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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS - 1 - ATIVIDADE REMOTA ACADÊMICA - Prof. Dr. Thiago Dias ( ATIVIDADE REMOTA ACADÊMICA 5 : PARTE 4 – FLEXÃO PURA 4 .1. Introdução 4.2. Deformações em uma barra de seção simétrica em flexão pura 4.3 . Tensões e deformações no regime elástico Principais referências: Resistência dos Materiais, Ferdinand Beer, 5 o Edição. Resistência dos Materiais, R. C. Hibbeler, 7 o Edição. ) 4.1. Introdução O estudo de flexão pura tem um papel importante na análise de vigas, elementos estruturais submetidos a carregamentos transversais ao eixo longitudinal. Uma viga está em flexão pura quando está sob a ação de dois momentos (conjugados) M e M’ de mesma intensidade que atuam no mesmo plano, porém em sentidos contrários. ( F R ) Convenção de sinais: · Momento fletor positivo: quando a superfície inferior da viga é tracionada. Consequentemente, a superfície superior é comprimida e a concavidade fica voltada para cima. · Momento fletor negativo: quando a superfície inferior é comprimida. Consequentemente, a superfície superior é tracionada e a concavidade fica voltada para baixo. Exemplos: Eixo de uma carreta (carretinha). Levantamento de peso. 4.2. Deformações em uma barra em flexão pura Inicialmente, é importante definir as orientações dos eixos cartesianos. Para isso, as figuras a seguir, mostram a seção transversal com os eixos y e z e uma viga mostrando o eixo longitudinal (x). Considerando a figura a abaixo, bem como as orientações dos eixos cartesianos mostradas acima, podemos destacar que: · A viga possui um plano de simetria e está sob a ação dos momentos fletores M e M’ de mesma intensidade e opostos atuando no plano de simetria. · A ação no plano de simetria pode ficar mais clara analisando a figura ao lado. · A simetria da seção da viga em flexão é mantida ao longo da viga. · A linha AB, que originalmente era uma linha reta, passa a ser um arco de circunferência. Seu comprimento será menor que o original quando M > 0 e a linha A’B’ (superfície inferior) terá seu comprimento aumentado. Da figura abaixo, podemos destacar os seguintes aspectos: Obs: 1) Linha neutra está localizada sobre o centroide. 2) o eixo x aponta para fora da folha. · A superfície que se estende ao longo do arco DE e que passa pelo centroide é chamada de superfície neutra. Nessa superfície, paralela às faces superior e inferior da viga, a deformação específica εx e a tensão normal (σx) são iguais a zero. · Na seção transversal, a superfície neutra forma uma linha reta chamada de linha neutra. Acima de LN: compressão, abaixo de LN: tração (-neste caso-). · O comprimento do arco de circunferência DE é o mesmo comprimento L do elemento não deformado. Logo, onde r é o raio da circunferência. · A partir da diferença entre o comprimento de DE e uma linha como a JK, pode ser definida a deformação específica εx dada por Portanto a deformação específica εx varia linearmente com a distância y a partir da linha neutra! · O valor máximo de εx é obtido quando y = c que é a maior distância entre a linha neutra e uma superfície (superior ou inferior) da barra. Logo, Substituindo r na definição de εx temos que, 4.3. Tensões e deformações no regime elástico Considerando que as tensões normais na viga permanecem abaixo do ponto de escoamento do material (σE), não haverá deformação permanente. Neste caso vale a lei de Hooke para a tensão normal (σx) (Lei de Hooke) onde E é o módulo de elasticidade e é a deformação específica. Usando a definição de εx, Esse resultado mostra que no regime elástico a tensão normal varia linearmente com a distância a partir da superfície neutra e para y = c, a tensão normal é a tensão máxima. c: “cesinho” é a maior distância y (máximo y) dentro da seção transversal. A tensão normal máxima σm pode ser dada por onde M é o momento fletor e I o momento de inércia. Substituindo essa equação na última definição de σx, temos que Essa expressão fornece a tensão normal para qualquer distância y a partir da linha neutra. Obs: Note a relação entre TENSÃO e MOMENTO DE INÉRCIA. Quanto maior I menor a tensão normal (σx) Se y > 0 e o momento fletor M >0: Tensão normal de compressão (σx < 0). Se y < 0 e o momento fletor M >0: Tensão normal de tração (σx > 0). No caso de aço estrutural, vigas de padrão americano (viga I) e vigas de abas largas (viga W) são preferidas devido a grande parte da seção ficar longe da linha neutra (região de tensão igual a zero), proporcionando valores elevados de I. EXERCÍCIOS 1- Determine as tensões nas superfícies superior e inferior da viga apresentada. Solução: yss: y da superfície superior yss = + 75 mm ysi: y da superfície inferior ysi = - 75 mm Na superfície superior: y = +75 mm Na superfície inferior: y = -75 mm 2- Um tubo retangular em balanço é feito de alumínio com σE = 150 MPa e σrup = 300 MPa. Determine o momento fletor M para o qual o fator de segurança é 3,0. Solução: · Pode ser considerada uma situação de flexão pura. I = Iext - Iint = I = 5,52 x 10-6 m4 3- Uma barra de aço tem seção retangular de 20 mm x 60 mm e fica submetida a ação de momentos conjugados que agem no plano vertical de simetria. Determinar o valor do momento máximo tal que a tensão admissível seja σadm = 210 MPa. Solução: c = 60/2 = 30 mm 4- Determine as tensões nos pontos A e B da seção transversal mostrada a abaixo para M = 15 kN.m. Solução: 6
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