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GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO DANIELA PEREIRA RAMOS JOSEANE ALMEIDA LEITE DANTAS LUARA GESTEIRA SILVA SOUSA MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL PELOS PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS PARA O CONTROLE DA OBESIDADE Salvador 2020 DANIELA PEREIRA RAMOS JOSEANE ALMEIDA LEITE DANTAS LUARA GESTEIRA SILVA SOUSA MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL PELOS PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS PARA O CONTROLE DA OBESIDADE Trabalho de Conclusão de Curso ao curso de graduação em Nutrição da Universidade Salvador como requisito parcial para obtenção do títulode Bacharel em Nutrição Orientadora: Deborah de Carvalho Leão Santos Salvador 2020 DANIELA PEREIRA RAMOS JOSEANE ALMEIDA LEITE DANTAS LUARA GESTEIRA SILVA SOUSA MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL PELOS PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS PARA O CONTROLE DA OBESIDADE Trabalho de Conclusão de Curso ao curso de graduação em Nutrição da Universidade Salvador como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição ________________________________________________________________ Orientadora: Deborah de Carvalho Leão Santos Nutricionista (UFBA), Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde (UFBA) Docente do curso de Nutrição da Universidade Salvador (UNIFACS) ________________________________________________________________ Avaliador interno: Lídia Eloy Moura Engenheira de Alimentos (UEFS), Mestre em Ciência de Alimentos (UFBA) Docente dos cursos de Nutrição, Biomedicina e Farmácia (UNIFACS) ________________________________________________________________ Avaliador externo: Evely Nascimento Araujo Nutricionista (FTC), Especialista em Nutrição Clínica com Ênfase em Terapia Intensiva e Pediatria (UNESA), Especialista em Nutrição Ciência Funcional (UFRB) Preceptora do curso de Nutrição (UNIFACS) Salvador, 12 de junho de 2020 Este Trabalho é dedicado a nossa mestra Débora de Carvalho Leão Santos, a qual desempenhou papel fundamental na realização desse projeto. Agradecemos toda dedicação, orientação e contribuição para o nosso conhecimento. AGRADECIMENTOS Agradeço imensamente a meus pais, Adelice e Joazito que apostam e me incentivam a realizar meus sonhos, Dona Cota e Paulo Ramos, meus avós (in memória), essa vitória é para vocês. Minha irmã, Fernanda e minhas amigas, Vane e Eva, obrigada por nunca deixarem de estar comigo nos momentos mais conflituosos e de dúvidas. Obrigada, Deus! Daniela Pereira Ramos. Agradeço aos meus pais Josias (in memória) e Consuêlo, exemplo de força, coragem e ética,base para o ser humano que sou; ao meu maridoGilneypelo incentivo, compreensão e paciência; aos meus filhos Roxane, Gilney Filho e Rebeca razão da minha luta e do meu viver; a todos os professores, em especial Deborah, Evely, Leila, Lidia e Marlu, por transmitirem seus conhecimentos, vivências, experiências e nos fazer acreditar que somos capazes de cuidar do indivíduo para a saúde do corpo através da Nutrição; e a Deus por todas as bênçãos recebidas diariamente. Joseane Almeida Leite Dantas. Agradeço primeiramente a Deus, que em sua infinita sabedoria colocou força em meu coração para vencer essa etapa de minha vida. Sou grata, especialmente, aos meus pais, Marilene e Vilson, que tanto lutaram pela minha educação e nunca me deixaram perder a fé. Ao meu esposo, Luis Felipe, que esteve do meu lado a todo o momento, segurando a barra e me dando forças para continuar mesmo quando quis desistir. Essa conquista é nossa! LuaraGesteira Silva Souza. Quanto mais aumenta nosso conhecimento, mais evidente fica a nossa ignorância. John F. Kennedy RESUMO No Brasil 55,7% da população adulta encontra-se com sobrepeso e 19,8% com obesidade, já na população infantil 12,9% de crianças sãoobesas. Atualmente, a obesidade é considerada problema de saúde pública por estar associada a doenças metabólicas. Relações entre a modulação da microbiota intestinal humana pelos probióticos e prebióticosno controle da obesidade têm sido evidenciadas em estudos, ainda pequenos, nos últimos tempos e trazido à luz do conhecimento resultados instigantes para o tratamento da obesidade. O objetivo deste estudo é entender a ação da modulação da microbiota intestinal humana pelos probióticos prebióticos para o controle da obesidade. Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, onde o levantamento dos artigos originaisentre o período de 2010 e 2020foi realizado nas bases de dados PUBMED, SCIELO e LILACSsendo utilizados os seguintes descritores: microbiota, obesidade, probióticos, prebióticos e com o uso dos operadores booleanos “AND”, “OR”. Os resultados identificaram diferenças entre microrganismosno hospedeiro desde a vida intrauterinademonstrando que a microbiota desempenha diferentes funções e pode sofrer alteração através da dieta e atuar no controle da fome através de biomarcadores que interferem nos efeitos metabólicos relacionados à obesidade e resposta inflamatória.A conclusãoconsiste na compreensão de que a modulação da microbiotaatravés da ingestão de probióticos e prebióticos pode contribuir para diferentes estratégias de tratamento e promover o controle da obesidade e inflamação de baixo grau. Palavras chaves: microbiota, obesidade, modulação,probióticos, prebióticos. ABSTRACT In Brazil, 55,7% oftheadultpopulationisoverweight and 19,8% obese, while in theinfantpopulation 12,9% ofchildren are obese. Currently, theobesityisconsidered a publichealthproblembecause it isassociatedwithmetabolicdiseases. Relationsbetweenthehuman intestinal microbiota modulationbyprobioticsandprebiotics in obesitycontrolhavebeenevidenced in a fewstudies in recent times andbroughtto light thought-provokingresults for theobesitytreatment. The goalofthisstudyistounderstandtheactionofhuman intestinal microbiota modulationbyprobioticsandprebiotics for obesitycontrol. Thisstudyis a narrative review ofliterature, wherethesurveyofthe original articlesbetweentheyears 2010 and 2020 wascarried out in the PUBMED, SCIELO e LILACS databases, usingthefollowingdescriptors: microbiota, obesity, probiotics, prebioticsandwiththe use ofbooleanoperators "AND", "OR". The resultsidentifieddifferencesbetweenthe host microorganismssinceintrauterinelifedemonstratingthatthe microbiota performsdifferentfunctionsand it canchangethrough diet besidesacting in appetitecontrolthrough biomarkerswhich interfere in metaboliceffectsrelatedtoobesityandinflammatory response. The conclusionconsists in theunderstandingthatthe microbiota modulationbyprobioticsandprebioticsingestioncancontributetodifferenttreatmentstrate giesandpromotetheobesitycontrolandlow-grade inflammation. Keywords: microbiota, obesity, modulation, probiotics, prebiotics. LISTAS DE TABELAS Tabela 1 – Estudo dos artigos originais LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AGCC Ácidos Graxos de Cadeia Curta DCNT Doenças Crônicas não Transmissíveis FAO Food andAgricultureOrganization FNT Fator de Necrose Tumoral FFAR Receptores de Ácidos Graxos Livres GLP-1 Glucagon LikePeptide GPCRs Receptores Acoplados de Proteína G ILs Interleucinas IMC Índice de Massa Corporal LPS Lipopolissacarídeos OMS Organização Mundial da Saúde PYY Peptídeo YY PCR Proteína C Reativa SNC Sistema Nervoso Central SM Síndrome Metabólica SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 11 2. METODOLOGIA 13 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 14 OBESIDADE E MICROBIOTA INTESTINAL 14 MODULAÇÃO DA MICROBIOTA PELOS PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS 18 PROBIÓTICOS 19 4. TABELA 1 – Estudos acerca da modulação da microbiota intestinal em seres humanos22PREBIÓTICOS 22 5. CONCLUSÃO 28 REFERÊNCIAS 30 ANEXO: NORMAS DA REVISTA DEMETRA: ALIMENTAÇÃO, NUTRIÇÃO E SAÚDE 33 11 INTRODUÇÃO A organização Mundial de Saúde (OMS) 1 define sobrepeso e obesidade como a agregação excessiva de adiposidade corporal. A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial (genética e ambiental), de baixo grau de inflamação que atinge pessoas em países desenvolvidos e em desenvolvimento. 1,2 Hoje, a crescente prevalência da obesidade e suas comorbidades acometem a população brasileira em todas as fases do curso da vida e tem sido uma das principais preocupações de saúde pública. 3 A base de tratamento da obesidade compreende reeducação alimentar que deve ser concomitante a outros tratamentos, entre eles estão exercício físico, medicamentos, cirurgia bariátrica. 2 No entanto, as ações tradicionais para o enfrentamento da obesidade não tem apresentado eficácia epidemiológica significativa, leitura que pode ser feita a partir dos dados crescentes de indivíduos com obesidade no Brasil e no mundo.4, 5 Nesse sentido, novas abordagens têm sido testadas, como os estudos acerca do transplante de microbiota fecal de indivíduos magros para obesos e a modulação da microbiota através de probióticos e prebióticos. Nessa perspectiva, os estudos de Hibberd, Ashley A., et al, (2018)8 têm demonstrado que a microbiota intestinal humana em equilíbrio entre as bactérias benéficas e as enterobactérias gera um estado de simbiose proporcionando saúde ao corpo do hospedeiro e uma função melhorada da barreira intestinal e marcadores relacionados à obesidade.8 Sabe-se que o intestino é um órgão complexo, cada vez mais estudado na obesidade pela sua capacidade de sinalizar vias metabólicas 12 envolvidas na fisiopatologia da obesidade. A maior biocenose de micróbios no ser humano está inserida no intestino, e existe uma relação de simbiose com o hospedeiro com função de manutenção da saúde, da homeostase metabólica de produção de substratos diversificados. 9 Assim, a produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) no intestino grosso pode contribuir significativamente para uma diferenciação da microbiota entre indivíduos magros e obesos.10 A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) definem Probióticos como microorganismos vivos que configuram benefício de saúde ao hospedeiro ao serem administrados em quantidades adequadas 11. Já os prebióticos são substratos alimentares não digeríveis consumidos por microorganismos do hospedeiro conferindo-lhe benefício de saúde 9,11,12. Estudo feito por Kasper Schei et al. (2017), 11 avaliando a aplicação de probióticos em mulheres gestantes e em sua prole, demonstram que houve mudanças na quantidade e diversidade microbiológica intestinal e a confirmação de transferência de mãe para filho.12 Nesse sentido, com a administração seletiva de probióticos e prebióticos - em estudos clínicos – foram observadas evidências de controle de peso em humanos, o que sugere a possibilidade de modulação da microbiota intestinal para a regulação de adiposidade corporal. 12 Diante dessa explanação questiona-se como se relaciona a modulação da microbiota intestinal pelos probióticos e prebióticos para o controle da obesidade. Portanto, o objetivo deste artigo é caracterizar o estado da arte acerca da modulação intestinal e seus efeitos no controle de peso. llemo Realce Esta informação está sem conexão com a oração anterior. llemo Realce Não entendi como a transferência de mãe para filho pode ter ligação com o controle de peso em humanos? Está sem relação. 13 METODOLOGIA Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura, visando caracterizar o estado da arte acerca da modulação intestinal e seus efeitos no controle de peso. Revisões narrativas são publicações amplas apropriadas para descrever o “estado da arte” de um determinado assunto, sob o ponto de vista teórico ou contextual. Essa categoria de artigos tem papel possibilitar ao leitor uma atualização de conhecimentos, bem como análise crítica de maneira mais objetiva. 6 Foi realizada busca de publicações originais referente à modulação da microbiota intestinal através de probióticos e prebióticos em obesos nas bases de dados US National Library of Medicine - PUBMED, Scientific Eletronic Library Online – SCIELO e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS. A busca incluiu artigos em Inglês e Português no período entre 2010 e 2020. A pesquisa se deu em estudos com humanos. Foram utilizados os seguintes descritores: microbiota, obesidade, probióticos, prebióticos e com o uso dos operadores booleanos “AND”, “OR”. Além disso, foram incluídos na pesquisa documentos oficiais e artigos teóricos acerca da temática. Foram definidos os seguintes critérios de inclusão das publicações: originalidade e relevância dos estudos (ensaios clínicos controlados e randomizados, ensaios biológicos, estudo de caso controle, artigos com textos completos, estudo com humanos). E os seguintes critérios de exclusão: artigos com animais, repetidos e com direcionamento que fugia ao tema central da proposta de pesquisa, restando 9artigos após a aplicação destes critérios. llemo Realce já foi dito no objetivo, não precisa repetir 14 Os estudos selecionados foram analisados a partir de confecção de tabela, categorizando autoria, ano, objetivo, metodologia e principais achados. Assim, os resultados acerca do estado da arte da temática em estudo serão descritos a partir de duas categorias: “Obesidade e microbiota intestinal”, visando caracterizar o fenômeno da obesidade, funcionamento da microbiota intestinal e a relação entre a modulação desta microbiota e o controle de peso; E a categoria “Regulação da microbiota por probióticos em indivíduos obesos”, compilando achados dos estudos que avaliaram os efeitos da modulação, bem como os que avaliaram o perfil da microbiota em indivíduos com sobrepeso e obesidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO OBESIDADE E MICROBIOTA INTESTINAL No Brasil 55,7% da população adulta encontra-se com sobrepeso e 19,8% com obesidade, já na população infantil são 12,9% de crianças obesas. 2, 3. As consequências do estado obeso na infância para a vida adulta são as comorbidades associadas, como as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que podem impactar no período de grande capacidade produtiva na fase adulta, e contribuir para aumento de gastos econômicos no setor de saúde pública. 7 Nesse contexto, as ações de controle implantadas abrangem o manejo nos primeiros dias de vida, como o incentivo ao aleitamento materno; e o estímulo ao hábito saudável aliado as ações de alimentação e atividade física de forma intersetorial, integrada e sustentável entre os profissionais de saúde, entes governamentais e agentes econômicos da cadeia de produção, distribuição e comércio em todo o Estado Brasileiro, sendo incentivada a agricultura familiar como meio de fortalecimento llemo Realce Define obesidade e traz estatisticas 15 regional para a alimentação saudável.7,5 Recentemente estudos evidenciaram que o excesso de peso na infância é um fator de risco para a idade adulta. Assim, a obesidade passa a ser estudada desde a vida intrauterina. 9,12-13 Clinicamente, a obesidade é compreendida como um processo inflamatório cônico de baixa intensidade e etiologia multifatorial, cujos determinantes que mais se destacam são as dietas com alta densidade calórica e a inatividade física. 1,2,3 Porém, outro caminho etiológico pode ser justificado por uma disfunção na expressão genética do microbioma (conjunto de microorganismos e dos seus genes inseridos em tecidos e órgão do corpo) de cada indivíduo, em especial a microbiota intestinal. Assim, a sinalização sistêmica no corpodo ser humano pode ser alterada causando um desequilíbrio. 12 A microbiota intestinal humana é composta de colônias de bactérias, archaeas, vírus e fungos com aproximadamente 100 trilhões de microorganismos que vivem de forma mutualista com o hospedeiro. Na maioria dos indivíduos as bactérias são dos filos Firmicutes e Bacteroidetes. Estes atuam no processo digestivo do hospedeiro. Os Firmicutes são relacionados ao estado de desequilíbrio intestinal, a maior absorção de calorias e a formação de tecido adiposo no corpo. Enquanto os Bacteroidetes são bactérias comensais. 14 As bactérias comensais produzem bacteriocinas que atuam na proteção contra bactérias enteropatogênicas e que protegem a barreira intestinal, o controle de inflamação, a síntese de vitaminas e o fortalecimento do sistema imunológico. 12 O aumento de citocinas, proteína C-reativa (PCR), interleucinas (ILs), fator de necrose tumoral (TNF) ou lipopolissacarídeos (LPS) resulta no baixo grau de inflamação em pessoas obesas. E a dieta rica em gordura contribui para o rompimento de proteínas com junção apertada (Zonula occludens-1 e ocludina), llemo Realce llemo Realce Define microbiota llemo Realce Informação solta que rompe a continuidade do texto! 16 envolvidas na função de barreira intestinal levando a uma disbiose. 14 Nessecontexto, a ingestão de uma dieta rica em gordura e pobre em fibras desencadeará a proliferação de bactérias Firmicutes e consequente absorção de energia favorecendo o estado obeso no indivíduo e gerando derivados de lipopolissacarídeos (LPS) e inflamação de baixo grau denominada endotoxemia. 13 Assim, a escolha da dieta pode regular a microbiota para o controle da obesidade, pois, uma dieta rica em polissacarídeos que não são digeridos no intestino delgado serão digeridos e fermentados no cólon por bactérias, e sintetizadas em substratos como monossacarídeos e AGCC (acetato, butirato e o propionato). Estes produtos geralmente são produzidos no cólon numa razão de aproximadamente 60% de acetato, 25% de propionato e 15% de butirato. No entanto, as concentrações podem variar de acordo com a porção do intestino (local onde ocorre a fermentação) e o tipo de polissacarídeo da dieta. 10 O estudo de RoyaKelishadi et al., 2014 15 demonstrou que a modulação da microbiota intestinal aumenta a altura das vilosidades e a profundidade das criptas, e leva a uma camada de mucosa mais espessa no jejuno e no cólon e consequentemente ao estado de normobiose intestinal. Esses efeitos advêm dos produtos da fermentação por bactérias, principalmente ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), como o butirato, que age como um substrato, ou seja, servem como nutrientes para os colonócitos e outras células epiteliais do intestino. Assim, sugerem a influência positiva da modulação da dieta sobre fatores de inflamação, que depende de seu efeito na redução de peso em crianças com sobrepeso e obesas. 15 Os AGCC possuem a capacidade de se ligar aos receptores acoplados de proteína G (GPCRs): Gpr41, Gpr3. Hoje são denominados de receptores de ácidos llemo Realce llemo Realce explica o que é! 17 graxos livres (freefattyacidsreceptors – FFAR): FFAR2, FFAR3. Esses receptores são expressos pelas células epiteliais do intestino (enterócitos) e células enteroendócrinas. Os enterócitos são produtores de peptídeos anorexígenos como o glucagon like peptide 1 (GLP-1), e as células enteroendócrinas produtoras do peptídeo tirosina tirosina (PYY). O GLP-1 melhora a sensibilidade a insulina, sinaliza a supressão de insulina, prevenindo o acúmulo de gordura. E o PYY age inibindo a secreção gástrica, esvaziamento gástrico, contração da vesícula biliar, redução de tempo do trânsito gastrointestinal e maior absorção de nutrientes do lúmen intestinal, realizam suas funções no SNC, inibindo peptídeos orexígenos como a grelina induzindo saciedade. Logo, o papel da microbiota pode manifestar-se na regulação do apetite através dos AGCC. 16 Nesse contexto, é despertado o interesse da comunidade cientifica na busca de entendimento sobre as conexões entre microbiota, alimento e obesidade. No entanto há fatores de confusão nos resultados apresentados por utilizarem diferentes métodos de estudo. Schwiertz e colaboradores (2010)10 estudaram 98 voluntários na faixa de 14 a 74 anos para avaliar a microbiota intestinal humana e a concentração de AGCC fecal em indivíduos magros e obesos (30 com peso normal, 35 acima do peso e 33 obesos). Foi demonstrado que a proporção de AGCC individuais mudou em favor do propionato no excesso de peso e obesos do que no grupo de magros, sugerindo que o metabolismo dos AGCCs pode desempenhar um papel considerável na obesidade. Os grupos bacterianos pertenciam aos filos Firmicutes e Bacteroidetes. Porém, a proporção de Bacteroidetes para Firmicutes foi maior em indivíduos com sobrepeso e obesos. 10 Outro resultado semelhante por Murugesan et al., (2015) 13 ao avaliar 190 crianças mexicanas de 9 a 11 anos de idade com peso normal (n = 81), sobrepeso llemo Realce referência? llemo Realce Eu tinha entendido nos paragrafos anteriores que os Firmicutes eram prevalentes em obesos... llemo Realce Não é semelhante... vcs falaram lá embaixo que contrariou o estudo anterior! 18 (n = 29) e obesidade (n = 80) demonstrou um desequilíbrio na abundância de pelo menos nove bactérias diferentes. E também, um ligeiro aumento na abundância de Firmicutes em crianças com sobrepeso (52%) e obesas (50%) comparado ao peso normal (46%) contrariando a pesquisa de anterior. Porém, foi evidenciada que a concentração alterada de AGCC nas fezes estava associada às condições de sobrepeso e obesidade. 13 Atualmente a busca ínfima pelo entendimento sobre o comportamento da microbiota intestinal e sua relação com a obesidade relaciona as bactérias Firmicutes e Bacteroidetes com a lipogênese do corpo. No entanto, os estudos em humanos por Schwiertz10 e Murugesan13 são controversos em relação à proporção de Firmicutes em obesos superar a proporção de Bacteroidetes. Mas, estudos sugerem que o tipo de dieta pode melhor conduzir possíveis caminhos terapêuticos capazes de alterar a microbiota para o controle da lipogênese no individuo, e melhor controle de saúde de forma integrada com as ações de tratamento, já implantadas. Para isso, é preciso mais estudos que possam fortalecer o conhecimento sobre a relação da dieta, microbiota e obesidade. MODULAÇÃO DA MICROBIOTA PELOS PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS Neste capítulo serão abordados os achados de estudos originais acerca da modulação da microbiota intestinal com probióticos e prebióticos, cujo resumo encontra-se na Tabela 1. llemo Realce llemo Realce llemo Realce referências llemo Realce llemo Realce Ou seja, não há conclusão de que a dieta pode modular a microbiota e que a microbiota possa ser um fator determinante no desenvolvimento da obesidade llemo Realce Não é um capitulo, é um tópico... llemo Realce Eu esperava encontrar a tabela logo em seguida! 19 PROBIÓTICOS Probióticos são microrganismos vivos que quando usados como alimentos devem ser capazes não apenas de sobreviver à passagem pelo sistema digestivo, mas também de se proliferarem no intestino. A sua administração deve ser em quantidades adequadas para exercer efeitos benéficos ao hospedeiro. São bactérias gram-positivas e são basicamente classificadas em dois gêneros, Lactobacillus e Bifidobacterium. 11 Os estudos de intervenção humana sobre o efeito de probióticos no peso corporal são limitados, mas diante das conexões entre a microbiota intestinal, homeostase energética, inflamação e seu papel na patogênese de distúrbios relacionados à obesidade, há maior interesse de pesquisa relacionado à possibilidade de modulação da microbiota e seus efeitos protetores. 8 Nesse contexto, Luoto, R. et al., ( 2010) 17 demonstraram que a modulaçãoprecoce da microbiota intestinal com probióticos pode modificar o padrão de crescimento da criança restringindo ganho excessivo de peso durante os primeiros anos de vida. Participaram do estudo 159 mulheres, estas receberam probióticos (1010 unidades formadoras de colônias (UFC) de Lactobacillus rhamnosus GG, ATCC 53103) ou placebo quatro semanas antes do parto esperado. A intervenção estendeu-se por 6 meses pós-natal, e foi acompanhado o crescimento de 113 crianças para avaliar o impacto da intervenção probiótica perinatal nos padrões de crescimento infantil e no desenvolvimento de sobrepeso durante 10 anos. As medidas antropométricas das crianças foram realizadas em idades de 3, 6, 12 e 24 meses e aos 4, 7 e 10 anos. 17 Em outro estudo, Kasper Schei e seus colaboradores (2018) 12 analisaram a microbiota intestinal de 298 pares de mães e filhos saudáveis após 36 semanas de llemo Realce Não era necessário mais estudos para fortalecer o conhecimento sobre esta relação 20 gestação até 2 anos de idade (1516 amostras). Metade das mães grávidas foram randomizadas para beber leite probiótico durante e após a gravidez. O leite probiótico continha 5 × 1010 UFC de Lactobacillus rhamnosus GG, 5 × 1010 UFC de Bifidobacteriumanimalissubsp. lactis Bb-12 e 5 × 1010 UFC de Lactobacillus acidophilus La-5 por dia. Metade das mães recebeu placebo na forma de leite desnatado fermentado tratado termicamente, sem bactérias probióticas. Os resultados corroboram a idéia de que o fenótipo hospedeiro fúngico é transferido da mãe à prole. Portanto, os autores demonstraram que a microbiota pode modificar a fisiologia do crescimento, imunidade e metabolismo na criança. Pois, os fungos intestinais foram detectados na maioria das mães e na maioria dos seus filhos já com 10 dias de idade, depois a redução de fungos foi provavelmente determinada pela alimentação, imunidade intestinal e suas interações. E, ao se aproximar dos dois anos de idade, a microbiota apresentou fungos específicos para a microbiota adulta. 12 Hou, Ya-Ping, et al., (2017) 14 demonstraram que os filos Firmicutes e Bacteroidetes foram encontradosem ambas as coortes. E também, que a quantidade de Bifidobacterium e Lactobacillus aumentou entre as crianças obesas durante o processo de redução de peso. Assim, sugerem que Bifidobacterium e Lactobacillus possam ser usados como indicadores de condições saudáveis em crianças obesas, bem como uma espécie de suplemento probiótico e prebiótico na dieta para ser um tratamento auxiliar da obesidade. 14 Hibberd, Ashley A., et al, (2018) 8 investigaram se os benefícios de um probiótico isolado ou a junção de probiótico e prebiótico – conhecido como simbiótico – pode controlar a massa gorda corporal em indivíduos saudáveis com sobrepeso ou obesidade. Foram 134 participantes separados em quatro grupos para llemo Realce elevado 21 tomar: (1) placebo, 12 g/d de celulose microcristalina; (2) polidextrose (LU) Litesse® Ultra ™, 12 g/dia; (3) Bifidobacteriumanimalissubsp. lactis 420 ™ (B420), 1010 ufc/d em 12g de celulose microcristalina; (4) LU + B420, 1010 ufc/d de B420 em 12 g/d de LU por 6 meses de intervenção. Os resultados apresentados foram que as cepas Lactobacillus e Akkermansia eram mais abundantes com o B420 no final da intervenção. LU + B420 aumentou Akkermansia, Christensenellaceae e Methanobrevibacter, enquanto Paraprevotella foi reduzido. Christensenellaceae foi consistentemente aumentada nos grupos LU e LU + B420 durante a intervenção e correlacionaram-se negativamente com a relação cintura-quadril e ingestão de energia e massa de gordura corporal na área da cintura após 6 meses de tratamento com LU + B420. O estudo mostrou ainda que uma modulação de massa gorda corporal com B420 e LU + B420, mas não com LU sozinho; portanto, a presente análise foi realizada com ênfase nos grupos B420 e LU + B420. Bifidobacterium foi correlacionado positivamente com o corpo magro através da intervenção B420. Um mecanismo proposto pelo qual B420 influencia o metabolismo do hospedeiro é através da melhora da função da barreira intestinal, atenuando endotoxemia metabólica que ocorre na obesidade e com consumo de dieta rica em gordura. A polidextrose, por outro lado, é um oligossacarídeo não digerível que consiste em unidades de glicose ligadas. Possui propriedades prebióticas e sua fermentação parcial por bactérias do cólon resulta em produção de AGCC e modificação da microbiota. Então os autores demonstraram que o consumo do probiótico B420 com ou sem prebiótico LU resultou em alterações da microbiota intestinal e o metabolismo. De maneira, que a modificação da microbiota intestinal para uma composição mais favorável contribui para melhorar a função da barreira intestinal e 22 marcadores relacionados à obesidade. Assim, esses resultados são promissores para os indivíduos. 8 Por outro lado, Gøbel, R. J et al., 2012 18 investigaram o efeito da estirpe probiótica Lactobacillus salivariusLs-33 (1010 UFC) ou placebo diariamente por 12 semanas em uma série de biomarcadores relacionados à inflamação e síndrome metabólica (SM) em adolescentes com obesidade. E demonstraram que não foi possível detectar nenhum efeito benéfico da intervenção probiótica com Ls-33 em marcadores relacionados à Síndrome Metabólica (SM) nos adolescentes com obesidade e baixo grau inflamação, apesar do aumento dos valores de biomarcadores de inflamação e de vários parâmetros relacionados ao SM quando comparado com adolescentes com peso normal. 18 PREBIÓTICOS A definição de prebiótico é atualmente um assunto muito debatido devido aos avanços na alta taxa de transferência seqüenciamento mostrando alterações além da Bifidobacterium e Lactobacillus e a exigência de utilização seletiva.9 Os prebióticos são substratos alimentares ou polissacarídeos não digeríveis consumidos por microorganismos do hospedeiro conferindo-lhe benefício de saúde 9,11 Autores sugerem a possibilidade em manipular a microbiota intestinal com prebióticos para prevenir ou tratar a obesidade e desordens metabólicas relacionadas. No entanto, pouco se sabe sobre a capacidade de prebióticos para modificar especificamente a microbiota intestinal.9 23 TABELA 1 – Estudos acerca da modulação da microbiota intestinal em seres humanos Artigo (autores) Ano Objetivos Público alvo Metodologia Principais achados Microbiota and SCFA in Lean andOverweightHealthySubject s. Andreas Schwiertz et al. 2010 Avaliar a concentração de SCFA fecal de indivíduos magros e obesos 98 voluntários, faixa de 14 a 74 anos (34 homens e 64 mulheres) 30 eutróficos, 35 sobrepeso e 33 obesos Estudo transversal com voluntários recrutados no Instituto de Microecologia e nas horas de consulta sobre obesidade da Universidade de Giessen e Marburg A quantidade total de AGCC foi maior no grupo obeso (P = 0,024) do que no grupo magro. A proporção de Bacteroidetes foi maior a Firmicutes em indivíduos com sobrepeso (P = 0,001) e obesos (P = 0,005) The impactofperinatalprobioticinterv entiononthedevelopmentofover weightandobesity: follow-up studyfrombirthto 10 years R Luoto, M Kallioma¨ki K Laitinenand E Isolauri 2010 Avaliar o impacto da intervenção probiótica perinatal nos padrões de crescimento infantil e no desenvolvimento de sobrepeso durante 10 anos acompanhados 159 mulheres Estudo randomizado e duplo- cego onde mulheres receberam probióticos (1 1010 UFC de Lactobacillus rhamnosus GG, ATCC 53103) ou placebo 4 semanas antes do parto esperado; Estendendo-se por 6 meses pós-natal A intervenção probiótica perinatal pareceu moderar a fase inicial de ganho excessivo de peso, principalmente entre crianças que mais tarde ficaram acima do peso, mas não a segunda fase de ganho excessivo de peso, sendo o impacto mais pronunciado aos 4 anosde idade ProbioticstoAdolescentsWithO besity: EffectsonInflammationandMeta bolicSyndrome RikkeJuulGøbel et al. 2012 Estudar efeito da estirpe probiótica Lactobacillus salivarius Ls-33 em série de biomarcadores relacionados à inflamação e SM 50 adolescentes com obesidade Estudo controlado por placebo, duplo-cego, randomizados para Ls-33 (1010 UFC) ou placebo diariamente por 12 semanas Não houve diferenças nos biomarcadores de inflamação e parâmetros relacionados à SM na linha de base entre o probiótico e grupos placebo. A randomized triple- 2 Avaliar os efeitos anti- 70 participantes Estudo controlado Os achados sugerem a influência positiva 24 maskedcontrolledtrialontheeffe ctsofsynbioticsoninflammation markers in overweightchildren RoyaKelishadi et al. 2014 inflamatórios de um suplemento simbiótico nos marcadores de inflamação em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesos com idades entre 6 e 18 anos, com um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior ao percentil 85 randomizado, com máscara tripla. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos de número igual para receberem antibióticos ou placebo por oito semanas da suplementação com antibióticos nos fatores inflamatórios, que dependem de seu efeito na redução de peso em crianças com sobrepeso e obesidade. Studyofthediversityand short- chainfattyacidsproductionbythe bacterialcommunity in overweightandobeseMexicanc hildren Murugesan, S et al. 2 2015 Medir a concentração de ácidos E caracterizar a diversidade bacteriana Crianças mexicanas caracterizadas para condições normais de peso, sobrepeso e obesidade Foi medida a concentração de ácidos graxos de cadeia curta por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e caracterizar a diversidade bacteriana por sequenciamento de semicondutores de torrentes de íons, de bibliotecas de rDNA 16S preparadas a partir de fezes coletadas de uma amostra de poço. Os níveis de triglicerídeos estão aumentados em crianças com sobrepeso e obesidade, que apresentaram concentrações alteradas de ácido propiônico e butírico nas fezes. Além disso, embora a microbiota do cólon não mostrasse uma disbiose bacteriana clara entre as três condições, a abundância de algumas bactérias em particular foi alterada em relação aos controles normais. PrebioticsReduceBody Fat andAlter Intestinal Microbiota in Children Who Are OverweightorWithObesity. Nicolucci, Alissa C et al. 2 2017 Estudar os efeitos dos prebióticos na composição corporal, marcadores de inflamação, ácidos biliares em amostras fecais e composição da Crianças, de 7 a 12 anos, com sobrepeso ou obesidade (> 85% do índice de massa corporal), mas saudáveis. Estudo duplo-cego, controlado na Universidade de Calgary, no Canadá.Os participantes foram divididos aleatoriamente em grupos que receberam inulina enriquecida em oligofrutose (OI; 8 g / dia; n = 22) ou placebo em As crianças que consumiram OI apresentaram reduções significativas no escore z do peso corporal,redução no nível de interleucina, triglicerídeos. O sequenciamento do rRNA 16S revelou aumentos em espécies do gênero Bifidobacterium e diminuição de 25 microbiota intestinal em crianças com sobrepeso ou obesidade. maltodextrina (dose isocalórica, controles; n = 20) uma vez ao dia por 16 semanas. Bacteroides vulgatus em comparação com as crianças que receberam placebo. Nas amostras fecais, os níveis de ácidos biliares primários aumentaram no grupo placebo, mas não no grupo OI. Human Gut Microbiota AssociatedwithObesity in ChineseChildren and Adolescents Ya-Ping Hou et al. 2 2017 Investigar as diferenças de microbiota intestinal de crianças obesas em comparação com a coorte saudável de controle, 87 crianças obesas (3-18 anos) Estudo de coorte controle do gene 16S rRNA, os enterótipos e a quantidade da microbiota intestinal em crianças obesas A composição da microbiota intestinal era significativamente diferente entre crianças obesas e a coorte saudável. E a quantidade de Bifidobacterium e Lactobacillus aumentou entre as crianças obesas durante o processo de redução de peso. Earlygutmycobiotaandmother- offspringtransfer Kasper Schei et al. Explorar a microbiota em amostras maternas e descendentes 298 pares de mães e filhos saudáveis após 36 semanas de gestação até 2 anos de idade (1516 amostras) Em estudo de coorte metade das mães grávidas foram randomizadas para beber leite probiótico durante e após a gravidez.As bactérias probióticas incluíram Lactobacillus rhamnosus GG (LGG), Bifidobacteriumanimalissubsp. lactis Bb-12 e Lactobacillus acidophilus La-5 A prole mostrou chances aumentadas de ter DNA fúngico detectável se a mãe também tivesse DNA fúngico detectável (OR = 1,54, p = 0,04 A diversidade de alfa fúngica no intestino da prole aumentou de 10 para 10 dias após o nascimento, qual foi o primeiro ponto de amostragem. A diversidade e espécies fúngicas mostraram uma sucessão em direção ao microbiota materna quando a criança envelheceu Probioticorsynbioticaltersthegu 2018 Investigar se as 134 participantes Amostras de fezes e plasma O consumo de B420 e sua combinação 26 t microbiota andmetabolism in a randomisedcontrolledTrialofwei ght management in overweightadults A.A. Hibberd, C.C. et al. alterações na microbiota intestinal adultos com sobrepeso randomizados em quatro grupos:(1) placebo, 12g/d de celulose microcristalina; (2) polidextrose (LU) Litesse® Ultra ™, 12g/dia; (3)Bifidobacteriumanimalissubs p. lactis 420 ™ (B420), 1010 ufc / d em 12 g de celulose microcristalina; (4) LU + B420, 1010 ufc /d de B420 em 12g/d de LU por 6 meses deintervenção com LU resultaram em alterações da microbiota intestinal e seu metabolismo, e pode suportar uma função melhorada da barreira intestinal e marcadores relacionados à obesidade 27 Estudos experimentais recentes propuseram alguns efeitos de alteração na microbiota intestinal sobre fatores inflamatórios.Nicolucci, A. C. et al.9Realizaramum ensaio clínico randomizado para estudar os efeitos dos prebióticos na composição corporal, marcadores de inflamação, ácidos biliares e composição da microbiota intestinal nas amostras de fezes em crianças com sobrepeso ou obesidade. Os participantes foram aleatoriamente atribuídos a grupos que receberam inulina enriquecida em oligofrutose (OI; 8 g / dia; nº 22) ou placebo com maltodextrina (dose isocalórica, controles; nº 20) uma vez por dia durante 16 semanas. Os autores demonstram que o consumo de OI normaliza o ganho de peso na infância, reduz a gordura corporal e do tronco, modifica os ácidos biliares e altera seletivamente a microbiota intestinal. Mas também, redução significativa no nível de ILs e triglicerídeos, aumento significativo nas espécies do gênero Bifidobacterium e redução em Bacteroides vulgatus.9 RoyaKelishadi e seus colaboradores, 2014 15 avaliaram os efeitos antinflamatórios de um suplemento simbiótico sobre marcadores de inflamação em crianças e adolescentes com sobrepeso e obesos. Foram 70 participantes aleatoriamente divididos em dois grupos de igual número de participantes para tomar simbiótico ou placebo em uma cápsula por dia, antes de uma refeição principal, por oito semanas. A cápsula de simbiótico (Protexin, Londres, Inglaterra), 2,0 × 108UFC/dia, continha uma combinação de viáveis congelados e secos (Lactobacillus Casei, Lactobacillus Rhamnosus, Streptococcus Thermophilus, Bifidobacterium Breve, Lactobacillus Acidophilus, BifidobacteriumLongum, Lactobacillus Bulgaricus), de origem humana com prebióticos (frutoligossacarídeos), vitaminas E, A e C. Oplacebo continha maltodextrina. Foi demonstrado que o grupo simbiótico teve redução significativa nos valores médios de TNF e ILs, com aumento 28 significativo na adiponectina. Sendo que essas alterações não eram mais expressivas após o ajuste do peso. Assim os autores sugerem a influência positiva da suplementação simbiótica sobre fatores inflamatórios, dependente de seu efeito sobre a redução de peso em crianças com sobrepeso e obesidade. 15 Os estudos que investigam o efeito dos probióticos e prebióticos na obesidade e suas correlações, em humanos, são poucos. Sendo que há divergência em resultados de estudos pelas suas limitações como diferentes cepas utilizadas na intervenção, doses e tempo de administração. No entanto, os estudos fornecem uma base de conhecimento sobre o metabolismo e a modificação da microbiota no controle da obesidade. Sendo assim, Intervenções adequadamente delineadas em fatores dietéticos são necessárias para compreender possíveis relações causais entre dieta, obesidade e doenças associadas, mediadas pela microbiota intestinal. O uso de probióticos e prebióticos na alimentação pode ser medida preventiva ou terapêutica, por favorecer uma composição saudável da microbiota e consequentemente a homeostase favorecendo a saúde do corpo. CONCLUSÃO A obesidadeé considerada preocupação de saúde pública devido a sua associação com doenças metabólicas. Estudos recentes têm evidenciado a importância da microbiota intestinal e sua capacidade de sinalizar vias metabólicas na fisiopatologia da obesidade. Mas, esses estudos ainda são pequenos e necessitam de parâmetros adequados para a consolidação dos resultados. A partir da presente revisão, pôde-se verificar que a identificação de gêneros e de espécies em diferentes experimentos desde a vida intrauterina tem possibilitado o conhecimento sobre os efeitos metabólicos da microbiota. Dessa maneira, a llemo Realce llemo Realce Isso não está claro no estudo, muito pelo contrario...as conclusões tem sido insuficientes... llemo Realce Isso contradiz a oração anterior... llemo Realce 29 relação de Firmicutes e Bacteroidetes para a obesidade está bem evidenciada nos relatos de vários autores, mas há também afirmaçãocontraditória. No entanto, as cepas Bifidobacterium e Lactobacillus são aumentadas na microbiota de indivíduos na redução de peso. Sendo assim,o efeito da modulação da microbiota intestinal em obesos através da ingestão de probióticos e/ou prebióticos de forma adequada contribuiu para a redução de LPS, ILs, citocinas e regulação de AGCC e consequente equilíbrio bacteriano favorecendo a homeostase energética, regulação da fome e a prevenção e controle da obesidade e endotoxemia. Portanto, faz-se necessária busca contínua sobre a microbiota intestinal humana para que seja possível obter dados mais concretos acerca dos benefícios da sua modulação com probióticos e/ou prebióticos que permitam contribuir para o controle da obesidade e suas associações metabólicas. llemo Realce alguns estudos usados no tcc contradizem isso... llemo Realce a prevenção não, porque o individuo já é obeso... quanto ao controle isso não ficou claro... Acredito que possa afirmar que PODE auxiliar no estado de saúde do indivíduo! 30 REFERÊNCIAS 1. OMS, World Health Organization. Obesityandoverweigh. Abr. 2020. [Acesso em 21 de abr. 2020]. Disponível em:<https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and- overweight> 2. Ministério da Saúde. Obesidade. [Acesso em 21 de abr. 2020]. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/atencao-especializada-e- hospitalar/especialidades/obesidade> 3. Ministério da saúde. Portaria nº 424, de 19 de março de 2013 acesso 11 de maio de 2020.[Acesso em 21 de abr. 2020]. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt04241903_2013_rep.html> 4.Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico : estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2018 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. [Acesso em 21 de abr. 2020]. 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T., Lahtinen, S., et al., Probioticorsynbioticaltersthegut microbiota andmetabolism in a randomisedcontrolledtrialofweight management in overweightadults. Beneficial Microbes, (2019)10(2), 121-135.[Acesso em 15 de abr. 2020]. Disponível em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30525950/> 9.Nicolucci, Alissa C; Hume, Megan P; Martínez, Inés; Mayengbam, Shyamchand; Walter, Jens; Reimer, Raylene. A PrebioticsReduceBody Fat andAlter Intestinal https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/obesity-and-overweight https://www.saude.gov.br/atencao-especializada-e-hospitalar/especialidades/obesidade https://www.saude.gov.br/atencao-especializada-e-hospitalar/especialidades/obesidade https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt04241903_2013_rep.html https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2019/julho/25/vigitel-brasil-2018.pdf https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017000705001 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017000705001 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002007000200001 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002007000200001 https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45494-obesidade-infantil-traz-riscos-para-a-saude-adulta https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45494-obesidade-infantil-traz-riscos-para-a-saude-adulta https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30525950/ 31 Microbiota in Children Who Are OverweightorWithObesity. 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Jornal de pediatria 90.2 (2014): 161-167.[Acesso em 15 de abr. 2020]. Disponível em:<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0021- 75572014000200161&script=sci_arttext&tlng=pt> 16. Frota, K de M G; Nina Rosa Mello Soares, N R M; Vivianne Ramos da Cunha Muniz, V R da C; Larissa Cristina Fontenelle, L C; Cecília Maria Resende Gonçalves de Carvalho, C M R G de. Efeito de prebióticos e probióticos na microbiota intestinal e nas alterações metabólicas de indivíduos obesos. Nutrire. 2015 Aug; 40(2):173- 187 .[Acesso em 15 de abr. 2020]. 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Abreviado para cabeçalho, não excedendo 40 caracteres (incluindo espaços), em português O resumo deve ter no máximo 250 palavras. O resumo não deverá conter citações. Os manuscritos submetidos em português não necessitam de abstract. Caso sejam aprovados, a versão em inglês conterá esta seção. A redação do resumo deve ser feita de forma objetiva, organizado de acordo com a estrutura do estudo, dando destaque a cada uma das partes abordadas, assim apresentadas: Introdução - Informar o contexto em que o trabalho se insere, sintetizando a problemática estudada. Objetivo - Explicitar claramente. Métodos - Destacar os procedimentos metodológicos adotados, amostragem/população estudada, local, análises estatísticas, entre outros. Resultados - Destacar os mais relevantes para os objetivos apresentados. Os trabalhos de natureza quantitativa devem apresentar resultados numéricos, assim como seu significado estatístico. Conclusões - Destacar as conclusões mais relevantes. 34 Destacar no mínimo 3 e no máximo 6 termos de indexação, os descritores em Ciência da Saúde - DeCS - da Bireme (http://decs.bvs.br) ou DeCS/MeSH (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh/). Títulos de seção ou subtítulos não devem ser numerados, podendo-se fazer uso de recursos gráficos, preferencialmente caixa alta e negrito. Ilustrações (figuras, quadros, tabelas e gráficos) devem ser apresentadas em separado, no final do texto, depois das referências do original, com respectivos títulos, legendas e referências específicas. Ao longo do texto os autores devem indicar, com destaque, a localização de cada ilustração, todas devidamente numeradas. As tabelas e os quadros devem ser elaborados em Word. Os gráficos devem ser elaborados em Excel e os dados numéricos correspondentes devem ser enviados, de preferência, em separado, no programa Word ou em outra planilha, como texto, de modo a facilitar o recurso de copiar e colar. As figuras devem ser encaminhadas em JPEG ou TIFF. Notas de rodapé: deverão ser restritas ao necessário e indicadas por letras sobrescritas (Ex. a, b). Usar a função própria do Word para letras sobrescritas. Para a contagem de palavras não serão considerados o resumo, as referências e as ilustrações. Folha de rosto: NÂO enviar no corpo do manuscrito. Deve ser enviada em arquivo distinto ao manuscrito e deve conter os dados abaixo: Título completo no idioma original do manuscrito e em inglês; http://decs.bvs.br/ 35 Título abreviado para cabeçalho, não excedendo 40 caracteres (incluindo espaços) Nome de cada autor por extenso. Não abreviar os prenomes. Todos os autores devem estar cadastrados no Open ResearcherandContributor ID (ORCID®) para submissão de manuscritos. Caso não possua, fazer o cadastro através do link: <https://orcid.org/register>). Informar, explicitamente, a contribuição de cada um dos autores no manuscrito. O crédito de autoria deverá ser baseado em contribuições substanciais, tais como: concepção e desenho; análise e interpretação dos dados; revisão e aprovação da versão final. Não se justifica a inclusão de nomes de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima. Dados da titulação acadêmica de todos os autores; a filiação institucional atual, além de cidade, estado e país (Instituição / Faculdade ou Curso / Departamento (se houver) / cidade, estado, país. Indicar o autor de correspondência. Informar e-mail e ORCID (https://orcid.org/) de todos os autores. Informar se o manuscrito é oriundo de dissertação ou tese, indicando o título, autor, universidade e ano da publicação. Durante a submissão do manuscrito os autores deverão indicar, na Folha de rosto, pelo menos três possíveis revisores, com os respectivos e-mails e instituições acadêmicas ou de pesquisa nas quais estão vinculados. Os revisores devem ter experiência na área do tema proposto e possuir título de doutor ou experiência técnica comprovada na área. A sugestão dos revisores não determina o efetivo convite para a revisão. https://orcid.org/ 36 A tramitação do manuscrito só será iniciada com o envio da folha de rosto em arquivo separado, incluído no sistema como Documento suplementar, de modo a garantir o anonimato durante a revisão pelos pares. ARTIGOS ORIGINAIS E COMUNICAÇÃO BREVE Introdução: deve conterbreve revisão da literatura atualizada e pertinente ao tema. A apresentação da(s) hipótese(s) e do(s) objetivo(s) deve ser consistente com o tema. Métodos: descrever de forma clara e sucinta o(s) método(s) empregado(s), para que possa(m) ser reproduzido(s) por outros autores, acompanhado(s) da citação bibliográfica. Em relação à análise estatística, os autores devem demonstrar que os procedimentos utilizados foram apropriados para testar as hipóteses do estudo, e também para interpretar os resultados corretamente. Informar se a pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética credenciado junto ao Conselho Nacional de Saúde e fornecer o número do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE). Experimentos com animais devem estar adequados às diretrizes de conselhos de pesquisa internacionais ou nacionais relativas aos cuidados e ao uso de animais de laboratório. Resultados: podem ser apresentados em tabelas, quadros e/ou figuras, elaborados de forma a serem autoexplicativos e com análise estatística. Evitar repetir dados no texto. Ilustrações (figuras, quadros, tabelas e gráficos) devem ser apresentadas em separado, ao final do texto, depois das referências com respectivos títulos, legendas e referências específicas. Os gráficos e figuras podem ser coloridos, sem custo para o autor. 37 Discussão: apresentar de forma que os resultados observados sejam confrontados adequada e objetivamente com dados já registrados na literatura. Conclusão: apresentar as conclusões relevantes, considerando os objetivos do estudo. Não serão aceitas citações bibliográficas nesta seção. PARA ENSAIOS, ABORDAGENS CONCEITUAIS E OUTRAS SIMILARES Há liberdade para estabelecer a estrutura (título e subtítulos) de seu original, de modo a contemplar a identificação do objeto do estudo ou problema em questão e fundamentos conceituais, o desenvolvimento da argumentação e considerações finais. Agradecimentos: podem ser registrados agradecimentos, em parágrafo não superior a três linhas, dirigidos a instituições ou indivíduos que prestaram efetiva colaboração para o estudo. Abreviaturas e siglas: deverão ser utilizadas de forma padronizada, restringindo-se apenas àquelas usadas convencionalmente ou sancionadas pelo uso, acompanhadas do significado, por extenso, quando da primeira citação no texto. Não devem ser usadas no título e no resumo. Referências de acordo com o estilo Vancouver: devem ser numeradas consecutivamente, seguindo a ordem em que foram mencionadas pela primeira vez no texto, conforme o estilo Vancouver. Nas referências com até seis autores, todos devem ser citados. Naquelas com mais de seis autores, deve-se citar os seis primeiros, e depois incluir a expressão “et al.”. Todas as referências citadas devem indicar o número DOI. 38 Não serão aceitas citações/referências de monografias de conclusão de curso de graduação, estudos apresentados em congressos, simpósios, workshops ou encontros que não apresentem número do DOI ou ISSN, nem de textos não publicados (aulas, entre outros). Se dados não publicados obtidos por outros pesquisadores forem citados no manuscrito, será necessário incluir uma carta de autorização do uso dos mesmos por seus autores. Indicação de DOI: quando o documento citado possuir o número do DOI (Digital ObjectIdentifier), este deverá ser informado, dispensando-se a data de acesso do conteúdo (vide regras de citação de material eletrônico). Deverá ser utilizado o prefixo “https://doi.org/...”. Citações bibliográficas no texto: deverão ser expostas em ordem numérica, em algarismos arábicos, colocado em expoente (usar função própria do Word para números sobrescritos), após a pontuação, se houver. (Exemplo: ... foi utilizado o questionário GTHR.6), e devem constar da lista de referências de acordo com a ordem em que se apresentam ao longo do texto. Todos os estudos citados no texto deverão ser listados na seção de Referências. A inexatidão na citação das referências pode ser utilizada como critério de recusa do manuscrito. A exatidão e a adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e mencionados no manuscrito são de total responsabilidade do autor. Pesquisas envolvendo seres humanos: deverão incluir a informação referente à aprovação por Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, conforme a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Incluir essa informação na parte “Método”, informando o número do documento. Cópia da aprovação do parecer do Comitê de Ética deve acompanhar o manuscrito. 39 Ensaios clínicos: DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do InternationalCommitteeof Medical JournalEditors (ICMJE). Os artigos de pesquisas clínicas devem ter número de identificação em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS, ICMJE e WHO. Recomenda-se ao autor observar os seguintes Checklists, de acordo com o tipo de estudo: Ensaio clínico randomizado - CONSORT - http://www.consort-statement.org/ Estudos observacionais em epidemiologia - STROBE - http://www.strobe- statement.org/ Estudos de acurácia diagnóstica - STARD - http://www.stard-statement.org/ Revisões sistemáticas e meta-análises - PRISMA - http://www.prisma- statement.org/ Estudos qualitativos - COREQ - www.equator-network.org Relatos de casos CARE https://care-statement.org/ Estudos de melhoria da qualidade – SQUIRE - www.equator-network.org Protocolos de estudos – SPIRIT - www.equator-network.org Estudos pré-clínicos em animais – ARRIVE - www.equator-network.org Declaração de Direito Autoral DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE E TRANSFERÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS http://www.consort-statement.org/ http://strobe-statement.org/ http://www.strobe-statement.org/ http://www.strobe-statement.org/ http://www.stard-statement.org/website%20stard/ http://prisma-statement.org/ http://prisma-statement.org/ http://www.prisma-statement.org/ http://www.prisma-statement.org/ http://www.equator-network.org/reporting-guidelines/care/ https://care-statement.org/ http://www.equator-network.org/ 40 Título do manuscrito: ________________________________________________________ Declaração de Responsabilidade Certifico minha participação no trabalho acima intitulado e torno pública minha responsabilidade pelo seu conteúdo. Certifico que o manuscrito representa um trabalho original e que nem este ou quaisquer outros trabalhos de minha autoria, em parte ou na integra, com conteúdo substancialmente similar, foi publicado ou foi enviado a outra revista, quer seja no formato impresso ou no eletrônico, exceto o descrito em anexo. Transferência de direitos autorais Declaro que, em caso de aceitação do artigo, a Revista DEMETRA:Alimentação, Nutrição & Saúde passará a ter direitos autorais a ele referentes, que se tornarão propriedade exclusiva da revista, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida e que farei constar o competente agradecimento à Revista. Conflito de interesses Declaro não ter conflito de interesses em relação ao presente artigo. Data, assinatura e endereço completo de todos os autores. Política de Privacidade Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. 41 ISSN: 2238-913X
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