proporcionar aos discentes são muito ricas. Dentre as quais, Kramer (2000) defende o resgate de trajetórias e relatos; as possibilidades de discussões sobre valores e crenças; a reflexão crítica sobre o papel cultural de cada um nas sociedades contemporâneas. Espaços naturais, como hortas e parques zoológicos, também são estratégias didáticas que permitem a aprendizagem pela vivência, sendo indicados ao ensino na Educação Infantil. Da mesma maneira, espaços alternativos – a exemplo de cozinhas experimentais e laboratórios de química – são indicados como ambientes que ampliam as possibilidades de aprendizagem de conteúdos específicos no campo das Ciências. Isso porque a vivência e a experimentação prática contribuem na construção de aprendizagens significativas aos alunos. Todos os locais apontados representam ambientes de diversão e aprendizagens, que podem proporcionar aos alunos o desenvolvimento da curiosidade, um espaço de investigação e pesquisa; cada qual como recurso metodológico específico que apresenta suas particularidades. Iniciaremos o delineamento destas peculiaridades partindo do estudo dos museus como local de ensino. Trabalho de campo enquanto recurso metodológico: excursões e visitas técnicas a museus e a outras instituições Um dos objetivos reais da prática docente deve ser pautado em ofertar desafios significantes aos alunos da Educação Infantil; o professor deve compreender o conhecimento como algo que se constrói a partir das vivências e das relações interpessoais. Nesse sentido, os museus e centros de ciências estimulam a curiosidade e podem oferecer a oportunidade de suprir parte das deficiências escolares, como ausência de laboratórios e de recursos audiovisuais (VIEIRA; BIANCONI; DIAS, 2005). A visitação aos espaços além dos “muros da escola” permite aos professores que ampliem as possibilidades de transposição didática e de contextualização de aprendizagens diversificadas, envolvendo aspectos culturais, científicos e humanos. Para os alunos, as saídas a campo favorecem a aquisição de conhecimento real, possibilitando que se tornem sujeitos da ação, o que permite a compreensão e o aumento do interesse para construção do conhecimento. Dessa maneira, para uma aprendizagem significativa: [...] são necessários espaços físicos, simbólicos, mentais e afetivos diversificados e estimulantes [...], aulas fora da classe, em outros espaços da escola, do campo e da cidade. Porque o bosque, o museu, o rio, o lago [...], bem aproveitados, convertem- se em excelentes cenários de aprendizagem (CARBONELL, 2002, p. 88). Uma das dificuldades no ensino na Educação Infantil está na contextualização dos conteúdos curriculares propostos, como por exemplo, a inserção de aspectos culturais e científicos de forma atraente e lúdica, tornando a aprendizagem um processo motivador para o desenvolvimento cognitivo na infância. Pereira et al. (2007, p. 37) defendem que o museu é um ambiente educativo que permite oportunidades de simbolização no ensino-aprendizagem, possibilitando aos docentes o fortalecimento de seu papel enquanto educadores. Figura 3 - Visitar espaços que preservam a história e a cultura contribui para o ensino-aprendizageme fortalece a prática docente. Fonte: Martin Lehmann, Shutterstock, 2018. Segundo Carvalho (2017), a visitação a espaços educacionais externos à escola amplia a percepção sobre a formação cultural oferecida aos alunos, através da análise de como o ambiente afeta as experiências educacionais; de como a mediação desenvolvida nestes espaços permite a aprendizagem direcionada e com intencionalidade; como os hábitos afetam a formação de atitudes e de que forma a disponibilidade de situações proporcionam momentos de interação. Outros locais também possibilitam vivências que podem servir a essas finalidades, a exemplo das hortas, dos viveiros de pássaros e zoológicos, conforme veremos na sequência. Espaços de vivências: hortas, viveiros de pássaros, zoológicos e parques ecológicos Espaços naturais como hortas ou viveiros de pássaros representam práticas de educação ambiental que possibilitam o educar pela natureza. Dentre as possibilidades que tais práticas proporcionam estão a instrumentalização de professores, sobre possibilidades de modificações e melhorias nos ambientes escolares, na alimentação dos alunos, na ampliação da consciência ambiental e na educação para a sustentabilidade. A horta dentro de uma instituição de educação possibilita o contato com a terra e os pequenos seres que habitam nela e que atualmente muitas pessoas têm repulsa por esse contato. Além disso, possibilita a valorização e resgate dos saberes de algumas pessoas mais antigas da família. Saberes esses esquecidos ou desvalorizados (FRUG et al. 2013, p. 8). Para iniciar o trabalho com hortas, é necessário envolvimento das crianças em todas as etapas de desenvolvimento do projeto, desde a escolha do local, preparação dos canteiros, o plantio das sementes, o cuidado na germinação, a rega, até a fase final da colheita. Figura 4 - A vivência com hortas possibilita o reconhecimento da vida natural. Fonte: Shutterstock, 2018. Desta forma a criança vai se apropriar das interações entre os seres vivos e os fatores ambientais, e ao mesmo tempo perceber a importância destas relações para manutenção da vida. Além das hortas (consideradas como viveiros de plantas), é muito interessante proporcionar aos alunos da Educação Infantil vivência nos espaços naturais como viveiros de aves e ambientes que abriguem diferentes animais (mamíferos, anfíbios, répteis, insetos etc.). O conhecimento desses espaços pode ocorrer tanto na própria escola quanto na visitação a zoológicos e parques ecológicos. A ideia de vivência destes espaços é a exploração da biodiversidade e a percepção das inter- relações que existem entre todas as espécies vivas da Terra. Daí a importância da formação das crianças, neste contexto. Assim, surgem novas propostas de pedagogias específicas, que surgiram para contemplar estas relações, como é o caso da Ecopedagogia, proposta por Moacir Gadotti, ou a pedagogia Waldorf de Steiner (BACH JUNIOR, 2007). VOCÊ SABIA? As diferentes possibilidades de vivências em espaços complementares aos espaços formais acabam por indicar uma nova concepção de Educação Ambiental, voltada à formação global das crianças. Essa nova concepção permite que os alunos aprendam conceitos e condutas de mais responsabilidade frente às questões ambientais, apropriando-se da necessidade de preservação, conservação e sustentabilidade para a manutenção dos padrões de vida no planeta, com vistas às atuais e futuras gerações. Ainda no ensino de Ciências Sociais e Naturais, existem possibilidades de aprendizagem pela experiência nos espaços de experimentações, onde as crianças podem vivenciar, na prática, conceitos e conteúdos predefinidos nos currículos formais da Educação Infantil a exemplo das cozinhas e dos laboratórios experimentais. Espaços de experimentações: cozinhas experimentais; laboratório experimental As possibilidades de experimentação complementam o ensino de ciências; através de experimentos simples, é possível permitir que as crianças aprendam fazendo, apropriando-se de conhecimentos científicos. Dessa maneira, a atividade em cozinhas experimentais é um excelente recurso pedagógico; as crianças podem observar o processo de mistura de ingredientes, traduzindo-se como um laboratório, que possibilita aprendizagens relacionadas às Ciências Sociais; Ciências Naturais; aos códigos e linguagens e às Ciências Matemáticas. Fundada pelo austríaco Rudolf Steiner, em 1919, a pedagogia Waldorf tem por fundamento o conhecimento do ser humano e de suas relações com o meio ao qual está inserido, segundo a Antroposofia, do grego, relacionado à “sabedoria humana”. A Antroposofia de Rudolf Steiner é mais abrangente que a Ciência Natural, trazendo uma visão das inter-relações existentes entre o universo e o homem (BACH JUNIOR, 2007). Para saber mais, acesse o endereço: < https://periodicos.furg.br/remea/article/view/3559>. https://periodicos.furg.br/remea/article/view/3559 Figura 5 - A cozinha experimental é um recurso para aprender sobre Ciências. Fonte: ESB Professional, Shutterstock, 2018. A experimentação possibilita momentos de investigação, de levantamento e validação de hipóteses, de vivência de situações de aprendizagem; de leitura e exploração dos sentidos humanos, representando uma aula por descobertas, ou seja, da prática da metodologia científica de pesquisas. Neste contexto, o primeiro contato com os conhecimentos científicos define o gosto das crianças pelas Ciências. [...] se esse primeiro contato for agradável, se fizer sentido para as crianças, elas gostarão de Ciências e a probabilidade de serem bons alunos nos anos posteriores será maior; do contrário, se esse ensino exigir memorização de conceitos além da adequada a essa faixa etária e for descompromissado com a realidade dos alunos, será muito difícil eliminar a aversão que eles terão pelas ciências (CARVALHO et al., 2007, p. 6). Os laboratórios experimentais podem se tornar espaços de aprendizagens científicas intuitivas, sendo explorados conhecimentos relacionados às Ciências Naturais como a Física, a Química e a Biologia. CASO As possibilidades de abordagem dos conteúdos trabalhados nas Ciências Sociais e Naturais são diversificadas com a inserção de atividades de experimentação, cabe aos docentes que selecionem as melhores práticas de forma que sejam mais adequadas a cada público-alvo, levando em consideração o pensamento que as crianças já possuem sobre a diversidade dos fenômenos naturais. Uma professora de Ensino Infantil decidiu utilizar um procedimento experimental para iniciar os estudos dos conteúdos referentes a presença do oxigênio no ar e sua função de provocar a combustão. A escolha da professora foi da observação de fenômenos, na primeira etapa da aula, o objetivo foi de mostrar as crianças, a relação entre o tempo que uma vela fica acesa e a quantidade de ar que existe em recipientes de diferentes tamanhos. A professora acendeu três velas iguais e pediu para que três alunos a ajudassem; cada um deles, recebeu um frasco de vidro de tamanhos diferentes, e foi solicitado que eles colocassem os frascos sobre cada uma das velas acessas pela professora. A professora então pediu que as crianças observassem o que iria acontecer com cada uma das velas acesas; as chamas das velas foram se apagando uma a uma, primeiro a do frasco menor e, por último, a chama do frasco maior. A professora então desafiou os alunos a responderem o que havia ocorrido, todos responderam o que haviam observado, relacionando a questão de primeiro ter-se apagado a vela do frasco menor e por último do frasco maior. Nesse momento, a professora interviu explicando a presença de mais oxigênio no frasco maior, e que a vela utilizava o oxigênio para ficar acesa, portanto, a chama que ficou mais tempo acesaera a que tinha mais quantidade de oxigênio disponível. Após a explicação da professora, os alunos tiveram um tempo para registrar o que haviam observado, representando a experiência na forma de um desenho. - 9 - Figura 2 - Aprender com o globo terrestre desenvolve a possibilidade de vivenciar o imaginário. Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2018. O globo terrestre é uma ferramenta didática que representa a forma esférica da Terra de maneira fiel; no entanto, há algumas limitações, como a dificuldade na medição de distâncias e na visualização do planeta em sua totalidade. Segundo Theves e Kaercher (2014, p. 143): [...] os globos e os mapas são fascinantes, pois permitem viagens a lugares concretos e vivências com o imaginário. Com eles, podemos oportunizar momentos de interação significativos e encharcados de curiosidade através de questionamentos e perguntas que podem ser suscitados com a sua observação e leitura. Neste contexto, o contato dos alunos com globos terrestres e mapas nas salas de aula possibilita a representação do espaço, desperta a curiosidade, o senso de investigação, e agrega conhecimentos sobre o espaço e sua representação. Metodologia e prática do ensino de ciências sociais e naturais da educação infantil Professora: Keila Rodrigues Aula 15: O pensamento das crianças sobre os fenômenos naturais. Terra, Vulcões e terremotos. Alternativas metodológicas que relacionem conteúdo e didática no Ensino de Ciências Sociais e Naturais na Educação Infantil O pensamento das crianças sobre os fenômenos naturais As crianças apresentam uma forma muito peculiar de explicar os fenômenos com os quais convivem. Como elas aprendem através de interações, acabam por traduzir suas experiências com base no que veem, e na maneira como sentem e ouvem as coisas. Devido ao egocentrismo nato do desenvolvimento infantil, é muito comum que as crianças se coloquem em uma posição central para explicar os fenômenos naturais que observam. Outras características também são identificadas nesta etapa do desenvolvimento, como o animismo (pelo qual atribuem características e ações humanas aos elementos da realidade) e o artificialismo (onde os fenômenos podem ser explicados como se fossem produzidos pelos seres humanos para lhes servir, como todos os outros objetos), conforme indica Assis (2017). Segundo Galvão (2007), na concepção de Henri Wallon o pensamento infantil é sincrético, uma espécie de nuvem de elementos que vão se combinando para criar sentidos a suas dúvidas. A sensibilização de todos os cidadãos do mundo, quanto a fenômenos naturais que podem provocar catástrofes, é de grande importância para que se possa reduzir ou mitigar o risco de desastres naturais; a prevenção é uma das medidas adequadas a esta finalidade. Assim, o ensino desses fenômenos tem por objetivo aumentar a consciência sobre as medidas que reduzem o risco de desastres naturais. Considerando o impacto causado nas crianças pelas interrupções inesperadas nas rotinas de suas vidas, e que milhões de crianças pelo mundo afora são vítimas de desastres e mudanças climáticas, é extremamente indicado que a prevenção destas catástrofes naturais se inicie ainda na infância. VOCÊ QUER VER? Dentre as perspectivas apresentadas, é importante considerar que as crianças têm explicações próprias sobre os fenômenos naturais como tsunamis, furacões, enchentes, vulcões e terremotos, motivo pelo qual devem ser orientadas e contar com informações complementadas pelos docentes. O curta-metragem Como desastres naturais afetam crianças no mundo, subsidiado pela Unicef, traz uma visão bastante enriquecedora de como as catástrofes naturais impactam o psicológico das crianças que veem ou vivenciam essas tragédias. Para assistir, acesse o endereço: < https://www.terra.com.br/noticias/fyi-news/videos/como-desastres-naturais-afetam- criancas-no-mundo,8495451.html>. https://www.terra.com.br/noticias/fyi-news/videos/como-desastres-naturais-afetam-criancas-no-mundo%2C8495451.html https://www.terra.com.br/noticias/fyi-news/videos/como-desastres-naturais-afetam-criancas-no-mundo%2C8495451.html Tsunamis, furacões e enchentes Os fenômenos naturais são muitas vezes causas de grandes desastres. E conhecê-los é o primeiro passo para prevenir as consequências destas manifestações da natureza. Entre os fenômenos que têm sido registrados com maior frequência nas últimas décadas estão os tsunamis (ANDRADE, 2011). Tsunamis são definidos como grandes ondas formadas nos oceanos, devido à presença de terremotos ou outros eventos geológicos que atingem a crosta terrestre. A força destas ondas gigantes é tão grande, que invade áreas litorâneas causando destruição por onde passam. As ondas que tem um comprimento entre 10 km e 500 km, são consideradas tsunamis; estas ondas são muito altas e se movimentam com muita velocidade (ANDRADE, 2011). No Brasil, este não é um fenômeno comum, devido à localização geológica do país em relação às placas tectônicas, sendo mais registrados nos oceanos Índico e Pacífico; mas conhecer este fenômeno pode auxiliar, no caso de viagens para áreas com maior risco. Alguns sinais podem alertar sobre a chegada de um tsunami, por exemplo, o recuo do mar, a praia fica mais extensa; a presença de uma linha branca no horizonte; um barulho muito alto vindo do mar (parecido com o barulho de um jato); atenção aos animais, como cães, pássaros etc., que se afastam da praia correndo, pouco tempo antes do tsunami acontecer. Os jogos digitais e de videogames, com acesso pela internet, podem auxiliar no ensino sobre tsunamis, representando uma estratégia lúdica com as quais as crianças aprendem brincando. Outra possibilidade de trabalho com fenômenos naturais é através de vídeos. Os furacões, por exemplo, podem ser abordados por meio de filmes de curta-metragem e no formato de desenhos que tornam os processos de ensino mais atraentes aos alunos na idade da Educação Infantil. VOCÊ QUER VER? Outro fenômeno natural que pode provocar transtornos são as enchentes, as quais tanto decorrem de causas naturais, quanto são provocadas pela ação do ser humano no meio ambiente. Enchentes pelo excesso de volume de água nos rios e córregos, que excedem sua capacidade de escoamento, transbordando e invadindo outras áreas, podem ocorrer por conta de chuvas excessivas, pelo degelo natural de montanhas, pelas variações de temperaturas nas estações do ano, dentre outras causas. Por outro lado, a interferência humana no meio ambiente pode provocar inúmeras causas de enchente: o acúmulo de lixo em vias públicas prejudica o escoamento das águas das chuvas; a Os vídeos são ferramentas eficazes para que as crianças compreendam conceitos importantes sobre fenômenos naturais que podem provocar grandes catástrofes. O vídeo educativo Como se forma um furacão explica, por meio de animação, que os furacões formam-se no mar com ventos fortes que atingem altas velocidades. E que, ao chegarem em terra firme, causam muita destruição por onde passam, até perderem a força. Para assistir, acesse: <https://www. youtube.com/watch?v=9Px5yM0sS3c>. https://www.youtube.com/watch?v=9Px5yM0sS3c https://www.youtube.com/watch?v=9Px5yM0sS3c impermeabilização do solo por conta das ocupações nas áreas urbanas; a agricultura e a pecuária também podem ser associadas a enchentes, por conta da modificação no leito dos rios, assoreamento, erosão, deterioração das matas ciliares, dentre outras interferências. Nesse contexto, o teatro, a dança, a leitura de contos e histórias, a visitação a espaços educativos sobre estas temáticas são alguns exemplos de estratégias didáticas de ensino que podem ser utilizadas pelos professores para a formação de um pensamento consciente das relações do ser humano com a natureza. O conhecimento sobre os aspectos geológicos da Terra, desde sua formação até ocomportamento geológico atual e futuro, pode ser mais um instrumento de conscientização do papel da espécie humana no planeta. Terra, vulcões e terremotos O planeta Terra passa por transformações em sua constituição, desde o início de sua formação. A formação da crosta terrestre surgiu a partir da solidificação superficial do magma que se encontrava no centro do planeta e ao encontrar as camadas superficiais mais frias, acabavam por se solidificar. Este processo formou o fundo oceânico e todos os continentes, em texturas e alturas diversificadas; os continentes se elevaram em cima das placas tectônicas, gigantescos blocos que formam a camada sólida externa da Terra e que se encontram em movimentação constante, boiando sobre o magma (AMABIS; MARTHO, 2004). De acordo com Kearey, Klepeis e Vine (2014), a solidez da crosta terrestre guarda em seu interior um material viscoso e quente – o magma –; do choque entre as placas tectônicas e as camadas superiores da Terra surgem os vulcões, que se apresentam como aberturas na crosta terrestre por onde é expelido o magma, que é empurrado para fora da crosta terrestre. O movimento natural das placas tectônicas produz outros fenômenos naturais de grande importância, como é o caso dos terremotos. Esta movimentação das placas tectônicas pode acontecer por afastamento dos blocos (zonas de divergência) ou por aproximação (zonas de convergência). VOCÊ SABIA? Ao conhecer um pouco mais sobre a percepção ambiental que pode ser trabalhada junto à apresentação dos fenômenos naturais, é possível criar uma postura diferenciada nas crianças, referente à necessidade de preservação da natureza. Compreender como a natureza se apresenta, e de que forma os seres vivos integram o sistema natural, permite e ampliação da necessidade de mudança de atitudes da espécie humana frente à grande biodiversidade existente no planeta. A América do Sul se afasta 3 cm por ano da costa da África, dando origem a cordilheiras, abismos marinhos e provocando terremotos e tsunamis. Alguns países estão mais vulneráveis à ocorrência de terremotos, entre os quais Japão, Estados Unidos e Turquia, e alguns países da América do Sul (Chile, Peru e Equador) porque estão localizados nas bordas de duas ou mais placas tectônicas. No Brasil, a ocorrência de terremotos é quase nula porque o país localiza-se sobre uma única placa (PEREIRA; FERREIRA; BEZERRA, 2008). Percepção sobre biodiversidade Para promover a conscientização quanto à importância de conservar a diversidade de espécies vivas, para manter a estabilidade dos ecossistemas do planeta, é necessário que a espécie humana adquira uma postura cidadã mais consciente e atuante junto aos problemas ambientais provocados pela escolha dos hábitos de vida inadequados, adotados pela espécie humana. “Entende-se como biodiversidade a grande diversidade de vida existente no planeta” (BARBIERI, 2010, p. 7). O ensino de Ciências Naturais na Educação Infantil tem a finalidade de ampliar a visão dos alunos sobre a biodiversidade de vida no planeta e, desta forma, promover o incentivo à prática de conservação e preservação. Dentre os conteúdos sobre biodiversidade abordados, podemos destacar as características gerais e os hábitos dos diferentes seres vivos (alimentação; reprodução; locomoção) em relação ao ambiente em que vivem; o ciclo vital das diferentes espécies de animais e plantas e os processos de interações da biodiversidade com os fatores ambientais. As estratégias didáticas a serem utilizadas perpassam a criação de pequenos animais em sala de aula ou laboratórios, que envolvem as crianças na manutenção dos cuidados com estas criações; ou a visitação a espaços destinados à preservação e conservação de espécies, como parques zoológicos, jardim botânico, ou até mesmo uma praça; a observação de fotos ou vídeos sobre espécies específicas, dentre outras. Ao realizar abordagens educativas sobre a biodiversidade, é possível mobilizar as crianças sobre a importância de cada ser vivo do planeta e do papel que a espécie humana tem na preservação desta biodiversidade. Como em outros conteúdos ensinados nas Ciências Sociais e Naturais, a utilização de recursos lúdicos pode ser realizada, como forma de ensinar através da brincadeira e diversão. O lúdico no ensino de Ciências Sociais e Naturais na Educação Infantil A utilização de recursos lúdicos como ferramenta didático-pedagógica para o ensino de Ciências deve ser explorada pelos docentes desde a Educação Infantil, principalmente devido à fase de desenvolvimento cognitivo que as crianças apresentam neste nível de ensino. O uso de propostas lúdicas como ferramentas didáticas colaboram na aprendizagem significativa para as crianças, possibilitando o desenvolvimento da socialização, da criatividade, da concentração, promovendo a interação professor-aluno e aluno-aluno; desenvolve o raciocínio, despertando interesse na aprendizagem (VYGOTSKY, 2003). Através da utilização do lúdico, as crianças aprendem a respeitar regras, opiniões divergentes, desenvolve potencialidades e habilidades, permitindo que estas construam sua própria identidade (DINELLO, 2004). A utilização dos jogos lúdicos nos processos de ensino e aprendizagem auxilia na assimilação dos conteúdos e representa uma ferramenta de motivação aos alunos. Para Kishimoto (1994) a inserção do lúdico apresenta duas funções principais: propiciar prazer e diversão, e ensinar o que compete ao indivíduo em seu saber. Dentre as propostas de práticas lúdicas destacam-se a utilização de jogos; a contação e a construção coletiva e individual de histórias; a participação em dramatizações, teatro de fantoches, brincadeiras que envolvam a dança, a música e outras representações artísticas, como o desenho, a pintura, trabalhos manuais; brincadeiras que possibilitem a expressão de emoções coletivas e outros momentos de socialização. As atividades lúdicas também servem ao ensino na Educação Infantil, potencializando e auxiliando no desenvolvimento das crianças em diferentes aspectos (físico, psicológico, cognitivo, motor e de sociabilidade); interferindo de maneira positiva na construção do conhecimento; no desenvolvimento da imaginação, do raciocínio e da criatividade e na consolidação do sistema de representação da alfabetização e letramento. A disponibilidade de aprender e brincar simultaneamente representa infinitas possibilidades nos processos de ensino. Aprender brincando No contexto da infância, toda criança tem o direito de brincar, pois o brincar representa uma das atividades mais importantes nesta fase do desenvolvimento infantil. No entanto, na Educação Infantil, o brincar não deve ser totalmente substituído por atividades dirigidas apenas à alfabetização. Nos processos de ensino e aprendizagem, cabe aos educadores a função de inserir propostas de brincadeiras, jogos lúdicos e possibilidades de desenvolvimento da coordenação motora, contribuindo na formação integral das crianças. O aprender brincando promove momentos nos quais as crianças possam se expressar livremente, expondo sentimentos, socializando e vivenciando situações de convivência coletivas e de respeito ao próximo. Conforme defende Fortuna (2000), as interações criança-criança e professor-criança podem ser contempladas através das atividades lúdicas. A infância representa uma fase do desenvolvimento humano na qual se inicia os processos de desenvolvimento de habilidades e competências para a vida. Por este motivo torna- se imprescindível a inserção de momentos de descontração e prazer, associados aos processos educativos, através de brincadeiras, jogos, brinquedos, histórias de faz-de-conta, dentre outras possibilidades que permitam a sensação de liberdade e o uso da imaginação. Nesta perspectiva, a disponibilidade de jogos e brincadeiras junto à natureza é uma excelente opção. Brincadeirasna natureza Existem muitas opções de brincadeiras na natureza que estimulam as crianças na aprendizagem de Ciências Sociais e Naturais, entre as quais a descoberta da direção do vento. Para a realização desta atividade lúdica as crianças deverão receber tiras de papel crepom que irão segurar nas mãos, reproduzindo uma espécie de biruta, mostrando a direção do vento; podendo auxiliar, por exemplo, no ensino dos estados físicos da matéria, ou sobre os elementos da natureza, ou até numa aula sobre meios de transporte. Outra alternativa é a captura para observação de insetos, de aves e de outros animais. Nesta brincadeira, uma das regras principais é não ferir os animais, mas explorar o terreno da escola ou ao seu redor, observando e aprendendo com esses seres. Esta técnica pode ser utilizada em aulas sobre os seres vivos; ou sobre insetos; ou sobre a biodiversidade; sobre as partes que formam o corpo dos animais observados, os meios de locomoção etc. A professora pode solicitar que as crianças, após a observação, realizem o registro do que vivenciaram por meio de um desenho. VOCÊ QUER LER? Na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o contato com a natureza proporciona experiências únicas às crianças. Através da exploração de sua sensibilidade, é possível construir valores essenciais para sua formação enquanto futuros cidadãos. Diferentes linguagens podem ser utilizadas nas representações dos fenômenos naturais, e conhecer estas possibilidades auxilia os docentes nas escolhas mais adequadas aos seus alunos. Linguagens na representação dos fenômenos e do espaço Os processos de comunicação utilizados no ensino e aprendizagem das Ciências envolvem diferentes linguagens. Mercer (1997, p. 74) defende que “[...] atividade educativa como a ciência envolve o uso prático de maneiras específicas e definidas culturalmente de se usar a linguagem como meio social e de pensamento”. Um exemplo da utilização da linguagem verbal pelas crianças da Educação Infantil são as rodas de conversa, nas quais as crianças sentadas em círculo, por intermédio da professora, podem organizar o dia, discutir assuntos de interesse, realizar pesquisas, observações, leitura coletiva de livros ou contação de histórias. Neste nível de escolarização, este tipo de recurso representa uma possibilidade mais próxima da formalidade, que continuará a ser explorado em fases posteriores de escolarização. A linguagem não verbal também é explorada no ensino de Ciências, como é o caso da exploração dos sentidos humanos; da linguagem corporal ou espacial; da linguagem artística (através do desenho, da dança, da imitação, da representação teatral), dentre outras formas de expressão da compreensão e percepção das crianças sobre o objeto da aprendizagem. Outra questão bastante importante é a transposição didática, capaz de tornar a linguagem científica numa linguagem escolar melhor absorvida pelas crianças aprendentes. Enfim, é possível compreender o ensino de Ciências Sociais e Naturais como de extrema importância na formação cognitiva e sensorial dos alunos na Educação Infantil, desde que este ensino seja pautado em ferramentas e recursos didáticos pedagógicos que contemplem os diferentes estilos de aprendizagem e estágios de desenvolvimento desta faixa etária. Um livro muito esclarecedor sobre a importância de atividades lúdicas na infância é “A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica”, no qual a autora Maria Cristina Trois Dorneles Rau (2011) traz conceitos e práticas para a utilização do lúdico junto à Educação Infantil. Bibliografia ALMEIDA, R. D. de. Cartografia e infância. In: COLÓQUIO DE CARTOGRAFIA PARA CRIANÇAS, 6.; FÓRUM LATINO- AMERICANO DE CARTOGRAFIA PARA ESCOLARES, 2., Juiz de Fora – MG, 2009. Disponível em: < https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2798935/mod_resource/content/1/Cartografia-e-infancia.pdf>. Acesso em: 22/08/2018. .; JULIASZ, P. C. S. Espaço e tempo na Educação Infantil. São Paulo: Contexto, 2014. Disponível em Biblioteca Virtual Universitária: <https://eadlaureate.bv3.digitalpages.com.br/users/publications /9788572448284>. Acesso em: 22/08/2018. AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das Populações: genética, evolução biológica, ecologia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. ANDRADE, F. R. D. Terremotos e tsunamis no Japão. Revista USP, n. 91, p. 16-29, São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.journals.usp.br/revusp/article/view/34838/37576>. Acesso em: 25/08/18. ASSIS, V. Z. Avaliação das características de linguagem e parâmetros acústicos em crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. Dissertação (Mestrado em Ciências), Unicamp, Campinas – SP, 2017. 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