Buscar

Apostila PIS Processo de produçao e layout (2)

Prévia do material em texto

PROCESSOS DE PRODUÇÃO E LAYOUT 
 
 
1.0 TIPOS CLÁSSICOS DE ARRANJO FÍSICO OU LAYOUT 
Teoricamente pode-se classificar uma instalação industrial, a partir do processo de fabricação, segundo 
três tipos de arranjo físico: 
 
a) Arranjo por posição fixa: é consequência do tipo de produto a ser fabricado. Em um estaleiro por 
exemplo, o produto final, ou seja o navio permanece estático a partir da montagem da estrutura principal, e 
seus componentes vão sendo montados sequencialmente, ou seja o produto (construção de um navio, 
plataforma de petróleo) fica imóvel enquanto os trabalhadores, as matérias primas, as máquinas e os 
equipamentos se movimentam em torno dele. 
 
 
 
b) Arranjo linear ou por produto: quando a disposição dos locais de trabalho obedece a sequência do 
processo do produto. É o mais fácil deles, pois simplesmente segue de uma operação a outra com 
equipamentos próximos uns dos outros segundo um fluxograma. O produto que se move enquanto as máquinas 
estão fixas ao longo de vários postos de trabalho, as vezes a máquina e o operador acompanham o produto na 
linha. Ex: Indústria Automobilística, Metalúrgica, Fundição. 
 
 
c) Arranjo por processo: é aquele quando as operações do mesmo tipo são agrupadas em um mesmo 
departamento, ou seja, fabrica-se os produtos com fluxos diferentes nas mesmas máquinas. Processos 
similares (ou processos com necessidades similares) ficam localizados juntos um do outro para que a utilização 
dos recursos transformadores seja beneficiada. Diferentes produtos ou clientes terão diferentes necessidades 
e, portanto percorrerão diferentes roteiros na operação. Assim, o padrão do fluxo na operação poderá ser 
bastante complexo). Este tipo de layout é mais comum quando a operação intermitentemente atende a muitos 
tipos de clientes diferentes ou fabrica muitos produtos ou peças diferentes. Ex: fábrica de bolsas e sapatos, 
indústrias de confecção, Unidade de Tratamento Intensivo – UTI, hospital, bibliotecas. 
 
 
PROFESSORA: Aline Takaoka Alves Baptista 
DISCIPLINA: Processo Industrial e Segurança 
 
 
2.0 SUPERFÍCIE DE TRABALHO 
 
É aquela em que o trabalhador se apoia para a realização de tarefas e que também é utilizada para 
trânsito de pessoas, equipamentos e transportes em geral. 
As superfícies de trabalho, quando não apresentam condições adequadas, originam frequentemente 
acidentes como deslizes, batidas e quedas, ocasionando desde pequenas escoriações até a morte. 
As superfícies de trabalho podem ser classificadas em dois tipos: 
a) Transitórias: são aquelas utilizadas por tempo previamente determinado como: andaimes, rampas e 
escadas usadas provisoriamente em construções. 
Os riscos existentes nas superfícies de trabalho transitórias originam-se dos seguintes fatores: 
Tipo de construção do piso 
 Material 
 Coeficiente de atrito 
 Objetos obstruindo as passagens 
 Presença de pó, óleo e graxa 
 Aberturas desprotegidas 
 Irregularidades na superfície 
 Pouca resistência 
 
b) Permanentes: são aquelas construídas com a finalidade de permanecerem e fazerem parte da 
estrutura da área, como: piso, escadas e rampas. 
 
2.1 Pisos 
Para a escolha do piso adequado, deve-se primeiro conhecer as atividades que serão exercidas no local 
e quais as características essenciais para o piso. De modo geral, os pisos, para garantir as condições de 
segurança, devem satisfazer as seguintes exigências: 
 
 Não possuir saliências ou depressões 
 Resistir a choques e vibrações 
 Resistir a agentes químicos e físicos 
 Ser incombustível 
 Ser antiderrapante 
 Oferecer facilidade de limpeza, higiene e conforto 
 Oferecer facilidade de manutenção e reparos 
 
De modo particular, devem ser observadas as seguintes características, de acordo com a finalidade 
industrial. 
 
a) Indústrias que operam com materiais explosivos e/ou inflamáveis: o piso deve impedir a 
condutibilidade e o centelhamento (faísca), gerados por impactos ou escoamento de cargas elétricas; caso 
contrário poderá originar uma faísca que, será suficiente para causar uma explosão. 
b) Indústria mecânica de alta precisão: o piso não pode formar poeiras abrasivas (que produz abrasão 
( raspagem, rasura, desgaste provocado por atritodes, diz-se de, ou substância muito dura, capaz de arrancar, 
por atrito, partículas de outros corpos.), originadas de seu próprio desgaste. 
c) Indústrias alimentícias: o piso deve possuir resistência a corrosão, causada por materiais orgânicos 
e, devem ser laváveis e de fácil manutenção. 
 
2.1.1 Formação do piso 
Os pisos são formados por uma base e um revestimento. Os revestimentos são classificados em: 
a) Flexíveis: plásticos, borracha, misturas betuminosas. 
b) Semi-flexíveis: blocos de madeira, blocos pré-moldados de cimento, paralelepípedos. 
c) Rígidos: cimento, cerâmica, concreto. 
 
Os pisos devem possuir em determinadas circunstâncias, uma pequena inclinação para facilitar o 
escoamento de líquidos. O caimento usual, nesses casos, é de 0,5 a 1,5%, devendo-se aumentar a inclinação 
para 2,5 a 3% em indústrias químicas ou matadouros, nos quais o piso fica em contato com líquidos agressivos. 
 
2.2 Rampas e escadas 
 As rampas e escadas devem ser construídas respeitando as devidas normas regulamentadores e as 
normas técnicas oficiais (quando for o caso) de acordo com seu tipo e utilização. 
Características gerais das rampas e escadas: 
 Piso antiderrapante 
 Possuir rodapé e ter corrimão 
 Deve ser construída com material resistente 
 Apresentar inclinação e largura correta 
 Os degraus e patamares deverão ter dimensões uniformes, para que não se rompa o ritmo normal de 
movimentação na subida ou descida (escadas) 
 
Riscos de acidentes: 
 Inclinação inadequada 
 Piso irregular 
 Material de pouca resistência 
 Objetos obstruindo o caminho/passagem 
 Presença de líquidos e graxas 
 Dimensão incorreta dos degraus 
 Falta de sinalização 
 Falta de dispositivos de segurança 
 
 
3.0 ILUMINAMENTO 
Iluminamento, intensidade de iluminação ou iluminância é uma grandeza de luminosidade, que faz a 
relação entre o fluxo luminoso que incide na direção perpendicular a uma superfície e a sua área. Assim o 
iluminamento pode ser de dois tipos: 
a) Natural: proveniente da luz solar, e sua penetração pode ocorrer através de janelas, portas, telhas, 
etc. podem provocar reflexos indesejáveis, contrastes entre luz e sombra que geram ofuscamento, dificuldade 
de apreciação correta das cores. 
b) Artificial: provenientes das lâmpadas elétricas, lampiões a gás ou a óleo. 
 
3.1 Métodos de iluminamento 
1) Geral: idênticas em claridade em toda a superfície, não objetivando uma determinada operação. 
2) Suplementar: visa iluminar adequadamente uma determinada operação. 
 
3.2 Fatores que influenciam na boa iluminação 
a) Quantidade de luminárias: deve ser instalado o número adequado de luminárias a fim de atingir o nível de 
iluminamento necessário. A quantidade de luminárias necessárias é determinada através da elaboração 
de um projeto que leva em conta todas as variáveis do ambiente que influem na iluminação. 
b) Distribuição e localização das luminárias: as luminárias devem ser dispostas no ambiente, de forma a 
proporcionar uma iluminação homogênea, devendo ser adequada ao arranjo físico do local. As luminárias 
devem ainda ser localizadas de forma a não criar sombras ou contrastes nos locais onde objetivar a iluminação. 
c) Manutenção: periodicamente deve ser feita a limpeza das luminárias, para evitar o acúmulo das poeiras nas 
mesmas, reduzindo desta forma o fluxo luminoso. A reforma das luminárias ou substituição das lâmpadas 
queimadas ou com defeito é indispensável para a manutenção da boa iluminação. 
d) Cores adequadas: as cores das superfícies existente nos locais de trabalho, tais como tetos, paredes, 
máquinas, mesas de trabalho, devem ser escolhidas de forma a possuírem uma refletânciaadequada. 
e) Variação brusca do nível de iluminamento: a diferença acentuada entre os níveis de iluminamento de dois 
locais de trabalho adjacentes pode ocasionar riscos de acidentes. 
f) Idade do trabalhador: com o avanço da idade, o trabalhador vai perdendo a acuidade visual e a percepção 
de pequenos detalhes. Assim quanto mais avançada a idade do trabalhador, maior será o nível de iluminamento 
exigido em seu posto de trabalho. 
g) Incidência direta da luz: as janelas, coberturas luminantes horizontais deverão ser dispostas de maneira que 
o sol não venha a incidir diretamente sobre o local de trabalho, utilizando-se, quando necessário de 
recursos para evitar a insolação excessiva, tais como toldos, venezianas, cortinas. 
 
 
3.3 Fatores fisiológicos da visão relacionados com a iluminação industrial 
a) Acomodação visual: é a capacidade que os olhos tem para focar objetos a diferentes distâncias. O tempo 
necessário para realizar a acomodação visual varia sensivelmente com a idade das pessoas e doenças do 
sistema visual. 
b) Adaptação visual: processo pelo qual os olhos se adaptam a diferentes níveis de iluminação. A duração da 
adaptação está relacionada a iluminação inicial do ambiente e a posterior iluminação assumida por este 
ambiente. 
c) Acuidade visual: capacidade de perceber e discriminar visualmente pequenos detalhes de objetos e 
ambientes. Também está relacionado com a idade e doenças do sistema visual.

Continue navegando