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Fisiopatologia da Reprodução

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FISIOLOGIA 
DA 
REPRODUÇÃO 
 
FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - FÊMEAS 
 
INTRODUÇÃO 
 
Anatomia: ovário, trompas, útero, cérvix, vagina/clitóris, genitália externa (vulva) 
 
OVÁRIO: gônada feminina 
→ Gametogênese (produção de células germinativas, liberação de óvulos): função exócrina 
→ Folículo ovariano produz o hormônio sexual feminino (secreção de hormônios gonadais) → 
estrógeno ou estradiol, derivado do colesterol (esteroidogênese): função endócrina 
 
- O córtex (tecido) do ovário contém folículos ovarianos e/ou corpos lúteos em diferentes estágios de 
desenvolvimento. 
- Os óvulos se desenvolvem em conjunto com o folículo ovariano, sendo que dentro de cada folículo 
tem um óvulo. 
- O folículo sofre ação de hormônios para se desenvolver e se tornar apto a se romper e liberar o óvulo 
– OVULAÇÃO. 
- Conforme o folículo cresce, forma-se um líquido em seu interior, chamado antrofolicular. Sua 
produção de estrógeno aumenta até que haja o cio e o óvulo seja liberado. 
- Quando o óvulo é liberado, o folículo sofre uma reorganização e vira corpo lúteo → o corpo lúteo 
produz progesterona (hormônio esteroide fundamental para a manutenção da gestação) → se a fêmea 
não ficar gestante, o corpo lúteo é eliminado = LUTEÓLISE → se a fêmea ficar gestante, o corpo lúteo 
é mantido. 
 
Trompas ou tubas uterinas: é um órgão par e estão conectadas aos ovários. É dividida em 3 segmentos: 
infundíbulo, ampola e istmo, sendo que na ampola ocorre o processo de fertilização 
- Égua: tuba uterina bicornual (bem defininas) 
- Vaca: tuba uterina bipartida (não é bem definida) 
 
Útero: está conectado as trompas. O útero bicornual é aquele que tem 2 cornos uterinos bem 
definidos, como o da égua e da porca. Já o bipartido é aquele que tem 2 cornos uterinos não definidos, 
como o da vaca. 
 
Cérvix: é semelhante a um esfíncter, tem a capacidade de abrir, fechar, contrair, relaxar, dependendo 
da fase do ciclo estral. Na gestante, a cérvix fica fechada. Na fêmea receptiva, a cérvix fica aberta, 
relaxada (estrógeno). Se projeta na vagina. Cérvix é barreira física, apenas os bons sptz atravessam. 
Sofre modificação durante o ciclo estral, parto; facilita o transporte dos sptz; faz seleção dos sptz; na 
gestação é uma barreira para sptz e bactérias. 
- Ruminantes: transversa ou espiralada, formando anéis 
- Porcas: anéis em saca rolhas 
- Éguas: dobras mucosas e alças que se projetam p/ dentro da vagina. Não forma anéis, é mais fácil de 
inseminar. 
 
- Muco: macromoléculas de mucina (composta por glicoproteínas) 
Estrógeno ↑ muco 
Progesterona ↓ muco 
 
Genitália externa: 
- Lábios vulvares 
- Clitoris 
REGULAÇÃO DA REPRODUÇÃO 
- 95% da regulação é realizada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal 
- 5% da regulação é realizada pelo útero 
 
Hipotálamo 
 
→ GnRH (hormônio liberador da gonadotrofina) → estimula liberação de FSH (hormônio folículo 
estimulante) e LH (hormônio luteinizante) 
GnRH ↑ LH ↑ FSH 
 
→ Ocitocina: hormônio de descida do leite, é produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise 
 
Hipófise 
 
Adeno-hipófise → FSH e LH (hormônios gonadotróficos ou gonadotrofinas – atuam nas gônadas) 
Neuro-hipófise → ocitocina 
 
Gônada: Ovários → folículos e corpo lúteo 
 
Folículos 
→ esteroides (hormônios derivados do colesterol) → estradiol (é um estrógeno) e progesterona (P4) 
Estrógeno (E2) → ↓ FSH e ↑ LH → promove características de cio e faz 2 feedbacks (inibe FSH e 
estimula LH). 
Inibina → ↓ FSH 
 
Corpo lúteo 
→ progesterona (P4) 
→ relaxina (relaxa ligamentos) 
→ ocitocina (em menor qtdd é um sinalizador importante para a luteólise →atua no útero e faz com 
que ele libere prostaglandina PGF2α → luteólise) 
 
Útero: 
 
→ Progesterona (P4) → impede a luteólise (útil durante gestação). 
Após a fecundação, se os embriões por alguma razão não se mantiverem viaveis no útero → regressão 
do corpo luteo (CL) e o ciclo estral subsequente ocorre normalmente. Se os embriões se mantiverem 
nesse período, o CL persiste por cinco a seis dias além do seu período de vida normal → o concepto 
protege o CL da luteólise durante o reconhecimento materno da gestação. 
Corpo lúteo → progesterona (esteroide necessário tanto para a ciclicidade ovariana e o manutenção 
da gestação na maioria dos mamíferos. 
 
GAMETOGÊNESE: 
FÊMEA: é a ovogênese, onde há 3 fases: fase folicular (desenvolvimento do folículo), ovulatória 
(liberação do óvulo) e luteínica (formação do corpo lúteo) 
 
Ovogênese → Fases FOLICULAR, OVULATÓRIA e LUTEÍNICA 
 
 
 
FASE FOLICULAR ou FOLICULOGÊNESE 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO FOLICULAR 
 
Estruturas Foliculares: 
- Folículo primordial 
- Folículo primário 
- Folículo secundário 
- Foículo pré-antral (ou terciário) 
- Folículo antral (pré-ovulatório ou folículo de Graaf) 
 
 
 
Folículo primordial: possui uma camada de células epiteliais achatadas em torno do oócito 
- Todas as fêmeas já nascem com todos os folículos primordiais 
- Não secreta hormônios nem responde aos hormônios da reprodução → ação dos fatores de 
crescimento (IGF) → proliferação da monocamada de células → folículo primário 
 
Folículo primário: possui mais de uma camada de células, agora cubóides 
- Não produz hormônios esteroides, responde às gonadotrofinas → presença de FSH → folículo 
secundário 
 
Folículo secundário: proliferação das camadas celulares e diferenciação em: 
- Células da Teca (grandes e alongadas) 
- Células da Granulosa (pequenas e cubóides) 
 
Folículo terciário: crescimento do folículo, acúmulo de líquido entre as camadas celulares e formação 
de vários antros → quando a quantidade de líquido é muito grande há formação de uma cavidade, 
união de vários antros formando o folículo antral 
 
Folículo de Graaf: é bastante grande e se caracteriza pelo aparecimento de um espaço intercelular 
denominado de ANTRO, que está preenchido por líquido folicular. A camada de células foliculares que 
circunda o ovócito é a corona radiata. O ovócito se torna secundário momentos antes da ovulação. Ele 
é também chamado de Folículo Maduro ou Folículo Antral. 
As tecas interna e externa estão bem desenvolvidas, a primeira apresentando numerosas células e 
capilares, enquanto que a outra é menos celularizada e mais fibrosa. Nesta fase da meiose ocorre a 
liberação do 1º. corpúsculo polar. Este folículo é um folículo pronto para a ovulação. 
 
- Formação de uma membrana basal entre a camada granulosa e da teca 
- Ocorre a formação do “cumulus oóphoros” que é um pedúnculo de células que mantém o oócito 
projetado no interior do folículo 
- A camada de células que fica ao redor do oócito é chamada de “corona radiata” 
- Folículo antral deixa de ser dependente do FSH e passa a responder ao LH 
- Somente folículos antrais ovulam 
 
FASES DO DESENVOLVIMENTO FOLICULAR 
Folículo se desenvolve em “ondas”, com 3 fases: 
 
1. Recrutamento: folículos recrutados são antrais, dependem das gonadotrofinas para se 
desenvolver (principalmente FSH) e têm diâmetro maior que 5mm (tem + célula granulosa, mais 
receptor para FSH = maior chance de se desenvolver). Os folículos que não forem recrutados sofrem 
atresia. 
Apenas folículos dependentes de gonadrotofinas podem ser recrutados. A dependência de 
gonadodrofinas e recrutamento ocorre quando os folículos atingem um determinado tamanho mínimo 
(que varia entre espécies). Antes de atingirem este estágio, o crescimento folicular é controlado 
principalmente por fatores de crescimento locais. O FSH é o hormônio responsável pelo recrutamento. 
 
2. Seleção: é um ajuste no nº de folículos que foram recrutados (aqueles não selecionados, sofrem 
atresia). Um folículo é selecionado, se desenvolve e sofre maturação. Fase dependente de LH. 
O processo de seleção ocorre quando os folículos atingem um diâmetro de 5 mm e existem duas teorias 
para explicar os mecanismos envolvidos. A primeira teoria afirma que a seleção é controlada apenas 
por mecanismos endócrinos, ou seja, uma redução do suprimento de FSH para os folículos. Já a 
segunda teoria diz que o(s) maior(es)folículo(s) produzem alguns componentes que inibem 
diretamente o crescimento dos folículos menores. 
É provável que em espécies com possibilidade de mais de uma ovulação (caprinos e ovinos), somente 
o mecanismo dependente de FSH esteja em ação, enquanto que em espécies monoovulares (bovinos), 
com rigoroso controle da taxa de ovulação, os dois mecanismos estejam atuando. 
 
3. Dominância: o folículo selecionado se destaca e passa a crescer mais rapidamente que os 
outros, suprimindo o crescimento dos demais e inibindo o recrutamento de um novo grupo. 
 
Após dominância: folículo pode sofrer atresia ou pode haver ovulação. 
 
Animal nasce com mais ou menos 150 mil óvulos. Até a puberdade não tem gonadotrofina, o folículo 
chega no secundário e sofre atresia, não é recrutado. Então, vai perdendo folículos. Na puberdade, o 
animal tem 20-30 mil. 
 
Folículo atrésico: folículo afuncional → é o destino da maioria dos folículos. 
 
Células da Granulosa: 
- Alvos para o FSH (têm receptor para FSH) 
- Secretam mensageiros químicos em resposta ao FSH 
- Secretam inibina (garantem feedback negativo para a secreção do FSH) 
- Transportam nutrientes para os oócitos através de junções comunicantes do tipo GAP 
- Secretam estradiol 
- + internas 
- Produzem a zona pelúcida → responsável pelo bloqueio da poliespermia → após a entrada de um 
sptz a zona pelúcida se modifica (muda de polaridade) e impede a penetração de outros sptz 
 
Células da Teca 
- Receptor para LH 
- Produtoras de andrógenos 
- Protegem o folículo em desenvolvimento, dando suporte estrutural e vascular até a ovulação 
- + externas 
 
→ As células da granulosa produzem estrógeno, mas precisam da ajuda das células da teca. As células 
da granulosa captam o colesterol, que vai sendo quebrado, mas em um certo ponto é necessária a 
enzima desmolase (presente em grande quantidade nas células da teca). Depois é necessária a enzima 
aromatase (presente em grande quantidade nas células da granulosa), para a formação de estrógeno. 
 
Androstenediona: um andrógeno produzido pelas células da teca, passa pela membrana basal e na 
camada da granulosa é transformado pela ação da aromatose em estradiol → estradiol é responsável 
pela indução dos sinais de cio e desenvolvimento da glândula mamária 
 
Inibina: produzida pelas células da granulosa. 
Quando maior for o folículo, mais inibina 
- Ação parácrina, inibindo o desenvolvimento dos folículos vizinhos 
- Ação endócrina: impede a liberação de LH e FSH pela hipófise 
- Produção controlada péla ação do LH e do FSH 
 
FASE OVULATÓRIA 
 
É a ruptura da membrana folicular e expulsão do oócito, promovendo a formação do copo hemorrágico 
para formar o corpo lúteo. É um acontecimento marcado pelo pico de gonadotrofinas (GnRH) sob 
influência do LH. 
É um evento marcado pelo pico de gonadotrofinas. Se inicia com o pico pré-ovulatório de LH e termina 
com a ruptura do folículo e liberação do ovócito recoberto por células corona radiata (da granulosa). 
 
O folículo dominante produz estrógeno → hipotálamo (feedback +) → ↑ GnRH (amplitude e 
frequência) → hipófise → ↑ LH (pico pré-ovulatório) → folículo se rompe e libera seu conteúdo (óvulo) 
 
O folículo produzia estrógeno e inibina → faziam feedback negativo com FSH → rompimento do 
folículo → ↑ FSH → nova onda de crescimento folicular 
 
↑ estrógeno ↓ FSH 
↓ estrógeno ↑ FSH 
 
Todo esse processo ocorre na AUSÊNCIA DE PROGESTERONA 
 
ATRESIA: ocorre quando tem presença de progesterona. É o processo de degeneração dos folículos 
ovarianos antes da maturação e consequente morte e reabsorção pelo organismo. 
 A fêmea gestante tem recrutamento, seleção e dominância, mas o folículo dominante sofre atresia 
por causa da progesterona. 
Progesterona → NÃO tem feedback + do estrógeno → ATRESIA 
FASE LUTEÍNICA 
Corpo Lúteo: é uma glândula endócrina transitória (sofre apoptose, nasce preparado para morrer). 
O corpo lúteo se forma a partir da parede do folículo, que se colapsa e se dobra após a ovulação. 
Ocorre uma ligeira hemorragia no local da oocitação, que preenche a cavidade folicular anterior e passa 
a ser chamado de corpo hemorrágico. Conforme o sangue é reabsorvido, um corpo lúteo sólido é 
formado por proliferação das células da granulosa e células da teca. 
 
Após a ovulação do ovócito secundário com a zona pelúcida e a corona radiata, o restante do folículo, 
ou seja, a granulosa juntamente com a teca interna, se transforma em células luteínicas, formando no 
conjunto, o Corpo Lúteo. 
 
O corpo lúteo é constituído pelas mesmas células do folículo (granulosa e teca), porém diferenciadas. 
Células da granulosa → se diferenciam em células lúteas grandes (LLC) → produzem ocitocina 
(colaboram com a luteólise) e progesterona (não precisa de estímulo) 
Células da teca → se diferenciam em células lúteas pequenas (SLC) → produzem relaxina (relaxamento 
parto) e progesterona (precisa de estímulo) 
 
Algumas SLC se diferenciam em LLC (processo turnover) para auxiliar na gestação e no parto, porém 
elas mantêm a mesma função (produz relaxina). 
 
Luteólise: perda da função do corpo lúteo e sua regressão. Caracterizada por declínio inicial de 
secreção de progesterona. 
LLC → ocitocina → útero (endométrio) → útero aumenta os receptores para ocitocina → ocitocina 
ligada no receptor faz o útero produzir e liberar prostaglandina (PGF2α) → PGF2α vai até o ovário → 
luteólise. 
 
A PGF2α causa: 
• Diminuição da irrigação do corpo lúteo (hipóxia) 
• Aumenta o cálcio intracelular → desestabiliza a membrana → lise 
• Induz células do corpo lúteo a produzir eicosanoide (fator killer) → destrói células vizinhas 
 
A luteólise ou regressão do corpo lúteo (CL) é caracterizada pelo declínio inicial da secreção de 
progesterona (luteólise funcional) seguido pela mudança da estrutura celular do espaço físico que 
compreendia o CL (luteólise estrutural). Ou seja, pela cessação da produção de progesterona e perda 
dos componentes e da integridade celulares (regressão funcional e morfológica), incluindo redução do 
suprimento vascular, proliferação do tecido conjuntivo, aumento da desorganização celular, 
degeneração e fagocitose das células luteais. 
 
Luteólise funcional → diminuição da secreção de progesterona 
Luteólise estrutural → as células do CL sofrem involução, originando assim uma estrutura chamada de 
corpo albicans, que pode perdurar por várias semanas no ovário 
 
A prostaglandina (PGF2α) é o principal agente luteolítico responsável por promover a luteólise e 
bloquear a síntese de progesterona (P4) pelo CL, o que determina o final da fase luteínica. 
 
Hormônios: 
- Hormônios esteroides: atravessam a membrana da célula e exercem sua função 
- Hormônios peptídeos: se ligam a um receptor na membrana e produzem sua ação com a ajuda de um 
segundo mensageiro 
- Hormônios atuam por feedback → positivo ou negativo 
- Hormônios autócrinos: atuam na célula que o produziu 
- Hormônios parácrinos: atuam na célula vizinha 
- Hormônios endócrinos: atuam em células distantes 
- Liberação hormonal: são liberados em determinada frequência (tempo) e amplitude (quantidade) 
 
Gonadotrofinas Extra Hipofisárias: 
Tem tropismo por atuar nas gônadas, mas não são produzidas e liberadas pela hipófise. 
• HCG = gonadotrofina coriônica humana = ação/efeito semelhante ao LH 
• ECG = gonadotrofina coriônica equina = ação/efeito semelhante ao FSH 
 
Melatonina (fotoperíodo): é um hormônio produzido pela glândula pineal e está relacionado com a 
qtdd, incidência de luz (fotoperíodo). É liberada no período noturno, tendo variação na região perto 
dos trópicos: 
• Verão/Primavera = dia longo, noite curta = baixa melatonina 
• Inverno/Outono = dia curto, noite longa = alta melatonina 
Em algumas espécies, tem efeito supressor do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, como por ex a 
égua, que tem ciclos reprodutivos normais na primavera e verão (é poliéstrica estacional de dias 
longos). Em outras espécies, tem efeito estimulante, como por ex ovelha (poliéstricaestacional de dias 
curtos) 
 
Embrião: é um óvulo que já foi fertilizado. Ele é protegido pela zona pelúcida. Cada célula do embrião 
é chamada blastômero (são células tronco ainda indiferenciadas, que podem virar qualquer coisa). 
• As células vão se multiplicando, sofrendo divisão 
• Mórula 
• Blastocisto = tem uma região pobre em células (blastocele = é o líquido), uma massa celular interna ou 
embrioblasto (grupo de células que originam os 3 folhetos germinativos), e trofoblastos (células que 
originam os anexos fetais, como a placenta). As células se nutrem do líquido, e depois o blastocisto se 
rompe, e então a nutrição vem da parede do útero. 
• Gástrula = células vão se formando, se diferenciando 
 
Organogênese: os 3 folhetos germinativos se organizam e formam as estruturas dos animais 
• Ectoderme → pele, pelos, unhas, cérebro e medula 
• Mesoderme → músculos, ossos, rins, sistema circulatório e reprodutor 
• Endoderme → sistema digestório, bexiga 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLOS REPRODUTIVOS 
 
Ciclo menstrual: primadas (são receptivos durante todo o ciclo) 
Ciclo estral: animais domésticos (possuem períodos limitados de receptividade – cio) 
 
- Ciclo estral = o período compreendido entre dois estros 
1. Fase folicular ou estrogênica → estro, pró-estro → folículo manda 
2. Fase luteínica ou progesterônica → metaestro, diestro → corpo lúteo manda (P4) 
 
1. Bovinos 
 
- Ciclo estral ± 21 dias → estro (dia 0), metaestro (D1-D5), diestro (D6-D16) e proestro (D17-D21) 
 
Ciclo Estral 
➔ Estro: duração média 12h → estrógeno atuante, pico de LH 
Comportamento: aceita monta (sinal principal). Vacas tem comportamento homossexual, aceita ser 
montada por outra vaca. 
Sinais auxiliares: ↓ atividade física, aumenta ingestão alimento, mugido frequente, micção frequente, 
descarga de muco (cristalino) pela vulva, vagina hiperêmica, vulva edemaciada, cérvix aberta 
Palpação: presença do folículo dominante, útero túrgido (tônus por conta do estrógeno) 
Ultrassom: vê o folículo dominante (bolinha preta) e edema uterino 
- Do início do estro até o pico de LH demora 4h → do pico de LH até a ovulação demora 25h (vaca ovula 
no metaestro) 
 
➔ Metaestro: ovulação ocorre 24h após o início do cio ou 12h após o final do cio. 
Ovulação → formação do corpo lúteo → CL produz progesterona → ↓ estrógeno 
Comportamento: não aceita monta, monta em outras vacas. 
Palpação: ovário friável (teve ovulação, corpo lúteo ainda não se organizou), útero flácido (sob efeito 
da progesterona) 
Ultrassom: luteinização, início de uma nova onda (recrutamento, etc) 
- Embrião chega ao útero no D5 
 
➔ Diestro: presença do corpo lúteo maduro, produz progesterona (↑) 
- Ocorre luteólise no final do diestro → se houver fertilização há reconhecimento materno fetal (RMF) 
→ impede a luteólise 
Paláção: tem corpo lúteo, útero relaxado 
Ultrassom: vê o corpo lúteo, desenvolvimento folicular (tem recrutamento, seleção, dominância → 
diestro é um período longo) 
Depois do parto, a vaca entra em proestro (cio pós-parto = 50 dias) 
 
➔ Pró-estro: preparação para o cio → já tem folículo dominante (↑ estrógeno), e ↓ progesterona 
devido à luteólise 
Comportamento: monta e não se deixa montar 
Palpação: início de tônus uterino (estrógeno) 
Ultrassom: vê o folículo dominante e o não tem corpo lúteo (sofreu luteólise) 
 
 
 
 
 
2. Pequenos ruminantes 
 
Estação reprodutiva: Ovelhas e cabras são poliéstricas estacionais de dias curtos (outono e inverno), 
sendo que a duração da estação pode variar com a nutrição, raça e comprimento do dia 
 
Estacionalidade ovelhas: 
- Raças de lã grossa são + sensíveis 
- Raças de lã fina são – sensíveis 
- Raças deslanadas podem ser férteis o ano todo (depende do manejo) 
 
PUBERDADE: eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal funcionando 
- Fisiológica: cabras entre 4-5 meses, e ovelhas 6 meses 
- Zootécnica: 8 meses (60 a 75% do peso adulto = precisa ter um porte adequado para gestação, para 
não haver competição de nutrientes entre mãe e feto e não comprometer desenvolvimento da mãe) 
→ Influenciado pela raça e nutrição 
 
Ciclo Estral: 
Ovelhas: ciclo tem aproximadamente 17 dias 
- Fase lútea: 13 dias 
- Estro: 30 horas 
- Ovulação: no final do estro (1 a 3 ovulações por ciclo) 
Sintomas de cio: aceita monta, vulva edemaciada, corrimento mucoso → cio não é evidente na 
ausência do macho) 
 
Cabras: ciclo tem aproximadamente 21 dias 
- Fase lútea: 16 dias 
- Estro: 30 horas 
- Ovulação no final do estro (2 a 3 ovulações por ciclo) 
Sintomas de cio: aceita monta, vulva edemaciada, corrimento mucoso, inquietação, berra 
frequentemente, balança a cauda constante e rapidamente → cio não é evidente na ausência do 
macho 
 
Particularidades: 
- Cabras 2-5 ondas de desenvolvimento folicular 
- Ovelhas 3 ondas → jovens tem cio + curto e menos taxa ovulatória 
- 3 partos a cada 2 anos (intervalo entre partos 8 meses, sendo 5 meses gestação), influenciado pela 
condição nutricional 
- Reprodutores tem redução no volume/características do sêmen e flacidez do testículo na época 
desfavorável (estacionalidade) 
 
3. Bubalinos 
 
- Búfalo precisa de água e sombra porque tem menos glândulas sudoríparas 
- Touros: quando ficam + velhos, brigam entre eles → repor os touros por animais mais jovens 
- Matrizes: tem alto índice mastite, gestação 10 meses, piquete maternidade não deve ter água (se 
entrar na água depois do parto pode ter infecção uterina, porque cérvix vai estar aberta), lactação de 
240 dias com média de 6kg/dia 
- A búfala não apresenta comportamento homosexual 
 
Estacionalidade: búfalas são poliéstricas estacionais de dias curtos, semelhante as ovelhas 
 
Detecção do cio: aceita monta, vagina hiperêmica, não tem comportamento sexual como as vacas 
Método de detecção: presença de um macho ou fêmea endrogênizada (recebe hormônio para ter 
comportamento diferente, fazendo com que búfalas aceitem comportamento desse animal) 
- Buçal marcador: toda vez que monta, marca o outro animal (tem tinta) 
- Radiotelemetria: detecta quando animal foi montado 
 
Desestacionalização: se todos os animais têm parto no mesmo momento, todas vão secar juntas e 
deixar o produtor sem leite, então é preciso desestacionalizar, através de hormônios. 
 
4. Equinos (éguas) 
 
- Ciclo estral de 21 dias 
Estacionalidade: égua é poliéstrica estacional de dias longos (cicla na primavera/verão). No 
outono/inverno apresenta anestro, pois aumenta melatonina, que deprime o eixo hipotalâmico-
hipofisário-gonadal. 
O garanhão tem pico de produção espermática no verão. 
- Anestro não faz parte do ciclo reprodutivo, é do fotoperíodo, o ciclo estral das éguas tem apenas 
estro e diestro 
 
Puberdade: início com 14-18 meses (eixo funcionando), mas só com 36 meses consegue manter 
gestação (por conta de tamanho, porte, desenvolvimento). Fatores que influenciam: idade, peso, 
nutrição e estação do ano 
 
Fatores que interferem no ciclo estral: 
- Nutrição 
- Localização geográfica → luz varia nos trópicos 
 
OVÁRIOS: na égua, a região cortical é central e a medular é externa. Os folículos se desenvolvem 
internamente no ovário (não consegue palpar corpo lúteo). O epitélio germinativo está em um local 
específico, chamado fossa ovulatória 
- Em outras espécies os folículos se desenvolvem por toda a superfície (tem epitélio germinativo por 
toda a superfície → pode ocorrer ovulação em qualquer local) 
 
- O corpo lúteo mantém a gestação até 4º, 5º mês → depois quem mantém a gestação é a placenta 
 
Controle Endócrino do Ciclo Estral: 
- ESTRO → fase estrogênica (folicular) → 5-7 dias 
- DIESTRO → fase progesterônica (luteal) → 14-15 dias 
 
➔ ESTRO: grande quantidade de estrógeno → a ovulação ocorre antes do pico de LH para 
colaborar com a luteinização (em outras espécies a ovulação ocorre depois do pico de LH) 
 
- Folículos grandes, maiores que 30mm 
- Ovulam 24h antes do final do estro (no 5º dia) 
- 20% das éguas tem dupla ovulação 
- Folículos aumentam de tamanho e vão ficando flutuantes (nota de 1 a 5, sendo1 duro e 5 muito 
flutuante) → quanto mais flutuante, mais próximo da ovulação está 
- Geralmente ovulam de madrugada 
- Útero relaxado (ação do estrógeno), presença de secreção aquosa, edemaciado 
- Cérvix aberta e relaxada 
- Vagina e vulva edemaciada, hiperêmica e flácida 
Comportamento: aceita o macho, na presença do macho afasta os membros posteriores, ergue a 
cauda, contrai os lábios vulvares, produz exposição de clítoris, urina turva e espessa 
 
➔ DIESTRO: 
- ↑ quantidade de progesterona 
 
- Ovário: corpo lúteo e pequenos folículos (menores que 25mm) 
- Útero: tubular, sem secreção, presença de tônus (ação progesterona) 
- Cérvix: fechada e tensa 
- Vagina e vulva: pálidas e secas 
Comportamento: não aceita o macho 
 
Detecção do cio (estro): 
- Rufiação: apresentar fêmea a um macho 
- Palpação retal: útero relaxado, folículos grandes 
- Ultrassom: edema no útero, presença de corpo lúteo 
 
Monta Natural e IA: pode-se fazer a cobertura no 2º, 4º, 6º dia de cio ou no 3º e 5º. A inseminação é 
manovaginal, diferente da vaca que é manoretal 
 
Iluminação Artificial: é possível desestacionalizar as éguas, colocando luz nas baias. Deve-se aumentar 
30 min por dia até atingir 15/16 horas/dia 
 
Controle Encócrino do Ciclo Estral: 
1. Progesterona: regulação fase de transição, sincroniza cio, supressão do estro longo 
2. hCG e GnRH: induzem a ovulação (folículos devem ter a partir de 35mm) 
3. Estrógeno: melhora receptividade e edema uterino (é importante p/gestação) 
4. Prostaglandina: encurta fase lútea (é luteolítico) e termina fase lútea persistente 
5. Ocitocina: aumenta contração uterina (colabora com limpeza do útero) 
 
Utero: 
 
P4 Égua → tônus muscular 
 Vaca → relaxamento muscular 
 
 E2 Égua → relaxamento muscular 
 Vaca → tônus muscular 
 
5. Cadelas 
 
- Monoéstricas = 1 cio / ano (geralmente) 
- Não estacional, ovulação espontânea 
- Puberdade 6-13 meses 
- Gestação 62 dias (56 a 72 d) 
- Ciclo estral: 5 a 12 meses 
- Taxa de ovulação 4 a 12 ovulações / ciclo 
- Ovulação 36 a 50h após o pico de LH 
 
- Animais de pequeno porte atingem a puberdade mais cedo 
- Pico de LH é concomitante ao início do cio 
 
- Ciclo estral: 
PROESTRO: 6 a 11 dias FASE 
ESTRO: 7 a 9 dias FOLICULAR 
 
METAESTRO: 2 a 3 dias FASE 
DIESTRO: 56 a 100 dias LUTEAL 
 
ANESTRO: 135 dias REPOUSO SEXUAL 
 
- Diestro é longo estando a fêmea gestante ou não 
 
Citologia Vaginal: 
- O epitélio vaginal sofre modificações durante o ciclo → sofre um espessamento por influência do 
estrógeno → as células se distanciam do suprimento sanguíneo, sofrem alterações morfológicas e 
morrem 
 
Coleta: swab ou escova ginecológica → inserir na vagina com ângulo de 45º e depois que atinge o 
“teto” da vagina posiciona horizontalmente e segue até o fundo 
- Gerar swab sobre a lâmina – corar lâmina (panótico rápido) 
 
1. Células superficiais anucleadas 
2. Células superficiais nucleadas 
- parecem sucrilhos 
- a nucleada já está morrendo (morte nuclear) e vira a anucleada 
 
 
 
3. Células intermediárias 
- núcleo um pouco menor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Células parabasais 
- núcleo maior (grande) e pouco citoplasma 
 
 
 
5. Célula “espumosa” – presença de bolhas no citoplasma Presentes apenas no 
6. Célula do “metaestro” – invadida por neutrófilos METAESTRO 
 
 
 
 
7. Células basais 
 
 
 
 
➔ Funções da citologia vaginal: manejo de coberturas; ciclos estrais irregulares; diagnóstico de 
sub/infertilidade; coberturas indesejadas. 
- Swab de cadelas no cio pode ser congelado e usado para estimular cães para colher sêmen para IA 
 
 
 
 
PROESTRO: 9 dias (6 a 11 d) 
↑ no desenvolvimento folicular 
↑ estrógeno ↑LH 
Início da secreção de progesterona (P4) no final do proestro (pelos folículos) 
 
• Sinais: 
- Atrai o macho mas não aceita a monta 
- Inquietação, desobediência 
- Vulva edemaciada e hiperêmica 
- Descarga hemorrágica (sangramento) 
 
• Citologia: 
- Inicio: muito corrimento vaginal (↑ [ ] de hemácias), ↑ células parabasais, algumas células 
intermediárias e neutrófilos. Esfregaço “sujo”. 
- Meio: neutrófilos desaparecem e surgem células superficiais 
- Final: variável quantidade de células sanguíneas (hemácias), maioria das células são superficiais 
nucleadas e anucleadas. Esfregaço “claro”. 
 
ESTRO: 7 a 9 dias (3 a 21 dias) 
- Pico de LH → ovulação → início da formação do corpo lúteo 
- ↓ E2 ↑ P4 
 
• Sinais: 
- Vulva edemaciada 
- ↓ Descarga hemorrágica 
- Aceita o macho 
 
• Citologia: 
- 80 a 100% células superficiais, células sanguíneas presente ou não 
- Fundo da lâmina claro e límpido 
 
METAESTRO: 2 a 3 dias 
↑ P4 (progesterona) 
↓ E2 (estrógeno → descamação maciça do epitélio vaginal 
- Caracterizado somente pelo ponto de vista citológico 
 
• Citologia: 
- Todos os tipos celulares: superficiais anucleadas e nucleadas, intermediárias, parabasais, 
polimorfonucleares, células “do metaestro” e células “espumosas” 
 
DIESTRO: 
56 a 58 dias em cadelas gestantes 
60 a 100 dias em cadelas não gestantes 
- Atividade do CL → ↑ P4 (pico 22 a 30 dias após ovulação) 
- Sem sinais clínicos 
- Termina com a luteólise 
 
• Citologia: 
- Maioria células parabasais e intermediárias 
 
ANESTRO: 4 a 5 meses (período de quiescência reprodutiva) 
- Não tem sinais clínicos 
- Concentrações basais de E2 e P4 
- No final → liberação de FSH e LH → preparo para o próximo estro 
 
• Citologia: 
- Células parabasais e intermediárias, fundo claro 
 
 
➔ Começou o sangramento aguarda ± 11 dias e leva ao macho 
➔ Algumas cadelas sangram no estro também 
➔ Cadela castrada: citologia de anestro 
➔ A cadela pode ovular e não estar fértil → libera oóvitos imaturos que levam de 24 a 48h para 
se maturarem e se tornarem férteis 
➔ Os sptz são viáveis por ± 5 dias 
➔ Parto: intervalo de 4 horas entre fetos é normal 
 
 
 
 
 
 
6. Gatas 
 
- Poliéstrica predominantemente estacional de dias longos – melatonina (ciclam na primavera e verão) 
- Ovulação não é espontânea, é induzida pelo coito (estimulação vagino-cervical) → - Estímulo 
mecânico para ovulação, não é o feedback hormonal como das demais espécies 
- Puberdade: 4 a 12 meses 
- Gestação: 65 dias (52 a 74 d) 
- Ciclo estral: 14 a 19 dias (proestro + estro + interestro) 
 
- As gatas em ambiente doméstico ciclam o ano todo, pois devido à luz artificial, o fotoperíodo delas é 
influenciado 
- Gatas em lactação podem entrar em cio novamente e emprenhar 
 
 
 
 
 
PROESTRO: 0 a 2 dias 
- ↑ estradiol → crescimento folicular 
 
• Sinais: 
- Atrai o macho, mas não aceita a monta 
- Roçar / esfregar 
- Vocalização 
- Lordose 
 
• Citologia: 
- Parabasais 18%; Intermediárias 60%; Superficiais nucleadas 2%; Neutrófilos 8% 
 
ESTRO: 6 dias (4 a 16 dias) 
- Receptividade sexual 
- ↑↑ estradiol 
 
• Sinais: 
- Aceita a monta 
- Rasteja com os membros anteriores 
- Alongamento do dorso, lordose 
- Exposição da vulva 
- Vocalização e inquietação 
 
• Citologia: 
- Parabasais 0,3%; Intermediárias 10%; Superficiais nucleadas 65%; Superficiais anucleadas 25%; 
Neutrófilos <5% 
 
INTERESTRO: 8 a 10 dias 
- ↓ estradiol 
- Sem acasalamento: 3 a 15 dias 
- Com acasalamento sem ovulação: 3 a 15 dias e entra novamente em cio 
 
• Citologia: 
- Parabasais 8%; Intermediárias 75%; Superficiais nucleadas 15%; Superficiais anucleadas 2% 
 
DIESTRO: 
Acasalamento com ovulação sem fertilização (33 a 37 dias) → pseudogestação seguido por interestro 
(7 a 10 dias) → depois cio novamente 
Acasalamento com ovulação com fertilização (59 a 68 dias) seguidos de lactação (30 a 70 dias) 
 
- Ovulou → forma CL → diestro (↑ P4) 
- Estímulo mecânico (com cotonete) pode ser suficiente para induzir a ovulação, a gata entra em 
pseudogestação e demora mais para o próximo estro 
- Diestro na não gestante é menor(ao contrário que nas cadelas) 
- Termina com a luteólise 
 
• Citologia: 
- Parabasais 48%; Intermediárias 50%; Superficiais nucleadas 2%; Neutrófilos 
 
 
ANESTRO: 
- Quescência reprodutiva 
- Fotoperíodo: outono / inverno 
- Pode haver anestro na lactação: 6 a 8 semanas 
- Não faz parte do ciclo, tem a ver com o fotoperíodo 
• Citologia: 
- Parabasais 10%; Intermediárias 85%; Superficiais nucleadas 5% 
 
 
➔ ACASALAMENTO: 
- Espículos do pênis do gato causam “dor” mas estimulam a fêmea (contato/atrito, terminações 
nervosas) 
- Gatos castrados não tem espículos (atrofia) 
- A gata pode ovular sem o coito (ambiente, sons, outras gatas, presença do macho, etc) → não é 
comum 
 
Higienização 
 Rolamento da fêmea → favorece a ida do sêmen para o útero 
 
 
➔ Pico de LH 2 a 4h pós-coito 
➔ Ovulação 24 a 48h pós-coito 
 
Indução da Ovulação: 
- Estímulo vaginal → aumento da atividade neural em áreas do hipotálamo → liberação de GnRH → 
pico de LH 
- LH aumenta 15 minutos após cópula → [ ] máxima de LH 4horas após 8 a 12 cópulas 
- Maioria das gatas ovula após 4 ou mais cópulas 
 
Ovulação sem Cópula: 
- Estímulo artificial da vagina ou cérvix 
- Análise de citologia vaginal (obtenção) pode resultar em ovulação 
- Bastão de vidro ou swab de algodão → introduzir na vagina 4 a 8 vezes, por 2 a 5 segundos cada vez, 
no intervalo de 5 a 20 minutos 
- Indução hormonal: usar hCG (gonadotrofina coriônico humana que age no LH) 
 
Manejo de Coberturas: 
- Deixar a gata 2horas/dia durante 1 a 3 dias com o macho 
- 4 a 8 acasalamentos por estro 
PATOLOGIAS DAS FÊMEAS: 
 
• As patologias da reprodução estão mais associadas aos animais de produção: prejuízo econômico 
• Manejo → reprodutivo (detecção do cio e técnicas de inseminação), nutricional e sanitário 
• Nutrição: hormônios esteroides (estrógeno) são derivados do colesterol (gordura). Se a nutrição estiver 
deficiente, os folículos produzem menos estrógeno → hipotálamo reduz pulso de GnRH → reduz LH 
→ não há pico de LH → não há ovulação -→ anestro 
• Animal obeso: pode ciclar mas não irá emprenhar, animal magro demais não cicla 
 
Anestro (ou aciclia): 
 
• Fisiológico: 
- Gestação 
- Pós-parto (sem interferências negativas) 
- Fêmeas pré-puberes 
- Fotoperíodo 
- Conceito: parto eutócico = tranquilo, normal 
→ O anestro fisiológico é possível saber quando termina 
 
• Patológico ou Verdadeiro 
- Problemas nos ovários 
- Infecções uterinas 
- Doenças caquetizantes (verminoses, infeccões → afeta a produção de prostaglandina pelo útero → 
não ocorre luteólise) 
- Nutrição 
- Amamentação (presença do bezerro → a fêmea libera opioides endógenos que bloqueiam o eixo 
hipotalâmico-hipofisário) 
→ não sabemos quando termina 
 
• Shang: desmame interrompido 
Separa o bezerro da mãe por 48h para cessar a produção de opioides e a fêmea retorna a atividade 
cíclica. 
Anestro pós-parto: aproximadamente 30 dias 
 
→ Redução do estoque de LH: os folículos não conseguem crescer adequadamente → sofrem atrésia 
→Com o tempo o LH se reestabelece → folículos crescem → produzem estrógeno → feedback + com 
LH → ovulação 
 
Fatores relacionados são: amamentação, condição corporal e efeito macho 
- Conceito: periparto = período antes e depois do parto 
 
Diagnóstico: anamnese (manejo nutricional), exame ginecológico 
Prognóstico: depende da causa, é ruim para má-formações 
Tratamento: depende da causa (presença do macho no pós-parto pode amenizar) 
 
Repeat Breeding (repetidora de cio): 
- Não ficam gestantes com mais de 3 IA 
- Rebanhos normais: 9-12% são repetidoras (60-65% taxa de concepção) 
↓ taxa de concepção ↑ taxa de repetidoras 
 
• Reconhecimento materno fetal ocorre 15 a 16 dias pós cobertura (é produzido pelo embrião e 
evita a luteólise) 
- Quando há morte embrionária antes do RMF → ciclo normal] 
- Quando há morte embrionária depois do RMF → ciclo estral longo 
 
Causas: nutrição, falha detecção de cio, falha IA (momento, técnica inadequada), problemas individuais 
(infecção no genital, cistos, problemas anatômicos, morte embrionária) 
 
100 fêmeas 
50 inseminadas e 25 prenhas 
TC = 50% e TP (prenhez) = 25% 
 
Falhas na detecção do cio X Anestro: 
- Detecção de cio: ↑ manejo reprodutivo 
- Falhas de detecção: maior causa de problemas no manejo reprodutivo (↑R$) 
- Prejuízo intervalo entre partos (IEP) acima de 365 dias = 1 dólar/dia 
 
Diagnóstico diferencial: 
• Anestro: excluir patologias: palpação. 
Palpar vacas a partir de 45 dias pós-parto (verificar atividade ovariana) e verificar dados reprodutivos, 
manejo reprodutivo, nutricional, infecções e problemas pós parto 
• Falhas na detecção do estro: excluir patologias: palpação. 
Verificar pessoal e método de detecção. Dias entre parto e 1º cio observado (animais de corte) em 
média 40 dias, 70% com 50 dias, e 80% com 70 dias 
 
Anafrodisia / Sub-estro / Cio silencioso: 
São falhas nas manifestações evidentes de cio. 
 
Causas: diminuição estrógeno e da progesterona no período peri parto, deficiências nutricionais, 
estresse térmico (nutrição, estresse e sanidade!) 
Sintomas: cio fraco, sem sinais evidentes (não aceita a monta de fato, mas permite aproximação) 
Diagnóstico: anamnese, exame ginecológico 
Prognóstico: bom 
Tratamento: resolver causas (atenção na IA) 
 
Ninfomania: 
- Aumento da receptividade sexual com alteração de comportamento 
- Níveis de estrógeno estão normais, mas atuando por um período prolongado 
 
Causas: cisto foliculares e neoplasias ovarianas 
 
Sintomas: cio constante/repetido (intervalos irregulares), perturbação do resto do rebanho, animal 
tende a ficar nervoso, emagrecimento e diminuição da produção. Animal aceita a monta. 
 
Diagnóstico: avaliação do comportamento, exame ginecológico 
 
Tratamento: cisto → prognóstico bom, tratamento com medicamentos 
 Neoplasia → prognóstico reservado, tratamento cirúrgico (retirada unilateral do ovário) 
 
 
➔ Distúrbios com sede nos OVÁRIOS 
 
Gônadas normais: manutenção da ciclicidade e comportamento sexual 
Gônadas anormais: esterilidade (não produz gametas) ou infertilidade 
 
Hipoplasia ovariana: 
- Desenvolvimento incompleto da gônada 
- Pode ser uni ou bilateral, parcial ou total e hereditário (rebanho) 
- Patologia primária → já nasce com ela 
 
Sintomas: diminuição dos ovários, consistência fibrosa, estruturas normais raras ou ausentes, 
desenvolvimento do ap. reprodutor (sist. tubular = vagina, cérvix, útero) prejudicado, alteração no ciclo 
estral, subfertilidade/anestro/esterilidade 
*Problema: fertilidade reduzida mas existe e pode transmitir a patologia para a prole 
 
Diagnóstico: anamnese, exame ginecológico 
Prognóstico: ruim. Não há tratamento. 
 
Distrofia ovariana: 
- Perda da função do epitélio germinativo 
- Bloqueio no eixo hipotalâmico-hipofisário → supressão do ciclo estral → anestro 
- Patologia secundária (adquirida) 
- Aumenta o IEP 
- É a principal causa de anestro em bovinos (↓ GnRH ↓ LH e FSH) 
- Demais órgãos reprodutores estão normais 
 
Causas: estresse ambiental, nutrição, enfermidades 
Sintomas: ovários reduzidos, firmes e rugosos; ausência de estruturas (CL e folículos); anestro; sempre 
bilateral (deficiência hormonal afeta os dois ovários) 
 
Diagnóstico: bom. Tratar causa primária. 
 
Tumor das células da granulosa: 
- Mais comum em éguas e vacas 
 
Sintomas: podem não ser evidentes 
Ciclos anormais, ninfomanismo (aceita monta), virilismo (tem características do macho, não aceita 
monta) 
 
Diagnóstico: palpação retal ou US; histopatológico (biópsia ou remoção cirúrgica do tumor e análise), 
se observar que o cisto não responde ao tratamento, se observar ovário > 10cm, peso do tumor varia 
de 11g a 12kg 
 
Tratamento: ovariectomia unilateral: sem sintomas secundários (animal de alto valor), descarte, acesso 
cirúrgico pode estar dificultado (tamanho e peso), cuidado com hemorragias, não é hereditário, não é 
metastático mas pode aparecer no outro ovário tempos depois da retirada do primeiro 
 
Cistosovarianos: 
- Doença cística ou degeneração cística dos ovários. Possui 3 tipos: 
- Enquanto o cisto persistir → fêmea infértil → perdas econômicas 
- Transtornos como ninfomanismo e virilismo estão relacionados à cisto foliculares e neoplasias 
ovarianas 
 
1. Corpo lúteo cavitário (cisto do CL) 
- Não patológico, não interfere no ciclo estral, não causa prejuízo 
- Produção de progesterona normal 
- É considerado achado ultrassonográfico e não cisto 
 
2. Cisto folicular 
- Muito comum, patológico (interfere com a ciclicidade) 
- Folículo grande (diâmetro ≥ 2cm) que permanece no ovário por > 7 dias sem a presença de CL 
- Para ser cisto não pode haver CL → folículo não irá ovular → há cio mas não há ovulação (↑ estrógeno 
→ estro constante) 
- O folículo cresce exageradamente por conta de um descontrole endócrino e não ovula, virando um 
cisto (níveis mais altos de LH mas não tem pico) 
- Cisto tem a parede fina, pode ser único ou múltiplo, acomete um ou ambos os ovários e não secretam 
progesterona 
- Hipófise normal 
 
3. Cisto luteínico (luteal) 
- Patológico (interfere com a ciclicidade) 
- Cisto tem a parede espessa (2 a 3mm), são únicos e secretam progesterona 
- Na palpação retal não dá para saber com certeza se é luteínico ou folicular (acurácia 30-60%) → 
diferencia no ultrassom 
- Há aumento de LH mas sem pico 
 
Fatores relacionados: hereditariedade, estresse (hormônio adenocalciotrófico), descontrole endócrino 
(↑ estrógeno), turnover (renovação do cisto) 
 
Sintomas: 
Comportamentais → ninfomanismo, anestro (principal sintoma), cauda erguida, relaxamento dos 
ligamentos pélvicos e da vulva 
 
Cuidado com falso positivo → tamanho e início da gestação (desenvolve grandes folículos) 
 
Tratamento: identificar tipo de cisto → se é folicular ou luteínico: 
 
• Ruptura manual: não é muito indicado, pode causar hemorragia → DOR 
• Cura espontânea (60%) 
• Aspiração por ultrassom (cisto folicular) 
 
• Hormônios: 
- Cisto luteínico (secreta progesterona) → prostaglandina (PGF2α) 
 
- Cisto folicular (não secreta progesterona)→ GhRH, LH, HcG ou progesterona → induz pico de LH → 
cisto vai luteinizar (vira corpo lúteo) → sofre luteólise → fêmea retorna ao cio 
Pode-se aplicar prostaglandina (PGF2α) para acelerar o processo (de 18-20 dias para cio passa para 10 
dias, a PGF2α destrói o CL) 
 
 
➔ Distúrbios com sede no ÚTERO 
 - Endometrites, metrites, piometra 
 
Freemartin: 
- Macho: desenvolve ductos de Wolf que originam o aparelho reprodutor masculino e uma substância 
chamada fator inibidor dos ductos de Muller 
- Fêmea: desenvolve ductos de Muller 
 
- Em gestação gemelar onde um feto é macho e o outro é fêmea, a substância fator inibidor dos ductos 
de Muller produzida pelo macho atua também na fêmea → não irá desenvolver o aparelho reprodutor 
corretamente → fica pequeno, infantil, pouco desenvolvido → estéril 
 
Hermafrodita: 
• Verdadeiro: 2 gônadas (ovário e testículo) e genitália ambígua 
• Pseudo-hermafrodita: animal de um seco (uma gônada) e genitália do outro sexo 
 
 
 
HIPOTÁLAMO
GnRH
HIPÓFISE
LH 
FSH
FOLÍCULO
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
ESTRÓGENO
PROGESTERONA
INIBINA
OVULAÇÃO CORPO 
LÚTEO
PROGESTERONA
RELAXINA
OCITOCINA
OVÁRIOS
ÚTERO
PROGESTERONA (P4)
PROSTAGLANDINA (PGF2α)
OCITOCINA AGE 
NO ÚTERO
↓P4 ↑PGF2α
LUTEÓLISE
↑LH ↓FSH
↓FSH
FÊMEA GESTANTE
NÃO TEM FEEDBACK + DO E2 
→ NÃO TEM ↑LH → NÃO 
OVULA → ATRESIA
OVULAÇÃO = ROMPE FOLÍCULO
↓E2 ↓ INIBINA ↑ FSH → NOVA ONDA 
DE DESENVOLVIMENTO FOLICULAR Caracterizada 
pela ↓P4
Se ocorrer fecundação o 
embrião ↓ PGF2α→
reconhecimento materno 
fetal → impede luteólise
→ CL se mantém → P4
O
V
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A
Ç
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FISIOPATOLOGIA DA REPRODUÇÃO - MACHOS 
 
 
ANATOMIA 
 
➔ Testículos: alojados dentro do escroto, produzem espermatozoides, que vão para o 
epidídimo, depois para o ducto deferente, se unem ao líquido seminal (produzido 
pelas glândulas acessórias) e o pênis elimina o ejaculado. É lobulado. 
 
Possui túbulos seminíferos, onde são produzidos testosterona e os sptz → túbulo reto → rede testis 
→ depois cabeça, corpo e cauda do epidídimo → ducto deferente → se unem ao líquido seminal → 
pênis 
- Os sptz são produzidos da periferia para a luz dos túbulos seminíferos 
- Testosterona: 95% produzida nos testículos 
 
Particularidades: 
- Cão: possui osso peniano 
- Cão, gato, homem: próstata tem importância clínica 
- Ruminantes, suínos: flexura sigmoide no pênis, chamada de S peniano (pênis fibroelástico = não 
tem aumento de volumedurante a ereção) 
- Cão, cavalo, homem: tecido cavernoso no pênis → se preenche de sangue e aumenta o volume na 
ereção 
 
➔ BOLSA TESTICULAR / ESCROTO: dois compartimentos definidos (localização inguinal/perineal – ou 
perianal) que alojam os testículos. 
Os testículos migram para bolsa testicular no período fetal → cão, gato e equinos podem não nascer 
com o testículo na bolsa → precisam descer em até 10 dias 
 
➔ EPIDÍDIMO 
Cabeça e Corpo = Maturação (adquirem capacidade de locomoção) 
Cauda = Reservatório (45 à 70%) 
 
➔ GLÂNDULAS ACESSÓRIAS: produzem o líquido seminal 
- Vesiculares (lobuladas em bovinos) 
Onde são produzidos 
os sptz e a 
testosterona 
- Prostática 
- Bulbo uretrais ou Cowper (limpeza do caminho por onde passarão os sptz) 
* Função: volume, nutrição e transporte para os espermatozoides 
* Ampolas do ducto deferente: espessamento do ducto 
* Testosterona é quem mantém as glândulas funcionando (são testosterona dependentes, 
na ausência de testosterona ocorre atrofia) 
 
➔ CORDÃO/FUNICULO ESPERMÁTICO: 
Composto por: 
- Ducto deferente 
- Plexo pampiniforme → irrigação (vasos sanguíneos) 
Há troca de calor entre o sangue venoso resfriado que sai do testículo e o sangue arterial na 
temperatura corporal, que está entrando no testículo 
- Músculo cremaster: contrai e relaxa para aproximar ou afastar testículos da cavidade abdominal, 
participando da termorregulação. 
 
 
Termorregulação é importante para manter a espermatogênese → testículos precisam estar 1 a 
1,5ºC a menos que o restante do corpo. 
 
 
Plexo pampiniforme: onde ocorre troca 
de calor → sobe sangue venoso 
resfriado e desce sangue arterial na 
temperatura corporal. É um 
enovelamento de vasos sanguíneos, o 
sangue mais frio esfria o sangue quente 
que está entrando. 
➔ PÊNIS: órgão copulador 
- Intravaginal rápida/intrauterina (cavalo) 
 
➔ PREPÚCIO: recobre o pênis 
Externo: pele 
Interno: mucosa pregueada + glândulas (secreções que impedem que o pênis fique aderido) 
 
ANDROLOGIA 
 
- Fertilidade: capacidade de produzir descendentes normais 
- Sub fertilidade: incapacidade de produzir dentro de uma média esperada para cada espécie 
- Infertilidade: redução severa ou incapacidade em produzir descendentes 
 
Reprodutor: 
- Mais de 90% do potencial genético com presença física de apenas 5% 
- Importante: Conhecimento da capacidade real do reprodutor (quantas fêmeas consegue 
emprenhar) 
- À campo - difícil avaliação - manejo/idade/nutrição/doenças que acometem o macho e a fêmea 
 
EXAME ANDROLÓGICO 
 
Envolve uma análise completa do reprodutor: 
- Exame clínico geral 
- Comportamento (libido, capacidade de monta, quantas vezes em determinado período) → 
relação com testosterona 
- Exame clínico do aparelho reprodutor 
- Biometria testicular (massa / tamanho) ↑ massa = ↑ testosterona e sptz (produzidos pelos 
testículos) 
- Características do sêmen 
 
ENDOCRINOLOGIA DO MACHO 
 
Hipotálamo → produz GnRH → estimula a hipófise a produzir LH e FSH 
FSH → puberdade e desenvolvimento testicular 
 
Testículos: 
→ células de Leidig: adjacentes aos túbulos seminíferos → o LH se liga às células de Leidig → 
produção de testosterona 
 
→ células de Sertoli: fica → dentro dos túbulos seminíferos → o FSH se liga às células de Sertoli → 
produzem ABP (proteína ligadora de andrógeno), que ajuda a manter a testosterona no testículo e 
epidídimo 
 
TESTOSTERONA → hormônio andrógeno → precisa estar ligado a alguma molécula para 
“caminhar”,se mover pelo organismo (como a ABP) 
Funções: espermatogênese, integridade do epidídimo, secreção das glândulas acessórias, libido, 
características sexuais 
 
 
 
ESPERMATOGÊNESE: é a produção do gameta masculino → espermatozoides 
- Duração: ±-60 dias 
 
• Espermatocitogênese (reduções celulares) 
1. Espermatogônia 
2. Espermatócito primário 
3. Espermatócito secundário 
 
• Espermiogênese (transformações morfológicas, capacidade de transmitir material genético) 
1. Espermátide 
2. Espermatozóide 
 
 Fase de Golgi: formação da vesícula acrossômica e migração centríolos e mitocôndrias 
 Fase Capuz: achatamento da vesícula acrossômica formando um capuz ao redor do núcleo 
 Fase Acrossômica: alongamento e diminuição da célula, formação do flagelo e organização 
das mitocôndrias ao longo do flagelo 
 Fase de Maturação: formação da peça intermediária com as mitocôndrias posicionadas ao 
redor do flagelo. Reabsorção do citoplasma residual 
 
 
 
 
 
 
 
EXAME ANDROLÓGICO 
 
Avaliação da aptidão reprodutiva de um macho: 
- Saúde (geral, hereditária e genital) 
- Capacidade Coeundi (de realizar a cópula) 
- Capacidade Generandi (de gerar sptz → número e qualidade) 
 
Indicações: seleção de reprodutores, avaliar potencial reprodutivo, diagnóstico de infertilidade e 
puberdade, preservação do sêmen in vitro (congelado -196ºC) 
 
Touros - Importância econômica: 5% dos touros são inférteis, e 20-30% subférteis. Um touro infértil 
significa perda de 25 a 50 bezerros/100 vacas 
 
1. História Clínica (anamnese de acordo com o motivo do exame) 
2. Avaliação zootécnica e geral (padrão racial, temperamento, condição corporal, conformação, 
aprumos) 
- Animais com problemas sérios, tratamento dificultado = eliminar do rebanho 
- Cuidado com doenças da reprodução 
- Cuidado com defeitos genéticos 
 
3. Avaliação do Comportamento Reprodutivo: 
Libido: interesse pela fêmea → não significa que tem boa qualidade seminal 
Teste: observar comportamento do animal junto a fêmea em estro (5 a 20 min), os zebus têm reação 
mais lenta (20 a 30 min), e touros jovens se distraem facilmente 
Classificação: 0 a 3 QUESTIONÁVEL (sem interesse, identificação ou olfação) 
 4 a 6 BOM (tentativa de monta, com ou sem salto) 
 7 a 8 MUITO BOM (tentativa de monta com salto e pênis exposto) 
 9 a 10 EXCELENTE (monta com serviço completo) 
Capacidade de monta: quantidade de montas que animal realiza em um rebanho (a campo ou 
contidas) dentro de um período de 40 min (zebu = 60 min) 
- Touros com maior capacidade: maior relação touro/vaca (coloca animal com + fêmeas) 
- Problemas físicos e no aparelho reprodutor alteram a capacidade de monta 
Classificação: 0 a 2 serviços BAIXA CAPACIDADE DE MONTA 
 3 a 6 serviços MÉDIA CAPACIDADE DE MONTA 
 7 ou mais serviços ALTA CAPACIDADE DE MONTA 
 
4. Avaliação do Sistema Reprodutor Externo: 
- Pênis: palpação/coleta/monta 
 Não deve ter aderências nem lesões 
 
- Prepúcio: óstio prepucial 
 Livre de lesões ou aderências 
 Prepúcio pendular: predispõe a infecções 
 Tritricomonas: protozoário que é passado para a fêmea através do coito e causa aborto 
(diagnóstico através do lavado prepucial) 
 
- Escroto: simetria, conformação, mobilidade, lesões, ectoparasitas, torções, pendular 
 
- Testículo/Epidídimo 
- Posição 
- Simetria 
- Mobilidade 
- Consistência (5 = MUITO FIRME E ELÁSTICO (animais jovens, sexualmente maduros e nas 
hipoplasias ou degenerações testiculares) / 1 = MUITO MOLE E SEM ELASTICIDADE (animal velho ou 
degeneração testicular) 
- Circunferência (boa massa testicular = produção sptz = fertilidade das filhas) 
- US (líquido, fibrose) 
 
- Cordão espermático: palpar desde o testículo até o anel inguinal, avaliando consistência, 
espessura, mobilidade, presença de hérnia (trabalho em cavalos) 
 
5. Avaliação do Sistema Reprodutor Interno: 
 
- Glândulas acessórias: palpação retal (+ comum em bovinos, e próstata em cães), consistência 
(idade), tamanho, sensibilidade 
 
- Exame espermático (espermiograma) 
- Completa o exame andrológico 
- Método eficiente sem prejuízos ao animal e sêmen 
 
Métodos de coleta: eletroejaculação, vagina artificial (temperatura 43 a 45ºC no momento da 
coleta e pressão), massagem das glândulas, manipulação digital/masturbação (cão), mão enluvada 
(pressão sobre a glande do pênis – suínos) 
 
Características físicas do sêmen: 
Volume (depende da espécie) 
Aspecto (tem a ver com a concentração) 
Cor (marmórea/amarelo – riboflavinas) 
pH (6,4 a 7,8) 
 
Volume: 
ANIMAL VOLUME MÉDIO 
Touro 5 a 6 mL 
Carneiro 1 mL 
Bode 1 mL 
Cão 2 a 40 mL 
Gato 0,01 a 0,12 mL 
Coelho 1 mL 
Galo 0,6 a 0,8 mL 
Cavalo 150 mL 
Porco 25 a 300 mL 
Homem 2,5 5,5 mL 
 
 
Concentração: Quantidade de células presentes no ejaculado 
 
Cremoso - marmóreo = + de 1 bilhão de sptz/ml 
Leitoso = 500 mil à 1 bilhão de sptz/ml 
Opaco = 200 à 500 mil sptz/ml 
Aquoso = menos de 200 mil sptz/ml 
Técnica: diluir 20μl de sêmen em 2ml de formol salino. Colocar na câmara de Neubauer e contar os 
sptz presentes em 5 quadrados grandes (só conta se a cabeça estiver dentro). 
 
Turbilhonamento: É o movimento de massa dos sptz. 
 
Técnica: colocar uma gota de sptz em lâmina previamente aquecida (37ºC) e observar no 
microscópio com aumento de 40x, dando uma nota de 1 a 5: 
1: movimento local 
2: movimento em pontos isolados 
3: movimento por todo o campo (várias ondas) 
4: difícil determinar o início das ondas 
5: muito concentrado e com muito movimento - “uma onda” (peq. ruminantes) 
 
 
 
 
Motilidade: Porcentagem de células vivas com movimento progressivo 
 
Técnica: coloca gota de semên em lâmina, lamínula, observa no microscópio óptico com aumento 
de 40 a 100x (usa corante e faz avaliação contando 200 células → mortos ficam corados porque 
membrana não controla mais o que entra ou sai) 
 
Vigor: Capacidade de propulsão dos sptz (qualifica a motilidade) 
 
Técnica: mesma técnica que na motilidade 
1: parado 
2: muito lento 
3: lento 
4: rápido 
5: muito rápido. 
 
Características morfológicas dos sptz 
- Fertilidade depende da normalidade dos sptz 
- Tem 30% de herdabilidade 
→ Defeitos maiores/primários: relacionado a anomalias dos testículos e epidídimos (os sptz são 
produzidos defeituosos) 
Limite total 20% e individual 5% 
 
→ Defeitos menores/secundários: adquirido no transito do sptz no trato reprodutivo 
(armazenamento/maturação/ejaculação) 
Limite total 25% e individual 10% 
 
Soma dos defeitos maiores + menores = limite 40%, de acordo com ministério 30% 
 
Técnica: na câmara úmida coloca 3-4 gotas de sêmen em formol salino. Depois coloca 1 gota da 
solução na lâmina, lamínula, retirar o excesso, vedar, e observa no microscópio em lente de imersão 
(esfregaço corado para melhor visualização das células) 
 
Nomenclatura utilizada 
- Aspermia = sem ejaculação 
- Azoospermia = sem sptz no ejaculado 
- Oligozoospermia = baixa concentração 
- Oligospermia = baixo volume 
- Necrospermia = sem movimento = mortos 
 
Sêmen: 
Fresco: temperatura ambiente 
Resfriado: 5 a 15 ºC 
Congelado: - 196ºC (nitrogênio líquido) 
 
Teste sêmen congelado: 
- Teste de termoresistência 
Lento = 5h a 38ºC ou 3h a 37ºC 
Rápido = 30 min a 46ºC ou 1h a 45ºC 
Esperado = no mínimo vigor 3 e motilidade 15 a 20% 
 
- Teste hiposmótico = avalia a integridade da membrana 
- Simula a passagem do sêmen no trato genital da fêmea 
- Coloca o sêmen em uma solução hiposmótica (osmolaridade baixa), tendo como base sais ou 
açúcares, entre 15 a 30 min 
- Reação positiva = célula inchada (cauda) e fica com a cauda dobrada ou enrolada 
 
Resultado 
- Apto/ questionável / inapto a reprodução 
- Validade laudo 60 dias 
- Bom senso = finalidade do animal 
 
Exame Andrológico no Garanhão 
 
- Vagina artificial = pressão, temperatura (água), lubrifica 
- Higienizarpênis, principalmente fossa uretral 
- Manequim artificial ou natural (sistema travão = contenção) 
- Sêmen do cavalo funciona bem resfriado 
- Particularidades: não avalia turbilhonamento, não considera defeito de cauda abaxial 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS DO MACHO 
 
IMPOTÊNCIA COEUNDI: Redução completa do interesse sexual e inabilidade à cópula 
IMPOTÊNCIA GENERANDI: Inabilidade ou habilidade reduzida de fertilizar devido a patologias do 
testículo, ductos mesonéfricos e glândulas acessórias 
 
FATORES QUE AFETAM O DESEJO SEXUAL E A HABILIDADE DE COPULAR 
1. Nutrição 
- Deficiência Nutricional: Diminui circunferência escrotal e a concentração de espermatozoides, 
perda progressiva do interesse sexual e atraso na puberdade 
- Excesso Nutricional: Depósito de gordura região inguinal/testículo, diminui termorregulação e 
espermatogênese, dificuldade de sustentação para a cópula 
- Testosterona: hormônio derivado do colesterol → deficiência nutricional pode prejudicar a síntese 
de testosterona 
 
2. Doenças Sistêmicas (Crônicas e agudas) 
 
3. Idade (Animais muito jovens ou velhos) 
- Velhos: Diminuição dos níveis de testosterona, diminuição da condição corporal e artrites 
- Jovens: Imaturidade sexual 
 
4. Fatores Psicológicos: Relacionados à dor / Equinos são mais susceptíveis 
 
5. Deficiências Hormonais: Baixos níveis de gonadotrofinas e testosterona 
 
→ BOLSA TESTICULAR 
 
1. Processos cutâneos 
- Contusões, Lacerações, Dermatites, Processos Infecciosos causados por Bactérias ou Ectoparasitas 
- Sintomas: ↑ de temperatura, degeneração testicular (secundária), alteração na espermatogênese 
- Diagnóstico: presença de lesões e mudança no quadro seminal 
- Prognóstico: Casos recentes = Favorável. Casos crônicos = reservado à ruim (degeneração 
testicular) 
- Tratamento: Tópico: manejo de lesões / gelo em processos agudos → ↓ inflamação 
 
2. Hidrocele/Hematocele 
- Acumulo de líquido ou sangue em bolsa testicular (achado relativamente raro) 
- Causas: Trauma, Parasitário (equinos) 
- Sintomas: transudato; ↑ tamanho; ↑ temperatura local; desconforto; degeneração testicular 
- Diagnóstico: visualizar o aumento + centese (hidrocele = âmbar; hematocele = avermelhado), US: 
presença de líquido 
- Tratamento: punção, duchas frias (gelo), anti-inflamatórios (crônicos), orquiectomia 
 
→ TESTÍCULOS 
 
1. Criptorquidismo 
- Falha na migração normal (uni ou bilateral) 
- Testículos retidos em canal inguinal ou abdômen 
- Mais comum em equinos e caprinos 
- Relacionado com consanguinidade 
- Função endócrina normal (produz testosterona mas não produz sptz) 
- Espermatogênese alterada 
- Predispõe a neoplasias (devido à ↑ temperatura abdominal) 
 
- Sintomas: 
Bilateral: azoospermia / Unilateral: subfertilidade 
- Diagnóstico: Palpação dos testículos, dos funículos e retal; Aplicar hCG (10.000UI) ou GnRH (1.000 
µg) e dosar testosterona com 30/60/120min (se tiver testosterona é porque tem testículo) 
- Prognóstico: Bom 
- Tratamento: cirúrgico 
- Profilaxia: retirar da reprodução, evitar consanguinidade 
 
2. Hipoplasia testicular 
- Hereditária (alteração de desenvolvimento) 
- Zebuínos e Bubalinos – sem controle 
- Unilateral ou Bilateral / Parcial ou Total 
- Diagnóstico: histórico e exames clínicos e reprodutivos repetidos, 
 testículos menores com consistência firme 
 ejaculado com menos volume e concentração 
 aumento de Patologias 
* Testículo reduzido mas epidídimo normal! 
- Tratamento: descartar da reprodução 
 
3. Degeneração testicular (alteração adquirida) 
- Distúrbio ou alteração do parênquima testicular influenciando com a qualidade seminal 
- Causas: estresse ambiental, traumas, processos infecciosos, doenças crônicas e caquetizantes, 
distúrbios nutricionais, idade 
- Sintomas: testículos geralmente flácidos (tecido fibroso) 
 características seminais reduzidas (vol., concentração, mot., vigor.) 
 aumento de patologias dos espermatozoides 
- Diagnóstico: Histórico (de normal para redução da fertilidade), US, coletas de sêmen periódicas 
(2x/semana) 
- Prognóstico: animais jovens – bom 
 animais velhos – ruim 
- Tratamento: eliminar a causa primária + “sombra e água fresca”! 
- Profilaxia: manejo adequado dos reprodutores 
 
4. Orquite 
- Inflamação dos testículos (aguda ou crônica, traumática ou infecciosa) 
- Sintomas: Aguda – dor, ↑ temperatura (local e sistêmica), alteração do sêmen 
 Crônica - presença de tecido fibroso 
- Diagnóstico: sintomas, US, características seminais 
- Tratamento: eliminar a causa primária, anti-inflamatório, duchas frias 
* Cuidado com doenças infectocontagiosas! 
 
→ EPIDIDIMOS 
- Distúrbio no plasma com alteração das células (aumento de cauda dobrada ou enrolada e gota 
distal) 
- Diagnóstico: palpação, US, teste de exaustão (6 colheitas/2h/1 dia - ↓ dos defeitos do sêmen e 
melhora da motilidade → reduz o contato dos sptz com o epidídimo alterado → reduz os defeitos 
dos sptz) 
- Tratamento: anti-inflamatório, duchas frias (casos severos - considerar descarte) 
 
→ PREPÚCIO E PÊNIS 
 
1. Fimose 
- Obstrução parcial ou total do óstio prepucial (dificulta a exposição do pênis) 
- Hereditária ou Adquirida 
- Tratamento cirúrgico ou não (depende do grau de acometimento) 
 
2. Parafimose 
- Estenose do óstio prepucial após exposição do pênis (dificulta o retorno do pênis) 
- Tratamento de urgência: anti-inflamatórios e duchas frias (vasoconstrição) 
- Pode até necrosar 
 
3. Acrobustite - Balanopostite 
Acrobustite: inflamação do prepúcio 
Balanite: inflamação da glande peniana 
Balanopostite: inflamação de ambos 
 
- Causada pela pendularidade do prepúcio (hereditário) 
- Acarreta em fimose ou parafimose 
- Tratamento cirúrgico 
 
 
4. Persistência do frenulum 
- Frenulum é a membrana que conecta o pênis ao prepúcio e se rompe normalmente 
- Dificuldade na exposição do pênis 
- Tratamento: cortar 
- Hereditário: retirar da reprodução 
 
5. Fibropapiloma peniano (papilomatose, vírus) 
- Processo comum em animais jovens (bovinos) 
- Massas simples ou múltiplas 
- Transmissão por coberturas e fômites 
- Tratamento: cirúrgico 
 
6. Carcinoma das células escamosas 
- Equinos (áreas despigmentadas) 
- Esmegma (secreção do prepúcio de equinos) predispõe ao aparecimento 
- Remoção cirúrgica 
- Baixa incidência de metástase 
 
7. Tumor venério transmissível - TVT 
- Cães 
- Bastante invasivo (várias formas) 
- Tratamento com quimioterapia funciona bem 
 
→ GLÂNDULAS ACESSÓRIAS (Bulbouretral, Vesicular e Prostática) 
 
1. Vesiculite (mais comum) 
- Touros jovens (20 a 30%) - cura espontânea 
- Equinos e suínos - pouco frequente 
- Contaminação ascendente ou descendente 
- Diagnóstico: palpação: sensibilidade ao toque (dor), 
 redução da qualidade do quadro seminal 
- Prognóstico: Brucelose, Tuberculose e Micoplasmose → abate 
 Animais jovens: cura espontânea 
 Animais adultos: desfavorável (considerar descarte) 
- Tratamento: cultura a antibiograma, massagem diária 
 
→ GLÂNDULA PROSTÁTICA 
 
- Mais importante no cão 
- Tamanho maior comparado a outras espécies 
- Cães > 10 anos = problemas de próstata 
- Diagnóstico: assimetria (abscessos, cistos e tumores), dificuldade de urinar 
 
1. Prostatite 
- Hiperplasia da glândula 
- Contaminação hematógena ou ascendente (uretral) e descendente (testículo e epidídimo) 
- Sintomas: Infecção aguda: tenesmo, constipação, aumento da temperatura, anorexia, vômito, 
leucocitose, dor à palpação, descarga prepucial purulenta 
- Tratamento: Antibioticoterapia 
- Prognóstico: bom 
2. Hiperplasia de próstata 
- Cães inteiros (> 5 anos, 50% de incidência) 
- Excesso de testosterona 
- Tamanho normal: 2,5 a 3cm de diâmetro → Hiperplásico: o dobro 
- Tratamento: estrógeno, castração (retira testosterona), prostectomia3. Neoplasias de próstata 
- Comum em cães 
- Raro em outras espécies 
- Tratamento: cirúrgico (castração)

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