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A educação inclusiva foi implementada pelo MEC

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Marília Gouveia Saad
A educação inclusiva foi implementada pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) no sistema de ensino brasileiro em 2003. Além do que é oferecido pela escola inclusiva por padrão, se um aluno tiver necessidade de uma abordagem diferenciada para que seu aprendizado seja facilitado, podem ser requeridos recursos de NEE (necessidades educacionais especiais). Os recursos são um acompanhamento direcionado, fora do horário normal de aula que o aluno frequenta na escola inclusiva. O público-alvo da educação inclusiva é composto por alunos com deficiência (intelectual, física, auditiva, visual e múltipla), transtorno do espectro autista (autismo) e altas habilidades. A idealização do ensino inclusivo e seus objetivos são conceitos extremamente válidos, porém a realidade com a qual os alunos, professores e demais pessoas envolvidas no projeto enfrentam no dia a dia são bem diferentes. A estrutura física dos estabelecimentos nem sempre é adequada, falta de introdução de recursos e de tecnologia assistiva, número excessivo de alunos por turma, o preconceito em relação à deficiência, a falta de capacitação para as equipes das escolas, especialização para professores trabalhar com a educação especial, isso tudo pode gera um ambiente negativo, diferente do que estava sendo idealizado, causando assim ao contrário do esperado uma exclusão escolar.
A exclusão escolar nem sempre coloca o aluno fora do ambiente da escola, mas acaba afastando-o dos seus direitos pré-estabelecidos, no caso da educação especial uma criança com déficit cognitivo que chega na escola inclusiva para aprender e volta para casa todos os dias do ano sem nenhuma evolução, nem mesmo se tornando menos introspectivo, gera uma certa frustração nos pais que aguardam ansiosos pela evolução de seus filhos, que colocaram na escola a esperança de conseguir o que em casa não conseguem por não saber como ajudar os filhos. 
Quando o aluno não se sente bem acolhido em seu ambiente de estudo a tendência é que ele se isole. Esse tipo de isolamento geralmente é causado por diferenças existentes entre as crianças como etnia, religião, diferenças sociais e também diferenças individuais que são ignoradas na prática do dia a dia na escola, e segundo Mitler,2003 a inclusão não pode ser simplesmente unir os indivíduos em um espaço físico e dizer são todos iguais. Alguns teóricos (Neves, 2005; Prieto,2005), optaram por não usar a expressão educação inclusiva, mas sim democratização da educação e defesa e promoção dos direitos humanos. 
Podemos citar também que a escola foi feita para pessoas de um certo nível econômico e cultural mais elevado, a partir do momento que sugere uma inclusão, colocando todos sem exceção na escola, fica claro que essa massa não será incluída, pois cada um tem sua subjetividade, sua história cultural e social, sendo assim fica claro o fracasso escolar e a exclusão social do indivíduo. O psicólogo escolar veio para acolher e colaborar com as necessidades que surgem a partir de tantas desigualdades, dificuldades e falta de instruções por parte da gestão escolar, pois o investimento econômico do estado, nessas mudanças significativas são mínimas causando estragos cada vez maiores.
 Embora no início das práticas psicológicas na escola era mais praticada como psicologia clínica, hoje o psicólogo já tem uma formação ampla em subáreas da psicologia, onde pode-se destacar o conhecimento sobre os processos psicológicos básicos como motivação, percepção, emoção, aprendizagem, podendo conceber uma prática do psicólogo que possa interpretar, acolher e responder as demandas de todos os cidadãos onde seja respeitado a subjetividade, a diversidade cultural, étnica, religiosa e social. Esse crescimento e amadurecimento do psicólogo escolar e educacional é que irá colaborar para uma escola não só inclusiva, mas democrática, onde o psicólogo estará preocupado com a prevenção e promoção da saúde e do bem-estar subjetivo, envolvendo-se em atividades que possam proporcionar aos estudantes obterem sucesso em suas atividades da vida dentro e fora da escola.

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