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Resumo Reabsorções Dentarias

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UNIRV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
DISCIPLINA: ENDODONTIA III
REABSORÇÕES DENTARIAS
ACADÊMICO: HENRIQUE DO CARMO LOPES
PROFESSORA: JULIA DANTAS MAZAO
RIO VERDE - GO
JUNHO/2020
Reabsorções dentárias
É um evento fisiológico ou patológico que ocorre principalmente pela ação de clastos ativados, caracterizado pela perda progressiva ou transitório de cemento e dentina. Esse fenômeno é local e pode ser induzido por fatores traumáticos ou infecciosos: os traumas envolvidos são luxação lateral, intrusão, avulsão seguida de reimplante, fratura radicular, e fratura coronária.
O trauma dentário pode ocasionar a ruptura do feixe vásculo nervoso apical, dessa forma a polpa pode necrosar e assim microrganismos presentes na saliva ou no sulco gengival podem colonizar essa polpa, o que representa um fator de manutenção podendo perpetuar a reabsorção dentária de natureza inflamatória.
A ativação e o mecanismo de reabsorção ocorrem através dos osteoclastos que são células gigantes multinucleadas que participam decisivamente do processo de remodelação óssea uma vez que ela reabsorve o osso. A diferenciação anormal ou redução do número de osteoclastos pode resultar em osteosclerose.
Os tecidos mineralizados dos dentes permanentes não sofrem remodelação, portanto não são reabsorvidos e a perda da integridade da camada de odontoblastos e cementoblastos vai permitir acesso de células ao tecido mineralizado e predispõe a reabsorção.
Existe algumas razões para o cemento ser menos afetado por reabsorção que o osso, entre elas é a presença do pré cemento tem uma camada de 3 a 5 micrômetros de espessura e é depositado durante toda a vida e o osso alveolar é recoberto por osteoides que é uma matriz óssea não mineralizada. Os restos epiteliais de malassez protegem o cemento também contra a reabsorção, já os cementoblastos eles formam uma camada que reveste a superfície radicular. As células clásticas estão na interface do tecido mole e tecido duro e apresenta os prolongamentos citoplasmáticos que aumentam a superfície de contato com seu substrato potencializando a reabsorção devido à presença de uma bomba de prótons h mais ATPase.
Existe uma zona sem organelas que é a zona clara, ela contém microfilamentos que vão aderir ao tecido que será reabsorvido, essa divisão ela vai ser firme e vai formar um ambiente ácido propício para reabsorção. Uma vez em contato com a matriz mineralizada, após a perda do pré cemento as células clásticas iniciam a destruição tecidual com a liberação de ácidos e enzimas. A reabsorção ela tem como mecanismo bioquímico a ativação do osteoblasto que irá secretar colagenases degradando os osteóides que vai expor a porção mineralizada do osso.
Atividade de reabsorção do osteoclasto é estimulado diretamente pela interação da ligação das moléculas de rank I presente no osteoclasto e rank L presentes no osteoblasto. O aumento das moléculas de rank l vai estimular a liberação de citocinas que é responsável pelo aumento da formação de osteoclastos e a maturação dos osteoclastos vai permitir que células polarizadas se instalem na superfície que será reabsorvida.
As reabsorções dentárias externas apresentam no exame radiográfico um contorno com uma superposição do canal radicular sobre a área irregular da reabsorção externa. As camadas de cementoblastos e pré cemento são sensíveis às agressões físicas, químicas e biológicas o que vai danificar e acelerar a mineralização do pré cemento, dessa forma vai haver exposição de cemento que é colonizado por células clásticas e dar início à reabsorção dentária externa.
A reabsorção dentária externa substitutiva ocorre em reimplantes, transplantes e luxações. Na ausência do ligamento periodontal o tecido ósseo vai ficar justaposto à superfície radicular formando uma anquilose dentoalveolar e essa união do osso com a raiz vai favorecer a atração e a ligação de células clásticas. A superfície radicular formará lacunas de reabsorção com osteoclastos e são vistas com a posição do osso normal, assim o dente anquilosado ele vai se converter em parte integrante do sistema e a raiz será substituída por osso.
Ela vai ser assintomática e o dente anquilosado é imóvel e frequentemente em suboclusão. O dente fica estável no arco até uma pequena porção remanescente da raiz até quando a inserção epitelial sustentar o dente. Radiograficamente há o desaparecimento do espaço pericementário e uma substituição da raiz pelo osso originando o segmento apical.
Na reabsorção dentária externa transitória ocorre uma reabsorção que paralisa sem qualquer intervenção. Ela pode se estabelecer em qualquer ponto ao longo da raiz dentária ela é paralisada porque o que o processo inflamatório não dá continuidade.
É causada por agressões pouco significativas e de tempo curto de ação, havendo a sobrevivência de grande número de células vitais remanescentes do ligamento periodontal que vão reverter a anquilose inicialmente instalada, dessa forma paralisa o processo de reabsorção que foi iniciado pelas células elásticas.
Devido ao seu pequeno tamanho é de difícil visualização radiográfica e ocorre reparação espontânea através da neoformação cementária com estabelecimento do contorno original da raiz ao exame clínico. O dente caracteriza por normalidade e nenhum tratamento é indicado devido a reparação espontânea.
A reabsorção dentária externa por pressão é determinada por pressão sendo provocada por tratamento ortodôntico, dentes impactados, erupções dentárias, cistos, neoplasias e trauma oclusal. Quando a causa o tratamento é ortodôntico a reabsorção cessará após a remoção da força e quando está associada a patologia pulpar a terapia endodôntica indicada.
A reabsorção dentária externa associada a infecção da cavidade pulpar exige intervenção do profissional que vai eliminar o fator de manutenção presente no interior do canal radicular. Ela pode ser de reabsorção dentária externa apica localizada no ápice radicular e ocorre em dentes com necrose pulpar e lesão perirradicular crônica. o processo é progressivo com pequenas perdas até grandes destruições que comprometem o sucesso do tratamento endodôntico. Lesões periradiculares agudas como abscesso perirradicular não possuem instalação de células clásticas, dessa forma a raiz não sofre reabsorções que possam ser notados em radiografias periapicais. 
O principal fator etiológico é a polpa dental necrosada em que a liberação de mediadores químicos como interleucinas e prostaglandinas e fator de necrose tumoral estimulam ativação de células clásticas que promovem a reabsorção óssea e dentária apical.
Clinicamente assintomática e os sintomas que levam ao diagnóstico de inflamação periradicular. Radiograficamente observam-se áreas rádiotransparentes no ápice radicular e no osso adjacente na maioria das vezes a reabsorção é irregular podendo ser mais acentuada em uma das faces da raiz adquirindo um aspecto que é denominado de bico de flauta.
O tratamento das infecções dentárias externas deve ser direcionado ao combate da infecção endodôntica. A instrumentação deve ser realizada durante toda a extensão do canal remanescente devendo buscar instrumentos mais calibrosos e dentes tratados endodonticamente de maneira deficiente, caso estes apresentem reabsorção apical o retratamento endodontico é indicado se a terapia vier, a fracassar, assim a cirurgia perirradicular será indicada para evitar a reabsorção.
A reabsorção dentária externa lateral é uma reabsorção progressiva presente nos segmentos médio e apical da superfície radicular com a perda do ligamento periodontal formando anquilose e o ligamento periodontal protege a face externa da raiz. Após a superfície da raiz o tecido lesado é eliminado pela resposta inflamatória local e ocorrerá reparação formando novo cemento e ligamento periodontal.
Injúrias severas como luxações e avulsões determina uma ruptura de vasos sanguíneos do forame apical gerando a necrose pulpar isquêmica e microrganismos então irão alcançar o canal radicular através de micro ranhuras do esmalte/dentinae vão estabelecer assim um processo infeccioso endodôntico.
A reabsorção dentária externa é localizada. O cemento e os túbulos dentinários ficam expostos dessa forma produtos autoliticos microbianos atravessam esses tubulos periodontais laterais provocam uma resposta inflamatória e no exame clínico demonstra um centro de flutuação e até uma fístula. Radiograficamente existe uma perda de tecido dental associado a áreas radiolúcidas localizadas em faces laterais vestibular ou palatina da raiz dentária.
Em casos considerados não perfurantes é feito o tratamento endodôntico nos dentes com necrose pulpar ou retratamento e dentes com tratamento deficiente é feito o combate da infecção presente nos canais radiculares. Se o tamanho da reabsorção e o comprometimento dos tecidos adjacentes disseminar processo infeccioso a exodontia deve ser indicada.
A reabsorção dentária externa cervical invasiva é uma reabsorção progressiva localizada no segmento coronário da raiz resultante de uma reação inflamatória do ligamento periodontal pela estimulação microbiana originária do suco gengival. O nome já indica que ela ocorre na área cervical do dente, porém a inserção periodontal não está sempre na margem cervical fazendo com que o processo ocorra mais apicalmente da superfície radicular. Alguns trabalhos relacionam reabsorções cervicais como consequência do clareamento não vital, a polpa não exerce papel nessa reabsorção e na maioria das vezes apresenta-se normal.
Na área infectada a liberação de mediadores químicos que ativam as células clásticas fazem reabsorção de dentina e osso, essa reabsorção cervical torna-se progressiva e destrói o dente no curto período de tempo. É assintomática e pode ser detectada através de exame radiográfico e os dentes unirradiculares são os mais afetados. Aspecto radiográfico apresenta nas faces proximais da superfície radicular com uma área rádiotransparente no interior da raiz que se expande em sentidos coronário e apical. Essas imagens são similares a uma cárie profunda.
O sucesso do tratamento se dá pela remoção do tecido de granulação da raiz e do osso até alcançar o tecido não infectado. Após a regularização dos pontos e a secagem da área reabsorvida será feita a restauração com resina composta ou ionômero de vidro. O tratamento de reabsorções cervicais para dentes anteriores é feito por tração ortodôntica até que toda a área de reabsorção fique numa situação supra óssea.
Já a reabsorção dentária interna inicia em qualquer ponto da superfície da cavidade pulpar podemos ser transitórias e progressivas transitórias. Envolve perda de odontoblastos e prédentina e as progressivas continuam além da dentina exposta.
 Na reabsorção dentária interna inflamatória a absorção da face interna da cavidade pulpar por células clásticas resultante de uma inflamação crônica pulpar tendo como agente etiológico o trauma e infecção. A polpa coronária apresenta tecido pulpar necrosado que ao fator de manutenção do processo de reabsorção, o produto microbiano alcança o canal radicular com polpa vital através dos túbulos dentinários e assim a reabsorção interna progride e esses túbulos dentinarios promovem a comunicação da área necrosada com área do canal com tecido vital.
Ela é assintomática e diagnostica durante o exame radiográfico de rotina podendo ocorrer dor e parte da polpa apresenta necrótica. A localização pode ser em qualquer região da cavidade pulpar que apresente polpa viva assim ela pode se localizar tanto na câmara pulpar quanto no canal radicular. Na radiografia apresenta uma área rádiotransparente caracterizando o movimento uniforme e com aspecto ovalado do canal radicular.
O tratamento cirúrgico deve ser do tamanho e localização da reabsorção que será feito após o tratamento do canal radicular. Quando está localizada no terço apical é indicada a remoção apical e em outros segmentos da raiz é feito o fechamento com materiais para obturações retrógradas.
A reabsorção dentária interna de substituição radiograficamente vai ter um momento irregular da cavidade pulpar que haverá uma superposição da cavidade pulpar sobre a área de reabsorção.
Após algum tempo o processo de absorção é suspenso ocorrendo obliteração do canal. O trauma é um fator etiológico de baixa intensidade na análise radiográfica ao contrário da reabsorção cervical invasiva que será notado uma linha radiopaca entre o canal e a imagem de reabsorção. A localização é na coroa dentária e segmentos radiculares cervicais e médios. O tratamento endodôntico ele pode ser instituído e os procedimentos técnicos são semelhantes ao da reabsorção interna inflamatória não perfurante.
Portanto nas reabsorções dentárias sempre haverá uma causa representada por fatores que vão desencadear o início e criar condições para reabsorção. Os estímulos representados por fatores vão manter e perpetuar essa reabsorção e uma vez removido o estímulo e a inflamação, os fatores inibitórios eles vão se sobrepor aos fatores indutores e darão início ao processo de reparo das estruturas reabsorvidas.

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