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Doenças na Cultura do Milho

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Doenças na Cultura do Milho
Alunos: Diego Silva, Gabriela vieira, Ikaro Henrique e Higor Barbosa
Professora: Eiko Mori Andrade
O milho pertence a família das Poáceas (antiga família das gramíneas). É uma espécie anual, cespitosa, ereta, com baixo afilhamento, monóico-monoclina, classificada no grupo das plantas C-4, com ampla adaptação a diferentes condições de ambiente.
Para expressão de seu máximo potencial produtivo, a cultura requer temperatura alta, ao redor de 24 e 30°C, radiação solar elevada e adequada disponibilidade hídrica do solo.
Características do Milho
As espiguetas masculinas são reunidas em espigas verticiladas terminais. 
O grão do milho é um fruto, denominado cariopse, em que o pericarpo está fundido com o tegumento da semente propriamente dito. 
As espiguetas femininas se soldam num eixo comum em que várias ráquis estão reunidas (sabugo) protegidas por brácteas (espiga de milho). 
A flor feminina apresenta um único estigma (barba-do-milho).
O grão de milho é utilizado principalmente para consumo humano e animal, sendo um alimento essencialmente energético, pois seu principal componente é o amido. 
O teor de proteína normalmente encontrado no grão está na faixa de 9 a 11%. Além de apresentar baixo teor, a qualidade da proteína é inferior a dos demais cereais.
Por suas características fisiológicas, a cultura do milho tem alto potencial produtivo, já tendo sido obtida no Brasil produtividade superior a 16 t/ha.
No entanto, o nível médio nacional de produtividade é muito baixo, cerca de 4.417 kg/ha na safra e 4.045 kg/ha na safrinha.
ÉPOCA DE SEMEADURA
 Safra “normal” ou de “verão”: outubro a dezembro; 
"Safrinha": 01 de fevereiro a 15 de março. 
Importância econômica
É caracterizada pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia.
Na realidade, o uso do milho em grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal, isto é, cerca de 70% no mundo. 
Nos Estados Unidos, cerca de 50% é destinado a esse fim, enquanto que no Brasil varia de 60% a 80%, dependendo da fonte da estimativa e de ano para ano.
Com uma área agrícola de 60 milhões de hectares, ocupando 7% do total de terras, estimado em 851 milhões de hectares, aproximadamente 5,5 milhões de imóveis rurais e uma produção ao redor de 190 milhões de toneladas, o Brasil é um país de grande importância dentro do cenário agrícola mundial.
Apesar de não ter uma participação muito grande no uso de milho em grão, a alimentação humana, com derivados de milho, constitui fator importante de uso desse cereal em regiões de baixa renda.
Em algumas situações, o milho constitui a ração diária de alimentação. Por exemplo, no Nordeste do Brasil, o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que vivem no Semi-Árido;
Dentro deste cenário, o Brasil, com uma área cultivada com milho de 15,12 milhões de hectares e produção de 82 milhões de toneladas, é hoje um país estratégico, pois, é o terceiro maior produtor e o segundo maior exportador mundial de milho.
A importância do milho não está apenas na produção de uma cultura anual, mas em todo o relacionamento que essa cultura tem na produção agropecuária brasileira, tanto no que diz respeito a fatores econômicos quanto a fatores sociais. 
Pela sua versatilidade de uso, pelos desdobramentos de produção animal e pelo aspecto social, o milho é um dos mais importantes produtos do setor agrícola no Brasil.
Regiões produtoras
A produção nacional de milho, em 2017/18, está distribuída nos estados de Mato Grosso, 29,9%, Paraná, 16,1%, Goiás, 10,2% Mato Grosso do Sul, 10,1%, Minas Gerais 8,2%. Estes estados têm produção estimada em 66,5 milhões de toneladas, devem contribuir com 74,6% da produção nacional esperada em 2017/18 que é de 89,2 milhões de toneladas.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2017), o milho obteve uma produção de 97,71 milhões de t, distribuídas entre primeira (30,46 milhões de t) e segunda safra (67,25 milhões de t). A safra 2016/17 de grãos em Goiás iniciou com bastante cautela devido à irregularidade de chuvas nas principais áreas de produção.
Produziu, na safra de 2016/2017, 5.822,8 mil t de milho, o que corresponde a 22,4% da produção da região Centro-Oeste e 10,7% da produção nacional, respectivamente. Ocupando a 3º posição na produção de milho (IMB, 2017).
Importância Econômica na Regiões do Goiás
Doenças causada por fungo
Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis) 
Sintomas
Os sintomas caracterizam-se por manchas de coloração cinza, predominantemente retangulares, com as lesões desenvolvendo-se paralelas às nervuras. Com o desenvolvimento dos sintomas da doença, pode ocorrer necrose de todo o tecido foliar.
Epidemiologia:
A disseminação ocorre através de esporos e restos de cultura levados pelo vento e por respingos de chuva. 
Os restos de cultura são, portanto, fonte local e fonte para outras áreas.
A ocorrência de temperaturas entre 25 e 30oC e de umidade relativa do ar superior a 90% são consideradas condições ótimas para o desenvolvimento da doença.
Manejo da Doença: 
Plantio de cultivares resistentes. Evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu com alta severidade para reduzir o potencial de inóculo.
Realizar rotação com culturas como soja, sorgo, girassol, algodão e outras, uma vez que o milho é o único hospedeiro da Cercospora zeae-maydis.
Para evitar o aumento do potencial de inóculo da Cercospora zeae-maydis deve - se evitar o plantio de milho após milho. Plantar cultivares diferentes em uma mesma área e em cada época de plantio. 
PODRIDÃO DO CARTUCHO
Doenças causada por Bactéria 
Etiologia:
Essa doença é causada pela bactéria Erwinia chrysantemi, e pode ocorrer em algumas plantas em lavouras de milho, quando há excesso de água em sistemas irrigados, ou proporcionado por chuvas. 
A água acumula-se no cartucho da planta e favorece o seu apodrecimento pela bactéria. 
Essa podridão do cartucho é favorecida por temperaturas entre 30 e 35°C. 
A bactéria sobrevive no solo, sendo disseminada, essencialmente, pela ação da água.
Sintomas:
O cartucho apodrece, desprende-se facilmente da planta, e exala um odor desagradável e característico. As folhas desse cartucho secam.
Controle: 
Recomenda-se controlar a irrigação, para evitar excesso de água, e usar cultivares de milho com resistência genética, se disponíveis. 
Enfezamento da cultura de milho
Doença causada por vírus 
Etiologia
Os enfezamentos são causados por patógenos pertencentes à classe dos Mollicutes, cuja transmissão é realizada de forma persistente e propagativa pela cigarrinha Dalbulus maidis. 
O enfezamento pálido é causado por um procarionte pertencente à espécie Spiroplasma kunkelli. 
O enfezamento vermelho é causado por procarionte pertencente ao gênero Phytoplasma, denominado pelo nome comum fitoplasma.
Sintomatologia:
Enfezamento vermelho: Os sintomas típicos dessa doença são; 
avermelhamento das folhas 
a proliferação de espigas 
produção de espigas pequenas
perfilhamento na base da planta e nas axilas foliares
encurtamento dos entrenós 
incompleto enchimento de grãos
seca precoce das plantas
Enfezamento pálido: Os sintomas característicos são; 
Seca das folhas; 
Amarelamento das folhas com fortes sintomas na base foliar; 
Redução de internódio e amarelecimento foliar; 
Listras cloróticas paralelas as nervuras; 
Redução de porte e redução de internódios; 
Formação de várias espigas multiespigamento; 
Espigas deformadas;
Controle 
O controle dessas doenças mais eficiente é a utilização de cultivares resistentes.
Outras práticas recomendadas para o manejo dessas doenças são: 
evitar semeaduras sucessivas de milho
fazer o pousio por período de dois a três meses sem a presença de plantas de milho
alterar a época de semeadura, evitando-se a semeadura tardia do milho.
DoençasCausadas por Nematóides
A ocorrência de nematóides do gênero Meloidogyne parasitando o milho e causando prejuízos significativos em condições naturais foi relatada no Brasil em 1986, tendo sido identificado como Meloidogyne incognita raça 3 em raízes de plantas de milho que não se desenvolveram. 
Contudo, o milho está entre as culturas mais recomendadas para a rotação em áreas infestadas por Meloidogyne spp. Atualmente, devido à necessidade de se controlar o nematóide do cisto (Heterodera glycines) na cultura da soja, o milho tem sido uma alternativa para a rotação de cultura, pois não é parasitado por esse nematóide.
Sintomas: 
As injúrias causadas por nematóides variam com o gênero e a população do nematóide envolvido, com as condições do solo e a idade da planta de milho. 
Os sistemas radiculares parasitados por nematóides são menos eficientes na absorção de água e nutrientes do solo. 
Uma planta parasitada tem seu crescimento reduzido, apresenta sintomas de deficiências minerais e a produção é reduzida. 
Uma cultura de milho atacada por nematóides apresenta, em sua parte aérea, os seguintes sintomas: 
plantas enfezadas e cloróticas 
sintomas de murcha durante os dias quentes, com recuperação à noite 
espigas pequenas e mal granadas.
Quando esses sintomas, observados na parte aérea, são causados por nematóides, as raízes apresentam os seguintes sintomas:
Encurtamento e engrossamento das raízes: Trichodorus spp., Longidorus spp. e Belonolaimus spp. 
Sistema radicular praticamente destituído de radicelas e com lesões radiculares e raízes apodrecidas: Pratylenchus spp., Xiphinema spp., Hoplolaimus spp. e Helicotylenchus spp.
 Sistema radicular com pequenas galhas: Meloidogyne spp
https://www.agrolink.com.br/culturas/milho/informacoes/caracteristicas_361401.html
https://www.spo.cnptia.embrapa.br/conteudo?p_p_id=conteudoportlet_WAR_sistemasdeproducaolf6_1ga1ceportlet&p_p_lifecycle=0&p_p_state=normal&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&p_r_p_-76293187_sistemaProducaoId=3821&p_r_p_-996514994_topicoId=3723
https://core.ac.uk/download/pdf/15429277.pdf
https://www.ufrgs.br/cienagro/wp-content/uploads/2018/10/Mapeamento-da-produ%C3%A7%C3%A3o-de-milho-no-Estado-de-Goi%C3%A1s-safra-20162017.pdf
http://www.sieg.go.gov.br/bdegeo/
https://confrariadoagronegocio.com.br/wp-content/uploads/2017/12/Complexo-de-enfezamento-na-cultura-do-milho.pdf
Perguntas:
1) São doenças principais do milho
a) Cercosporiose ( cercospora zea-maydis ) e Ferrugem Polissora ( Puccinia polysora ).
b) Cercosporiose (cercospora zea-maydis ) e Mancha Angular ( Phaeoisariopsis griseola).
c) Mancha de Phaeosphaeria e Murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum ).
d) Ferrugem Polissora ( Puccinia polysora ) e Oídio ( Erysiphe polygoni).
e) Ferrugem Tropical (Physopella zeae ) e Podridão Radicular seca ( Fusarium solani).
R: A
2)

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