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Tribunal constitucional como poder- resum

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA- FUNOESC
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCAIS E APLICADAS- FASCISA 
DIRETO: Primeiro Semestre 
Tribunal Constitucional como poder 
Matéria: Ciência Politica 
Aluno: Felisberto C. De S. Junior 
Professor: Roland Hamilton 
Xaxim, Santa Catarina. 
Tribunal Constitucional Como Poder
O livro Tribunal Constitucional Como Poder, conta a história do surgimento do estado 
moderno desde quando o estado era fragmento na baixa idade media até a mais 
recente hexapartição do poder na Inglaterra. Além disso, ele também comenta sobre 
os principais pensadores de cada época e sua contribuição para acontecer a 
repartição dos poderes. 
Ele busca, fazer com compreendemos um pouco mais sobre as teorias da 
repartição dos poderes, sobre a ciência politica, teoria do estado e dar uma 
introdução ao direito constitucional como conhecemos hoje no mundo ocidental
No início do livro é falado sobre os reinos feudais, onde geralmente eram 
fragmentados em pequenos núcleos. Dentro desses núcleos podemos dizer que 
havia uma certa divisão de tarefas para tentar a harmonia dentro desses feudos. A 
sociedade era divida em os servos que eram as pessoas que geralmente 
trabalhavam nas fazendas, Vassalos, pessoas proprietários de terras mais com 
pouco poder politico e militar, havia também suseranos, pessoas com bastante 
terras e exércitos, além disso eles também arbitravam questões locais e por último 
havia os Reis que exerciam o papel de última estância nas decisões. Dentro da 
sociedade feudal havia acordos entre os membros, mais importante para nós era o 
acordo de quarto grau que era entre os servos e o Rei, que basicamente servia para 
denunciar os suseranos aos Reis, dessa forma eles atuariam como poder de última 
estância declarando sentenças. No estado feudal por ser um estado pequeno quem 
tomava as decisões eram os mesmos que sofriam as consequências delas. Não 
havia uma certa divisão dos poderes dentro dessa sociedade. 
Para entender a repartição dos poderes, primeiro é necessário entender 
quando o chamado estado moderno começa a existir. Sobre o mesmo podemos 
dizer que a sua criação foi na Europa quando surge o Absolutismo. Principalmente 
idealizado por Maquiável que é considerado o pai da ciência politica. Ele separou a 
ética da politica falando quem nem sempre um governante deve ser ético caso ele 
esteja lutando por algo louvável. Para ele o estado deveria ser absoluto, soberano , 
e que o poder deveria estar concentrado num monarca. No absolutismo todos os 
poderes como conhecemos hoje estavam na mão de uma única pessoa o Rei. Para 
exemplificar; é só se pensar que uma pessoa tenha a capacidade de julgar em 
última estância, administrar e criar leis para si próprio cumprir, sem ninguém para o 
controlar, sendo assim o Rei era autoridade máxima dentro de seu território. No 
estado absolutista começou haver uma centralização maior do poder. Em volta da 
monarquia foi criado o chamado espaço público e o Estado-Nação centradas na 
figura do rei. Assim sendo chamado de poder executivo original. 
Estado nacional moderno basicamente é o conjunto de quartos fatores: 
1° O rei organiza uma burocracia, ou seja, um corpo de funcionários para organizar 
e ajudar administrar o seu reino. E assim nasce o direito público 
2° Estado centralizado, ou seja, por ter o poder politico se tornou soberano, 
constituindo o Rei a totalidade das funções públicas. 
3° Estado territorial, ou seja, as fronteiras.
4° Estado Nacional, ou seja, a população que estava dentro daquele território 
passou a formar uma nação.
Para Bodin soberania era um traço essencial para distinguir o estado das 
outras associações de pessoas. Para Hobbes a soberania devia ser absoluta, 
indivisível e concentrada, com poder fazer e abolir leis. 
A bipartição dos poderes foi basicamente, uma descentralização do poder 
politico onde rei não teria mais todas as funções. A função legislativa, ou seja, a 
função de criar leis passaram para um parlamento que tentava ser autônomo. Isso 
surgiu na Inglaterra com a Revolução Gloriosa de 1688. A qual o parlamento inglês 
ganhou o poder de legislar e onde um dos poderes políticos saiu das mãos do rei e 
passou para um grupo de pessoas que representaria a sociedade. Assim o 
parlamento controla algumas ações do rei. Entretanto o rei ainda tinha a função do 
poder executivo e judiciário. John Locke foi um dos idealizadores da bipartição onde 
fala da supremacia do poder legislativo sobre o poder do rei. 
Tripartição de poderes, nessa repartição surge o poder judiciário autônomo. 
Essa repartição veio da teoria clássica de Montesquieu que era um iluminista liberal. 
Para ele os três poderes deveriam ser autônomos e devia ter harmonia entre eles. 
Com a tripartição dos poderes o estado ficou divido em Poder legislativo, Poder 
Judiciário e Poder executivo. Assim podendo instituir um governo moderado, que 
tinha um regime misto, tendo várias representações de governo como a aristocracia, 
monarquia e a democracia em só um estado. Com isso cada forma diminuía os 
defeitos da outra, mantendo as virtudes de todas. Entretanto o Rei ainda tinha o 
poder de última estância em defesas das próprias instituições e da liberdade. A 
tripartição de poderes é adotada até hoje pelos Estados Unidos e pelo Brasil.
Tretrapartição, basicamente foi transferir a função de governo, em sua 
totalidade para há uma instituição política nova, que seria responsável politicamente 
perante o órgão que representaria a sociedade. Desse modo, nasceu um quarto 
poder político o chamado poder governamental. Que na Inglaterra primeiramente foi 
chamado de O gabinete ou de Conselhos de Ministros. Entretanto o Rei ainda ficou 
com o poder da administração pública. Esse poder se consolidou na Inglaterra com 
a Reform ACT de 1832. O gabinete serviu também como uma ligação entre a Coroa 
e o Parlamento. Um dos seus principais pensadores foi Benjamin Constant ele 
dividiu os poderes em, Poder Real (ou neutro), O Poder Ministerial, O poder 
Representativo (Parlamento), Poder judiciário. O Brasil adotou a tretraparticição 
durante o império, a qual o imperador era chamado de Poder Moderador.
Pentapartição, ganhou força com constituição de Weimar em 1919, que o faz 
surgir o chamado Estado Social. Nesta constituição a administração pública 
ganharia autonomia frente ao governo, assim não precisando mais seguir uma linha 
ideológica estabelecida pelo governo do dia, ficou denominada como O poder 
administrativo. Esse poder compete organizar os meios práticos e colocar em ação 
para cumprir os objetivos do governo e do estado. Deveria ser um poder imparcial e 
servir o legislador, o judiciário e o governo do dia.
Hexapartição, nessa repartição o estado deve ser submisso ao direito. É 
estabelecido um sexto poder que servia para a defesa da constituição, da 
democracia e para a defesa dos direitos fundamentais. É chamado de Tribunal 
Constitucional, ele é independente do poder judiciário. Foi consequência entre o 
diálogo entre o Direito Constitucional e valores éticos do convívio sociopolítico. É um 
órgão que deve zelar pela constituição de seu país e controle de constitucionalidade. 
Tem a função política de última instância. É incompatível com governos com a 
tripartição de poderes. Recente foi adotado pela Inglaterra, assim criando uma 
suprema corte. 
Em suma podemos ver que a repartição dos poderes foi um processo lento e 
gradual. Que surge juntamente ao estado moderno. É divido em diversas fases 
como: Absolutismos; Bipartição; Tripartição; Tetrapartição; Pentapartição; e 
Hexapartição. Cada uma com suas particularidades e com grande importância para 
sociedade atual.Também é possível se visualizar que a Inglaterra foi pioneira na maioria dos 
processos como na Bipartição do poder com a criação do Parlamento, após a 
revolução gloriosa e com tripartição do poder com criação do judiciário autônomo. E 
atualmente com o processo da Hexapartição que foi criado um tribunal constitucional 
na terra da rainha.

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