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Nome: Patricia Radke dos Santos Curso: Fisioterapia Disciplina: Processos biológicos β-Oxidação A β-Oxidação é o primeiro dos três passos da oxidação mitocondrial dos ácidos graxos. Ocorre na matriz mitocondrial, e nela os ácidos graxos sofrem a remoção oxidativa de unidades sucessivas de dois átomos de carbono, na forma de acetil-CoA, começando pela extremidade carboxila da cadeia carbônica do ácido graxo. Podemos dividir a beta oxidação em quatro reações. São elas: 1. Oxidação : o acil-CoA é oxidado a enoil-CoA, com redução de FAD a FADH2 2. Hidratação: A água entra e retira a dupla ligação que havia entre os carbonos, gerando um grupo cetona no carbono beta, formando 3-hidroxiacil-CoA 3. Oxidação: O NAD é utilizado, assim como o FAD, como receptor de elétrons ,formando beta-cetoacil-CoA e NADH 4. Cisão: Utiliza-se coenzima A para romper o fragmento carboxila terminal na forma de acetil-CoA. Essa reação ocorre por meio da acil-CoA acetiltransferase (Tiolase). As três primeiras reações deixam a ligação C-C rompida, na quarta reação menos estável. Além disso, a cetona no carbono beta ajuda no ataque nucleofílico (íon em busca de elétrons) pelo \u2013SH da coenzima A catalisado pela tiolase. O resultado da beta oxidação é a liberação de uma molécula de acetil-CoA, dois pares de elétrons e quatro prótons (H+) e a diminuição da cadeia de acil-CoA de cadeia longa em dois carbonos. Depois de passar uma vez pela beta oxidação o acil-CoA de cadeia longa, agora reduzido em dois carbonos, passa novamente pelas quatro reações e isso prossegue até que todo o acil-CoA seja totalmente oxidado e convertido em acetil-CoA. Deve-se lembrar que o FADH2 e o NADH formados na beta oxidação são utilizados na cadeia respiratória, logo a beta oxidação contribui para a produção de ATP. A proporção de ATP produzida a cada passagem pela beta oxidação é de 4 ATP para cada passagem na beta-oxidação. Além disso, o acetil-CoA produzido irá para o ciclo do ácido cítrico (Ciclo de Krebs), em que cada acetil-CoA produz 10 ATP. Exemplo: O Palmitato, que é um ácido graxo com 16 carbonos, pode passar pela β-oxidação 7 vezes gerando: 28 ATPs diretos da cadeia respiratória e mais 80 ATPs que vieram do acetil-CoA. Na β-oxidação de ácidos graxos insaturados, a insaturação (dupla ligação entre os carbonos) impede que a enzima da segunda reação, enoil-CoA hidratase atue, logo, é necessário que enzimas auxiliares atuem. -Em ácidos graxos monoinsaturados utiliza-se uma isomerase que irá reposicionar a dupla ligação, que está em posição cis e não trans, a qual é a posição correta para que ocorra a beta oxidação. -Em ácidos graxos poli-insaturados utiliza-se a isomerase para reposicionar as duplas ligações e uma redutase dependente de NADPH que adiciona um hidrogênio no ácido graxo. -Beta oxidação de ácidos graxos com número ímpar de carbonos: ocorre de maneira idêntica a beta oxidação de ácidos graxos com número par de carbonos, porém, a última passagem pela beta oxidação terá um substrato com cinco carbonos, logo, será produzido acetil-CoA e propionil-CoA, este deve ser carboxilado para ser utilizado no ciclo de Krebs, enquanto o acetil-CoA vai direto para o ciclo do ácido cítrico. Carboxilação do propionil-CoA é carboxilado em estereoisômero D do metilmalonil-CoA, essa reação depende da Biotina. O D do metilmalonil-CoA é enzimaticamente epimerizado formando seu estereoisômero L, o L do metilmalonil-CoA sofre um rearranjo intramolecular catalisado por uma enzima que depende da coenzima B12 (Vitamina B12) e forma o succinil-CoA, que pode entrar no ciclo do ácido cítrico. A regulação da beta oxidação é dependente da velocidade com que o acil-CoA de cadeia longa é transferido do citosol para a matriz mitocondrial. Além disso o malonil-CoA, um dos primeiros intermediários na biossíntese dos ácidos graxos, inibe a entrada dos ácidos graxos nas mitocôndrias. Isso bloqueia a oxidação dos ácidos graxos enquanto ocorre a sua biossíntese.
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