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TECIDO MUSCULAR

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TECIDO MUSCULAR
OBJETIVOS:
1. Descreva as características do tecido muscular.
2. Quais as características do tecido muscular esquelético?
3. De que forma acontece a organização do músculo esquelético?
4. Discuta a respeito da estrutura das fibras musculares esqueléticas.
5. Como ocorre o mecanismo de contração muscular?
6. Discuta a respeito do processo de transmissão de força no músculo esquelético.
7. Quais as características do tecido muscular cardíaco?
8. O que são discos intercalares?
9. Fale a respeito das características do musculo liso
10. Como ocorre o mecanismo de contração do músculo liso?
11. Como é a inervação do tecido muscular liso?
12. Como ocorre o processo de regeneração dos diferentes tipos de tecido muscular?
HISTOLOGIA – 13/04/20
6
CARACATERÍSTICAS
· O tecido muscular é constituído de células alongadas.
· Contêm grande quantidade de filamentos citoplasmáticos compostos de proteínas cujo arranjo torna possível a transformação de energia química em energia mecânica.
· As células musculares têm origem mesodérmica, e, durante sua diferenciação, há síntese de proteínas filamentosas concomitantemente ao alongamento das células.
· Pode ser classificado em: estriado e liso. O termo estriado deve-se à presença de estriações citoplasmáticas observadas ao microscópio de luz. O tecido muscular estriado por sua vez é subdividido, ainda, em esquelético e cardíaco.
· Determinados componentes das células musculares receberam nomes especiais. A membrana celular é chamada de sarcolema; o citosol, de sarcoplasma; e o retículo endoplasmático liso, de retículo sarcoplasmático.
· Há 3 tipos de tecido muscular: o ESQUELÉTICO, o CARDÍACO e o LISO.
 
MÚSCULO ESQUELÉTICO
· O tecido muscular esquelético é formado por feixes de células muito longas (até 30 cm), cilíndricas, multinucleadas e com inúmeros filamentos cilíndricos chamados miofibrilas.
· O diâmetro das fibras musculares estriadas esqueléticas varia de 10 a 100 μm. 
· Essas fibras se originam no embrião pela fusão de células alongadas, os  mioblastos. Nas fibras musculares esqueléticas, os numerosos núcleos elípticos localizam-se na periferia, logo abaixo do sarcolema. Essa localização nuclear característica ajuda a distinguir o músculo esquelético do músculo cardíaco, ambos com estriações transversais, uma vez que, no músculo cardíaco, os núcleos são centrais.
organização do músculo esquelético
· Os músculos, como o bíceps ou o deltoide, por exemplo, são formados por milhares de fibras musculares organizadas em conjuntos de feixes. Estes são envolvidos por uma camada de tecido conjuntivo chamada EPIMÍSIO que recobre o músculo inteiro.
· Do epimísio partem finos septos de tecido conjuntivo que se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes. Esses septos constituem o PERIMÍSIO. Assim, o perimísio envolve os feixes de fibras. 
· Entre as fibras musculares há uma delicada camada de tecido conjuntivo, denominada ENDOMÍSIO, formada por fibras reticulares e células do tecido conjuntivo. O endomísio contém uma extensa rede de capilares sanguíneos.
· Cada célula muscular esquelética é envolvida por uma lâmina basal. O tecido conjuntivo do músculo contém ainda vasos linfáticos e nervos.
· Os vasos sanguíneos penetram o músculo através dos septos de tecido conjuntivo do perimísio e formam uma extensa rede de capilares sanguíneos situados no endomísio, entre as fibras musculares
· Alguns músculos se afilam nas extremidades, observando-se uma transição gradual de músculo para tendão. Nessa região de transição, as fibras de colágeno do tendão inserem-se em dobras complexas do sarcolema.
RESUMINDO: o Endomísio recobre cada célula do tecido muscular; o Perimísio recobre um conjunto (fascículas) de células do tecido muscular; e o Epimísio que recobre o músculo inteiro.
ESTRUTURA DAS FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS
· Quando observadas ao microscópio óptico, as fibras musculares esqueléticas mostram estriações transversais caracterizadas pela alternância de faixas claras e escuras.
· A clara é chamada de banda A, enquanto a faixa clara, ou banda I, se apresenta isotrópica (escura).
· No centro de cada banda I nota-se uma linha transversal escura, a linha Z, melhor chamada de disco Z . A banda A tem uma zona mais clara no seu centro, a banda H, observável ao microscópio óptico após colorações especiais.
· Como resultado dessa organização, a banda I é formada somente por filamentos finos. Os filamentos grossos ocupam a banda A na região central do sarcômero. Na porção externa de cada banda A, existem filamentos finos intercalados com filamentos grossos. Esses segmentos de superposição se estendem até as bordas da banda H, que, situada na porção mais central de cada sarcômero, contém somente filamentos grossos.
PORQUE SÃO ESTRIADOS?
· Cada fibra muscular contém milhares de filamentos cilíndricos chamados miofibrilas, que medem 1 a 2 μm de diâmetro e são paralelas ao eixo maior da fibra muscular, isto é, percorrem a fibra em sua extensão.
· Cada miofibrila é formada pela sequência repetitiva de unidades denominadas sarcômeros, que medem cerca de 2,5 μm de comprimento e são formados pela região da miofibrila situada entre dois discos Z sucessivos. Cada sarcômero contém uma banda A ladeada por duas semibandas I.
· Esses filamentos, chamados miofilamentos, são de dois tipos: finos e grossos. As miofibrilas e seus filamentos e discos Z são constituídos de centenas de diferentes tipos de moléculas proteicas. Nos filamentos finos predominam moléculas de actina, e nos filamentos grossos predominam moléculas de miosina II.
· As miofibrilas apresentam 4 proteínas principais: a actina, miosina, troponina e tropomiosina.
· Os filamentos grossos são formados de miosina II, e as outras três proteínas são encontradas nos filamentos finos. A miosina e a actina, juntas, representam 55% do total das proteínas do músculo estriado.
· A actina apresenta-se sob a forma de polímeros longos chamados de actina F, formados por duas cadeias de monômeros globulares (actina G) torcidas uma sobre a outra, em hélice dupla. Cada monômero de actina G tem 5,6 nm de diâmetro. As moléculas de actina G são assimétricas (uma extremidade é diferente da outra). Quando esses monômeros se polimerizam para formar a actina F, a frente de um monômero liga-se à região terminal do outro, produzindo um filamento que também é polarizado. Cada monômero globular de actina G tem um sítio que interage com a miosina. Os filamentos de actina ancorados perpendicularmente em cada lado do disco Z exibem polaridades opostas, em cada lado dessa linha.
· A tropomiosina é uma molécula longa e fina, com cerca de 40 nm de comprimento, constituída por duas cadeias polipeptídicas enroladas entre si. As moléculas de tropomiosina unem-se pelas extremidades para formar filamentos, colocados ao longo do sulco existente entre os dois filamentos de actina F.
· A troponina é um complexo de três subunidades: TnT, que se liga fortemente à tropomiosina, TnC, que tem grande afinidade por íons cálcio (Ca2+), e TnI, que cobre o sítio ativo da actina, no qual ocorre a interação da actina com a miosina. Cada molécula de tropomiosina tem um local específico em que se prende um complexo (três subunidades) de troponina.
tipos de fibras musculares esqueléticas
· Fibras vermelhas, lentas ou oxidativas: são fibras pequenas e finas, apresenta grande número de mitocôndrias, alta capacidade aeróbica com alta resistência à fadiga. Notamos grande concentração de mioglobina e grande capilarização, daí a célula muscular ser vermelha;
· Fibras brancas, rápidas ou glicolíticas: são fibras volumosas, apresentam poucas mitocôndrias, sua capacidade aeróbica é limitada, com menos resistência à fadiga. São ricas em glicogênio e enzimas glicolíticas, mantendo alta capacidade anaeróbica, com contração rápida, desenvolvendo dessa forma mais força. Embora se contraiam rapidamente, fatigam-se com mais facilidade;
· Fibras intermediárias: possuem propriedades intermediarias entre os dois outros tipos.
crescimento do músculo esquelético· Após o nascimento não se formam mais fibras musculares estriadas esqueléticas. A matriz extracelular, formada por glicoproteínas, colágeno tipo III e proteoglicanos (decorin), pode inibir o crescimento celular, orientando a fibrilogênese e modulando a função celular. Dependendo do estímulo (hormonal ou mecânico), a célula pode aumentar de tamanho. Este aumento é devido ao aumento do número de núcleos e de miofibrilas. Entre a membrana celular e a lâmina basal existem células denominadas de células satélites (mioblastos). Estas células podem entrar em mitose e fundir-se com a célula muscular já existente, ou seja, aumentar o número de núcleos. Além disso, ocorre aumento do tamanho das miofibrilas já existentes e, a seguir, uma clivagem longitudinal destas.
 
túbulos t
· As fibras musculares estriadas (esqueléticas e cardíacas) têm estruturas especializadas em conduzir a despolarização da membrana rapidamente e de maneira eficiente para o interior da célula. Por meio dessas estruturas, as miofibrilas da fibra podem ser ativadas a se contraírem de maneira sincrônica.
· A estrutura consiste no sistema de túbulos transversais ou sistema T, constituído por uma rede de milhares de invaginações tubulares da membrana plasmática da fibra muscular chamadas túbulos T (túbulos transversais). Estes se dirigem para o interior da célula, atravessam o interior do citosol e circundam as miofibrilas nas regiões dos limites entre as bandas A e I de cada sarcômero. Dessa maneira, a despolarização da membrana da superfície celular é transmitida para o interior da célula ao longo das membranas dos túbulos T.
Externamente às miofibrilas, em torno de cada túbulo T, há uma expansão ou cisterna terminal do retículo sarcoplasmático. Esse complexo, formado por um túbulo T e duas expansões do retículo sarcoplasmático, é conhecido como tríade. Nas tríades, a despolarização da membrana plasmática que chega pelos túbulos T provoca a saída de íons Ca2+ armazenados nas cisternas do retículo sarcoplasmático para o citosol que envolve as miofibrilas. Esse transporte ocorre por canais de cálcio. O aumento da concentração desses íons no citosol é o fator desencadeador da contração muscular. Quando a onda de despolarização termina, íons Ca2+ são transportados de volta para as cisternas do retículo sarcoplasmático por transporte ativo, e a fibra muscular relaxa.
contração muscular
Conforme já descrito, o sarcômero em repouso consiste em filamentos finos e grossos que se sobrepõem parcialmente. A contração resulta do deslizamento dos filamentos finos em relação aos espessos. Durante a contração, os filamentos interagem, e, devido à atividade da miosina, que se comporta como proteína motora, as cabeças das moléculas de miosina tracionam os filamentos de actina para o centro do sarcômero. Estes penetram mais profundamente nos sarcômeros, arrastando consigo os discos Z, nos quais estão ancorados – é o chamado modelo de filamentos deslizantes. Durante o ciclo de contração, os dois tipos de filamento conservam seus comprimentos originais; no entanto, trechos cada vez maiores se sobrepõem, diminuindo, em consequência, o tamanho dos sarcômeros das miofibrilas de cada célula.
· A contração muscular inicia-se com o Cálcio se ligando a TROPONINA; a troponina irá ativar um local na actina para o ligamento com a miosina.
· Em seguida, a cabeça da miosina liga-se a actina e o ATP é convertido em ADP e energia.
· Quando se tem esse processo, ocorre então, o deslizamento do filamento fino sobre o filamento grosso.
 
músculo estriado cardíaco
· 
· O músculo cardíaco é constituído por células cilíndricas alongadas e às vezes ramificadas.
· São, portanto, curtas, em comparação com as fibras musculares esqueléticas. Apesar de essas células apresentarem estriações transversais semelhantes às do músculo esquelético, suas fibras contêm apenas um ou dois núcleos elípticos, os quais se localizam no centro da fibra, e não na periferia celular, como nas fibras dos músculos esqueléticos.
· As fibras cardíacas são circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo equivalente ao endomísio do músculo esquelético, que contém abundante rede de capilares sanguíneos. Elas se prendem entre si por meio de junções intercelulares complexas, que são uma característica exclusiva das fibras musculares cardíacas. Essas junções podem ser vistas ao microscópio óptico como traços transversais que aparecem em intervalos irregulares ao longo da célula, chamados discos intercalares.
· DISCOS INTERCALARES: processos de junções celulares (COMPLEXOS JUNCIONAIS) que impedem a separação das células com o batimento cardíaco, é um tipo de junção que irá permitir a passagem de íons (AJUDA NA PROPAGAÇÃO DE DESPOLARIZAÇÃO). Os discos intercalares só existem no músculo cardíaco.
· Quase metade do volume celular é ocupado por mitocôndrias.
· Glicogênio e gotículas lipídicas formam o suprimento energético. Como o consumo de oxigênio é alto, há uma abundante quantidade de MIOGLOBINA.
· Difere dos tecidos musculares esquelético e liso por possuir um RITMO PRÓPRIO, assim como a habilidade de se contrair espontaneamente.
Corte longitudinal de fibras musculares cardíacas. Observe a estriação transversal das fibras e seus núcleos centrais, às vezes com um halo claro ao seu redor. No detalhe, estão ressaltados discos intercalares (setas).
sitema gerador de impulsos
· No coração, existe uma rede de células musculares cardíacas modificadas e acopladas às outras células musculares do órgão. Elas têm papel importante na produção e na condução do estímulo cardíaco, de tal modo que as contrações dos átrios e ventrículos ocorrem em determinada sequência, tornando possível que o coração exerça com eficiência sua função de bombeamento do sangue.
músculo liso
· Não apresenta estriações transversais, portanto não possuem miofibrilas.
· Não possui o sistema de Túbulos T.
· Não possuem discos intercalares.
· Apresentam fibras curtas.
· É formado pela associação de células longas e fusiformes, mais espessas no centro e afiladas nas extremidades, com núcleo único elíptico e central.
· As fibras musculares lisas organizam-se em feixes (p. ex., nos músculos eretores dos pelos) ou, mais comumente, em camadas situadas nas paredes de órgãos ocos.
· O músculo liso é encontrado em vísceras ocas, paredes de vasos sanguíneos,...
Corte longitudinal de fibras musculares lisas. Há grande número de fibras dispostas paralelamente, constituindo um feixe. Seu citoplasma não apresenta estriações, e seu núcleo elíptico, em forma de charuto, ocupa o centro da célula. 
Corte de parede da aorta, em que se observam núcleos de células musculares lisas. Estes frequentemente se apresentam em forma helicoidal ou de saca-rolhas, indicando células que estão contraídas (setas).
inervação do tecido muscular liso
· O músculo liso recebe fibras do sistema nervoso simpático e do parassimpático; porém, não exibe as junções neuromusculares elaboradas (placas motoras), que existem apenas no músculo esquelético.
· Calcula-se que um axônio que inerva fibras musculares lisas possa apresentar de 10.000 a 20.000 dilatações em sua extremidade. Algumas dessas dilatações axonais estão muito próximas da célula muscular (cerca de 50 nm); entretanto, há outras localizadas a distâncias de cerca de 500 nm. Dessa maneira, os neurotransmissores são liberados no espaço extracelular do músculo liso e se difundem, alcançando receptores da superfície das fibras musculares. 
regeneração do tecido muscular
· A regeneração muscular ocorre quando há um reparo em alguma parte do tecido que foi lesionado.
· Único que tecido muscular que mantém a sua capacidade mitótica para formar células é o MÚSCULO LISO. Ex: útero durante a gravidez.
· O Músculo esquelético e o Cardíaco tem um processo de regeneração diferenciado:
· ESQUELÉTICO: não se dividem, porém apresentam as células satélites que ajudam no processo de lesões e até mesmo de hipertrofia = ajuda na formação de novas fibras musculares. As células esqueléticas nãose dividem de pois de adultas.
· CARDÍACO: não são capazes de se regenerar nem muito menos de se proliferar. Ex: infarto.
· Os locais lesionados serão preenchidos por tecido conjuntivo denso não-modelado. (PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO).

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