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10 
 
 
 
 
 
FORMAÇÃO DE 
BRIGADA DE 
INCÊNDIO E 
EMERGÊNCIA 
 
NÍVEL BÁSICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Prevenção de Incêndios 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você conhece os instrumentos legais e normativos que envolve as 
atividades de risco? Quais são os comportamentos e habilidades que 
um brigadista deve ter? 
Nesta unidade estudaremos sobre os instrumentos legais e 
normativos referentes ao treinamento de pessoal envolvido 
nas atividades de risco. Veremos também sobre os 
comportamentos e habilidades corretivas e preventivas para 
a preservação da vida em situações de risco. 
 
12 
LEGISLAÇÃO 
 
Considerando que as atividades realizadas nas empresas oferecem risco e dano à vida, ao patrimônio e ao 
meio ambiente. Conscientes da necessidade de aprimoramento e capacitação da mão-de-obra, visando ainda 
a interação com os instrumentos legais e normativos referentes ao treinamento de pessoal envolvido nas 
atividades de risco – Portaria 3214/78 do MTB, NR 23- item 23.8 e NBR 14.276/99 da ABNT. Objetivando a 
capacitação dos funcionários das empresas, de forma que estes possam adotar comportamentos e habilidades 
corretivas e preventivas, para a preservação da vida, do patrimônio e do Meio Ambiente. 
13 
 
1.1 Introdução 
 
O brigadista antes de mais nada, precisa ter a mentalidade, o espírito de prevenir, 
colaborar com a sua própria segurança, com a dos colegas de trabalho, com as 
instalações onde trabalha e com a sua própria família. 
A solidariedade e o espírito de contribuir são fundamentais. Mas, para combater o 
fogo é necessário que a empresa tenha disponível bons equipamentos e pessoal 
treinado. 
 
Os participantes receberão orientações sobre: 
 Mobilização dos brigadistas;
 Combate a incêndio;
 Técnicas de abandono e isolamento de áreas sinistradas;
 Aplicação de primeiros socorros.
 
Conhecimentos Gerais do Brigadista: 
 Conhecer os riscos de incêndio do prédio e instalações da empresa;
 Verificar as condições de operacionalidade dos equipamentos de combate 
a incêndio e de proteção individual;
 Conhecer o princípio de funcionamento de todos os sistemas de proteção 
contra incêndios;
 Agir de maneira rápida, enérgica e conveniente em situações de 
emergência.
 
Compete ao Líder da Brigada: 
 Normalizar as atividades da brigada;
 Planejar e coordenar programas, atividades, treinamentos e exercícios de 
avaliação do preparo e da eficiência da brigada;
 Autorizar o desligamento da chave geral da eletricidade;
 Designar os chefes de equipes;
 Inspecionar ou designar alguém para inspecionar periodicamente os equipamentos de 
combate a incêndios; 
 Coordenar os atendimentos de primeiros socorros.
14 

 
1.2 Legislação Estadual e Municipal 
 
A norma regulamentadora NR 23, da portaria 3.214 MTE, apresenta os requisitos 
exigidos em relação à proteção contra incêndio. 
Devemos conhecer a legislação Estadual, Municipal e as normas do IRB (Instituto 
de Resseguros do Brasil), do Corpo de Bombeiros e da ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas). 
Dentre outras, a NR 23 aborda os seguintes aspectos: saída, portas, porta corta 
fogo, escadas, combate ao fogo, classes de fogo, extintores, inspeções. Tipos, 
quantidades, localização, sistemas de alarme e exercícios de alerta. 
 
 Vide anexo NPT 17 do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná que 
aplica-se a todas as edificações ou áreas de risco, conforme o Código de 
Segurança Contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia 
Militar do Estado do Paraná cujo principal objetivo é estabelecer as 
condições mínimas para a composição, formação, implantação, 
treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para atuação em 
edificações e áreas de risco no Estado do Paraná, na prevenção e no combate 
ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, visando, 
em caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio, reduzir os danos ao 
meio ambiente, até a chegada do socorro especializado, momento em que 
poderá atuar no apoio.
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1.3 Programa De Brigada de Incêndio 
 
De acordo com a norma regulamentadora do Ministério do Trabalho, a NR 23, as 
organizações devem possuir em seus quadros pessoas capacitadas para utilizar seus 
equipamentos de proteção contra incêndio. Essas pessoas têm papel fundamental, 
pois através de suas atuações teremos ações rápidas de combate ao princípio de 
incêndio e a salvaguarda das pessoas e equipamentos. 
Quando esse grupo de pessoas capacitadas é organizado com funções pré- 
determinadas, tem-se uma brigada de incêndio. Quanto mais eficiente se tornar 
a prevenção, menores serão as probabilidades da ocorrência de incêndio e, 
consequentemente, menores serão as oportunidades de o fogo causar danos às 
pessoas e ao patrimônio. 
 
 
16 
 
Brigada de Incêndio 
 
Grupo organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para 
atuar na prevenção, abandono e combate a um Princípio de Incêndio e prestar os 
primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida. A Norma 
Regulamentadora nº 23 (NR 23), da Portaria 3.214, apresenta os requisitos 
exigidos em relação a proteção contra incêndio. 
Devemos conhecer a legislação Estadual, Municipal e as normas do IRB (Instituto 
de Resseguros do Brasil), do Corpo de Bombeiros, sua localização e da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
 
Dentre outros, a NR 23 aborda os seguintes aspectos: saída, portas contrafogo, 
escadas, combate ao fogo, classes de fogo, extintores, inspeções, tipos, quantidades, 
localização, sistema de alarme e exercícios de alerta. 
 
Após a capacitação dos funcionários, cabe ao profissional da área de segurança do 
trabalho ou da CIPA (Comissão interna de Prevenção de Acidentes) a organização 
e estruturação da brigada de incêndio. 
 
Apenas possuir brigadistas em seu quadro de funcionários, não caracteriza que a 
organização ou edificação possui brigada de incêndio. Para se considerar uma 
brigada, os brigadistas deverão pertencer a um grupo ORGANIZADO, com 
funções e ações pré-estabelecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
Composição, atribuição e forma de atuação 
 
Todos os estabelecimentos ficam obrigados a constituir brigada de incêndio em 
atendimento ao previsto na NBR 14276 da ABNT. Esta deverá estar presente em 
todos os turnos de trabalho e possuir em seu quadro, representantes de todos os 
setores. O dimensionamento da brigada obedecerá aos critérios definidos na NBR 
14276; 
A estrutura e definição das responsabilidades dos membros da brigada ficarão a 
critério do empreendedor, podendo ser adotadas recomendações da referida 
norma. 
 
O coordenador, chefe ou líder da brigada deverá ser autoridade máxima em caso 
de incêndio e portando, possuir cargo relevante no estabelecimento. 
 
A estrutura mínima da brigada será 03(três) integrantes, o que corresponde a um 
efetivo de até 06 (seis) funcionários no estabelecimento, terá a seguinte 
composição: 01(um) líder de brigada e 02 (dois) brigadistas. 
 
A seguir, o Organograma de uma Brigada de Incêndio, de acordo com a NBR 
14.276, exemplos de Organogramas de Brigadas de Incêndio: 
18 
Exemplo 1 - Planta com uma edificação, 1 pavimento e 4 brigadistas. 
 
 
 
 
 
 
 
CBMPR NPT17 Anexo F 
 
CBMPR NPT17 Anexo F 
 
Exemplo 2 - Planta com uma edificação, 3 pavimentos e 3 brigadistas por 
pavimento. 
 
 
CBMPR NPT17 Anexo F 
19 
 
Exemplo 3 - Planta com duas edificações, a primeira com 3 pavimentos e 2 
brigadistas por pavimento, e a segunda com um pavimento e 4 brigadistas por 
pavimento. 
 
 
 
CBMPR NPT17 Anexo F 
 
Exemplo 4 - Planta com duas edificações, com 3 turnos de trabalho e 3 brigadistas 
por edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
Nestes organogramastemos a estrutura hierárquica da brigada, 
consequentemente, o nível de responsabilidades e cadeia de comando do grupo. 
 
Esse organograma deve ficar em locais visíveis e com grande circulação de pessoas, 
com nome, foto, função na empresa dos brigadistas, telefone de contato, para 
facilitar o acionamento por qualquer funcionário da edificação, em caso de 
emergência. 
 
 
Você pode obter mais informações consultando a NBR 14276 – Programa de Brigada de Incêndio. Acessar o 
link: https://www.youtube.com/watch?v=eDgpwJf2Td A 
http://www.youtube.com/watch?v=eDgpwJf2Td
21 
 
1.4 Normas Regulamentadoras 
 
NBRs (Normas Brasileiras) 
 
Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o órgão 
responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao 
desenvolvimento tecnológico brasileiro. 
 
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional 
de Normalização – ÚNICO – através da Resolução n. º 07 do CONMETRO, de 
24.08.1992. 
 
Normalização é a atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou 
potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à 
obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. 
 
Na prática, a Normalização está presente na fabricação dos produtos, na 
transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida através de normas 
relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
NR 23 - Proteção Contra Incêndios 
 
Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em 
conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. 
 
O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: 
a) Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; 
b) Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança; 
c) Dispositivos de alarme existentes. 
 
NBR 9443 - Extintor de incêndio classe A – Ensaio de fogo em engradado de 
madeira. 
NBR 9444 - Extintor de incêndio classe B – Ensaio de fogo em líquido inflamável. 
NBR 13860 - Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio. 
NBR 14276 - Programa de brigada de incêndio. 
NBR 5419 - Sistema de proteção contra descargas atmosférica. NBR 9077 - Saída 
de emergência em edifícios. 
 
 
23 
2 INSTRUÇÃO TÉCNICA DO CORPO DE 
BOMBEIROS DO PARANÁ NTP 017 
 
A NPT017 do CBMPR de 12 de dezembro de 2017 traz instruções como, 
composição da brigada de incêndio, critérios básicos para seleção de candidatos a 
brigadista, organização da brigada, organograma da brigada de incêndio, 
atribuições da brigada de incêndio dentre outras. 
 
A brigada de incêndio deve ser composta pela população fixa e o percentual de 
cálculo do anexo A da NTP 017 do CBMPR, que é obtido levando-se em conta o 
grupo e a divisão de ocupação da planta, o grau de risco conforme condições 
descritas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Norma Técnica 017 CBMPR. Esta norma técnica 
estabelece as condições mínimas para a formação, 
treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para 
atuação em edificações e áreas de risco no estado do 
Paraná. 
24 
3 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS 
 
3.1 TEORIA DO FOGO 
 
Ter conhecimento sobre Prevenção e Combate a Incêndios pode ser uma questão 
de sobrevivência. Muitas vítimas de um incêndio poderiam se salvar se tivessem 
recebido alguma orientação. Saber a quem recorrer em caso de incêndio é de 
extrema importância: 
 
 Brigada de Incêndio: por lei, toda empresa precisa ter pessoas treinadas para 
atuar em situação de incêndio. O brigadista tem um conhecimento básico, 
mas saberá o que fazer para ajudar com mais eficiência em caso de um 
incêndio.
 
 Bombeiros Civis: são profissionais não-militares, que fizeram curso de 
formação de Bombeiro Civil. Trabalham contratados dentro de uma 
empresa e são muito mais preparados que os brigadistas, atuando não só na 
prevenção, mas também nos primeiros socorros.
25 
 
 Bombeiro Militar: é um policial militar a serviço do Estado, locado como 
Bombeiro. Presta socorro não só em casos de incêndio, mas também 
atendimento de rua em todo tipo de ocorrência. Muito bem preparado, 
atende pelo telefone de número 193.
 
 
 
Sabemos que todo incêndio está relacionado com fogo, mas para sabermos 
reconhecer quando estamos diante de uma situação de emergência, devemos 
aprender a diferenciar fogo e incêndio e entender o que de fato é o incêndio. 
 
 Fogo: é uma forma de combustão, de queima, caracterizada por uma 
reação química que combina calor com materiais e com o oxigênio do ar. 
Essa reação libera energia luminosa e calor. 
 
Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química das mais 
simples e, para que ela se efetive, é necessária a presença de quatro 
elementos: combustível, comburente, ignição e reação em cadeia. 
26 
 Incêndio: é um acidente provocado pelo fogo fora de controle. Como já 
dissemos o fogo sob controle não apresenta qualquer risco. Somente quando 
não conseguimos mais controlar a extensão e a velocidade de propagação do 
fogo é que se tem um incêndio. 
 
Nessa situação se faz necessária a utilização de meios específicos para realizar a 
sua extinção. 
 
Pela quantidade de combustível presente em veículos, em 
caso de um incêndio, há uma grande possibilidade de 
ocorrência de uma explosão. Lembre-se sempre de 
comunicar este fato às autoridades! 
 
 
Geralmente, um composto orgânico, como o papel, a madeira, os plásticos, certos 
gases, gasolina e outros, junto com o próprio ar, ao atingirem temperatura elevada, 
produzem queima. Um desses elementos presentes já é suficiente para que haja um 
agente desencadeador da reação para iniciar a queima, o que normalmente ocorre 
por meio de uma centelha ou faísca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
Agentes desencadeadores do incêndio 
 
 Combustível: É o elemento que alimenta o fogo e que serve como campo 
para sua propagação. Podem ser sólidos, líquidos e gasosos. O combustível, 
para reagir como oxigênio, deve ser aquecido até o seu ponto de fulgor 
(temperatura mínima em que o material libera gases em quantidade 
suficiente para iniciar a combustão).
 
 Comburente: É o elemento ativador do fogo, ou seja, concebe vida as 
chamas. O comburente mais comum é o oxigênio, contido no ar 
atmosférico em uma porcentagem de 21%. Se essa porcentagem for 
próxima de 13% não haverá chama.
 
 Fonte de calor: É o agente que dá início ao processo de combustão, 
introduzindo na mistura combustível/comburente, a energia mínima 
inicial necessária.

 Reação em cadeia: É o processo de sustentabilidade da combustão, pela 
presença de radicais livres que são formados durante o processo de queima 
do combustível.
 
 
É preciso haver uma centelha ou faísca produzindo o calor 
necessário para iniciar a reação de combustão. 
28 
 
 
3.2 Propagação do Fogo 
 
 Propagação do fogo (calor): para que o fogo se espalhe, é preciso que o 
calor seja transferido de um local a outro, dando início à reação de queima, 
conforme já vimos. Vamos aprender agora, as formas de propagação do 
calor que podem gerar uma situação incontrolável, dando início a um 
incêndio.
O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: 
 
 Por condução;
 Convecção;
 Irradiação.
 
Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com 
temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais baixa. Assim, o “calor” 
do incêndio se propagará para todos os materiais próximos a ele, inclusive o 
próprio ar. 
Vamos agora entender as três principais formas de transferência de calor que 
acabamos de mencionar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 Condução: é a transferência de calor através de materiais sólidos, de 
molécula a molécula.Por exemplo: qualquer peça de um veículo pode 
conduzir calor.

 Convecção: nesse caso, a transferência de calor ocorre pelo movimento 
de massas de gases ou de líquidos.
 Irradiação: é a transmissão de calor por ondas de energia que se 
deslocam através do espaço. Um corpo mais aquecido emite ondas de 
energia térmica para um outro mais frio, sem que estejam em contato, 
até que ambos tenham a mesma temperatura.
30 
 
3.3 CLASSES DE INCÊNDIO 
 
Neste tópico, vamos aprender a classificar os tipos de incêndio de acordo com o 
material que provoca a queima de combustível. 
Essa classificação é de extrema importância, pois, para cada classe de incêndio, há 
um também um tipo de extintor específico. 
 
 
 
Como dissemos, essa divisão tem como função facilitar a aplicação e utilização 
correta do agente extintor para cada tipo de material combustível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Os incêndios podem pertencer a diferentes classes, a saber: 
 
 Classe A: os materiais queimam em superfície e em profundidade que 
deixam resíduos. O resfriamento é o melhor método de extinção. 
Exemplos: fogo em papel, madeira, tecidos;

 Classe B: fogo em líquidos inflamáveis. Os materiais queimam em 
superfície. Neste caso, o abafamento é o melhor método de extinção. O 
agente extintor ideal é o pó químico seco (PQS) e espuma mecânica 
(LGE). Exemplos: fogo em gasolina, óleo e querosene;
 
 Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados. O agente extintor 
ideal é o pó químico seco (PQS) e o gás carbônico (CO2). Exemplos: fogo 
em motores, transformadores, geradores e computadores;
32 
 
 Classe D: fogo em metais combustíveis. O agente extintor ideal é o pó 
químico especial. Esta classe requer agentes extintores específicos. 
Exemplos: fogo em zinco, alumínio, sódio, magnésio;
 
 Classe E: fogo em material radioativo. Esta classe requer isolamento 
imediato da área. Contate imediatamente o corpo de bombeiros (telefone 
193). Exemplo: fogo em produtos perigosos radioativos;
 
 Classe K: fogo em óleo e gorduras em cozinhas. O abafamento é o melhor 
método de extinção. Agente extintor ideal pó químico seco (PQSK).





























 
33 
Agora vamos conhecer os conceitos sobre pontos de fulgor, combustão e ignição. 
 
Ponto de fulgor: temperatura mínima necessária para que um combustível 
desprenda vapores ou gases inflamáveis, porém, não se mantém porque os gases 
produzidos ainda são insuficientes. 
 
Ponto de combustão: temperatura mínima necessária para que um combustível 
desprenda vapores ou gases inflamáveis que, mesmo que for retirada a fonte 
externa de calor, o fogo não se apaga, pois, esta temperatura faz gerar gases 
suficientes para manter o fogo ou a transformação em cadeia. 
 
Ponto de ignição: aquela em que os gases desprendidos dos combustíveis entram 
em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de 
qualquer fonte de calor. 
34 
Eis, a seguir, exemplos de pontos de fulgor e temperatura de ignição para 
algumas substâncias: 
 
 
Combustíveis Ponto de fulgor Temperatura de 
ignição 
Álcool etílico + 12,6 °C + 371,0 °C 
Gasolina - 42,0 °C + 257,0 °C 
Querosene + 38,0 °C + 254,0 °C 
Parafina + 199,0 °C + 245,0 °C 
Fonte: CETESB (2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
3.4 Métodos de Extinção 
 
Os métodos de extinção de incêndio visam eliminar um ou mais elementos 
geradores do fogo. Na ausência de qualquer um dos três componentes 
(combustível, comburente e calor), o fogo se extinguirá. 
 
 Resfriamento: esse método consiste em resfriar o local por meio da 
aplicação de água ou gases frios provocando seu resfriamento e, 
consequentemente, eliminando o elemento “calor”.
 
 Abafamento: ao abafar o fogo, impede-se que o oxigênio participe da 
reação, retirando, assim, o comburente necessário ao processamento da 
queima.
 
 Isolamento: separando o combustível dos demais componentes do fogo, 
isolando-o, como na abertura de uma trilha (acero) na mata, por 
exemplo: evita- se a transposição das chamas.
 
 Quebra da reação em cadeia: esse método usa uma reação química entre o 
agente extintor e os radicais livres da reação em cadeia que a interrompe 
esta última, extinguindo as chamas.




















36 
4 VENTILAÇÃO 
 
Considerando o cenário de combate a incêndio, podemos dizer que a ventilação 
consiste na sistemática retirada de fumaça, ar e gases aquecidos de uma edificação, 
fazendo a substituição por ar fresco. 
 
A ventilação pode ser realizada em momentos distintos: 
 Antes do combate (antes das linhas de ataque iniciarem a aplicar água); 
 Durante o combate (simultaneamente ao trabalho das linhas de ataque); 
 Após o combate, para retirar a fumaça e calor apenas. 
37 
 
4.1 Ventilação vertical 
 
A ventilação vertical é aquela em que os produtos da combustão caminham 
verticalmente pelo ambiente, através de aberturas verticais existentes (poços de 
elevadores, caixas de escadas), ou aberturas feitas pelo bombeiro (retirada de 
telhas). 
 
4.2 Ventilação horizontal 
 
A ventilação horizontal é aquela em que os produtos da combustão caminham 
horizontalmente pelo ambiente. Este tipo de ventilação se processa pelo 
deslocamento dos produtos da combustão através de corredores, janelas, portas e 
aberturas em paredes no mesmo plano. 
 
4.3 Ventilação natural 
 
A ventilação natural é aquela que consiste em abrir acessos existentes (portas, 
janelas, claraboias) ou criando acesso (quebrando parte da estrutura de paredes, 
teto ou destelhando telhado) permitindo a entrada natural de ar e saída de fumaça 
pela diferença de pressão. 
4.4 Ventilação forçada 
 
A ventilação forçada é aquela que consiste no emprego de meios artificiais para 
acelerar a movimentação dos gases no ambiente sinistrado. Além da mera abertura 
de acessos, que se dá quase como na ventilação natural, a ventilação forçada conta 
com equipamentos para acelerar o deslocamento dos gases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
5 AGENTES EXTINTORES 
 
Todos os extintores, independente do seu tipo, devem conter uma determinada 
carga de agente extintor em seu interior, chamada de unidade extintora, cuja 
especificação é realizada por norma do corpo de bombeiros. São agentes 
extintores: 
 
Para cada classe de incêndio, existem extintores apropriados para combatê-los: 
39 
 
Tipo de extintor Classificação Utilização 
Pó químico A, B, C Romper o lacre, puxar o pino de segurança, 
apertar o gatilho e direcionar o jato para a 
base do fogo. 
Espuma A, B Romper o lacre, puxar o pino de segurança, 
apertar o gatilho e direcionar o jato para a 
base do fogo. Cuidado com líquidos 
inflamáveis, pois o jato pode espalhar as 
chamas. 
Água A Romper o lacre, puxar o pino de segurança, 
apertar o gatilho e direcionar o jato para a 
base do fogo. 
Gás carbônico B, C Romper o lacre, puxar o pino de segurança, 
apertar o gatilho e direcionar o jato para a 
base do fogo. Segurar na empunhadura, 
nunca no difusor pois corre risco de 
queimaduras. 
Fonte: SEST SENAT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
6 EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO 
 
6.1 Equipamentos de combate a incêndio e agentes 
extintores 
 
Neste item conheceremos alguns tipos de extintores portáteis e veremos alguns 
agentes extintores (água, pó químico, espuma etc). 
 
Extintores Portáteis e Carretas: o que chamamos de extintores de incêndio, são, na 
verdade, recipientes metálicos que contêm em seu interior agentes extintores 
para combate imediato e rápido a princípios de incêndio. Os extintores podem ser 
portáteis ou sobre rodas, conforme o seu tamanho e uso. 
 
41 
Os extintores são classificados de acordo com o tipo de incêndio a que sedestinam, ou seja, classes “A”, “B”, “C”, “D” ou “K”. Para cada classe de 
incêndio há um ou mais extintores adequados. Todos os modelos 
fabricados devem possuir, em seu corpo, um rótulo de identificação 
facilmente localizável. Esse rótulo traz informações sobre as classes de 
incêndio para as quais o extintor é indicado e também instruções de uso. 
O sucesso na operação de um extintor dependerá basicamente de: 
 Uma fabricação de acordo com a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas - ABNT. 
 Uma inspeção periódica da área a proteger. 
 Uma manutenção adequada e eficiente. 
 Pessoal habilitado no correto manuseio do aparelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
Técnica Geral de Uso de Extintores: Caso a prevenção não funcione, é preciso 
saber utilizar o extintor, que parece fácil, mas existem alguns cuidados que você 
deve tomar para garantir a sua segurança e fazer com que o extintor tenha a 
máxima efetividade possível. Caso contrário, pode ocorrer a situação inversa e o 
fogo acabar se espalhando. 
 
Vamos ver algumas instruções de como proceder ao operar um extintor de 
incêndio: 
 
 Você deve verificar se é o extintor certo para o tipo de fogo. Caso 
contrário, o extintor não terá qualquer efeito ou pode até aumentar o 
incêndio. 
 Sempre se aproximar do incêndio a favor do vento, longe do sentido de 
propagação das labaredas. 
 Aproximar-se até a uma distância segura para você, porém, dentro do 
alcance do extintor. 
43 
 Em materiais sólidos, direcionar o agente em forma de leque, tipo 
ziguezague à base do fogo. 
 Em líquidos ou gases NÃO direcionar o jato diretamente no líquido, 
evitando a sua dispersão ou respingos e, em consequência, o aumento da 
área de incêndio. 
 Recomenda-se verificar constantemente a validade do extintor e as regras 
para o seu uso, detalhadas nas instruções do fabricante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Sabemos agora identificar como se forma um incêndio, as formas pelas quais ele 
poderá se alastrar, as classes de incêndio e os extintores adequados para cada um 
desses tipos. No entanto, incêndios são imprevisíveis e mesmo com a utilização de 
todas as técnicas corretas para esse tipo de situação, eles podem sair de nosso 
controle e causar danos enormes. 
 
Aqui estão alguns cuidados que você deve tomar para evitar que ocorra um 
acidente: 
 
 Somente fume em áreas previamente delimitadas para essa finalidade. 
 Evite o acúmulo de lixo em locais não apropriados. 
 Coloque os materiais de limpeza em recipientes próprios e identificados. 
 Mantenha desobstruídas as áreas de escape e não deixe, mesmo que 
provisoriamente, materiais nas escadas e nos corredores. 
 Não deixe os equipamentos elétricos ligados após sua utilização. 
Desconecte-os da tomada. 
 Não cubra fios elétricos com o tapete. 
45 
 Ao utilizar materiais inflamáveis, faça-o em quantidades mínimas, 
armazenando-os sempre na posição vertical e na embalagem original. 
 Não utilize chama ou aparelho de solda perto de materiais inflamáveis. 
 Não improvise instalações elétricas, nem efetue consertos em tomadas e 
interruptores sem que esteja familiarizado com isso. 
 Não sobrecarregue as instalações elétricas com a utilização do plugue T 
(benjamim). 
 Verifique, antes de sair do trabalho, se os equipamentos elétricos estão 
desligados. 
 Observe as normas de segurança ao manipular produtos inflamáveis ou 
explosivos. 
 Mantenha os materiais inflamáveis em locais resguardados e à prova de 
fogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
6.2 Sistema hidráulico preventivo – SHP 
 
 
Além do sistema de extintores, temos ainda outro sistema composto de 
dispositivos hidráulicos que possibilitam a captação de água da Reserva Técnica de 
Incêndio - RTI, para o emprego no combate a incêndio, denominado Sistema 
Hidráulico Preventivo, constituído dos equipamentos a seguir: 
Hidrantes 
 
São dispositivos existentes em redes hidráulicas que possibilitam a captação de 
água para utilização nos serviços de bombeiros, principalmente no combate a 
incêndio. Esse tipo de material hidráulico depende da presença do homem para a 
utilização da água no combate ao fogo, constituindo a principal instalação fixa de 
água, de funcionamento manual. 
47 
 Hidrante de Coluna Urbano – Tipo “Barbará”: esse tipo de hidrante é 
instalado comumente nas ruas e avenidas, tendo a sua abertura feita através de um 
registro de gaveta, cujo comando é colocado ao lado do hidrante. 
 Hidrante Industrial: é um hidrante existente em redes hidráulicas no 
interior das indústrias, sendo utilizado com água da Reserva Técnica de Incêndio 
(RTI), do Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) da empresa. 
 Hidrante de Parede – HP : hidrante que integra o Sistema Hidráulico 
Preventivo (SHP) das edificações, ficando localizado no interior das caixas de 
incêndio ou abrigos, podendo ser utilizado nas operações de combate a incêndio 
pelo Corpo de Bombeiros, brigada de incêndio e demais ocupantes da edificação 
que possuam treinamento específico. Estas caixas de incêndio deverão 
obrigatoriamente possuir: 1 esguicho, 1 chave de mangueira e mangueiras de 
incêndio, conforme o projeto da edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 Hidrante de recalque – HR: dispositivo do Sistema Hidráulico Preventivo 
(SHP), normalmente encontrado em frente às edificações, sendo utilizado pelos 
bombeiros para pressurizar e alimentar o sistema hidráulico preventivo, 
possibilitando assim que todos os hidrantes de parede tenham água com pressão 
suficiente para o combate ao fogo. Pode também ser utilizado para abastecer as 
viaturas do Corpo de Bombeiros, em casos de extrema necessidade onde não 
existam hidrantes de coluna nas proximidades. 
 
 Mangueiras: as mangueiras são condutores flexíveis, utilizados para 
conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento ao local onde deve ser lançada. 
Flexível, pois permite o seu manuseio para todos os lados, resistindo a pressões 
elevadas. 
As mangueiras podem ser de 1 ½” ou 38 milímetros, e de 2 ½” ou de 63 milímetros, 
de acordo com a especificação no projeto contra incêndio e pânico. São 
constituídas de fibra de tecido vegetal (algodão, linho, etc.) ou de tecido sintético 
(poliéster), dependendo da natureza de ocupação da edificação. Possuem um 
revestimento interno de borracha, a fim de suportar a pressões hidrostáticas e 
hidrodinâmicas, oferecidas pelo SHP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
Cuidados com as mangueiras 
 
A mangueira é um dos equipamentos mais importantes no combate a incêndio e, 
geralmente, são utilizadas em situações desfavoráveis, por isso deve ser dispensado 
um tratamento cuidadoso em seu emprego antes, durante e depois do uso. 
 
Cuidados antes do uso 
 
 Armazenar em local arejado, livre de mofo e umidade, protegida da 
incidência direta dos raios solares; 
 Periodicamente recondicionar as mangueiras para evitar a formação de 
quebras; 
 Conservar o forro com talco e as uniões com grafite, evitando o uso de óleos 
ou graxa. 
50 
Cuidados durante o uso 
 
 Evitar arrastá-las sobre bordas cortantes, materiais em altas temperaturas ou 
corrosivos; 
 Não permitir a passagem de veículos sobre as mangueiras, esteja cheia ou 
vazia; 
 Evitar pancadas e arrastamento das juntas de união, pois poderá danificar o 
acoplamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
Cuidados após o uso 
 
 Fazer rigorosa inspeção visual, separando as danificadas; 
 As mangueiras sujas deverão ser lavadas com água e sabão, utilizando para 
isso vassoura com cerdas macias; 
 Depois de lavadas, as mangueiras devem ser colocadas para secar em local 
de sombra, se possível, penduradas pelo meio (para escorrertoda a água do seu 
interior), e acondicioná-la em local adequado (quando possível, retornar para o 
hidrante de parede). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
Esguichos: 
 
São dispositivos metálicos, conectadas nas extremidades das mangueiras, 
destinadas a dirigir e dar forma ao jato d’água. 
 
 Esguicho agulheta: É um tipo de esguicho simples, considerado comum, 
encontrado em algumas edificações por conta da aprovação antiga do seu projeto 
de prevenção contra incêndio e pânico. Esse esguicho só produz jato compacto, 
não possui controle de vazão e está sendo substituído pelos esguichos reguláveis. 
 
 Esguicho regulável: dispositivo que permite a produção de jato compacto, 
neblinado, neblina e controle de vazão. Os jatos neblinado e neblina são formados 
pelo desvio da água, que em sua trajetória choca-se com um disco que se localiza 
na saída da água. Os esguichos reguláveis podem ser encontrados para juntas de 1 
½” e 2 ½” e possuem a mesma construção com tamanhos diferentes. 
53 
Chave de mangueira: 
 
Ferramenta utilizada para facilitar o acoplamento ou desacoplamento de juntas de 
união das mangueiras. Versátil, uma vez que a mesma ferramenta pode ser 
utilizada em juntas de 1 ½” e 2 ½”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
7 EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E 
COMUNICAÇÕES 
 
São equipamentos que tem por finalidade detectar e avisar a todos os ocupantes 
em uma edificação, da ocorrência de um incêndio ou de uma situação que possa 
ocasionar pânico. O alarme deve ser audível em todos os setores da edificação, 
abrangidos pelo sistema de segurança. 
 
O acionamento do sistema de alarme pode ser manual ou automático, sendo que 
quando for automático, o mesmo estará conectado a detectores de fumaça ou de 
calor. A edificação deverá ainda, contar com um plano de abandono de área, a fim 
de aperfeiçoar a utilização do alarme de incêndio. 
O alarme de acionamento manual são equipamentos que necessitam do 
acionamento direto, a fim de fazer soar a sirene. 
 
O alarme de acionamento automático são equipamentos preparados para enviar 
ao módulo de acionamento um sinal, para que o mesmo possa disparar a sirene, 
assim que detectarem no ambiente à quantidade mínima necessária de fumaça ou 
calor para os quais estejam dimensionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
Sistema de iluminação de emergência 
 
O Sistema de Iluminação de Emergência é composto por um conjunto de 
elementos que, em funcionamento, proporcionará a iluminação suficiente e 
adequada para permitir a saída fácil e segura do público para o exterior, no caso de 
interrupção da alimentação normal, como também proporciona a execução das 
manobras de interesse da segurança e intervenção de socorro, sendo obrigatório 
nas áreas comuns das edificações, como corredores, escadas, elevadores, saídas de 
emergência etc. 
56 
8 ABANDONO DE ÁREA 
 
Ninguém espera o acontecimento de um incêndio. Baseado nesta afirmação é 
preciso ter um plano de abandono, para ser utilizado em caso de sinistro, pois o 
incêndio poderá ocorrer em qualquer lugar. 
É importante falar que todo incêndio começa pequeno, e se não for controlado no 
início, pode atingir proporções que o próprio Corpo de Bombeiros terá dificuldade 
em combatê-lo. Portanto, se faz necessário observar se a edificação possui todos os 
recursos destinados a prevenção e combate a incêndio e pânico, de acordo com a 
legislação vigente. 
A seguir, veremos uma série de orientações que darão condições aos ocupantes da 
edificação, para que possam sair em segurança: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 Tenha um plano de abandono da edificação; 
 Acione o alarme, e chame o Corpo de Bombeiros; 
 Pratique a fuga da edificação, pelo menos a cada seis meses; 
 Procure conhecer a localização da escada de emergência, dos extintores 
e do SHP; 
 Tenha cautela ao colocar trancas nas portas e janelas, pois os mais 
prejudicados são as crianças e os idosos; 
 Estabeleça um ponto de reunião, para saber se todos conseguiram deixar 
a edificação; 
 Caminhe rapidamente e não corra, evitando o pânico; 
 Ao encontrar uma porta, toque a mesma com o dorso da mão, estando 
quente, não abra; 
 Não use o elevador, e sim as escadas de emergência; 
 Se estiver em um local enfumaçado, procure respirar o mais próximo do 
solo, colocando um pano úmido nas narinas e na boca; 
 Se estiver preso em uma sala enfumaçada, procure abrir a janela, para que 
a fumaça possa sair na parte de cima e você possa respirar na parte de 
baixo; 
58 
 Não tente passar por um local com fogo, procure uma alternativa segura 
de saída; 
 Caso encontre situação de pânico em alguma via de fuga, tenha calma e 
tente acalmar outros; 
 Não pule da edificação, tenha calma, o socorro pode chegar em minutos; 
 Conseguindo sair da edificação, procure um local seguro e não tente 
adentrar novamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
9 PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA 
 
Em diversas situações, o brigadista deverá estar preparado para auxiliar pessoas 
com necessidades especiais, e não apenas os deficientes físicos. 
A pessoa com deficiência é aquela que possui limitação ou incapacidade 
permanente para o desempenho de alguma atividade, e se enquadra nas seguintes 
categorias de deficiência: física, mental, sensorial, orgânica e múltipla. Como 
exemplo dessas categorias, podemos citar: cadeirantes, pessoas com Síndrome de 
Down, deficientes visuais, e pessoas submetidas a tratamento que apresentem 
alguma dificuldade de locomoção. 
Além dos deficientes físicos, podemos citar como portadores de necessidades 
especiais as pessoas idosas, gestantes, pessoas que passaram por cirurgias 
recentemente, com criança de colo, obesas, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
A pessoa com restrição de mobilidade não é necessariamente uma pessoa com 
deficiência, mas aquela que apresenta, por qualquer motivo, dificuldade de 
movimentar-se, permanente ou temporariamente, gerando redução efetiva da 
mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção. 
Em caso de incêndio, as pessoas com mobilidade reduzida terão mais dificuldades 
para serem encaminhadas para fora das instalações, principalmente onde houver 
escadas, neste caso estas pessoas deverão ser retiradas por uma equipe preparada 
com equipamentos apropriados para esta remoção. 
No que diz respeito a prevenção, os estabelecimentos de trabalho devem elaborar 
um plano de emergência, o qual fornecerá as equipes de resgate as orientações e os 
procedimentos que devem ser adotados em caso de evacuação, visando o 
abandono destes locais com rapidez e segurança. 
61 
 
 
 
 
Para maiores informações acesse o link do 
Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná: 
http://www.bombeiros.pr.gov.br/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É necessário o brigadista desenvolver empatia, nossa 
capacidade de nos colocarmos no lugar da outra pessoa e 
sentir, julgar ou apreciar, como se fôssemos ela mesma. O 
desenvolvimento desta capacidade nos permitirá maior 
flexibilidade, maior compreensão e respeito para com as 
pessoas. 
http://www.bombeiros.pr.gov.br/
62 
RESUMINDO 
 
 A melhor estratégia é a prevenção, porém em caso de sinistro o combate imediato 
com profissionais treinados nos primeiros cinco minutos é o que vai determinar a 
diferença entre uma pequena ocorrência e uma grande tragédia. 
 
 As chamadas ciências do fogo são estudos realizados para desenvolver técnicas de 
combate e prevenção de incêndios, além de acompanhar os avanços tecnológicos 
na aplicação de novos materiais em nosso cotidiano. 
 
 Jamais negligencie acidentes envolvendo fogo. O maior lemadeverá ser sempre: 
“A prevenção acima de tudo”! 
 
A melhor estratégia é a prevenção, porém em caso de sinistro o combate imediato 
com profissionais treinados nos primeiros cinco minutos é o que vai determinar 
a diferença entre uma pequena ocorrência e uma grande tragédia. 
 
 Desta forma fica evidente a importância da formação da brigada, grupo 
organizado de pessoas voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na 
prevenção, abandono e combate a um Princípio de Incêndio e prestar os 
primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida.
40 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No que se baseiam os primeiros socorros? 
Quais as primeiras providências a serem 
tomadas em uma situação de emergência? 
Como ocorre a verificação das condições 
gerais da Vítima? Quais cuidados tomar com 
a vítima de acidente ou contaminação? 
Nesta unidade apresentaremos a conceituação de primeiros socorros, as primeiras providências a serem 
tomadas, a verificação das condições gerais da vítima e os cuidados com a vítima ou enfermo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
 
1 CONCEITOS BÁSICOS 
 
Acidentes são acontecimentos imprevistos e indesejáveis que provocam danos de 
gravidade variável a bens ou pessoas. É importante nos lembrarmos, entretanto, 
que é sempre melhor prevenir do que remediar. 
Um bom socorrista está sempre atento às condições do local, procurando 
identificar quaisquer elementos que possam oferecer algum risco de acidente. 
Conhecer bem o seu local de trabalho e saber quais os riscos oferecidos pode ser o 
suficiente para salvar uma vida. 
Nem sempre, porém, seremos capazes de prever todas as situações de risco que 
poderão ocorrer, tornando-se impossível evitar que aconteça um acidente. 
Nessas ocasiões, devemos estar preparados para agir. Para agirmos com 
responsabilidade, temos de pensar minuciosamente em tudo o que podemos 
realmente fazer antes de entrar em contato com as vítimas de um acidente. 
42 
 
Conceitos e definições importantes: 
 
 Primeiros Socorros: É o tipo de atendimento, temporário e imediato, 
prestado à vítima de acidente ou mal súbito, antes da chegada do socorro 
médico. Este socorro pode proteger a pessoa contra maiores danos. 
 
 Atendimento Pré-hospitalar: Procedimentos prestados por profissional 
capacitado, que objetiva manter a vítima viva e estável até a chegada ao 
hospital ou centro de atendimento emergencial. 
 
 Suporte Básico da Vida: É um conjunto de ações que tem por objetivo a 
manutenção do sistema respiratório e cardiovascular de vítimas de 
acidentes ou mal súbito. 
 
 Trauma: lesão provocada por agente de natureza física ou química e que 
pode trazer consequências danosas ao organismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
Quem é o socorrista? 
 
 
O socorrista é a pessoa tecnicamente 
capacitada e habilitada para, com 
segurança, avaliar e identificar os 
problemas que comprometam a vida da 
vítima. 
44 
O socorro pré-hospitalar adequado e o transporte correto do paciente sem agravar 
as lesões já existentes são responsabilidades do socorrista. 
Para ser um bom socorrista e exercer sua função da melhor forma possível, o 
brigadista deve: 
 
 Manter a Calma: antes de atuar o socorrista deve ter calma e autocontrole 
para tomar decisões corretas, pois vai enfrentar situações de emergência 
que envolve pânico e sofrimento; 
 
 Infundir Confiança: deve ter capacidade de liderança para assumir o 
controle da situação. Repassar confiança para o paciente. Evitar dúvidas 
e hesitações, para evitar que se gaste um tempo maior na prestação do 
socorro; 
 
 Fazer o Possível não Correndo Riscos Desnecessários: atuar de forma 
segura para não se tornar uma nova vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
2 DIMENSIONAMENTO DA CENA 
 
O socorrista deve ter em mente que o maior perigo é o fato do local poder oferecer 
riscos que não são facilmente visíveis. Somente deverá aproximar-se caso garanta 
a sua própria segurança. 
Gerenciamento de riscos 
 
O gerenciamento dos riscos define uma avaliação minuciosa por parte do 
socorrista em toda a cena do acidente, com o objetivo de eliminar ou minimizar, 
as situações potencialmente perigosas como: incêndio, explosão, choque elétrico, 
contaminação com produtos químicos e agentes biológicos, intoxicação, asfixia, 
atropelamento, ocorrência de novos acidentes etc. (CBMES, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
3 ANÁLISE DE VÍTIMAS 
 
3.1 Abordagem da vítima 
 
Em todos os casos, o socorrista só deverá ajudar diretamente as vítimas após 
garantir que existe segurança para si próprio e para os demais envolvidos. 
Para tanto, é necessário desenvolver uma impressão geral da vítima, estabelecendo 
valores para os estados respiratório, circulatório e neurológico. Em seguida, são 
rapidamente encontradas e tratadas as condições que ofereçam ameaças a vida. Se 
o tempo permitir, mais frequentemente, quando o transporte está sendo efetuado, 
é feita uma avaliação detalhada de lesões sem risco à vida ou que comprometam 
membros. 
Todas essas etapas são realizadas com rapidez e eficiência com o intuito de 
minimizar o tempo gasto na cena. Não se pode permitir que vítimas graves 
permaneçam no local do trauma para outro cuidado que não o de estabilizá-los 
para o transporte, a menos que estejam presos ou existam outras complicações que 
impeçam o transporte imediato. 
47 
 
 
 
O processo de abordagem da vítima divide-se em quatro fases: 
 Primeira Fase: Avaliação geral da vítima; 
 Segunda Fase: Exame primário; 
 Terceira Fase: Exame secundário; 
 Quarta Fase: Monitoramento e reavaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
3.2. Avaliação geral da vítima 
 
A avaliação geral da vítima ocorre antes de iniciar o atendimento propriamente 
dito, uma vez que o socorrista desenvolverá uma impressão geral das condições da 
vítima, observando ligeiramente se há hemorragia, amputação de membros etc., o 
que poderá direcionar o seu atendimento economizando tempo. 
 
3.3. Exame primário 
 
O exame primário consiste num processo ordenado objetivando identificar e 
consequentemente corrigir, de imediato, problemas que ofereçam ameaça a vida 
em curto prazo, sendo, portanto, uma avaliação rápida. O exame primário pode 
ser compreendido nas seguintes etapas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
1ª Etapa: A - Abertura das vias aéreas e controle da cervical. 
 Posicione-se ao lado da vítima em uma posição estável; 
 Apoie a cabeça da vítima com uma das mãos, sobre a testa da vítima, com 
o objetivo de evitar a movimentação da cabeça e do pescoço, até que se 
coloque o colar cervical; 
 Mantenha a cabeça da vítima estabilizada e com a outra mão provoque 
estímulos na lateral de um dos ombros da vítima, sem movimentá-la; 
 Apresente-se ao paciente e solicite o seu consentimento. “Eu sou o... 
(nome do socorrista) e estou aqui para te ajudar. O que aconteceu? ”. 
Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, 
que as vias aéreas estão desobstruídas e que respira; 
 Se a vítima não responder aos estímulos (paciente inconsciente), 
devemos realizar a abertura da cavidade oral e observar se existe algum 
corpo estranho impedindo a passagem do ar. Deve ser feita a varredura 
digital em adultos e crianças, e pinçamento em lactentes; 
 Utilizando equipamentos de proteção individual, devemos avançar a 
mandíbula da vítima para frente com o polegar de uma das mãos e tentar 
ver se existe algum corpo estranho. Sendo possível a visualização do 
mesmo e retirá-lo. 
50 
2ª Etapa: B - Verificar a respiração. 
Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se a vítima está respirando 
espontaneamente. Para realizar essa avaliação, o socorrista deve aplicar a técnica 
do ver,ouvir e sentir. 
Colocando a lateral de sua face bem próximo à boca e o nariz da vítima, o socorrista 
poderá ver os movimentos torácicos associados com a respiração, ouvir os ruídos 
característicos da inalação e exalação do ar e sentir a exalação do ar através das vias 
aéreas superiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Adobe Stock 
51 
 
Caso a vítima não esteja respirando, fazer duas ventilações de resgate. 
Observar se houve passagem do ar (elevação do tórax). Em caso negativo, iniciar 
manobra de desobstrução de vias aéreas (OVACE), explicitada mais adiante. Mas 
se houver a passagem de ar e a vítima continuar sem resposta deve-se iniciar a 
manobra de reanimação cardiopulmonar (procedimento descrito em tópico 
posterior). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
3ª Etapa: C - Verificar a circulação. 
 
Após a existência ou não da respiração, deve-se verificar a circulação da vítima, 
que em adultos e crianças deve ser observada na artéria carótida e nos lactentes 
aferida na artéria braquial. 
Após a verificação do pulso, observar a existência de grandes hemorragias e, 
encontrando alguma, estancá-la rapidamente, utilizando um dos métodos que 
veremos à frente. 
 
 Se a vítima respira, logo tem pulso; 
 Se não respira e tem pulso, realizar manobra de 
reanimação pulmonar; 
 Se não respira e não tem pulso, realizar manobra de 
reanimação cardiopulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
3.4 EXAME SECUNDÁRIO 
 
O exame secundário consiste na avaliação da vítima da cabeça aos pés, onde o 
socorrista deve fazer um exame mais detalhado, identificando e tratando as lesões 
ou problemas que não foram identificados durante o exame primário. É dividido 
em três etapas: Vias aérea, reanimação cardiopulmonar – RCP e Hemorragia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
4 VIAS AÉREAS 
 
Obstrução de via aérea por corpo estranho – ovace 
 
A OVACE é a obstrução súbita das vias aéreas superiores, causada por corpo 
estranho. Em adulto, geralmente, ocorre durante a ingestão de alimentos e, em 
criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos). 
 
A obstrução de vias aéreas superiores pode ser causada: 
 Pela língua: sua queda ou relaxamento pode bloquear a faringe; 
 Pela epiglote: inspirações sucessivas e forçadas podem provocar uma 
pressão negativa que forçará a epiglote para baixo, fechando as vias 
aéreas; 
 Por corpos estranhos: qualquer objeto, líquidos ou vômito, que venha a 
se depositar na faringe; 
 Por danos aos tecidos: perfurações no pescoço, esmagamento da face, 
inspiração de ar quente, venenos e outros danos severos na região. 
55 
 
Quando uma pessoa consciente estiver se engasgando, os seguintes sinais podem 
indicar uma obstrução grave ou completa das vias aéreas que exige ação imediata: 
 
 Sinal universal de asfixia: a vítima segura o pescoço com o polegar e o 
dedo indicador; Incapacidade para falar; 
 Tosse fraca e ineficaz; 
 Sons inspiratórios agudos ou ausentes; 
 Dificuldade respiratória crescente; 
 Pele cianótica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 RCP (REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR) 
 
5.1 Parada cardiorrespiratória 
A parada cardiorrespiratória é caracterizada pelo cessar da atividade mecânica do 
coração e da respiração. Os procedimentos para a reanimação cardiopulmonar 
RCP, deverão seguir os seguintes passos: 
 
5.2. Dimensionamento da cena / avaliação inicial 
 
Conduta: 
 Verifique a consciência da vítima, tocando em seu ombro e perguntando 
se está bem; 
 Se inconsciente, cheque rapidamente (não mais que 5 segundos) se a 
respiração está normal, com expansão visível do tórax; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Se a vítima não respira ou não respira normalmente (respiração anormal 
ou agônica - gasping) acione apoio especializado; 
 Cheque o pulso carotídeo (de 5 a 10 segundos). Não havendo, inicie RCP. 
 
 
Execute compressões rápidas e fortes, no terço inferior do 
osso esterno, com no mínimo 100 compressões por 
minuto, deprimindo o esterno em 5 cm. 
 Permita o retorno completo do tórax após cada 
compressão. 
 Minimize as interrupções entre os ciclos de 
compressões. 
 Evite excesso de ventilação (hiperventilada). 
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6 HEMORRAGIA 
 
A hemorragia é a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sanguíneo. 
Toda hemorragia deverá ser controlada imediatamente, pois, quando é abundante 
e não controlada, pode causar a morte entre 3 e 5 minutos. 
 
 
Em todos os casos em que houver trauma poderá haver hemorragia interna e você 
deverá chamar ajuda imediatamente, pois essa lesão requer cirurgia para ser 
reparada, só podendo ser tratada no hospital. 
 
 
A hemorragia é a perda de sangue, que pode ser 
um sangramento visível e identificado pelas 
manchas em roupas ou sobre o corpo da vítima. 
Porém, nem sempre o sangramento é visível. 
Nestes casos, a hemorragia é chamada 
hemorragia interna. 
59 
Nos casos de hemorragia visível, você deverá limpá-la com um tecido limpo e seco 
e realizar compressão sobre o local do sangramento. 
 
 
 
Caso a hemorragia seja muito forte, a perda de sangue poderá levar a vítima ao 
chamado “estado de choque”. Nestes casos, a pressão sanguínea e os batimentos 
do coração não conseguem mais manter o sangue circulando corretamente, 
podendo levar à morte da vítima. Este é um caso grave e necessitará de intervenção 
médica imediata. Portanto, chame imediatamente o Serviço de Ambulância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enquanto aguarda a chegada do Serviço de Ambulância, você pode ajudar a vítima 
levantando suas pernas entre 20 e 30 centímetros e aquecendo-a para protegê-la 
60 
da perda de calor. Continue aplicando pressão sobre o ferimento com um pano 
limpo e seco e, por mais sede que a vítima diga sentir, jamais dê a ela qualquer 
líquido. 
 
Em alguns dos casos mais graves, podem ocorrer também a amputação de 
membros (quando o corte é tão extenso que separa a parte atingida do corpo) ou a 
exposição das vísceras, que ocorre quando os órgãos internos ficam expostos. 
Neste caso, apesar de estar associada com a hemorragia, você deverá aplicar sobre 
o local um pano limpo e úmido, e não um pano seco, evitando, assim, que as 
vísceras ressequem. 
61 
RESUMINDO 
 
 Agora você já sabe como proceder para realizar as tarefas mais importantes no 
local de um acidente. Mas lembre-se, por mais que as tarefas executadas no local 
pareçam simples, não se engane: é preciso ter prática e muita experiência para que 
tudo transcorra da melhor forma. Porém, o mais importante e primordial trabalho 
do socorrista é a prevenção. 
 
Você deve estar sempre atento, tanto no seu local de trabalho quanto nas estradas 
e rodovias, para identificar causas de possíveis acidentes antes mesmo de 
ocorrerem. Lembre-se de manter sempre todos os recursos de segurança 
disponíveis. Eles podem significar a diferença entre um acidente ou a chegada 
segura em casa após um dia de trabalho. 
 
Até mesmo os primeiros socorros mais simples precisam de cuidado e técnica para 
serem aplicados corretamente. Sempre que possível, procure aperfeiçoar-se, 
buscando novas informações e, principalmente, treinamentos práticos que 
poderão ampliar seu conhecimento e o número de tarefas que você estará apto a 
realizar. É extremamente aconselhável que você busque treinamentos práticos com 
frequência, no mínimo, anual. 
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REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276: Brigada de 
incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro, 2006. 
 
Instrução Técnica nº 17/2014 – Brigada de incêndio. Corpo de Bombeiros da 
Polícia Militar do Estado do Paraná 
 
MINAS GERAIS. Corpo de Bombeiros Militarde Minas Gerais. Instrução Técnica 
Operacional n.23: protocolo de atendimento pré-hospitalar. 1 ed. rev. ampl. Belo 
Horizonte: CBMMG, 2013.169 p. 
 
SEST/SENAT. Prevenção e combate a incêndios: caderno do aluno. Brasília, 2008. 
SEST SENAT. Curso de Primeiros Socorros: caderno do aluno. Brasília, 2008. 
SEST SENAT. Apostila do Curso de Formação de Brigada de Incêndio. Seção de 
Cursos de Extensão/CBMES. Serra, 2013. 
 
53 
 
 
	Prevenção de Incêndios
	1.1 Introdução
	Os participantes receberão orientações sobre:
	Conhecimentos Gerais do Brigadista:
	Compete ao Líder da Brigada:
	1.2 Legislação Estadual e Municipal
	1.3 Programa De Brigada de Incêndio
	Brigada de Incêndio
	Composição, atribuição e forma de atuação
	1.4 Normas Regulamentadoras
	NBRs (Normas Brasileiras)
	NR 23 - Proteção Contra Incêndios
	2 INSTRUÇÃO TÉCNICA DO CORPO DE BOMBEIROS DO PARANÁ NTP 017
	3 PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
	3.1 TEORIA DO FOGO
	Agentes desencadeadores do incêndio
	3.2 Propagação do Fogo
	O calor pode se propagar de três diferentes maneiras:
	3.3 CLASSES DE INCÊNDIO
	Os incêndios podem pertencer a diferentes classes, a saber:
	3.4 Métodos de Extinção
	4 VENTILAÇÃO
	4.1 Ventilação vertical
	4.2 Ventilação horizontal
	4.3 Ventilação natural
	4.4 Ventilação forçada
	5 AGENTES EXTINTORES
	6 EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO
	6.1 Equipamentos de combate a incêndio e agentes extintores
	6.2 Sistema hidráulico preventivo – SHP
	Hidrantes
	Cuidados com as mangueiras
	Cuidados antes do uso
	Cuidados durante o uso
	Cuidados após o uso
	Esguichos:
	Chave de mangueira:
	7 EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME E COMUNICAÇÕES
	Sistema de iluminação de emergência
	8 ABANDONO DE ÁREA
	9 PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA
	RESUMINDO
	1 CONCEITOS BÁSICOS
	Conceitos e definições importantes:
	Quem é o socorrista?
	2 DIMENSIONAMENTO DA CENA
	Gerenciamento de riscos
	3 ANÁLISE DE VÍTIMAS
	3.1 Abordagem da vítima
	3.2. Avaliação geral da vítima
	3.3. Exame primário
	1ª Etapa: A - Abertura das vias aéreas e controle da cervical.
	2ª Etapa: B - Verificar a respiração.
	3ª Etapa: C - Verificar a circulação.
	3.4 EXAME SECUNDÁRIO
	4 VIAS AÉREAS
	Obstrução de via aérea por corpo estranho – ovace
	5 RCP (REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR)
	5.1 Parada cardiorrespiratória
	5.2. Dimensionamento da cena / avaliação inicial
	Conduta:
	Execute compressões rápidas e fortes, no terço inferior do osso esterno, com no mínimo 100 compressões por minuto, deprimindo o esterno em 5 cm.
	6 HEMORRAGIA
	RESUMINDO (1)
	REFERÊNCIAS

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