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24/10/2019
1
Processos Industriais:
Açúcar e Álcool
Marcos Sousa Rabelo
marcos.rabelo@blv.ifmt.edu.br
Eng. Ind. Químico (Doutor)
1
MATÉRIAS PRIMAS
• O açúcar é obtido da cana-de-açúcar ou da beterraba
açucareira. No Brasil e na Austrália a preferência é pela
cana devido à sua maior capacidade de aclimatação e
adaptação aos ambientes locais; em países europeus é
utilizada a beterraba açucareira.
2
3
CANA DE AÇÚCAR CANA DE AÇÚCAR
• Família das gramíneas;
• Constituição morfológica da cana-de-açúcar – rizomas,
raízes, colmo, folhas e flores- apenas o colmo, sob ponto de
vista industrial, apresenta valor econômico e tem motivado
o interesse do tecnologista.
4
Rizoma é a extensão do caule que une sucessivos brotos.
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2
CANA DE AÇÚCAR
• A cana-de-açúcar é uma planta que pertence ao gênero
Saccharum L.. Há pelo menos seis espécies do gênero, sendo
a cana-de-açúcar cultivada um híbrido multiespecífico,
recebendo a designação Saccharum spp;
• Constituindo-se como base de três importantes
agroindústrias: açúcar, aguardente e álcool; que por sua vez
são fontes de matéria-prima para outras indústrias.
5 6
INDÚSTRIAS DE AÇÚCAR E ÁLCOOL 
CANA DE AÇÚCAR
• A colheita da cana pode ser feita manual ou
mecanicamente. No primeiro caso, a cana é obtida inteira
e no segundo caso, obtêm-se toletes de 20 a 25 cm.
7
CANA DE AÇÚCAR
• O transporte da lavoura até a unidade industrial é feito por
caminhões;
• Cada carga transportada pesa aproximadamente 16
toneladas, com caminhões com capacidade de até três ou
quatro carrocerias em conjunto;
• Depois de cortada e transportada para a Usina, a cana-de-
açúcar é enviada para a moagem, onde se inicia o processo
de fabricação do açúcar e do álcool.
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3
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PROCESSO FABRICAÇÃO
RECEPÇÃO DE CANA
• A cana-de-açúcar é recebida na balança, pesagem e controle
de matéria prima na indústria.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
ESTOCAGEM
• A matéria prima é descarregada na mesa alimentadora,
através de descarregadores laterais, chamados Hillo, e
também uma parte descarregada pelo mesmo processo, no
depósito, o qual serve para estocagem de cana que será
processada durante o período da noite;
• Esta cana é transportada do depósito, para as mesas
alimentadoras, através de pontes rolantes, equipadas com
garras hidráulicas.
PROCESSO FABRICAÇÃO
12
PROCESSO FABRICAÇÃO
LAVAGEM
• A cana descarregada nas mesas alimentadoras pode ser
lavada ou não dependendo da usina;
• A lavagem tem o intuito de retirar parte de matérias
estranhas, como terra e areia, de modo a obter um caldo de
melhor qualidade e evitar o desgaste excessivo dos
equipamentos;
• A cana colhida mecanicamente não é lavada, pois, devido a
sua forma de toletes, o arraste de sacarose pela água seria
muito grande.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
LAVAGEM
Lavagem Colheita Mecanizada 
14
PROCESSO FABRICAÇÃO
PREPARO DA CANA
• A cana é conduzida através de esteiras rolantes para um jogo
de facas niveladoras, picador, desfibrador e eletroímã;
• O nivelador proporciona uma alimentação uniforme;
• O picador e o desfibrador têm como objetivo aumentar a
densidade, aumentando a capacidade de moagem, e romper
ao máximo as células para forçar uma maior eficiência de
extração do açúcar;
• Eletroímã visa retirar possíveis materiais ferrosos que
possam vir com a cana para evitar a quebra dos rolos das
moendas.
15
PROCESSO FABRICAÇÃO
PREPARO DA CANA
16
PROCESSO FABRICAÇÃO
MOAGEM
• Extração dos sólidos da cana pelo esmagamento nos rolos
das moendas que exercem forte pressão;
• Extrair a maior quantidade possível de sólidos da cana.
Separam água e sólidos da fibra que formará o bagaço. A
sacarose está dissolvida no caldo;
• Um segundo objetivo é a produção de um bagaço final com
baixa umidade para ser queimado nas caldeiras visando à
produção de energia mecânica na forma de vapor de água a
alta pressão;
• Na prática, extrai-se 94-96% do caldo da cana, que é utilizado
para produzir açúcar ou álcool.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
MOAGEM
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PROCESSO FABRICAÇÃO
EMBEBIÇÃO
• Adição de água ao bagaço pelos últimos rolos, no intuito de
diluir os sólidos remanescentes no bagaço para aumentar a
extração;
• Utiliza-se principalmente a do tipo composta, que consiste
em adicionar água entre os últimos ternos e fazer retornar o
caldo extraído deste último para o anterior e assim
sucessivamente até o segundo terno (conjunto de três rolos
da moenda).
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PROCESSO FABRICAÇÃO
EMBEBIÇÃO
PROCESSO FABRICAÇÃO
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PROCESSO FABRICAÇÃO
GERAÇÃO DE VAPOR E ENERGIA
• O bagaço é conduzido, através de esteiras para caldeira,
onde é queimado para a produção de vapor d’água;
• O vapor é utilizado no acionamento de turbinas a vapor,
transformando energia térmica em energia mecânica e
posteriormente em energia elétrica (geradores);
• O vapor é utilizado como fonte básica de energia ao longo do
processo de fabricação do açúcar e do álcool.
22
PROCESSO FABRICAÇÃO
TRATAMENTO DO CALDO
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PROCESSO FABRICAÇÃO
TRATAMENTO DO CALDO
• O caldo é peneirado, para remoção das impurezas mais
grosseiras;
• As impurezas menores (solúveis, insolúveis ou coloidais)
utiliza-se uma sequencia de procedimentos, no intuito de
coagulá-las, de maneira que a decantação possa separá-las.
24
PROCESSO FABRICAÇÃO
SULFITAÇÃO
• Consiste na absorção de SO2 pelo caldo, inibindo reações
que causam a formação de cor, coagulando matérias
coloidais, auxiliando na formação de precipitados que farão o
arraste de impurezas durante a sedimentação, diminuindo a
viscosidade do caldo e desinfetando o meio.
Sulfitação não necessário para produção de álcool. 
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PROCESSO FABRICAÇÃO
CALEAGEM
• É feita através da adição de leite de cal (Ca(OH)2) que também
coagula material coloidal, auxilia na precipitação e arraste de
impurezas solúveis e insolúveis e eleva o pH para valores
neutros.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
AQUECIMENTO
• O caldo é aquecido até aproximadamente 105ºC para acelerar
e facilitar as reações de coagulação e floculação dos
colóides e não açúcares proteicos e emulsificar graxas e
ceras;
• O aquecimento nesta etapa do processo visa essencialmente
aumentar a eficiência do processo de decantação e promover
a posterior retirada de ar.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
BALÃO FLASH
• Ocasiona diminuição brusca de pressão, onde provoca uma
ebulição espontânea do caldo eliminando assim o ar nele
dissolvido que, quando presente, dificulta a decantação das
impurezas mais leves.
28
PROCESSO FABRICAÇÃO
TORRE PRÉ-FLOCULAÇÃO
• Instalada no lugar do tanque convencional flash;
• Consiste numa grande câmara flash que recebe o caldo
caleado quente, com a dosagem de polímero (floculante) com
homogeneizado e floculado, eliminando totalmente o ar
dissolvido no caldo;
• Os sólidos insolúveis tornam-se pesados formando flocos
mais homogêneos, compacto e denso, facilitando a próxima
etapa de decantação.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
BALÃO FLASH/TORRE PRÉ-FLOCULAÇÃO
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PROCESSO FABRICAÇÃO
DECANTAÇÃO
• Também chamada de clarificação, é a etapa de purificação do
caldo pela remoção das impurezas floculadas nos
tratamentos anteriores;
• O caldo, livre das impurezas, é chamado caldo decantado e
segue para a etapa de evaporação;
• As impurezas constituem o que é chamado de lodo, sendo
enviado à etapa de filtragem.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
DECANTAÇÃO
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PROCESSO FABRICAÇÃO
DECANTAÇÃO
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PROCESSO FABRICAÇÃO
FILTRAÇÃO
• Recuperar o açúcar contido no lodo, onde se separa o caldo
filtrado do que é retido no filtro;
• A torta, formada basicamente pelos resíduos retirados na
decantação;
• O caldo retorna ao processo e a torta é utilizada como adubo
na lavoura.
34
PROCESSO FABRICAÇÃO
FILTRAÇÃO
35
PROCESSO FABRICAÇÃO
EVAPORAÇÃO
• Concentração do caldo proveniente da etapa de tratamento.
O caldo clarificado contém cerca de 85% de água. A
evaporação reduz para aproximadamente 40%;
• A evaporaçãoé realizada em evaporadores de múltiplo efeito,
onde o vapor gerado pela evaporação da água do caldo é
utilizado como fonte de aquecimento para outro evaporador;
• O caldo concentrado é chamado de xarope.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
EVAPORAÇÃO
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 Após a etapa de evaporação, o xarope é enviado ao
cozimento que é uma nova etapa de concentração só que
agora com a formação de cristais em virtude da precipitação
da sacarose dissolvida na água;
 Os cozedores são equipamentos semelhantes aos
evaporadores e seu produto final, cristais de açúcar
envolvidos em mel (solução açucarada), é chamado de
massa cozida;
 Nessa etapa atinge-se uma concentração entre 90 e 95 ºBrix
(porcentagem em peso de sólidos) à temperatura entre 58 a
65ºC.
37
PROCESSO FABRICAÇÃO
COZIMENTO
Brix: quantidade [percentual] de sólidos dissolvidos no caldo ou no xarope. 
38
PROCESSO FABRICAÇÃO
COZIMENTO
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PROCESSO FABRICAÇÃO
COZIMENTO
 A massa cozida é então enviada a cristalizadores que a
resfriam lentamente com o auxílio de água;
 Recuperação de parte da sacarose que ainda estava contida
no mel por sua deposição nos cristais já existentes gerando
o consequente aumento dos mesmos.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
CRISTALIZAÇÃO
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PROCESSO FABRICAÇÃO
CRISTALIZAÇÃO
 A força centrífuga promove a separação do açúcar. O mel
removido é coletado e retorna aos cozedores para um maior
esgotamento. O açúcar descarregado das centrífugas
apresenta alto teor de umidade (0,5 a 2%) e temperatura
elevada (65 a 95ºC).
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PROCESSO FABRICAÇÃO
CETRIFUGAÇÃO
 Por meio de um elevador de canecas, os cristais de açúcar
seguem para a secagem em tambores rotativos, levemente
inclinados em relação à horizontal, e usando ar quente em
contracorrente com o açúcar a ser seco. Este açúcar pode
ser comercializado desta forma como açúcar cristal, ou
então, utilizado para a fabricação de outros produtos como o
açúcar invertido, o açúcar refinado ou o açúcar líquido.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
SECAGEM
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PROCESSO FABRICAÇÃO
SECAGEM
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 Dois tipos de armazenagem: armazenagem em sacaria e a
granel. O sistema de armazenagem em sacaria;
 A armazenagem a granel trás uma série de vantagens
econômico sendo a principal delas o fato de assegurar uma
deterioração mais lenta que a do açúcar ensacado, podendo
ocorrer o fenômeno ou a umidificação, porém restringindo-
se à superfície da pilha de estocagem sem maiores
consequências em seu interior.
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PROCESSO FABRICAÇÃO
ARMAZENAGEM
Granel: é a carga que não é acondicionada em qualquer tipo de embalagem. 
São cargas que necessitam ser individualizadas, subdividindo-se em graneis 
sólidos e graneis líquidos
PROCESSO FABRICAÇÃO
• Inocente, alva, limpa e doce, a sacarose aparentemente se
revela um problema muito sério para a saúde;
• Estudos recentes demonstram que diversas doenças
humanas estão intimamente relacionadas ao consumo de
açúcar. Além de cáries, obesidade e diabetes, também
câncer e doenças neurológicas.
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AÇÚCAR
• Bruto é aquele obtido por clarificação do caldo de cana-de-
açúcar, sem uso de enxofre. Apresenta-se na forma de grãos
regulares com cor mais intensa, sendo adequado para
processos que exijam sabores e texturas característicos. É
muito utilizado na indústria alimentícia como matéria prima
para confeitos, panificados e produção de cereais matinais.
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AÇÚCAR
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• Açúcar cristal é a denominação dada ao açúcar obtido por
cristalização controlada do caldo de cana tratado. Para a
sua obtenção é necessário um processo mais exigente de
clarificação, utilizando sulfitação e caleagem;
• São cristais finos, regulares, com alto brilho e pureza de
99,5%. É ideal para produção de bebidas carbonatadas,
licores, sucos, sorvetes e doces em geral;
• Suas principais características são: baixo teor de sólidos
solúveis não açúcares e coloração mais clara (tendendo ao
branco). Pode ser armazenado por até dois anos em
condições adequadas. 49
AÇÚCAR
• Refinado pode ser obtido por um processo de refino do
açúcar cristal dissolvido, através de cristalização
controlada. Este processo resulta em dois tipos de açúcar:
refinado granulado e refinado amorfo.
50
AÇÚCAR
• Refinado granulado tem granulometria homogênea e
coloração clara, e é indicado para processos que exijam alta
pureza e produtos que exijam transparência quando
acabados. Devido à composição de 99,8% de sacarose, sua
pureza é alta, e, portanto, ele não interfere no sabor final
dos produtos, sendo utilizado para produção de bebidas
lácteas e achocolatados, doces, panificação, refrescos em
pó, aditivos especiais para carnes e derivados e xaropes
farmacêuticos. Em geral, tem prazo de validade de 2 anos se
armazenado de maneira adequada.
51
AÇÚCAR
• Refinado amorfo possui granulometria muito fina e irregular,
com coloração clara, alta higroscopicidade, sendo ideal
para processos que exijam rápida dissolução. Ele se
homogeniza com facilidade com outros produtos. A validade
do produto é de aproximadamente 1 ano se estocado de
maneira adequada.
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AÇÚCAR
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AÇÚCAR
• Líquido (sacarose) é límpido, claro, isento de odor e aroma,
com concentração aproximada de 65% a 68% de sólidos,
sendo obtido por dissolução do açúcar cristal em água isenta
de cloro;
• Muito utilizado na indústria alimentícia para a produção de
bebidas carbonatadas ou não, licores, sucos de frutas,
sorvetes, alimentos matinais, balas achocolatadas, biscoitos,
confeitos e cervejas especiais adoçadas. Como já vem
dissolvido, não apresenta custos de dissolução;
• O produto possui período de validade de apenas 15 dias, e
deve ser estocado em tanques específicos e passíveis de
sanitização.
53
AÇÚCAR
• Líquido invertido é a denominação dada ao açúcar obtido
por hidrólise ácida controlada de solução de sacarose,
resultando em uma mistura de glicose, frutose e sacarose.
O produto obtido é um xarope transparente isento de
odores e aromas, com poder edulcorante maior que a
sacarose e com validade de até 90 dias. Possui cerca de
76% de sólidos solúveis, constituídos por 34% de sacarose
e 66% de açúcar invertido em água. Este tipo de açúcar
também pode ser obtido por hidrólise enzimática utilizando-
se a invertase.
54
AÇÚCAR
• Açúcar mascavo é o açúcar proveniente da cana obtido por
um processo mais simples. Como o caldo da cana não é
submetido a tratamento de clarificação, este açúcar possui
coloração entre o caramelo e o marrom.
55
AÇÚCAR
• Orgânico é aquele obtido seguindo parâmetros similares de
produção, embora a matéria-prima e o processo devam
seguir rígidos padrões de qualidade que levam em
consideração a filosofia e os parâmetros técnicos da
produção orgânica de alimentos. Isto abrange tanto o setor
agrícola como o setor industrial, que deve possuir
certificação adequada do IBD (Associação de Certificação
Instituto Biodinâmico). Tem validade de aproximadamente
dois anos e permite ao produtor explorar nichos específicos
de mercado.
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AÇÚCAR
 O álcool é obtido através de um processo bioquímico chamado
fermentação;
 De maneira semelhante à produção de açúcar, para a obtenção
do álcool é necessário que o caldo receba um tratamento de
purificação;
 O tratamento do caldo destinado
à produção de álcool é o mesmo
tratamento realizado com o caldo
destinado à produção de açúcar,
excetuando-se a etapa de sulfitação.
58
PROCESSO FABRICAÇÃO
ÁLCOOL
 Ao contrário do que ocorre na fabricação do açúcar, o caldo
que servirá como matéria-prima na produção de álcool deve
ser resfriado;
 É comum fazer com que o caldo quente troque calor com o
caldo frio, sendo este aquecido e aquele resfriado. Não
sendo suficiente, o caldo que vai para a destilaria deve
passar em um trocador de calor no qual trocará calor com
água fria até atingir a temperatura de aproximadamente 30ºC.
59
PROCESSO FABRICAÇÃO
RESFRIAMENTO DO CALDO
 O mosto é uma solução de açúcar cuja concentração foi
ajustada de maneira a tornar a fermentaçãomais eficiente;
 O mosto é preparado a partir de méis, caldo e água de modo
que a mistura apresente uma concentração final por volta de
16 a 23ºBrix.
60
PROCESSO FABRICAÇÃO
PREPARO DO MOSTO
Méis: Produtos resultantes da separação dos cristais das massas cozidas.
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 Normalmente, utiliza-se o processo de fermentação Melle-
Boinot em destilarias. Esse processo tem como principal
característica a recuperação de leveduras através da
centrifugação do vinho. De modo a propiciar condições
ótimas de fermentação e evitar a infecção bacteriana, a
levedura recuperada sofre um tratamento antes de retornar
ao processo;
 Este tratamento consiste da adição de água, reduzindo o
teor alcoólico, e de ácido sulfúrico até pH = 2,5, gerando
uma mistura conhecida como pé-de-cuba.
61
PROCESSO FABRICAÇÃO
PREPARO DO FERMENTO
62
PROCESSO FABRICAÇÃO
FERMENTO BIOLÓGICO
 Ação de enzimas (Saccharomyces cerevisiar);
 Responsável para transformar da glicose no etanol
Saccharomyces cerevisiar,
 Ocorre em tanques denominados dornas de fermentação
onde o mosto é misturado com o pé-de-cuba na proporção
de 2:1, respectivamente;
 Os açúcares (sacarose, glicose e frutose) são transformados
em álcool segundo a reação de Gay-Lussac:
63
PROCESSO FABRICAÇÃO
FERMENTAÇÃO
 A fermentação libera gás carbônico e calor;
 O gás é lavado de modo a recuperar o álcool evaporado
arrastado pelo CO2;
 Devido ao calor liberado e a necessidade de se manter a
temperatura da fermentação por volta de 32ºC um sistema de
resfriamento é utilizado;
 Após um tempo de 4 a 12 horas, a fermentação termina
gerando um produto final de teor alcoólico entre 7 e 10%,
denominado vinho fermentado.
64
PROCESSO FABRICAÇÃO
FERMENTAÇÃO
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 Das dornas de fermentação, o vinho é centrifugado de modo
a separar o fermento;
 O fermento recuperado é denominado leite de levedura e
retorna às cubas de tratamento;
 O vinho delevedurado é enviado à dorna volante e
posteriormente às colunas de destilação.
65
PROCESSO FABRICAÇÃO
CENTRIFUGAÇÃO
 O vinho que vem da fermentação é composto basicamente
por componentes em fase líquida, dentre os quais se
destacam o álcool (7 a 10 ºGL) e a água (89 a 93%);
 Os demais componentes como glicerina, alcoóis homólogos
superiores, aldeído acético, bagacilhos, ácidos, leveduras e
bactérias, açúcares infermentescíveis, sais minerais, CO2,
SO2, entre outros são encontrados em quantidades bem
menores.
66
PROCESSO FABRICAÇÃO
DESTILAÇÃO
Bagacilhos: Fração do bagaço com fibras curtas, separada pneumaticamente 
para uso como meio filtrante, normalmente. 
 Para a separação do álcool, utiliza-se o processo de
destilação no quais os diferentes pontos de ebulição dos
componentes da mistura são responsáveis pela separação;
 A operação é realizada em três etapas: destilação
propriamente dita, retificação e desidratação. Em todas elas
o aquecimento é feito a partir do vapor, de forma direta ou
indireta;
 Nessa etapa, o etanol é separado do vinho. O vinho,
inicialmente com 7 a 10 ºGL, é decomposto em duas
correntes: flegma (vapores com 40 a 50 ºGL) e vinhaça (que
segue para a lavoura como fertilizante com menos de
0,03 ºGL). Essa etapa de destilação elimina ainda impurezas
como aldeídos e ésteres.
67
PROCESSO FABRICAÇÃO
DESTILAÇÃO
 Visa concentrar o flegma proveniente da destilação de forma
a obter um grau alcoólico de 96 ºGL à saída e retirar
impurezas como alcoóis homólogos superiores, aldeídos,
ésteres, aminas, ácidos e bases.
68
PROCESSO FABRICAÇÃO
RETIFICAÇÃO
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18
 O álcool a 96 ºGL é chamado álcool hidratado. Para a
produção de álcool anidro, a 99,7 ºGL, é preciso utilizar
ciclohexano como desidratante;
 Essa necessidade surge do fato de que o álcool hidratado
constitui uma mistura azeotrópica mistura em que os
componentes não são separados por um processo de
destilação simples.
69
PROCESSO FABRICAÇÃO
DESIDRATAÇÃO
Mistura azeotrópica: se comportam como se fossem substâncias puras em 
relação à ebulição, isto é, a temperatura mantém-se inalterada do início ao 
fim da ebulição (PE constante).
 A adição do ciclohexano forma uma mistura ternária com a
água e o álcool cujo ponto de ebulição é menor do que o da
mistura binária inicial;
 Após a separação, o desidratante é recuperado e
reaproveitado;
 Algumas usinas utilizam um sistema conhecido como
peneira molecular para fazer a desidratação.
70
PROCESSO FABRICAÇÃO
DESIDRATAÇÃO
 Os alcoóis produzidos, hidratado e anidro, são quantificados
e enviados a tanques de grande volume onde são estocados
para posterior comercialização.
71
PROCESSO FABRICAÇÃO
ARMAZENAMENTO
PROCESSO FABRICAÇÃO
1
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ÁLCOOL
 Preparo dos reagentes químicos para o processo (Planta
Química);
 Tratamento de água, água para caldeira, água de
resfriamento, geração de vapor e energia, tratamento de
efluentes;
 Entre outros processos que auxiliar ao processo principal de
fabricação de açúcar e álcool.
74
PROCESSO FABRICAÇÃO
SISTEMAS DE UTILIDADES
PROCESSO FABRICAÇÃO PROCESSO FABRICAÇÃO
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PROCESSO FABRICAÇÃO PROCESSO FABRICAÇÃO
79
 Monocultura caracterizada pelo uso intensivo de terras, com
perda de biodiversidade, à redução da qualidade e
quantidade dos recursos hídricos disponíveis e a uma
redução na oferta de alimentos;
 Uso de agrotóxicos, como herbicidas e inseticidas de
diferentes classes químicas e diferentes classes de
toxicidade que contribui para manter a elevada produção, os
mesmos apresentam riscos à saúde humana e animal;
 Excesso do uso de fertilizantes são a salinização dos solos e
consequente diminuição da produtividade das culturas,
contaminação das águas e efeitos na atmosfera.
IMPACTOS AMBIENTAIS
PLANTIO DA CANA
80
IMPACTOS AMBIENTAIS
PRODUÇÃO INDUSTRIAL 
Fonte: Lora (2000).
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81
Fonte: Leonardo et al., 2012
IMPACTOS AMBIENTAIS
PRODUÇÃO INDUSTRIAL 
82Fonte: Leonardo et al., 2012
IMPACTOS AMBIENTAIS
PRODUÇÃO INDUSTRIAL 
Fonte: Leonardo et al., 2012
83
IMPACTOS AMBIENTAIS
PRODUÇÃO INDUSTRIAL 
84
 Cada litro de etanol produz de 10 a 14 litros;
 Composição variada e representa um problema ecológico
devido à sua alta DBO e DQO, 13 e 25 g/L em média,
respectivamente, temperatura de aproximadamente 85 °C e
pH 4,5 além de quantidades significativas de nitrogênio,
fósforo, sulfatos, cloretos, entre outros. Seu despejo em rios
e lagos provoca o fenômeno de eutrofização e morte dos
peixes;
 Tem sido empregada na lavoura da própria cana-de-açúcar,
substituindo, em parte, o uso de fertilizantes. Porém há
necessidade de tomar cuidado se utilizada de maneira
intermitente e desordenada pode ocasionar sérios problemas
de poluição do solo e dos lençóis freáticos.
IMPACTOS AMBIENTAIS
VINHAÇA
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*Tonelada de colmo **Demanda bioquímica de oxigênio
Fonte: Lora (2000) 85
IMPACTOS AMBIENTAIS
Principais resíduos da produção de açúcar e álcool
86
IMPACTOS AMBIENTAIS
Principais sugestão para redução
dos resíduos e efluentes gerados
no plantio da cana e produção do
açúcar e álcool
Fonte: PUGLIESE e LOURENCETTI, 2017

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