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Av2 empresarial Reverton

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Docente: Samira Daud 
Discente: Reverton Costa Brito 
Matrícula: 201907327274 
Turma: 1001 
Disciplina: Direito Empresarial Aplicado I 
 
Prova AV2 
1. A sociedade em conta de participação talvez seja o mais subestimado dos tipos 
societários, no que pese a sua versatilidade, seja para tentar evitar a vigilância estrita da 
CVM no âmbito do mercado de capitais, seja para pagar sócios não advogados de uma 
sociedade de advogados usando dividendos e não um salário. Os contratos sociais das 
sociedades em conta de participação precisam ser levados a termo para provar a 
existência da referida sociedade? Caso negativo, qual é a norma de regência para fins da 
eventual liquidação de uma sociedade em conta de participação? 
 
R: 1. Não, devido o contrato social ocorrer somente entre os sócios, pode ser provada por todos 
os meios de direito, independente de qualquer formalidade. 
 
R: 2. A norma de regência para liquidação de uma sociedade em conta de participação está 
relacionada a prestação de contas, na forma da lei processual. 
 
 
2. Amado Baptista, conhecido cantor e compositor brasileiro, decide viver uma vida mais 
tranquila e sossegada após uma carreira de sucesso. Inicia, assim, uma pequena horta na 
aprazível cidade de Bom Jesus de Itabapoana onde planta alfaces hidropônicas com o 
auxílio de seus fiéis empregados, vendendo-as para pequenos restaurantes daquela região. 
Considerando a atividade de Amado Batista, diga, como ele pode se tornar um empresário 
rural. Fundamente. 
 
R: Para Amado Batista se tornar um empresário rural é obrigatória a inscrição dele no Registro 
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Logo existe 
a possibilidade de o produtor rural tornar-se empresário conforme o artigo 971 do Código Civil 
que expressa “O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, 
observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no 
Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, 
ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro”. 
 
 
 
3. (OAB CESPE 2006/02). Redija um texto que responda, da forma mais justificada 
possível, ao seguinte questionamento: em um contrato de trespasse do estabelecimento 
empresarial, pode o alienante, entre os bens que integram a universalidade, transferir o 
seu nome empresarial? 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art968
R: O nome empresarial não pode ser objeto de alienação isoladamente (Art. 1.164, CC), mas o 
adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome 
do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor (Art. 1.164, parágrafo 
único, CC). 
 
 
4. (OAB BA 2005/01 - adaptada) João e Paulo adquiriram o Estabelecimento Empresarial 
da XXX Panificadora Ltda. Sem que houvesse decorrido um ano, a XXX Panificadora 
Ltda, alienante do Estabelecimento, se restabelece com uma nova sede a uma quadra de 
distância da antiga padaria. Levando-se em consideração que nada ficou pactuado no 
contrato a respeito de tal condição (possibilidade de restabelecimento), o restabelecimento 
da XXX Panificadora Ltda na mesma atividade e concorrendo com o Adquirente do 
estabelecimento vendido é lícito? Justifique. 
 
R: Se não foi pactuado nada em contrário, o alienante do estabelecimento não poderá concorrer 
com o adquirente pelo prazo de 05 anos subsequentes à alienação, de acordo com o Art. 1.147, 
CC que diz “Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer 
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência”. 
 
 
 
5. Um dos sócios de certa sociedade em comum ajuizou ação de execução contra 
Filarmônica Instrumentos Musicais Ltda., em razão do inadimplemento de várias 
obrigações. No curso do processo, o exequente constatou a confusão patrimonial entre os 
bens da pessoa jurídica devedora e de seus três sócios, razão pela qual pretende requerer 
ao juízo competente a desconsideração da personalidade jurídica de Filarmônica 
Instrumentos Musicais Ltda. Em decorrência deste fato hipotética, existe a razão 
apontada é suficiente para provocar a desconsideração da personalidade jurídica de 
Filarmônica Instrumentos Musicais Ltda.? 
 
R: O novo Código Civil em seu Art. 50 estabeleceu que a desconsideração da personalidade 
jurídica poderá ser provocada em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, mas é necessário demonstrar que de fato 
ocorreu a confusão patrimonial entre os bens da pessoa jurídica devedora e de seus três sócios, 
conforme o caso em questão. Portanto, diante da constatação da confusão patrimonial a razão 
para desconsideração da personalidade jurídica é suficiente, conforme estabelecido no Art. 50 
do novo Código Civil “Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio 
de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do 
Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos 
de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso” (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019). 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7

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