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1 Controle de constitucionalidade Nome do autor [citar todos os autores] RESUMO Neste artigo iremos tratar sobre a inconstitucionalidade das normas, as formas em que são exercidas, e quais as formas de combater ou protestar a inconstitucionalidade que por muitas vezes legisladores, intencionalmente ou não, auferem a constituição, através de leis, ementas, decretos. Palavras-chave: 1 Inconstitucionalidade. 2 hierarquia constitucional. 3 formas de controle Palavra. 4 Constituição Federal. ABST IN THIS ARTICLE WE WILL DEAL WITH THE UNCONSTITUTIONALITY OF THE NORMS, THE WAYS IN WHICH THEY ARE EXERCISED, AND THE WAYS TO COMBAT OR PROTEST THE UNCONSTITUTIONALITY THAT MANY TIMES LEGISLATORS, INTENTIONALLY OR NOT, EARN THE CONSTITUTION, THROUGH LAWS, MENUS, DECREES. Key-words: Word 1. Word 2. Word 3. Word 4. Word 5. 1 INTRODUÇÃO A Constituição é o ápice do sistema jurídico, se encontra em posição de hierarquia máxima em relação às demais normas do ordenamento jurídico. Nosso ordenamento jurídico é um sistema de tal modo que as leis constantes em um diploma devem estar em consonância constante de outro diploma, e todas elas devem estar devem estar conforme nosso diploma maior que é a constituição federal. Ocorre que em diversas situações pode acontecer de uma lei infraconstitucional estar em desconformidade com a 2 constituição federal, há nesse caso uma inconstitucionalidade. Para corrigir tal inconstitucionalidade, existe um mecanismo, que se chama controle de constitucionalidade que por sua vez é um instrumento pelo qual se verifica a conformidade dos dispositivos infraconstitucionais, com a constituição federal. 2 DESENVOLVIMENTO Controle de constitucionalidade Controle de constitucionalidade seria verificação por um órgão competente da consonância ou compatibilidade de uma determinada espécie normativa, levando-se em consideração uma Constituição, que fundamenta a validade daquela norma e, portanto, não podendo ser contrariada pela aquela norma inferior. Para Alexandre de Moraes, “controlar a constitucionalidade significa verificar a adequação (compatibilidade) de uma lei ou de um ato normativo com a Constituição, verificando seus requisitos formais e materiais.” (MORAES, 2005, p. 627) Formas de inconstitucionalidade Quanto ao tipo de conduta praticada pelo poder público: Nesse aspecto, possui duas espécies de inconstitucionalidade, por ação ou por omissão: Para MACHADO (2004, p. 282): Define-se a inconstitucionalidade como qualquer incompatibilidade vertical entre as normas infraconstitucionais e a Constituição. Haverá inconstitucionalidade quando se pratica um ato em linha de colisão com a Lei Maior (inconstitucionalidade por ação) ou quando se deixa de praticar um ato determinado pela Constituição (inconstitucionalidade por omissão). Inconstitucionalidade por ação Segundo José Afonso da Silva (2005, p. 47), a inconstitucionalidade por ação ocorre quando: 3 Ocorre com a produção de atos legislativos ou administrativos que contrariem normas ou princípios da constituição. O fundamento dessa inconstitucionalidade está no fato de que do princípio da supremacia da constituição resulta o da compatibilidade vertical das normas da ordenação jurídica de um país, no sentido de que as normas de grau inferior somente valerão se forem compatíveis com as normas de grau superior, que é a constituição. As que não forem compatíveis com ela são inválidas, pois a incompatibilidade vertical resolve- se em favor das normas de grau mais elevado, que funcionam como fundamento de validade das inferiores. Segundo o autor Jose Afonso o dispositivo ou lei por completo se encaixaria nessa classificação de inconstitucionalidade, quando o dispositivo ou lei estar expressamente contra oque a constituição já normatizou. E ainda haveria duas subdivisões. A Formal, onde o vicio estaria no agente ou no processo do surgimento da norma, e a Material, quando o conteúdo em si estaria sendo contrario a constituição. Espécies de inconstitucionalidades por ação Inconstitucionalidade formal: Se durante o processo legislativo não forem observados certos requisitos para a elaboração de uma lei, e que não esteja de acordo com o ordenamento jurídico e que inclusive não houver o respeito à Constituição Federal, poderá esta lei ser declarada inconstitucional. O que temos como exemplo se em uma edição de uma medida provisória se não forem observados os requisitos de relevância e urgência, a mesma estará viciada e não terá eficácia alguma, por violar as regras contidas na Constituição Federal, e será a mesma inconstitucional. Inconstitucionalidade material: A inconstitucionalidade por vício material se refere ao conteúdo, substancial ou doutrinário. O vício se diz respeito à matéria, ao conteúdo do ato normativo. Caso um ato normativo afronte a Lei Maior (Constituição Federal) deverá ser declarado inconstitucional, por possuir um vício material. O conteúdo de uma norma não poderá afrontar os princípios constitucionais, se a matéria contida na norma violar os direitos e garantias fundamentais, a inconstitucionalidade material estará presente e não poderá a matéria ora viciada prevalecer em razão da Constituição Federal. 4 Inconstitucionalidade por omissão Segundo PAULO E ALEXANDRINO (2015, P. 2015): Temos a inconstitucionalidade por omissão quando a afronta à Constituição resulta de uma omissão do legislador, em face de um preceito constitucional que determine seja elaborada norma regulamentando suas disposições. Constitui, portanto, uma conduta omissiva frente a uma obrigação de legislar, imposta ao Poder Público pela própria Constituição. No que diz a Doutrina SILVA (2005, p.47 e 48), tal omissão poderá ocorrer quando o agente público for omisso na aplicação de uma norma por lacuna da constituição que prevê que uma lei especifica deveria tratar de tal direito, conforme no trecho a seguir: Verifica-se nos casos em que não sejam praticados atos legislativos ou administrativos requeridos para tornar plenamente aplicáveis normas constitucionais. Muitas destas, de fato, requerem uma lei ou uma providência administrativa ulterior para que os direitos ou situações nelas previstos se efetivem na prática. A Constituição, por exemplo, prevê o direito de participação dos trabalhadores nos lucros e na gestão das empresas, conforme definido em lei, mas, se esse direito não se realizar, por omissão do legislador em produzir a lei aí referida e necessária à plena aplicação da norma, tal omissão se caracterizará como inconstitucional. Ocorre, então, o pressuposto para a propositura de uma ação de inconstitucionalidade por omissão, visando obter do legislador a elaboração da lei em causa. Outro exemplo: a Constituição reconhece que a saúde e a educação são direitos de todos e dever do Estado (arts. 196 e 205), mas, se não se produzirem os atos legislativos e administrativos indispensáveis para que se efetivem tais direitos em favor dos interessados, aí também teremos uma omissão inconstitucional do Poder Público que possibilita a interposição da ação de inconstitucionalidade por omissão (art. 103). A inconstitucionalidade por omissão ocorre quando a violação da constituição surge por não haver uma norma jurídica, e sim uma lacuna inconstitucional. Devido à constituição ter uma norma jurídica em que o legislador necessita elaborar uma norma jurídica para regulamentar uma matéria, no entanto o legislador foi omisso e não regulamentou a norma. Podemos citar como exemplo o Artigo 37,VII, da Constituição Federal de 1988. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 5 também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,de 1998) VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Apesar de o legislador determinar que haverá lei especifica para regulamentar o direito a greve do servidor público, até os dias atuais, o legislador não elaborou a lei que regulamenta o direito a greve. A inconstitucionalidade por omissão também pode ocorrer por omissão de um órgão administrativo, conforme dispõe Artigo 103, da Constituição Federal de 1988 Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. A inconstitucionalidade por omissão somente ocorre nas normas constitucionais de eficácia limitada, ou seja, é aquela que dependem de uma legislação posterior para adquirirem eficácia. Controle Preventivo de Constitucionalidade É aquele exercido antes do aperfeiçoamento do ato, antes da lei virar lei, antes do ato virar ato. O controle preventivo é o controle realizado durante o processo legislativo de formação do ato normativo. Exemplo: projeto de lei. No momento de um projeto de lei a ser apresentado, a quem der o início do processo legislativo, deve verificar a regularidade material do aludido projeto de lei. O controle preventivo também é exercido pelos poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário. Controle de Constitucionalidade Repressivo O Controle de Constitucionalidade Repressivo ou Posterior será realizado sobre a lei, e não sobre o projeto de lei ou seja surge depois de a lei ser criada. Os órgãos de controle irão verificar se a lei, ou ato normativo, possuem um vício formal produzido durante o processo de sua formação, ou se possuem um vício em seu conteúdo, qual seja um vício material. Estes órgãos de controle poderão exercer os 6 seguintes sistemas de controles, conforme adotado pelo Estado: político; jurisdicional; híbrido. Sistema de Controle Político – é exercido por um órgão distinto dos três poderes, órgão garantidor da supremacia da Constituição. Temos como exemplo as Cortes e Tribunais Constitucionais na Europa. Sistema de Controle Jurisdicional – Este sistema é realizado pelo Poder Judiciário, tanto através de um órgão único, como qualquer juiz ou tribunal, o que em nosso ordenamento jurídico pode ser exercido por esses dois sistemas. Sistema de Controle Híbrido – As normas podem ser levadas a um único órgão distinto dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), enquanto outras são apreciadas pelo Poder Judiciário. Controle de constitucionalidade difuso (concreto) O controle difuso de constitucionalidade surgiu nos Estados Unidos da América em 1803, quando do célebre julgamento do caso William Marbury versus James Madison, no qual o Juiz John Marshall afirmou a supremacia das normas constitucionais no ordenamento jurídico, fixando-se pioneiramente a tese fundamental de que os atos normativos em geral não podem ser editados em desconformidade com o disposto na lei magna. Assentou-se, naquele caso, que cabe ao Poder Judiciário decidir quando e em que medida determinado ato viola a Constituição. No Brasil, por sua vez, surgiu com a Constituição Federal de 1891. No entanto neste dispositivo qualquer juiz pode declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo público. No âmbito dos tribunais, entretanto, deve-se observar a cláusula de reserva do plenário (artigo 97, CF), ou seja, a princípio somente o plenário (ou órgão especial) de um tribunal poderia exercer esse controle. Mas cabe ressaltar que o presente controle também pode ser realizado pelo próprio STF, principalmente quando realiza julgamento de recurso extraordinário, Mandado de Segurança entre outros. O controle difuso, irá realizar o seus efeitos inter partes, nesse sentido, os efeitos possuem validade apenas para as partes que estão envolvidas dentro do caso concreto em específico. Vale destacar também, quando o assunto é lei municipal que contraria à constituição, é possível apenas o controle difuso de constitucionalidade, ou seja, é possível uma análise apenas dentro do caso em concreto. 7 Controle concentrado (abstrato) No controle concentrado da Constituição Federal a competência para julgar é exclusiva do Supremo Tribunal Federal. A provocação deve ser feita, via ação, por um dos legitimados previstos no artigo 103, CF (Presidente da República; Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do Distrito Federal; Procurador-Geral da República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido político com representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional). A norma será analisada abstratamente, em tese, sendo o controle de sua constitucionalidade o próprio mérito da ação. A decisão, nesse caso, será aplicável para todos e vinculará os demais órgãos do Poder Judiciário e a Administração direta e indireta das esferas federal, estadual e municipal (não vincula a função legislativa). Dessa forma, é como se a norma fosse retirada do ordenamento jurídico, pois a partir dessa decisão não será mais aplicável para ninguém. Princípios norteadores do controle de constitucionalidade Princípio da supremacia da constituição Este princípio situa a Carta Magna no ápice do ordenamento jurídico, e estabelece seu texto como o fundamento de validade para a legislação infraconstitucional. Princípio da presunção de constitucionalidade das leis e atos do poder público Pode-se presumir que quando um órgão elabora um ato normativo, este atentou-se para as normas pré-estabelecidas na Constituição Federal. Fala-se em presunção relativa pois é possível que, por meio de decisão judicial, seja reconhecida sua inconstitucionalidade, desfazendo-se assim o ato Princípio da interpretação conforme a constituição A aplicação deste princípio não se aplica à Constituição, mas à legislação infraconstitucional em conformidade com ela, devendo ocorrer somente de forma alternativa, quando houver espaço para interpretações divergentes, ou seja, quando a norma infra constitucional admite diferentes sentidos, situação que impede que seja acolhido sentido contrário aos princípios constitucionais: ou a norma deverá ser declarada inconstitucional e, assim, portanto, ser expurgada do ordenamento, ou ser acolhida com sentido restrito, amoldado à constituição. 8 Princípio da unidade da constituição A unidade da Constituição deve afastar o paradoxo entre as normas ali encontradas, cabendo ao intérprete buscar o entendimento de todo o texto constitucional, de maneira que nenhuma norma anule a outra. Princípio da máxima efetividade das normas constitucionais O princípio da máxima efetividade das normas constitucionais (ou princípio da interpretação efetiva) consiste em atribuir à interpretação das normas oriundas da Carta Magna sua eficácia plena. Princípio da razoabilidade (proporcionalidade) A razoabilidade exige uma relação de paridade entre a medida adotada e o critério que a dimensiona. Princípio da Interpretação constitucional evolutiva Consiste em uma maneira informal, ou seja, sem a observância de um procedimento específico, de alteração da Constituição, através da atribuição de novo sentido e alcance a conceitos prescritos em uma norma constitucional, sem que haja uma alteração formal de seu texto. Princípio da proibição do retrocesso social Pressupõe que mediante a edição de uma legislação infraconstitucional posterior, uma vez regulamentadoou implementado um direito social constitucionalmente previsto, esse não poderia ser simplesmente revogado sem que, contudo, fosse implantada alguma política substitutiva equivalente, sob pena de configurar um “retrocesso social”. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste sentido pode-se chegar ao fato de que a inconstitucionalidade, seja por ação, seja por omissão, gera-se não só pelo fato de ir de encontro à norma maior do país, a Constituição, mas pela quebra da hierarquia normativa pelo agente público, seja executivo ou legislativo. Podemos ver que o controle de constitucionalidade, foi criado para assegurar a população e limitar o poder, na criação de leis, decretos e ementas, tendo em 9 vista que o legislador não pode em tese, em nenhum momento atingir os princípios fundamentais, prevista na constituição uma vez que o legislador também não pode deixar uma norma omissa, sem lei complementar, pois nesse sentido a mesma seria inconstitucional, Quanto ao controle difuso ou concreto que é exercido por qualquer juiz ou tribunal, todas as esferas normativas (leis ou atos normativos federais, estaduais, distritais e municipais) estão sujeitas a este controle respeitada a competência do órgão jurisdicional, evidentemente, pois necessita de um caso concreto. Já o controle concentrado ou abstrato procura-se obter a declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo em tese, independentemente da existência de um caso concreto, visando-se à obtenção da invalidação da lei, a fim de garantir-se a segurança das relações jurídicas, que não podem ser baseadas em normas inconstitucionais. Nesse contexto controle de constitucionalidade nada mais é do que um “ remédio constitucional” onde no surgimento de algo inconstitucional, o mesmo tem o poder de anular de intervir, pois tudo que contradizer oque esta escrito em nossa Carta de Magda é inconstitucional. REFERENCIAS https://jus.com.br/artigos/64556/teoria-do-controle-de-constitucionalidade- topicos-teoricos-e-pratico http://www.emerj.tjrj.jus.br/serieaperfeicoamentodemagistrados/paginas/series/ 2/Controle_de_Constitucionalidade_140.pdf https://jus.com.br/artigos/53932/conceituando-as-inconstitucionalidades-por- acao-e-por-omissao http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/controle-constitucionalidade.htm NÁPOLI, Edem. Direito Constitucional - Resumo para Concursos. 2. ed. Salvador: Juspodvim. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. 4. ed. Rio de Janeiro: Método https://www.esquematizarconcursos.com.br/artigo/controle-difuso-de- 10 constitucionalidade https://matiasdovale.jusbrasil.com.br/artigos/629395590/controle-difuso-e- concentrado-de-constitucional https://www.direitonet.com.br/resumos/exibir/115/Controle-de- constitucionalidade-Geralidade http://www.normaslegais.com.br/guia/clientes/momentos-controle- constitucionalidade.htm https://arthurgrimaldi.jusbrasil.com.br/artigos/647073436/principios- norteadores-do-controle-de-constitucionalidade MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. atual. com EC nº 35/01. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2002. PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Resumo de direito constitucional descomplicado. 9ª ed. rev. atual. Rio de Janeiro: Forense, 2015. SILVA, José Afonso da.Curso de direito constitucional positivo. 25º ed. rev. atual. nos termos da Reforma Constitucional, tenda Constitucional n.48, de 10.8.2005. São Paulo: Malheiros Editores, 2005.
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