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Reprodução em Medicina Veterinária

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1 - ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO
Hormônios: Substâncias químicas sintetizadas e secretadas por glândulas endócrinas em 
uma parte do organismo, que são levadas pela corrente sanguínea ou linfática para outra 
parte do corpo onde modificam as atividades de órgãos alvo específicos. O útero e o 
hipotálamo produzem hormônios que não pertencem a essa definição clássica.
Fatores de crescimento: Na última década têm se realizado estudos sobre as funções 
destes fatores, são substâncias que controlam o crescimento e desenvolvimento de vários 
órgãos, tecidos e cultura de células.
Glândulas Endócrinas
Hipotálamo 
Ocupa pequena porção do cérebro, na região do terceiro ventrículo, estendendo do quiasma 
óptico para o corpo mamilar.
Existe conexão neural entre o hipotálamo e o lobo posterior da hipófise, através do trato 
hipotalâmico-hipofisário e conexão vascular entre o hipotálamo e o lobo anterior da hipófise.
O sangue arterial entra na hipófise pela artéria hipofisária superior e inferior. A artéria 
hipofisária superior forma capilares na eminência média e pars nervosa. Desses capilares o 
sangue flui até o sistema porta hipotalâmico-hipofisário, o qual inicia e termina nos capilares 
sem passar pelo coração.
Parte do retorno venoso da hipósife anterior é pelo caminho retrógrado e expõe o 
hipotálamo a altas concentrações dos hormônios da hipófise anterior, o que faz com que 
ocorra feedback negativo.
Glândula Pituitária ou Hipófise:
A hipófise está localizada na sela túrgica, uma depressão óssea na base do cérebro. A 
Glândula é dividida em 3 partes: Lobo anterior, Lobo intermediário, Lobo posterior.
A pituitária anterior tem diferentes tipos celulares, secretando 6 hormônios.
1 – Hormônio do Crescimento ou Somatotrófico.
2 – Hormônio Adenocorticotrófico (ACTH)
3 – Prolactina
4 – Hormônio estimulador da Tireóide (TSH)
5 – Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
6 – Hormônio Luteinizante (LH)
Gônadas:
Funções: Produção de células germinativas
Secreção de hormônio Gonadal
Células de Leydig – Células intersticiais, localizadas entre os túbulos seminíferos – Secreta 
testosterona
Células da Teça interna do Folículo de Graaf são fonte primária de circulação de 
estrógenos. Após a ruptura do Folículo e ovulação, as células da teca e da granulosa são 
reguladas, formam o Corpo Lúteo que produz progesterona.
Glândula Pineal ou Epífise: 
Tem origem neuroepitelial, do teto do terceiro ventrículo.
A glândula pineal dos anfíbios é um fotoreceptor que manda informações paras o cérebro.
A Glândula Pineal dos mamíferos é um órgão endócrino. A atividade hormonal da pineal é 
controlada pela iluminação do ambiente e pelo ciclo sazonal, através de um trajeto indireto 
envolvendo nervos simpáticos.
A Glândula converte a informação neural dos olhos sobre o tempo de luminosidade em um 
sinal endócrino de produção de melatonina que é secretada para a corrente sanguínea e 
fluído cérebro espinhal.
1
Hormônios:
Classificação:
Os hormônios podem ser classificados tanto de acordo com sua estrutura bioquímica, tanto 
como seu modo de ação.
Classificação bioquímica: Glicoproteicos, Polipeptídeos, esteróides, ácidos graxos, aminas.
Protéicos: Ocitocina, FSH, LH.
Esteróides: Derivados do colesterol – testosterona.
Ácido graxo: Derivado do ácido araquidônico – prostaglandinas.
Aminas: Melatonina , derivados da tirosina e triptofano.
Modelos de Comunicação Intracelular
 
Comunicação neural:
Neurotransmissores são liberados na junção sináptica da célula nervosa e atua através da 
fenda sináptica.
Comunicação Endócrina:
Hormônios são transportados através da circulação sanguínea, típica da maioria dos 
hormônios.
Comunicação Parácrina:
Os produtos das células se difundem através do fluído extracelular para afetar as células 
vizinhas. Ex. Prostaglandinas.
Comunicação Autócrina:
As células secretam mensageiros químicos que atuam em receptores na mesma célula em 
que foi secretado.
Regulação da Secreção Hormonal
Feedback endócrino
Gônadas
O controle feedback ocorre no Hipotálamo e na Hipófise.
Dependendo da sua concentração no sangue, hormônios esteróides podem exercer um 
feedback positivo ou negativo.
Feedback negativo – Aumento de secreção de estrógeno no ovário vai implicar em 
diminuição do nível de FSH na hipófise.
Feedback positivo – Aumento da quantidade de estrógeno na fase pré-ovulatória implica 
em um pico de liberação de LH o que promove a ruptura do folículo ovariano.
Hormônios hipotalâmicos
Tanto a hipófise como hormônios esteróides regulam a síntese, estocagem e liberação de 
hormônios hipotalâmicos através de dois mecanismos de feedback, uma curva longa e outra 
curta. 
Reflexo neuroendócrino: O sistema nervo pode controlar a liberação de hormônios através 
de caminhos neurológicos. Ex: ocitocina na descida do leite e liberação de LH após a 
cópula. 
Controle imuoendócrino: O sistema imune interage com o sistema endócrino para regular 
um ao outro. Vários órgãos endócrinos estão envolvidos em alguns aspectos desse 
processo regulatório: Hipotálamo, hipófise, gônadas, adrenal, pineal, tireóide e timo. Muitos 
destes órgãos afetam a função imune. 
Receptores Hormonais
Cada hormônio tem um efeito seletivo em um ou mais órgãos alvo, esse efeito pode ser 
ativo por dois mecanismos:
2
Ligação específica é o mecanismo usual. 
Mecanismo de ação dos hormônios esteroidais:
Por exemplo, todas as células alvo do tecido que respondem aos hormônios ésteróides 
contem uma proteína receptora na célula, a qual se liga especificamente ao hormônio 
ativando-o. Quando na célula alvo, o hormônio esteróide é encontrado no citoplasma, ligado 
a uma proteína relativamente grande. A ligação resulta na transformação ou ativação do 
complexo proteína-esteróide, promovendo a translocação no núcleo da célula. No sítio 
nuclear o complexo esteróide se liga ao receptor específico e causa a seqüência de 
respostas fisiológicas específicas para a célula. 
Mecanismo de ação dos hormônios protéicos:
As células alvo da hipófise anterior possuem receptores de membrana para reconhecer e 
seletivamente ligar os hormônios protéicos, incluindo gonadotrofinas. 
O fenômeno de ligação dispara a síntese e secreção de hormônio hipofisário via sistema 
AMPcíclico-proteína quinase da célula. O nível de estrógeno circulante influencia nos 
receptores para gonadotrofinas. 
Principais Hormônios da Reprodução
Os hormônios principais estão envolvidos em muitos aspectos do processo reprodutivo: 
espermatogênese, ovulação, fertilização, interesse sexual, implantação, manutenção da 
gestação, parto, lactação, e instinto materno. 
Os principais hormônios reprodutivos são derivados do hipotálamo, lobos posterior e anterior 
da hipófise, gônadas (testículos e ovários), útero e placenta. 
Liberação Hipotalâmica / Hormônios inibitórios
Os hormônios do hipotálamo que regulam a reprodução são os homônios liberadores de 
gonadotrofina (GnRH e LHRH), ACTH, e fator inibidor de prolactina (PIF). O hipotálamo é 
também fonte de ocitocina e vasopressina, os quais são armazenados na neurohipófise, 
lobo posterior da hipófise. 
 Resumo da origem e função de Neurohormônios Reguladores da Reprodução. 
Hormônios Origem Caminhos 
Neurológicos 
Funções 
 
Hormônio Inibidor da 
Prolactina (PIH) 
Hipotálamo Neurônios contem 
dopamina no núcleo 
arqueado 
Inibir a liberação de 
Prolactina 
Hormônio Liberador 
da prolactina (PRH) 
Hipotálamo Estimula a liberação 
de Prolactina 
Hormônio Liberador 
de Gonadotrofina 
(GnRH) 
Núcleo arqueado 
Iminência média 
 
Feedback negativo 
das gônadas 
Estimula a liberação 
tônica do FSH e do 
LH 
GnRH Área hipotalâmica 
anterior/ Núcleo pré-
óptico/ núcleo supra-
quiasmático 
Células 
hipotalâmicas 
sensíveis à 
estrógeno, 
receptores na pele e 
genitália para 
espécies que tem o 
reflexo da ovulação. 
Estimula o pico pré-
ovulatóriode FSH e 
LH 
Ocitocina Núcleo 
paraventricular 
Núcleo supra-óptico 
Sensações táteis da 
glândula mamária, 
útero e cérvice 
Indução de contração 
uterina, descida do 
leite e facilita o 
transporte de 
gametas 
Melatonina Pineal Retina Via fibras 
retinohipotalâmica 
Atividade inibidora 
gonadotrófica em 
reprodutores de dias 
longos Ex: hamster 
3
Estimula o início da 
estação reprodutiva 
em reprodutores de 
dias curtos Ex: 
ovelhas 
Hormônios da Adenohipófise 
A hipófise anterior secreta 3 hormônios gonaddotróficos: FSH, LH e Prolactina.
LH e FSH são hormônios glicoproteicos.
Cada hormônio é constituído por duas subunidades, cadeia α e cadeia β .
A cadeia alfa é comum aos FSH e LH de todas as espécies, no entanto a cadeia beta 
confere especificidade a cada gonadotrofina.
Nenhuma das subunidades isoladas tem atividade biológica isoladas.
Prolactina não é uma glicoproteína.
FSH – Hormônio Folículo Estimulante
Estimula o crescimento e a maturação dos folículos ovarianos ou folículos de graaf.
FSH não causa secreção de estrógeno do ovário por ele mesmo, ele precisa da presença do 
LH para estimular a produção de estrógeno.
Nos machos, FSH atua nas células germinativas nos túbulos seminíferos do testículo e é 
responsável pela espermatogênese até o estágio de espermatócito secundário, mais tarde 
andrógenos do testículo mantém os estágios finais da espermatogênese.
LH – Hormônio Luteinizante 
LH é uma glicoproteína composta de subunidade alfa e beta.
O nível tônico ou basal de LH atua em conjunto com FSH para induzir secreção de 
estrógeno do folículo ovariano dominante.
O pico pré-ovulatório de LH é responsável pela ruptura do folículo e ovulação.
LH estimula as células intersticiais do ovário e do testículo.
No macho, as células intersticiais (Leydig) produzem andrógeno após a estimulação de LH.
Prolactina 
É um hormônio polipeptídico secretado pela adenohipófise.
O PIF, Fator inibidor da Prolactina, é provavelmente uma dopamina, é transportado pelo 
sistema porta hipofisário da adenohipófise.
A função da prolactina é iniciar e manter a lactação. Ele é denominado hormônio 
gonadotrófico por causa de sua atividade luteotrófica em roedores. Entretanto em mamíferos 
LH é o hormônio luteotrófico, sendo a prolactina pouco importante.
 Resumo dos hormônios secretados pela Hipófise ou Pituitária 
Hormônio Estrutura e célula produção Função 
FSH (Horm. Folículo 
Estimulante) 
Glicoproteína 
Gonadotrófo – Lobo anterior 
Estimula crescimento 
folicular – fêmeas 
Estimula espermatogênese – 
machos 
LH (Horm. Lutenizante) Glicoproteína 
Gonadotrófo – Lobo anterior 
Estimula ovulação e 
luteinização do folículo – 
fêmeas 
Estimula secreção de 
testosterona - machos 
Prolactina Proteína 
Mamatrofo – Lobo anterior 
Promove a lactação e reflexo 
maternal 
Ocitocina Proteína 
Armazenada no Lobo 
posterior da hipófise 
Estimula contração em útero 
prenhe e causa ejeção do 
leite. 
Hormônios Hipofisários 
4
Os hormônios da neurohipófise (hipófise posterior) diferem dos outros hormônios da hipófise 
porque não são produzidos na hipófise, e sim apenas estocados nela.
A ocitocina e a vasopressina (ADH ou hormônio antidiurético) são produzidos no hipotálamo. 
Esses hormônios são transferidos do hipotálamo para hipófise posterior não através do 
sistema vascular e sim através dos axônios do sistema nervoso.
Ocitocina - Sintetizada na hipófise e transportada em vesículas pelos axônios hipotálamo-
hipofisários e estocados na neurohipófise.
A Ocitocina é também produzida no corpo lúteo, tem dois sítios de produção, o hipotálamo e 
o ovário.
Durante a fase folicular do ciclo estral e durante os últimos estágios da getação, a ocitocina 
estimula contração uterina, facilita o transporte de espermatozóides pelo ouviduto no estro.
A compressão do feto na cérvix no parto causada pela passagem do feto, estimula um 
reflexo de liberação de ocitocina (Reflexo de Ferguson). Entretanto o efeito mais conhecido 
da ocitocina é o reflexo da descida do leite. O estímulo tátil ou visual associado com a 
sucção induz a liberação de ocitocina na circulação. A ocitocina causa contração das células 
mioepiteliais que se situam ao redor do alvéolo na glândula mamária resultando na descida 
do leite.
A ocitocina ovariana está envolvida na função luteal, atua no endométrio para induzir 
lieração de PGF2α que tem ação luteolítica.
Melatonina – É sintetizado na Glândula pineal. As células do parênquima da pinel a partir 
do triptofano convertem-no em serotonina, que sob controle neural fazem a conversão para 
melatonina. A síntese e secreção de melatonina é elevada no período escuro. Longos 
períodos de elevada secreção de melatonina são responsáveis provavelmente pela indução 
do ciclo ovariano das ovelhas e inibição do ciclo ovariano das éguas.
Hormônios Gonadais Esteroidais 
Os ovários e testículos secretam principalmente hormônios gonadais esteroidais.
Órgãos não gonadais como a adrenal e a placenta também secretam hormônios esteroidais.
Os hormônios são de quatro tipos: andrógenos, estrógenos, progestágenos e relaxina.
Os três primeiros são esteróides, a relaxina é proteína.
Os ovários produzem dois hormônios esteroidais: estradiol e progesterona e um protéico - a 
relaxina, e o testículo secreta somente testosterona.
Os hormônios esteroidais secretados pelo ovário, testículo, placenta e adrenal tem um 
núcleo em comum chamado ciclopentanoperhidrofenantreno. Com 18 C esteroidais tem 
atividade estrogênica, com 19 C atividae androgênica e com 21 tem propriedades 
progestágenas.
O colesterol com 27 C se transforma em pregnenolona (20C) quando tem sua cadeia 
clivada.
Pregnenolona é convertida a Progesterona que é convertia à andrógeno ou estrógeno.
 A meia vida dos esteróides no organismo é normalmente muito curta. Entretanto vários 
esteróides tem sido sintetizados para uso clínico.
A atividade secretória dos hormônios esteróides pelas gônadas está sob controle da hipófise 
anterior.
Estrógenos 
Estradiol – É o principal estrógeno. É o estrógeno biologicamente ativo produzido pelo 
ovário, com pequenas quantidades de estrona. Exceto pela possível secreção de estriol na 
fase luteal do ciclo, que é eliminado na urina. Todos estrógenos ovarianos são produzidos a 
partir de andrógenos. Proteínas carreadoras na circulação carregam os estrógenos.
Atividades:
- Atua no SNC para induzir comportamento de estro em fêmeas, entretanto pequenas 
quantidades de Progesterona com estrógeno são necessários para induzir estro em vacas e 
ovelhas.
5
 - Atua no útero para aumentar a amplitude e freqüência das contrações potencializando 
efeito da ocitocina e da PGF2α .
- Desenvolvimento físico das características sexuais secundárias das fêmeas.
- Estimula o crescimento de dutos e causam o desenvolvimento da glândula mamária.
- Exerce Feedback negativo (centro tônico) e positivo (centro pré-ovulatório) no controle da 
liberação de LH e FSH através do hipotálamo.
- Em ruminantes, estrógenos tem efeitos anabólicos, aumenta o ganho de peso e o 
crescimento.
Hormônios Secretados pelos Órgãos Reprodutivos
Hormônio Estrutura e Produção Função 
Estrógeno 18 C esteróide, secretado 
pela teça interna do folículo 
ovariano 
Promove o desenvolvimento 
sexual, estimula o 
desenvolvimento de 
características secundárias, 
efeito anabólico 
Progesterona 21 C esteróide, Secretado 
pelo Corpo Lúteo 
Atua sinergicamente com 
estrógeno no aparecimento 
do estro e preparação do 
trato reprodutivo para 
implantação 
Testosterona 19 C esteróide, Secretado 
pelas células de Leydig no 
testículo 
Desenvolve e mantém 
glândulas acesórias, 
estimula características 
sexuais secundárias, 
maturação sexual, 
espermatogênese, efeito 
anabólico 
Relaxina Horm. Polipeptídico, c/ 2 
subunidades α e β . 
Secretado pelo corpo lúteoDilatação da cérvix, causa 
contração uterina 
Prostaglandina F2α 20 C insaturados, ácido 
graxo. Secretado por quase 
todas os tecidos do corpo. 
Causa contração uterina, 
auxilia no transporte de 
espermatozóide no trato 
feminino e no parto. Causa 
regressão do Corpo Lúteo 
Ativina Proteína, encontrada no 
fluído folicular (Fêmeas) e no 
fluído da Rete testis (macho) 
Estimula a secreção de FSH 
Inibina Proteína, encontrada na 
célula de Sertoli (machos) e 
Células da granulosa 
(fêmeas) 
Inibine liberação FSH, o qual 
mantém nas espécies 
números específicos de 
ovulação. 
Folistatina Proteína, encontrada no 
fluído do folículo ovariano 
(fêmeas) 
Modula a secreção de FSH 
 
Progesterona
Progesterona é a mais prevalente. É secretada pelas células luteais do Corpo Lúteo. Da 
placenta e da glândula adrenal. Progesterona é transportada no sangue por uma globulina 
ligante, tanto por andrógenos com estrógenos. Quem estimula a produção de progesterona 
é o LH.
Funções:
- Prepara o endométrio para implantação e manutenção da gestação pelo aumento da 
atividade secretória das glândulas do endométrio e pela inibição da atividade do miométrio.
- Atua sinérgicamente com os estrógenos para induzir o comportamento de estro.
- Desenvolve o tecido secretório alveolar da glândula mamária.
6
- Inibe o estro e o pico ovulatório de LH.
- Portanto é um importante regulador hormonal do ciclo estral.
- Inibe a motilidade uterina.
Andrógenos 
Os andrógenos são esteróides com 19C com uma hidroxila ou oxigênio na posição 3 e 17 e 
uma dupla ligação na posição 4.
Testosterona é uma andrógeno produzido pelas células intersticiais do testículo (Células de 
Leydig), com uma produção limitada na córtex da adrenal. Testosterona é transportada no 
Sangue pela α globulina designada globulina de ligação esteroidal. 98% da testosterona 
circulante é ligada, o restante é livre para entrar no alvo quando uma enzima no citoplasma 
converte a testosterona em dihidrotestosterona, quem atua no receptor nuclear.
Funções:
- Estimular os últimos estágios da espermatogênese e prolongar a meia vida do 
espermatozóide no epidídimo.
- Promover o crescimento, desenvolvimento e atividade secretória dos órgãos sexuais 
acessórios do macho.
- Manter características sexuais secundárias e características sexuais ou libido no macho.
Relaxina 
É um hormônio polipeptídico formado por duas subunidades α e β unidas por duas pontes 
dissulfeto. A relaxina é secretada principalmente pelo corpo lúteo durante a gestação. Em 
algumas espécies a placenta e o útero produzem relaxina. O principal efeito biológico da 
relaxina é promover a dilatação da cérvix e da vagina antes do parto.
- Inibe contração uterina.
- Em conjunto com estradiol promove o crescimento da Glândula mamária.
Inibina e Ativina 
Inibina e ativina são isoladas do fluído gonadal, tem efeito na produção de FSH.
Possuem regulação parácrina, entretanto moduladas pelo sinal endócrino de LH.
Inibina 
Células de sertoli no macho e da granulosa em fêmeas produzem inibina.
Não é esteróide, mas sim proteína e é composta de duas subunidades.
No macho é secretada pela via linfática e não venosa como na fêmea.
A inibina possui um importante papel na regulação hormonal da foliculogênese durante o 
ciclo estral. Atua como sinal químico para a hipófise do número de folículos em crescimento 
no ovário. Reduz a secreção de FSH para basal. Inibe a liberação de FSH sem alterar a 
secreção de LH, deve ser a responsável pela liberação diferenciada de FSH e LH pela 
hipófise. Regula também a função da célula de Leydig.
Ativina 
Ativina estimula a secreção de FSH, também possuem 2 subunidades, estão presentes no 
fluido folicular e fluído da rete testis.
Ativina é membro funcional dos fatores de crescimento.
Folistatina
Outra proteína isolada de fluído folicular. A folistatina não somente inibe a secreção de FSH, 
mas também liga ativinas e neutraliza sua atividade biológica. É, portanto um modulador da 
secreção de FSH.
Hormônios Placentários
A placenta secreta vários hormônios como: Gonadotrofina coriônica Eqüina 
(eCG);Gonadotrofian coriônica humana (hCG); Lactogênio Placentáro e Proteína B. 
Gonadotrofina Coriônica Eqüina (eCG ou PMSG) 
7
É uma glicoproteína com duas subunidades semelhantes ao LH e FSH, mas contendo maior 
quantidade de carboidrato, especialmente ácido siálico, a presença deste ácido parece ser 
responsável pela meia vida longa deste hormônio. O útero eqüino secreta essa 
gonadotrofina placentária. Possui ação de LH e FSH, seno a última dominate. Não é 
eliminado na urina. A secreção de eCG estimula o desenvolvimento de folículos ovarianos. 
Alguns folículos ovulam, mas muitos tornam-se luteinizados. Os Corpos Lúteos acessórios 
produzem progesterona, o que mantém a gestação em éguas.
Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) 
O hCG é uma glicoproteína e possui também duas subunidades. Possui atividade 
luteinizante e luteotrófico e possui pouca atividade de FSH. O hCG é eliminado no sangue e 
na urina. A presença dele na urina é a base de muitos testes de prenhez humanos. Pode ser 
detectado 8 dias após a concepção.
Lactogênio Placentário
É uma proteína com propriedades similares a prolactina e hormônio de crescimento.
É isolado de tecido placentário, mas nunca foi detectado no soro de animais até o último 
trimestre de gravidez. É importante na regulação maternal de nutrientes para o feto e 
possivelmente é importante para o crescimento fetal. O lactogênio pode estar relacionado 
com a produção de leite, pois seu nível é mais alto em vacas leiteiras do que de corte.
Proteína B 
O concepto bovino produz numerosos sinais durante o início da gestação. Somente uma 
proteína da placenta foi isolada, Proteína B. Sua ação pode estar relacionada com a 
prevenção da destruição do corpo lúteo no início da gestação de vacas e ovelhas.
Hormônios Secretados pela Placenta
Hormônio Espécie Estrutura e Local Fluidos onde é 
presente 
Função 
hCG Humanos e 
macacos 
Glicoproteínas 
Cel. 
Sinciotrofoblasticas 
Sangue e urina Atividade de LH, 
mantém o CL na 
gestação em 
primatas 
eCH/PMSH Eqüinos Glicoproteína 
Cálice endometrial 
de origem fetal 
Sangue Atividade FSH, 
estimula a 
formação de CL 
acessório em 
égua 
Estrógenos Ovelha e Bov Ésteróides 
Unidade 
fetoplacentária 
Sangue 
Progesterona Ovelha e Bov Ésteróides 
Unidade 
fetoplacentária 
Sangue Manutenção da 
gestação 
Lactogênio 
placentário 
Ovelha e Bov Proteína, tecido 
placentário 
Sangue Regula 
transporte de 
nutrientes para o 
feto 
Proteína B Ovelha e Bov Proteína, concepto Sangue Reconhecimento 
materno da 
gestação 
Prostaglandinas
Foram isoladas primeiramente de fluídos de glândulas acessórias masculinas, possui esse 
nome devido a associação com a glândula prostática. A Prostaglandina é um ácido graxo, 
principalmente as relacionadas com a reprodução e PGE, são derivadas do ácido 
aracdônico.
8
Muitas prostaglandinas atuam localmente no seu sítio de produção na interação célula a 
célula, não estando exatamente dentro da definição de hormônio.
PGF2α é um agente luteolítico natural do fim da fase luteal, que extingue o Corpo Lúteo, e 
promove o início de um novo ciclo na ausência de fertilização.
Prostaglandinas podem ser consideradas hormônios porque regulam vários fenômenos 
fisiológicos e farmacocinéticos, com a contração de musculatura lisa no trato reprodutivo e 
intestinal, ereção, ejaculação, transporte de espermatozóide, ovulação, formação de Corpo 
Lúteo, parto e ejeção do leite.
2 - DIFERENCIAÇÃO SEXUAL
DIFERENCIAÇÃO DO TRATO REPRODUTIVO 
Para que ocorra a determinação do sexo temos 3 fatores:
Sexo cromossômico: XX XY 
Sexo gonadal;
Sexo fenotípico.
Gônadas embrionárias Indiferenciadas possuem estrutura básica para fêmea. 
 
DIFERENCIAÇÃO DA GENITÁLIA MASCULINA
Os machos possuem no cromossomo Y oGene SRY que vai determinar a produção do fator 
determinante de testículo.
Ocorre a migração das células germinativas endodérmicas que tem origem a partir do saco 
vitelínico para a crista genital. Vai se organizar formando os cordões sexuais. 
O gene SRY determinará que as células germinativas originem as células de Sertoli, os 
túbulos seminíferos e a rede testicular.
Células mesenquimais darão origem às células de Leydig (intersticiais).
9
Células de Sertoli produzem HIM (Hormônio Inibidor Müleriano), hormônio este que 
determina a regressão dos dutos de Müller, o que irá originar uma formação vestigial (útero 
masculino). Células de Leydig produzem testosterona que irá ser responsável pela 
manutenção dos Dutos de Wolff que irão dar origem ao epidídimo e aos dutos deferentes.
A Testosterona é transformada em Dihidrotestosterona (DHT) através da enzima 5 α 
redutase, a DHT é responsável pela diferenciação da genitália externa mascululina. 
Sinus urogenital (uretra, gls anexas) 
Tubérculo genital (pênis e prepúcio) 
Pregas genitais (escroto) 
DIFERENCIAÇÃO DA GENITÁLIA FEMININA 
Ausência do gene SRY – não há formação de testículo. 
Células germinativas – cordões epiteliais darão origem as células foliculares (células da 
granulosa). 
Células mesenquimais - (crista genital) darão origem as células da teça. 
Não há produção de Fator Inibidor Mülleriano, portanto os Dutos de Müller 
(paramesonéfricos) darão origem a Tuba uterina, útero e vagina cranial.
Não há produção de testosterona e DHT, então a diferenciação da genitália externa feminina 
ocorrerá da seguinte forma:
Sinus urogenital (vagina caudal e uretra) 
Tubérculo genital (clitóris) 
Pregas genitais ( lábios vulvares) 
Rudimento Sexual Masculino Feminino 
Gônada 
Córtex Regride Ovário 
Medula Testículo Regride 
Ductos de Muller Vestígios Útero, trompas, parte vagina 
Ductos de Wolff Epidídimo/ vasos deferentes Vestígios 
Sinus Urogenital Uretra, Próstata/ Gl. Bulbo-
uretrais 
Parte da vagina, uretra 
Tubérculo genital Pênis Clitóris 
10
Pregas vestibulares Escroto Lábios 
 
3 - CARACTERÍSTICA DOS HORMÔNIOS
Ação dos hormônios: Endócrina, Parácrina, Autócrina. 
Classificação dos hormônios:
Protéicos – polares – hidrofílicos.
Esteróides – apolares – lipofílicos.
 
ENDÓCRINA - Hormônio é produzido em um local, cai na corrente sangüínea e vai atuar 
distante do local de produção.
PARÓCRINA - Hormônio produzido em uma célula e atua nas células vizinhas. 
AUTÓCRINA - Hormônio produzido em uma célula e atua nela mesma. 
 
Ações mediadas por hormônios:
Acontecem no interior da célula. 
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 - Alteração enzimática;
 - Alteração do citoesqueleto;
 - Alteração da transcrição.
HORMÔNIO PROTÉICO
Tipo de receptor - Receptor trans-membrânico. 
Parte interna do receptor – proteína G (3 sub-unidades - α β γ ). 
Hormônio se liga ao receptor – desprende a fração α da prot G – ativa enzima adenilato 
ciclase - AMPc. AMPc – fosforilação de proteínas. Altera o formato das proteínas– 
podendo ativar ou desativar proteínas. Leva a ativação de cascatas enzimáticas – altera o 
citoesqueleto. Promove amplificação do sinal hormonal e ativação de fatores de transcrição 
(produção de RNAm).
HORMÔNIO ESTERÓIDE
É hidrofílico – se liga a ABP (Proteína carreadora de andrógenos) para chegar à membrana 
celular. Se desliga da ABP e penetra pela membrana. 
Tipo de receptor – Receptor intra-citoplasmático (cortisol), Receptor intra-nuclear (P4 e T). 
Hormônio esteróide entra da célula – se liga ao receptor – ativa o fator de transcrição – 
indica qual gene será utilizado para produção de proteína. 
Essa proteína irá produzir alteração enzimática ou alteração do citoesqueleto. 
Hormônios protéicos – ação mais rápida porém menos duradoura. 
Hormônios esteróides – ação mais lenta e mais duradoura.
 
HORMÔNIOS PROTÉICOS
LH (Horm. Luteinizante).
FSH (Horm. Folículo estimulante). 
GnRH (Horm. Liberador de gonadotrofinas). 
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 - Estruturas semelhantes: Formados por 2 sub-unidades α e β . 
α - semelhante em todos os horm. Protéicos, 
β - confere a identidade do horm ao receptor e a especificidade. 
Sub-unidades envolvidas por um sacarídeo – ácido siálico. 
Qto > qtdade de ácido siálico > seu tempo de ação. 
Tipo de excreção: degradados no rim – Urina.
Tipo de excreção: Metabolizado no fígado. Ocorre a adição de um sal: Sulfatação ou adição 
de glucoronato. Excreção – Bile urina e fezes. 
4 - O EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GONADAL
O que é o eixo hipotálo-hipófise-gonadal? 
Sistema formado por três glândulas:
Hipotálamo – corresponde a região do terceiro ventrículo.
Hipófise – localizada na célula túrcica e dividida em 3 partes. 
Gônadas – testículos ou ovários. 
Hormônios do eixo HHG: GnRH; LH; FSH; Esteróides - progesterona, testosterona, 
estradiol.
Mecanismos de regulação:
- Feedback ou retro – alimentação. 
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5 - EXAME GINECOLÓGICO
Anamnese:
Nutrição ⇒ Quantidade e qualidade;
Sanitário⇒ Densidade populacional, separação dos lotes, doenças infecto contagiosas e 
seus testes e sua periodicidade, manejo pré e pós parto; 
Índices Reprodutivos⇒Controle zootécnico;
Instalções; Mão de obra; Produtos usados na propriedade (desinfetantes, pesticidas, 
produtos veterinários); Exame Geral; Escore corporal; Pelagem; Presença de ecto parasitas;
Aprumos; Estado dos cascos; Comportamento do animal.
Exame Físico:
Mucosas; Temperatura; Auscultação; Comportamento; Comportamento em relação ao 
macho; Receptividade (Estro); Repulsa (Diestro). 
Exame Ginecológico: 
Aspecto da vulva - corrimento e edema(Estro); sem alterações(Diestro); 
Aspecto da vagina - muito úmida e avermelhada(Estro); pouco úmida e rósea( Diestro) 
Inspeção Vulvar – Tamanho; Simetria dos lábios vulvares; Posição; Fechamento dos lábios; 
Presença de cicatrizes; Aderências; Inflamações;
Inspeção - Aspecto da cérvix: muito úmida, avermelhada e aberta (Estro); pouco úmida, 
rósea e fechada (Diestro). 
Espéculo Vaginal
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Palpaçao Retal
Palpação do útero: Tenso(estro), Flácido(Diestro); 
Palpação dos ovários: presença de folículos (consistência flutuante); presença de corpo 
lúteo (consistência firme); Tamanho dos ovários. 
Exames Complementares:Ultrassonografia; Dosagens hormonais; Hemograma ⇒ 
Alterações na série branca, em ruminantes estas infecções podem ficar circunscritas e não 
ter neutrofilia. 
6 – FOLICULOGÊNESE
Estágios de desenvolvimento folicular
Estruturas foliculares:
Folículo primordial
Folículo primário
Folículo secundário
Folículo pré-antral
Folículo antral
 
FOLÍCULO PRIMORDIAL:
Possui uma camada de células epiteliais achatadas em torno do oócito. Todas as fêmeas já 
nascem com todos os folículos primordiais. Esse folículo não secreta hormônios nem 
responde aos hormônios da reprodução. Para que ocorra o desenvolvimento desses 
folículos é necessária a ação de fatores de crescimento, em especial o IGF - Fator de 
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crescimento similar a insulina. Ele faz com que ocorra a proliferação da monocamada de 
células e passe a ser um folículo primário.
FOLÍCULO PRIMÁRIO:
Possui mais de uma camada de células e essa não são mais achatadas, são cubóides. Não 
produz hormônios esteróides. Passa a responder às gonadotrofinas. Na presença de FSH o 
folículo primário se desenvolve e passa a folículo secundário.
FOLÍCULO SECUNDÁRIO:
Proliferação das camadas celulares e diferenciação em dois tipos celulares:
Células grandes e alongadas (cél. da teca).
Células pequenas e cubóides (cél. da granulosa).
As células da granulosa produzem a zona pelúcida que é formada por três tipos de 
proteínas PZP1; PZP2 e PZP3 (casca do óvulo), essa camada protege contra a penetração 
de espermatozóides intra-específica. É responsável pelo bloqueio da poliespermia. Após a 
entrada de um espermatozóide a zona pelúcida se modifica (muda de polaridade) e impede 
a penetração de outrosespermatozóides.
FSH - estimula a produção de hormônios esteróides – estradiol.
A secreção de fluído rico em estradiol vai se acumulando entre as células formando antros 
(buracos), formando o folículo pré-antral.
FOLÍCULO PRÉ-ANTRAL:
Crescimento folículo, acúmulo de líquido entre as camadas celulares e formação de vários 
antros. Quando a quantidade de líquido é muito grande irá formar uma grande cavidade, 
união de vários antros formando o folículo antral.
FOLÍCULO ANTRAL: 
Acontece a formação de uma membrana basal entre a camada granulosa e a da teca.
Ocorre a formação do "cumulus oóphoros" que é um pedúnculo de células que mantém o 
oócito projetado no interior do folículo. A camada de células que fica ao redor do oócito é 
chamada de "corona radiata".
O folículo antral deixa de ser dependente de FSH e passa a responder ao LH.
Somente os folículos antrais são capazes de ovular. Em bovinos devem ter mais de 8 mm.
PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS NO FOLÍCULO:
ESTRADIOL
As células da teca produzem andrógenos, esses passam pela membrana basal e na 
camada da granulosa esses andrógenos são transformados pela ação da aromatase em 
estradiol. O estradiol será responsável pela indução dos sinais de cio e desenvolvimento da 
glândula mamária.
INIBINA
Quanto maior for o folículo, maior a quantidade de inibina produzida. A inibina possui: 
ação parácrina - inibindo o desenvolvimento dos folículos vizinhos.
ação endócrina - impede a liberação de FSH pela hipófise
FOLISTATINA
Parece que impede o desenvolvimento dos folículos adjacentes. 
ATIViNA
Ação autócrina - estimula as células que a produziram a se dividir. Quem controla tudo isso 
é o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano. 
7 - DINÂMICA FOLICULAR
19
Consideremos dia 0 o dia da ovulação. O folículo se rompe (ovulação), ocorre 
extravasamento de sangue e o antro é preenchido com sangue e após isso ocorre a 
luteinização do folículo (isso demora de 6 a 10 dias). Até o Corpo lúteo se organizar temos 
um aumento gradativo da progesterona. (6º ao 10º dia - metaestro). Quando o Corpo Lúteo 
está bem formado a Progesterona atinje um platô (10º ao 20º dia). Se não ocorre a 
fecundação ocorre a eliminação do endométrio- e liberação da cascata do ácido aracdônico 
e produção de PGF 2α , por mecanismo de contra-corrente a prostaglandina é levada pelas 
veias até o CL e causa a destruição do CL (acontece a diminuição gradativa de 
progesterona). Por volta do 20º dia - Pró-estro. 21º dia – Estro. As ovulações ocorrem em 
ovários alternados.
 RECRUTAMENTO FOLICULAR
Um a dois dias após a ovulação acontece o recrutamento, vários folículos primordiais 
passam para folículos primários e começam a crescer em resposta ao FSH e ao estradiol.
Conforme aumenta o estradiol, aumenta o FSH, a partir de um determinado ponto quanto 
maior a quantidade de estradiol menor a quantidade de FSH.
Conforme os folículos crescem, produzem estradiol e quando a concentração está alta 
diminui a concentração de FSH (Folículo pré-antral).
SELEÇÃO FOLICULAR
Conforme os folículos crescem diminui a resposta ao FSH, então vão ser selecionados os 
folículos maiores e os menores entram em atresia. Aparece o folículo dominante e ocorre a 
produção de inibina, quem vai inibir a proliferação dos folículos próximos e a liberação de 
FSH. Quando temos Progesterona ela modula a liberação de LH, impede a ovulação. 
Progesterona alta implica em liberação de LH em pulsos com amplitude alta e freqüência 
baixa. O LH é degradado rapidamente em média em 15 minutos, com isso a concentração 
média de LH na circulação é baixa. Esse folículo dominante entra em atresia e aí começa 
outra onda folicular, nesse tempo ocorre a diminuição de FSH porque cresceu o folículo e 
aumentou a concentração de estradiol. Os folículos regridem e diminui o nível de estradiol e 
o FSH começa a aumentar novamente, começa novamente o recrutamento dos folículos, 
eles vão se desenvolver, começa a aumentar o estradiol e o FSH vai diminuir novamente, 
acontece o início da seleção folicular e o aparecimento de um novo folículo dominante 
porque os outros folículos morreram, já estamos no 16º dia, morre o endométrio, aumenta o 
ácido aracdônico, aumenta prostaglandina e causa lise do CL.
Níveis baixos de Progesterona levam a um padrão de liberação de LH em pulsos com baixa 
amplitude e alta freqüência. O folículo dominante necessita de LH, continua crescendo e 
produzindo mais estrógeno. Quando a progesterona diminui estradiol faz um Feed back 
positivo para o LH. Quando temos menor quantidade de progesterona, o intervalo dos 
pulsos de LH diminui e a concentração de LH aumenta. O pico pré-ovulatório de LH 
acontece com a diminuição de progesterona e aumento do estrógeno. Para que aconteça o 
pico pré-ovulatório é necessário que ocorra um nível alto de estradiol.
Quem faz com que o folículo dominante entre em atresia é o aumento da concentração de 
progesterona que muda o padrão de secreção de LH. O pico de LH faz com que haja 
aumento de líquido e produção de hialuronidase que vai dissolver o ácido hialurônico que é 
o semento das células do folículo e ocorre o rompimento do folículo. 
20
 
 
8 - CICLO ESTRAL
 
O ciclo estral é controlado pela integração entre o FSH, LH, estrógeno e progesterona.
Esses hormônios são comuns a todas as espécies, contudo seus padrões de secreção e 
seus efeitos relativos variam entre as diferentes espécies. Essas diferenças ocasionam 
variações na extensão das fases luteínica e folicular do ciclo, assim como as diferenças na 
duração do cio. 
 Duração do ciclo Duração do cio Momento da ovulação 
Ovelha 16-17 dias 24-36 horas 24-30 horas após o inicio do cio 
Cabra 21 dias 32-40 horas 30-36 horas após o início do cio 
Porca 19-20dias 48-72 horas 35-45 horas após o início do cio 
Vaca 21-22 dias 18-19 horas 10-11 horas após o fim do cio 
Égua 19-25 dias 4-8 dias 1-2 dias antes do fim do cio 
gata 14-21 dias 7 dias Após a cópula 
O período de cio é caracterizado por alta secreção de estrógenos pelos folículos pré-
ovulatórios. No fim do cio, ocorre a ovulação seguida pela formação do corpo lúteo, 
resultando em secreção de progesterona. Esta secreção regride abruptamente alguns dias 
antes do próximo cio. 
O período de atividade do corpo lúteo é chamado de fase luteínica (14-15 dias ovelhas e 
cabras, 16-17 dias em vacas e porcas).
A fase folicular, desde o período de regressão do corpo lúteo até a ovulação – 2-3 dias 
cabras e ovelhas, 3-6 dias vacas e porcas.
INTER-RELAÇÕES HORMONAIS
Fase Folicular
A fase folicular do ciclo é caracterizada pela rápida queda dos níveis de progesterona e um 
pico do nível sanguíneo de estradiol. Esse comportamento hormonal é essencial para a 
manifestação do comportamento de cio. Os níveis sanguíneos de LH aumentam duas vezes 
aproximadamente durante a fase folicular.
O pico de estrógeno durante a fase folicular exerce uma influência retrógrada positiva sobre 
o eixo hipotálamo-hipófise resultando na onda ovulatória de LH, que ocorre 
aproximadamente 12 horas após o início do cio.
O aumento de LH e FSH é determinado pela liberação hipotalâmica de GnRH.
21
A ovulação não é um processo mecânico de ruptura devido à pressão interna excessiva. Na 
maioria das espécies o folículo ovulatório se torna flácido várias horas antes da ovulação, o 
que resulta em uma liberação lenta do líquido folicular após a ruptura do folículo.
A onda ovulatória de LH também aumenta a síntese folicular de Prostaglandina, 
especialmente a PGE2, que vai provocar a ovulação.
Fase Luteínica
Após a ovulação a parede do folículo se espessa gradualmente devido à hipertrofia e 
hiperplasia das células da granulosa. As células que proliferam rapidamente preenchem a 
cavidade formada e começam a secretar progesterona.
A secreção de progesterona depende da contínua manutenção de hormôniosluteotróficos 
da hipófise. A função plena do corpo lúteo parece ser dependente da prolactina além do LH.
O corpo lúteo regride abruptamente 13 a 15 dias após a ovulação no animal não prenhe. O 
declínio rápido da progesterona devido à regressão do corpo lúteo é o elemento essencial 
para a completa seqüência de eventos que levam ao próximo cio e ovulação.
Existe uma teoria chamada de mecanismo de contra-corrente, pelo qual uma substância 
luteolítica do útero passa diretamente da veia útero-ovariana para a artéria ovariana, 
estudos indicaram que tal substância seria a PGF2α . A concentração de estrógeno e 
Progesterona influi na liberação de LH e FSH. 
Seqüência do Mecanismo Hormonal do ciclo estral
Aumento na quantidade de estrógeno (células do folículo) provoca um aumento na 
sensibilidade de GnRH e conseqüentemente um aumento deliberação de LH e FSH.
Progesterona diminui a sensibilidade ao GnRH e diminui a liberação LH e FSH.
A regulação do corpo lúteo pela PGF2α provoca um aumento de FSH e LH e uma 
diminuição de progesterona. O LH provoca um aumento de produção de estrógenos pelas 
células da teca e se difundem pelas células da granulosa. O FSH estimula a conversão de 
andrógenos em estrógenos pelas células da granulosa e provoca aumento na concentração 
de estrógenos. FSH promove o aparecimento de receptores para LH na granulosa. A 
granulosa vai produzir um fluído rico em estrógeno – antro. O aumento da concentração de 
estrógenos vai promover a onda pré-ovulatória de liberação de LH. A onda de LH promove a 
maturação dos oócitos (meiose) – formação do primeiro corpúsculo polar. A onda de LH 
também estimula a produção intrafolicular de PGA e PGE que vão promover a ruptura do 
folículo. Junto com a PGA e PGE ocorre a formação de corpos multivesiculares, bolsas da 
teça externa, elas produzem substâncias proteolíticas que digerem a substância cimentante 
dos fibroblastos da teca externa e promovem a ovulação. A onda de LH provoca uma 
diminuição dos receptores de FSH na granulosa, o que diminui a conversão de andrógenos 
a estrógenos. O LH se liga nos receptores das células da granulosa e iniciam a conversão 
da camada granulosa da fase folicular de secreção estrogênica para fase luteínica de 
Progesterona. Com a ovulação ocorre a formação do corpo lúteo. O corpo lúteo secreta 
progesterona, que provoca uma diminuição de liberação de FSH e LH pela hipófise. O corpo 
lúteo regride, diminui a secreção de Progesterona o que provoca um aumento de liberação 
de FSH e LH e o ciclo se repete.
Atividade sexual estacional 
Nos mamíferos selvagens a atividade sexual varia com as estações do ano. Nos mamíferos 
domésticos, como os bovinos e suínos não ocorre esta interferência, isso é bem visível em 
caprinos, ovinos eqüinos e bubalinos. Isso está relacionado com a variação do número de 
horas do dia. 
Estação anual de reprodução:
Ovelhas raças pré-alpinas 260 dias; Merino, 200 dias; Blackface, 139 dias; Southdown, 120 
dias. Todos os produtos da raça Merino possuem estação sexual longa.
Ciclos ovulatórios silenciosos sempre ocorrem no início e no fim da estação.
Em vacas e porcas o cio se manifesta regularmente durante o ano todo e a influência 
estacional é discreta. A fertilidade mínima ocorre em junho e a máxina em novembro em 
climas temperados, esta fertilidade pode estar relacionada mais ao fotoperíodo do que à 
temperatura e alimentação.
22
A fertilidade na porca é mais baixa no verão do que nas outras estações, sendo menor o 
tamanho da leitegada. Atuação do fotoperíodo e da temperatura. São dois fatores que 
influenciam os ciclos sexuais, sendo o fotoperíodo mais ativo. Quando conduzidas à dois 
ciclos fotoperiódicos por ano, as ovelhas apresentam duas estações de monta anuais, já 
que aos cinco meses de gestação segue-se um anestro de lactação de um mês e meio.
O fotoperiodismo é um sincronizador da atividade sexual. Nos mamíferos o efeito da 
temperatura é raramente mencionado. Os embriões bovino, ovinos e suínos são mais 
suscetíveis a danos durante os 10 primeiros dias do desenvolvimento.
Em suínos a emissão de sêmen, a motilidade espermática e o número de leitões nascidos 
são diminuídos quando os reprodutores são submetidos à temperaturas de verão.
Mecanismo de ação do fotoperíodo: Variações da luminosidade diária desencadeiam 
variações nos níveis plasmáticos de gonadotrofinas e prolactina. O fotoperíodo exerce ação 
direta sobre o eixo Hipotalâmico-hipofisário e uma modificação simultânea na sensibilidade 
do sistema nervoso central para o feedback negativo dos esteróides.
A secreção de prolactina e tiroxina também são reguladas pelo fotoperíodo que interferem 
com a função gonadotrófica ou com a capacidade de resposta das gônadas. 
23
Citologia Vaginal em cadelas
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25
MUDANÇAS DURANTE O ESTRO DE CADELAS
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FASES DO CICLO ESTRAL DA CADELA 
PRÓ-ESTRO 
Edema de vulva. Descarga sangüínea. A citologia vaginal é predominantemente de células 
parabasais.
COMPORTAMENTO - a cadela é agitada e secreta feromonas. É agressiva com o macho. 
Torna-se mais passiva no começo do estro. 
ESTRO 
Aumenta o edema de vulva. Descarga vulvar será ligeiramente cor-de-rosa. Algumas 
fêmeas terão uma descarga sangrenta no estro que é normal. Na citologia vaginal haverá 
uma concentração elevada de células corneificadas. 
COMPORTAMENTO - a cadela procura o macho, fica rodeando, levanta a região pélvica , 
move a cauda para o lado e aceita a cópula. Cio do “lobo” - (cio dividido) Apresenta o cio 
aparentemente normal mas, não ocorre ovulação. Seguido por outro o cio 2-6 semanas mais 
tarde (cio ovulatório).
METAESTRO 
Diminuição do edema vulvar. Não apresenta descarga vulvar. A citologia vaginal não 
apresenta células queratinizadas e apresenta células brancas do sangue em grande 
quantidade. 
COMPORTAMENTO: Não aceita o macho.
ANESTRO 
Período de inatividade ovariana. Nenhuma descarga vaginal. Retorno ao cio por volta dos 4 
meses. 
 
CICLO ESTRAL DA GATA 
Requer copulação para ovular. – Ovulação induzida. 
PRÓ-ESTRO 
DURAÇÃO – um dia ou menos. 
CARACTERÍSTICAS – o animal rola, se esfrega, emite vocalizações freqüentes, se abaixa 
freqüentemente com os quartos traseiros elevados, mas ainda rejeita o macho. 
 
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ESTRO 
DURAÇÃO – 6 a 7 dias. 
CARACTERÍSTICAS – aumento dos sinais de pró-estro, porém, agora aceita macho, o que 
significa desvio da cauda lateralmente, aceita que o macho lhe “agarre” a nuca, monte e 
copule. 
METAESTRO 
DURAÇÃO – 1 a 2 semanas. 
CARACTERÍSTICAS – Não ocorre ovulação, não há manifestações de cio e não aceita o 
macho. 
 
9 - DESORDENS UTERINAS MAIS COMUNS EM CÃES E GATOS
• Anomalias congênitas 
• Hidrometra/ Mucometra/ Hematometra 
• Complexo Hiperplasia endometrial cística – Piometra 
• Adenomiose 
• Cistos serosos 
• Metrite 
• Sub-involução dos sítios placentários 
• Prolapso uterino 
• Neoplasia uterina 
Anomalias congênitas
*Aplasia unilateral – Ciclo estral normal - hiperplasia endometrial cística. 
*Fusão parcial.
* Comprimento inadequando dos cornos uterinos. 
Hidrometera e mucometra – acúmulo de fluído seroso ou mucoso estéril. Podem estar 
relacionada com insuficiência cardíaca congestiva e neoplasia mamária. Associada com 
Hiperplasia endometrial cística. 
Patogenia – Progesterona (diestro) – aumento de produção de secreção glandular, cérvix 
fechada, diminuição da contratilidade uterina. 
Hemometra - acúmulo de sangue estéril no útero, pode ser relacionado com torção uterina 
ou utilização de rodenticida anticoagulante. 
Complexo Hiperplasia endometrial cística – Piometra
 Aguda ou crônica – ocorre no diestro, iniciando com presença de exudato inflamatório 
associado a diversos agentes. Pode ser chamada de piometrite, complexo piometra, 
endometrite catarral, endometrite purulenta. 
Patogenia - Hiperplasia Endometrtial Cística – associação baceriana.Estrógeno – hiperplasia do miométrio – vascularização – dilatação da cérvix – migração de 
PMN para o lúmem uterino. 
Progesterona – proliferação e aumento da atividade secretória das glândulas endometriais, 
manutenção da oclusão cervical e inibição da contração da musculatura uterina. 
Animais com HEC não apresentam o FB - por deficiência na inibição dos receptores de 
estrógeno, e o estrógeno continua a atuar mesmo na presença de CL. 
Estágios da doença:
Tipo 1 – Endométrio coberto por cistos (4 a 10mm) – aumento do número de glândulas. 
Tipo 2 – Infiltração difusa de células de células plasmáticas. Não ocorre nenhuma lesão 
tecidual é visível histológicamente. 
Tipo 3 - HEC com endometrite aguda. Apresenta áreas de hemorragia e ulcerações. 
Apresenta corrimentos uterinos de colorações variando de vermelho amarronsado até 
amarelo esverdeado. 
Tipo 4 - HEC acompanhada com endometrite crônica. 
28
Lesões secundárias a infecção por E.coli – falência renal, azotemia, desidratação e choque 
séptico. Ocorre deposição de complexos Ag/AC nos glomérulos. 
Ocorrência – Tipo 1 e 2 – idade de 7 a 8 anos. 
 Tipo 3 e 4 – idade de 8 a 12 anos. 
 Jovens – após o uso de estrógeno ou progestágenos para supressão ou 
indução do estro, contracepção e interrupção de gestação. Ocorre cerca de 12 semanas 
após o pró- estro. 
Sinais clínicos - Cérvix aberta – corrimento vulvar abundante, variação de cor.
 - Cérvix fechada – ausência de corrimento, distensão abdominal, aumento do 
útero e sinais sistêmicos mais graves. Depressão, poliúria, polidipsia, diarréia, vômito. 
Tratamento 
Tratamento cirúrgico – OSH – todos os casos de piometra fechada - Deve ser realizada 
após estabilização do quadro. Piometra aberta – eventual tratamento – mais seguro - 
antibioticoterapia –ampicilina 10mg/kg – 3x/dia. PGF2α - induz luteólise, aumenta a 
contratilidade uterina, relaxamento da cérvix. Antiprogestágenos – Aglepistrone (Alisin) – 24 
após discarga uterina elevada, 12 dias após regressão total. 
Ocitocina e derivados de ergot não são efetivos. 
Cistos serosos 
Estruturas que produzem líquido, partindo da superfície serosa do útero. 
Metrite
Inflamação do útero causada por infecção bacteriana pós-parto e com níveis de 
Progesterona baixos. Sub-involução dos sítios placentários. Desordem relacionada ao 
puerpério, caracterizada por sangramento vaginal sanguinolento prolongado (mais de 15 
dias). 
Prolapso uterino
Ocorre mais comumente no momento do parto. Tratamento vai depender do tempo de 
exposição e estado do tecido uterino. 
Neoplasia uterina 
Leiomioma, Fibroma, Fibrosarcoma, Lipoma, Adenoma. 
Desordens do oviduto 
• Anomalias congênitas.
• Cistos no oviduto. 
• Salpingite. 
• Desordens de crescimento – hiperplasia e neoplasia. 
AFECÇÕES MAIS COMUNS EM GRANDES ANIMAIS
Anomalias congênitas:
* Persistência do ducto mesonéfrico;
* Útero unicórnio;
* Aplasia;
* Aplasia segmentar;
* Útero didelfis - não disjunção dos ductos de Muller;
* Oclusão transversal da mucosa;
* Duplicação de cornos - comum em marrãs (10%) não influencia fertilidade; 
* Agenesia das glândulas uterinas - há cio, maior intervalo entre cios, infertilidade 
* Degeneração e inflamação. 
* Hiperemia e hemorragia, novilhas no período peri-ovulatório, vacas entre o dia 8 e dia 10. 
* Hemorragia severa, ruptura da artéria média do útero. 
* Piometra pós-coito. 
* Piometra pós-parto. 
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* Trichomonose. 
* Perimetrite e parametrite. 
* Abcessos bovinos – agente etiológico: Actinomyces piogenes. 
* Granuloma oleoso. 
* Metrite Infecciosas por Mycobaterium sp, Brucella sp, outras causas. 
*Traumas.
*Laceração complicações: hemorragia ou granuloma micótico. 
* Torsão. 
* Prolapso. 
*Ruptura do útero gravídico. 
*Sub-involução da placenta. 
*Atrofia.
*Cistos: Endometrial; Miometrial; Hiperplasia endometrial cística. 
 
10 - AFECÇÕES OVARIANAS 
LESÕES CONGÊNITAS
Agenesia ovariana – Unilateral 
 Bilateral 
Hipoplasia Ovariana – Unilateral 
 Bilateral 
Ovários pequenos, afuncionais ou com pouca função, parênquima indiferenciado, folículos 
ausentes. Quando bilateral – trato genital infantil, não ocorre ciclo estral. 
LESÕES ADQUIRIDAS
OOFORITE – Infiltração difusa com células mononucleares, degeneração de células 
germinativas e fibrose ao redor dos tecidos – é rara em bovinos, pode ocorrer em caso de 
brucelose e tuberculose. Em cães hipótese de doença auto-imune. 
HEMATOMAS – formados a partir de uma pequena hemorragia no ovário podendo ser 
gerada por ablação de CL. 
DOENÇA OVARIANA CÍSTICA 
DEGENERAÇÃO CÍSTICA OVARIANA 
Cisto Folicular - Simples ou múltiplos 
Cisto Luteínico 
Cisto Germinal – estruturas sub epiteliais 
Cisto de Corpo Lúteo 
Cisto de rede ovariana – anastomose de túbulos com formação cística na região do hilo do 
ovário 
Cistos paraovarianos 
Cisto Folicular - Falha no mecanismo endócrino da ovulação. 
Cresc. Folicular - síntese esteróides - controla FSH. Foliculo Gde. – ativação da aromatase 
nas células da granulosa – conversão de andrógeno em estrógeno (17 β estradiol). 
Desenvolvimento de receptores de LH na teca interna e receptores para LH na granulosa 
(importante p/ ovulação). 
Estrógeno – FB+ sensibilidade da hipófise ao GnRH. LH – receptores (folículos pré-
ovulatórios) atividade da aromatase - síntese de estrógeno. 
Enzimas proteolíticas digerem a camada de ligação das células da parede do folículo, 
ocorrendo a ovulação. 
Falhas nesse mecanismo da ovulação podem causar cistos 
Baixas concentrações de LH. Altas concentrações de LH durante a fase folicular. Alterações 
do FB+ do LH em resposta à concentração de estrógeno. 
 ACTH - ACTH resposta do LH ao GnRH na hipófise e resposta do LH ao estradiol.
30
Isso indica que condições de estresse onde ocorre a liberação de ACTH podem propiciar 
condições para o desenvolvimento de cistos ovarianos. 
[ ] corticóide – leva a um pico anormal de LH. 
Prolactina pode reduzir a sensibilidade do ovário às concentrações normais de LH. 
Cisto folicular X Cisto luteínico.
Cisto folicular – Parede delgada, pouco ou nenhum tecido luteínico na parede pode. 
Cisto luteínico – parede mais espessa, geralmente simples, grande quantidade de tecido 
luteínico – parede espessura > 3 mm. 
Diferencial – Dosagem de P4 > 2 ng/ml em leite; 0,5 a 1,0 ng/ml em soro ou plasma. 
Pode haver presença de CL e cisto folicular ao mesmo tempo em ovários diferentes. 
Cisto Folicular - Sinais clínicos
Ninfomania: Sinais de cio prolongado e intervalo curto entre cios. 
Sinais externos – vulva edemaciada, descarga de muco claro, aceitação do macho. 
Hiperestrogenismo (cadelas) – alopecia bilateral, hiperqueratose. 
Pode causar hiperplasia endometrial cística - piometra, neoplasia mamária, ovariana e 
uterina. Cisto simples 1,0 a 1,5 cm; Cistos múltiplos até 10 cm. Pode ser causado por 
administração de estrógeno para interrupção da gestação. Células da granulosa produzem 
estrógeno. Níveis de estrógeno podem variar de 3 a 143 pg/ml. 
 
Cisto Luteínico - Sinais clínicos 
 LH suficiente para causar luteinização das células mas não para provocar a ovulação. 
 Cessa atividade cíclica – Anestro. Variam de 1,5 a 5 cm. Virilização se não houver 
tratamento. Desenvolvimento de mucometra – dilatação das glândulas uterinas e produção 
de muco.
 
Tratamentos:
Regressão espontânea 
Remoção cirúrgica – Paracentese 
Tratamento hormonal 
Cisto folicular 
GnRH – 100-250 µ g – luteinização 0,1 a 1,0 mg – Ovulação e formação de CL 
Acetato de buserelina (análogo de GnRH) – 10 µ g 
HCG - 3.000-4.000 UI (IV) 
Cisto luteínico, Luteolítico – PGF2α . 
Cistos paraovarianos 
Cistos remanescentes do duto mesonéfrico. Não causa interferência reprodutiva a não ser 
quando reduzem o lúmem da tuba uterina. 
NEOPLASIASOVARIANAS PRIMÁRIAS 
Tumor de células epiteliais – Cistoadenoma papílífero; Cistoadenocarcinoma seroso. 
Tumor do cordão sexual ou Tumor estromal 
Tumor das células da granulosa 
Tumor das células da teca ou Tecoma 
Tumor de células intersticiais - Luteomas 
Tumor de células germinativas – Disgerminomas 
 Teratomas 
Tumores de células mesenquimais – Fibromas, hemangiomas, leiomiomas, linfomas 
 
Tumor de células epiteliais
Cistoadenoma papílífero 
 Cistoadenocarcinoma seroso 
Surge das células do epitélio extendendo até a córtex ovariana. Aspecto de couve-flor ou 
homogêneo, cístico ou não. Pode variar de 7 a 10 cm. Pode haver produção de fluído. 
Sintomas mais comuns : 
31
Ascite e distensão abdominal; Tumor palpável em abdome cranial; Pode ser assintomático. 
Células neoplásicas em fluído da ascite. 
Tratamento: Remoção do tumor; Ciclofosfamida (50mg/mm3) 3x sem e Clorambucil 
8mg/mm3/2xsem. 
 
Tumor Estromal ou de cordão sexual 
Tumor de células da granulosa 
Geralmente unilateral, Ovário de consistência firme, geralmente friáveis e císticos, 
Normalmente são encapsulados sem invasão local, Pode causar metástase em mesentério, 
diafragma, rins e vesícula urinária. 
Sintomas: Distensão abdominal e ascite; Aumento de estrógeno sozinho ou com 
progesterona; Estro persistente; hiperplasia cística endometrial, piometra, poliúria, polidipsia, 
hiperestrogenismo.
estrógeno – 55 a 166 pg/ml.
P4 0,64 a 110 ng/m. 
 
Tumor de células germnativas – Disgerminomas - Teratomas
Disgerminomas – tumores sólidos derivados do epitélio ovariano. 
Teratomas – Tumores sólidos contendo diferentes tecidos de 2 a 3 linhagens celulares 
(ectoderma, mesoderma e endoderma). 
Pode ocorrer mineralização em teratomas. 
Tumores de células germinativas não impedem a função ovariana, possuem ciclo normal. 
NEOPLASIAS OVARIANAS SECUNDÁRIAS
Linfosarcoma; Carcinomas mamários; Carcinoma intestinal; Carcinoma pancreático. 
11 - ALTERAÇÕES DO CICLO ESTRAL
1 – Alterações da periodicidade do ciclo:
1.1 Intervalo curto entre os cios:
Bovinos – Degeneração folicular cística – ninfomania. Pode haver CL e Folículo 
concomitantes (9 a 12 dias após o cio) – sintomas de estro fraco. 
1.2 Prolongamento do intervalo entre os cios:
Fatores nutricionais e estresse. Produção de FSH não sofre influencia nutricional, LH sofre. 
Concentrações de Insulina, glicose e IGF-1 são baixos em animais com balanço energético 
negativo, oócitos “in vitro” não produzem blastocistos. Parece haver relação com efeitos 
tóxicos de ácidos graxos não esterificados sobre os folículos e oócitos. 
1.3 Intervalo irregulares entre os cios:
Morte embrionária ou fetal; Mudanças de alimentação; Puberdade; Começo de estação 
reprodutiva em animais estacionais. 
2 - Alterações da intensidade do cio: 
2.1 Cio silencioso – anafrodisia: 
Ovário cicla normalmente, ovula mas não há sintomas de cio. Pode ocorrer por deficiência 
de β caroteno, P, Cu, Co. 1ª ou 2ª ovulação pós-parto, puberdade, animais estacionais 
Terapia – PMSG, introdução de rufião. FSH – 25 a 50 UI SC ou IM 6 a 8 dias(cadelas) 
 
2.2 Cio curto: 
Diferenças de idade. Puberdade. Animais estacionais em início de estação reprodutiva. 
Cio anovulatório.
32
2.3 Aciclia/ anestro:
Em cadelas ausência de estro por mais de 24 meses. 
Anestro Fisiológico - Gestação e Lactação. 
Altas concentrações de P4 FB - inibe eixo hipotálamo-hipófise – atividade folicular mínima 
Após nascimento período para reativar o eixo normal. 
Balanço energético negativo. Deficiência em micronutrientes P, Co, Mg, Cu 
Sinais: ovários peq, quiescentes, lisos. 
Efeito genético: Gado de corte 36-70 dias pós parto. 
 Gado de leite 10-45 dias pós parto. 
Ocorrência em vacas de alta produção e novilhas. 
Patogenia:
- Os receptores de GnRH são glicose dependentes – Balanço energético negativo implica 
em não liberação adequada de GnRH 
- Hipoglicemia está relacionada à hipoinsulinemia – afeta a liberação de Gonadotrofinas 
- Baixas concentrações de insulina limita a resposta ovariana à secreção de gonadotrofinas 
afetando a ovulação e formação do CL. 
Tratamento: PMSG (Cresc. Folicular); GnRH(pico LH); Melhora na alimentação, reposição 
de micronutrientes. Drogas indutoras de anestro (cadelas) - andrógenos ou P4 exógenos, 
glicocorticóides exógenos. Doenças correlacionadas em cães: Hipotireoidismo – maturação 
dos gametas, hormônios necessários p/ atuação do trofoblasto após a fecundação. 
Hiperadrenocorticismo – Aumento de cortisol diminui a síntese ou a liberação de LH 
3 - Anomalias da ovulação
Normal – ovulação 10 a 12 h após o fim do estro, 18-26 após pico LH. 
 
3.1 Ovulação atrasada 
Falha no desenvolvimento de receptores. 
Quantidade insuficiente de LH ou tempo de liberação inadequado. Fase folicular >, baixa P4 
– Demora p/ forma CL. Deficiência nutricional. Identificação – Folículo no mesmo ovário no 
pico do estro e 24-36h após. 
Tratamento - HCG 
3.2 Cio anovulatório 
Crescimento folicular s/ ovulação. Folículo entra em atresia e se luteiniza. Forma CL e 
regride 17-18 dias após. 
Causas: Bloqueio da liberação FSH-LH, Bloqueio da maturação do oócito, Degeneração 
folicular cística. 
Tratamento – HCG ou GnRH. 
12 - DESORDENS DE VAGINA E VULVA EM CADELA E GATA
Hipertrofia clitoriana 
Pode ser secundária à irritação da fossa clitoriana 
Hormônio-dependente 
Intersexo 
20-3-% de fêmeas com hiperadrenocorticismo 
Fêmeas que utilizam andrógenos 
Hiperplasia e prolapso vaginal 
Hiperplasia – estímulo de estrógeno (Pró-estro e estro) 
Normalmente no pico de estrógeno 
Pode ocorrer próximo ao parto, diminuição da progesterona e aumento de estrógeno (1º, 2º 
e 3º estro) Comum em boxer.
Tipo 1 – Moderada eversão do assoalho da vagina sem protusão pelos lábios vulvares. 
Tipo 2 – Prolapso do assoalho vaginal na porção cranial e parede lateral da vagina através 
da vulva formando uma massa.
33
Tipo 3 – Prolapso da circunferência total da vagina, é visível o orifício uretral. 
Pode haver disúria e secreção vulvar. 
Deve fazer diferenciação com tumor – relacionado com período do ciclo estral 
* Se ocorrer ovulação - Progesterona > 4ng/ml = regressão 
* Sem folículo ovulatório – Progesterona < 2 ng/ml 
Induzir a ovulação com GnRH 2,2 µ g/Kg I.M. ou HCG (1000UI I.M. ). A redução ocorre 
após 1 semana. 
 
Corrimento vulvar 
Mucóide; hemorrágico; purulento. 
Vaginite 
Juvenil - < 1 ano – descarga vulvar. Aumento de volume. 
Citologia vaginal – PMN com ou sem bactérias. 
Corrimento purulento – ATB / 4 sem. 
Adulta – Primária – B. canis; 
Herpes Vírus Canino – lesões vesiculares, regride após 14-18 dias 
 Secundária – Atrofia vaginal após OSH; neoplasia, infecção urinária, diabetes mellitus, 
incontinência urinária. 
Bactérias causadoras: E. coli; Streptococcus, Staphylococcus intermedius 
Tratamento: estrógeno oral 1 mg/dia/7dias 
Vestibulite 
Odor anormal, Irritação vulvar. Pode ocorrer hipertrofia de clitóris em resposta ao pH alcalino 
da urina por uso de metionina. 
Tumor venéreo transmissível canino (TVTc) 
 Aparência de couve-flor. Células neoplásicas com cariótipo 59 ± 5 cromossomos (normal 
78). 
Terapia – Vincristina 0,0125 – 0,025 mg/Kg I.V./semana. Regride normalmente após a 2ª ou 
3ª aplicação. Pode-se associar Ciclofosfamida e Methotrexate. 
13 - ANATOMIA APARELHO REPRODUTIVO MASCULINO
Funções do aparelho reprodutivo:
•• Testículos Testículos 
•• Epidídimo Epidídimo 
•• Duto Deferente Duto Deferente 
•• Glândulas assessórias Glândulas assessórias 
•• TermorregulaçãoTermorregulação
TIPOS DE PÊNIS
Fibro-cartilaginoso – Bovino, peq. ruminantes, suíno 
Bulbo-esponjoso – cão, gato, eqüino 
TESTÍCULOS E EPIDÍDIMO
Localização nas diferentes espécies 
Bovinos: Testículo: pendular 
 Epidídimo:cabeça dorsal, corpo posterior e cauda ventral 
Pequenos Ruminantes: Testículo: pendular 
 Epidídimo:cabeçadorsal, corpo posterior e cauda ventral 
Eqüinos: Testículo: posição horizontal, na região inguinal 
 Epidídimo : Cabeça anterior, corpo dorso lateral e cauda posterior 
Suínos: Testículo: posição perineal 
 Epidídimo: cabeça ventral, cauda dorsal 
Cão: Testículo: horizontal 
34
 Epidídimo: cabeça anterior, corpo dorso medial, cauda posterior 
Gato: Testículo perineal 
Funções do Aparelho Reprodutivo Masculino 
Produção de Gametas; Produção de Hormônio; Transporte de Gametas; Excreção de urina Produção de Gametas; Produção de Hormônio; Transporte de Gametas; Excreção de urina ; 
Ejaculação.Ejaculação.
Os hormônios gonadotróficos da hipófise são responsáveis pelo início das atividades dosOs hormônios gonadotróficos da hipófise são responsáveis pelo início das atividades dos 
túbulos seminíferos,. A testosterona sustenta a atividade do FSH e também responsáveltúbulos seminíferos,. A testosterona sustenta a atividade do FSH e também responsável 
pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e crescimento do tratopelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e crescimento do trato 
reprodutivo. Existe uma barreira sanguíneo-testicular que separa as espermatogônias mãesreprodutivo. Existe uma barreira sanguíneo-testicular que separa as espermatogônias mães 
da sua progênie, serve para proteger imunológicamente o epitélio gerinativo dos outrosda sua progênie, serve para proteger imunológicamente o epitélio gerinativo dos outros 
tecidos, qualquer lesão nesta barreira causa prejuízos imunológicos para os testículos. tecidos, qualquer lesão nesta barreira causa prejuízos imunológicos para os testículos. 
Função do testículo 
Produção de Hormônios; Células de Leydig; Intersticial adjacentes aos túbulos seminíferos; 
Produz testosterona; Estimula a espermatogênese.Produz testosterona; Estimula a espermatogênese.
Células de Sertoli Células de Sertoli 
Túbulos seminíferos, entre as células germinativasTúbulos seminíferos, entre as células germinativasinibinainibina
Controla a produção de FSH pela Hipófise- regula a taxa de produção de SPTZControla a produção de FSH pela Hipófise- regula a taxa de produção de SPTZ
Produção de espermatozóides - túbulos seminíferos Produção de espermatozóides - túbulos seminíferos 
Os túbulos seminíferos são compostos pelas células de Sertoli - de sustentação e pelasOs túbulos seminíferos são compostos pelas células de Sertoli - de sustentação e pelas 
células germinativas. As espermatogônias são as células pedunculares, próximas a bordacélulas germinativas. As espermatogônias são as células pedunculares, próximas a borda 
externa do túbulo. externa do túbulo. 
O Testículo
Túnica albugínia Túnica albugínia 
Túbulos seminíferosTúbulos seminíferos - espermatozóidesespermatozóides
Células intersticiaisCélulas intersticiais - testosteronatestosterona
Rede testicular Rede testicular 
Ductos eferentes Ductos eferentes 
EpidídimoEpidídimo – cabeça, corpocabeça, corpo, cauda. cauda. 
Artéria espermática Artéria espermática 
Veia espermáticaVeia espermática
A Célula de Sertoli 
•• Resposta ao FSH Resposta ao FSH 
•• Controle endócrino Controle endócrino 
• ABP / inibina ABP / inibina 
•• Barreira sangúineo -testicular Barreira sangúineo -testicular 
ABP Proteína fixadora de andrógenos , secretada na luz do túbulo seminífero ajuda a 
manter o alto nível de andrógenos dentro do túbulo, para estimular o desenvolvimento das 
células germinativas
 INIBINA - Atua inibindo o FSH e regulando assim a produção de SPTZ INIBINA - Atua inibindo o FSH e regulando assim a produção de SPTZ 
A Barreira Sanguineo testicular não é penetrada por vasos sangüíneos, essa barreira possuiA Barreira Sanguineo testicular não é penetrada por vasos sangüíneos, essa barreira possui 
dois constituintes principais,dois constituintes principais, A barreira incompleta ou parcial as células mióides (contráteis)A barreira incompleta ou parcial as células mióides (contráteis) 
que circulam o túbulo e as singulares junções entre as células de Sertoli essas junçõesque circulam o túbulo e as singulares junções entre as células de Sertoli essas junções 
dividem os túbulos seminíferos entre a o compartimento basal (espermatogônias edividem os túbulos seminíferos entre a o compartimento basal (espermatogônias e 
esperrmatócitos) e compartimento adluminal (formas avançadas de espermatócitos eesperrmatócitos) e compartimento adluminal (formas avançadas de espermatócitos e 
espermátides, se comunicam com a luz do túbulo. espermátides, se comunicam com a luz do túbulo. 
Barreira imunológica das espermátides em desenvolvimento p/ não haver produção deBarreira imunológica das espermátides em desenvolvimento p/ não haver produção de 
anticorpos contra essas células. anticorpos contra essas células. 
Célula de Leydig 
•• Célula Intersticial Célula Intersticial 
•• Produção de testosterona Produção de testosterona 
• Resposta ao LHResposta ao LH
São controladas pelo estímulo do LH para a secreção de testosterona
35
Termo regulação dos Testículos
Diminui de 2 - 4 ºC requisito para produção de espermatozóides viáveis Diminui de 2 - 4 ºC requisito para produção de espermatozóides viáveis 
Estruturas:Estruturas: 
pele escrotalpele escrotal
músculo cremastermúsculo cremaster 
tunica dartos (componente muscular pele)tunica dartos (componente muscular pele)
plexo pampiniforme plexo pampiniforme 
Epidídimo
Desenvolvido a partir do ducto mesonéfrico (Wolffian) Desenvolvido a partir do ducto mesonéfrico (Wolffian) 
PartesPartes 
oo cabeçacabeça
oo corpocorpo
o cauda cauda 
FunçõesFunções 
oo transporte de espermatozóidestransporte de espermatozóides
oo absorção - cabeça e cauda – concentração de espermatozóidesabsorção - cabeça e cauda – concentração de espermatozóides
oo secreção - cauda - pH, osmolaridade secreção - cauda - pH, osmolaridade 
oo maturação espermáticamaturação espermática ( na cabeça do epidídimo)( na cabeça do epidídimo)
oo migração da gota citoplasmática do colo para a a porção terminal da peçamigração da gota citoplasmática do colo para a a porção terminal da peça 
intermediária do SPTZ –intermediária do SPTZ –
oo cabeça - importantes alterações físicas e citoquímicas, aumento dacabeça - importantes alterações físicas e citoquímicas, aumento da 
capacidade motora e poder de fertilização.capacidade motora e poder de fertilização.
oo ganho de motilidade - corpo, caudaganho de motilidade - corpo, cauda
oo ganho de fertilidade - caudaganho de fertilidade - cauda
oo armazenagem de SPTZ (3-4 dias de produção ) armazenagem de SPTZ (3-4 dias de produção ) 
Tempo de trânsito no epidídimo Tempo de trânsito no epidídimo 
oo touro- 7 diastouro- 7 dias
oo carneiro - 16 diascarneiro - 16 dias
oo suíno - 12 diassuíno - 12 dias
o garanhão - 8 a 11 diasgaranhão - 8 a 11 diasGlândulas acessórias / Musculatura do Pênis 
Glândulas vesicularesGlândulas vesiculares
Glândula bulbo-uretral Glândula bulbo-uretral 
Glândula prostática Glândula prostática 
Glândulas uretraisGlândulas uretrais
Músculo retrator do pênis Músculo retrator do pênis 
Músculo ísquiocavernoso Músculo ísquiocavernoso 
 
GLÂNDULAS VESICULARES: 
São órgãos glandulares pares que estão ausentes no carnívoro e que portanto não se 
acredita serem essenciais para a reprodução. 
*Ruminantes: 
É a maior glândula acessória no touro, carneiro e bode. São órgãos compactos com 
superfície lobulada. No touro adulto medem 10-12 cm de comprimento, 5cm de largura e 3 
cm de espessura. Em pequenos ruminantes é menor e mais arredondada, medindo 2,5 a 4 
cm de comprimento, 2 a 2,5cm de largura e 1 a 1,5 cm de espessura. Cada glândula 
consiste de um tubo saculado de paredes muito espessas, dobrado sobre si mesmo de 
modo tortuoso. Em touros, se distendido, este tubo tem aproximadamente 25 cm de 
comprimento 
 
* Equinos:São dois sacos alongados e um tanto piriformes que se situam em cada lado da parte 
caudal da superfície dorsal da bexiga urinária. Cada vesícula consiste numa extremidade 
cega arredondada- o FUNDO; uma parte média, ligeiramente mais estreita- o CORPO; e 
36
uma parte constrita- o COLO ou ducto. Tem aproximadamente 15 a 20 cm de comprimento, 
e seu diâmetro maior é de aproximadamente 5cm. 
 
*Suínos: 
São extremamente grandes, consistindo de duas massas piramidais , cada uma delas 
medindo de 12 a 17 cm de comprimento, 6 a 8 cm de largura e 3 a 5cm de espessura . Os 
dutos coletores de ambos os lados se unem para formar o duto excretor. 
 
GLÂNDULA BULBOURETRAL:
São estruturas pares deitadas dorsalmente de cada lado da uretra pélvica. Não está 
presente no cão. 
* Ruminantes: 
Medem no touro 2,8cm de comprimento por 1,8cm de largura. A parte proximal está coberta 
pelo músculo bulboesponjoso e portanto pode não ser notada por via retal. Cada glândula 
tem um ducto que se abre na parede dorsal da uretra. Nos pequenos ruminantes mede 1 cm 
de diâmetro. No touro e carneiro é uma glândula tubuloalveolar e no bode é somente 
tubular. 
*Equinos: 
Tem comprimento de 4 a 5cm e 2 a 3 cm de largura. É composta por epitélio tubuloalveolar . 
Cada glândula tem de 6 a 8 dutos excretores que se abrem na uretra 
* Suínos: 
São muito grandes e densas. São cilíndricas e medem aproximadamente 15 cm de 
comprimento por 2 a 3 cm de largura. É composta por epitélio tubuloalveolar. Cada glândula 
tem um ducto excretor saindo da parte caudal e abrindo na uretra. 
*Carnívoros: 
No gato tem diâmetro de 5 mm, está caudalmente à prostata. Tem um componente tubular e 
abre-se na raiz do pênis. 
PRÓSTATA: 
Está presente em todas as espécies de mamíferos domésticos. É mais importante em cães, 
pelas patologias que a acometem. Consiste em duas partes, a pars disseminata, que 
consiste de elementos glandulares ao longo da uretra e o corpo situado atrás da entrada do 
duto deferente ( ocorre no porco e no touro). Os pequenos ruminantes possuem somente a 
pars disseminata e os equinos e carnívoros somente o corpo. 
* Ruminantes: 
É bilobulada e localiza-se na superfície dorsal da uretra . Mede 3,5 a 4 cm de comprimento e 
1 a 1,5 cm de largura. Os dutos prostáticos se abrem em fileiras no interior da uretra 
Equinos:
Situa-se no colo da bexiga e início da uretra. Consiste em dois lobos laterais e um istimo de 
ligação de 3cm de comprimento. Cada lobo mede 5 a 9 cm de comprimento , 3 a 6 cm de 
profundidade e 1 cm de largura. Há de 15 a 20 ductos prostáticos de cada lado, que 
perfuram a uretra. 
Suínos: 
O corpo da glândula é relativamente pequeno, localizado na superfície dorsal da uretra. A 
pars disseminata é maior e circunda a parte pélvica da uretra e está coberta pelo músculo 
uretral. 
 Carnívoros: 
É relativamente grande, de cor amarelada e estrutura densa. É globular e circunda o colo 
da bexiga urinária e a uretra em sua junção. Em cães com menos de 2 meses de idade a 
glândula está em posição abdominal enquanto que em animais de 2 a 8 meses está na 
posição pélvica. 
 Após a maturidade sexual a próstata aumenta de tamanho e com aumento da idade muda 
de posição de pélvica para abdominal. 
Depois dos 10 anos de idade a próstata pode ser considerada órgão abdominal. Pode ser 
palpada pelo reto. A pars disseminata é representada por pequeno número de lóbulos na 
parede da uretra. No gato tem forma bulbar e mede 10 a 12 mm de comprimento. A glândula 
cobre a uretra dorsalmente. 
37
 
14 - EXAME ANDROLÓGICO 
I- Anammese
Anamnese geralAnamnese geral – informações sobre o rebanho 
1 - Estado sanitário do rebanho (doenças que interferem com a reprodução) 
2 - Manejo do rebanho (estábulos, piquetes, aguadas, etc.)
3 - Alimentação
4 - Fertilidade do rebanho
 
Anamnese individual - Anamnese individual - informações sobre o reprodutorinformações sobre o reprodutor 
1 - Identificação do reprodutor1 - Identificação do reprodutor
2 - Idade2 - Idade
3 - Raça3 - Raça
4 - Fertilidade anterior4 - Fertilidade anterior
5 - Primeira cobertura ou colheita de sêmen5 - Primeira cobertura ou colheita de sêmen
6 - Estado sanitário das fêmeas cobertas pelo reprodutor e se ele6 - Estado sanitário das fêmeas cobertas pelo reprodutor e se ele serviu fêmeas de outros serviu fêmeas de outros 
rebanhos.rebanhos.
II - Exame FísicoII - Exame Físico 
38
Exame físico geral
1 - Desenvolvimento corporal conforme a idade
2 - Temperamento
3 - Estado geral (nutrição)
4 - Caracteristicas sexuais
Exame físico especial
1 - Aparelho circulatório
2 - Aparelho respiratório
3 - Aparelho digestório
4 - aparelho locomotor (aprumos, articulações, coluna, etc.)
III - Exame Clínico do Aparelho Genital
A - Externo
1- Escroto
Inspeção - cicatrizes, feridas, aumento de volume (local ou geral), circunferência escrotal ou 
volume escrotal, simetria e coloração.
Palpação - Temperatura, elasticidade e espessura.
2 - Testículos - localização, posição, simetria, sensibilidade, consistência, volume e peso.
3 - Epidídimo - cabeça, corpo e cauda - forma, tamanho, consistência e conteúdo.
4 - Cordão espermático - Consistência, volume e espessura
5 - Gânglio linfático testicular (Gânglios inguinais) - tamanho e sensibilidade (difícil de 
palpar)
6 - Prepúcio - Se necessário fazer lavado prepucial - cicatrizes, ferimentos, aumento de 
volume, mobilidade, óstio prepucial (fimose e parafimose)
7 - Pênis - expor o órgão para exame. Mobilidade, tamanho, cicatrizes, ferimentos, aumento 
de volume.
B - Interno (Palpação retal)
1 - Vesículas seminais (Gl vesiculares)- Tamanho, forma, consistência, sensibilidade, 
espessura, mobilidade.
2 - Ampola dos dutos deferentes - Tamanho, sensibilidade, espessura, mobilidade.
3- Próstata - Sensibilidade, tamanho.
C - Exame do animal em ação
Libido
Ereção
Escato
D - Exame do sêmen
1- Macroscópico
2 - Microscópico
3 - Bacteriológico
15 - ESPERMATOGÊNESE15 - ESPERMATOGÊNESE
O que os hormônios fazem?O que os hormônios fazem?
Células de LeydigCélulas de Leydig - Requerem testosterona para espermatogêneseRequerem testosterona para espermatogênese
Células SertoliCélulas Sertoli - Diferenciação do MIH Diferenciação do MIH 
Inibina regula FSH Inibina regula FSH 
ABP (androgen binding protein) mantém alto o nível de testosterona. ABP (androgen binding protein) mantém alto o nível de testosterona. 
Regulação EndócrinaRegulação Endócrina
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Início - puberdadeInício - puberdade 
Necessidade HormonalNecessidade Hormonal 
LH, FSH, testosterona --- regulaçãoLH, FSH, testosterona --- regulação
 
Duas FasesDuas Fases
EspermatocitogêneseEspermatocitogênese (mitose e meiose) ocorrem em ondas e Ciclos (mitose e meiose) ocorrem em ondas e Ciclos
Epermiogênese Epermiogênese 1 espermatogônia = 64 espermatozóides ( célula inicial) 1 espermatogônia = 64 espermatozóides ( célula inicial) 
Produção de EspermatozóideProdução de Espermatozóide
 
 
Ciclos e Ondas nos Túbulos SeminíferosCiclos e Ondas nos Túbulos Seminíferos
CiclosCiclos – Através da secção do epitélio seminífero verificam-se associações celulares.O – Através da secção do epitélio seminífero verificam-se associações celulares.O 
tempo para aparecer um tipo de associação celular até aparecer novamente é chamadotempo para aparecer um tipo de associação celular até aparecer novamente é chamado 
ciclo celular.ciclo celular. Para completar o processo de espermatogênese, requerem 4,5 ciclosPara completar o processo de espermatogênese, requerem 4,5 ciclos 
celulares. O tamanho do ciclo varia com a espécie.celulares. O tamanho do ciclo varia com a espécie.
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OndasOndas - se referem aos ciclos que ocorrem ao longo dos túbulos seminíferos. Podem - se referem aos ciclos que ocorrem ao longo dos túbulos seminíferos. Podem

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