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Aula - Desenolvimento Circulatório e Respiratório

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Biologia do desenvolvimento e genética
Profª Maria Isabela Ramos Haddad Garcia
Desenvolvimento do Sistema Circulatório
O sistema cardiovascular é o primeiro a funcionar no embrião, principalmente devido à necessidade de um método eficiente de captação de oxigênio e nutrientes.
 É originado do mesoderma esplâncnico, para-axial e lateral bem como das células da crista neural.
 A primeira indicação morfológica da futura região cardíaca é a cavidade pericárdica, que se desenvolve ventralmente ao intestino anterior e à placa precordal.
 Os cordões angioblásticos, localizados no mesoderma cardiogênico, na 3ª semana de desenvolvimento se canalizam para formar os tubos cardíacos, os quais se fundem no final da 3ª semana para formar o coração tubular primitivo.
 O coração começa a bater entre o 22º e 23º dia e o fluxo de sangue começa na 4ª semana do desenvolvimento sendo visto através da ultrassonografia Doppler.
Desenvolvimento do coração
 O primórdio do coração é observado no 18º dia de desenvolvimento na área cardiogênica.
Com o dobramento lateral do embrião, esses tubos se fundem para formar um único tubo cardíaco. Essa fusão começa na extremidade cranial e se estender caudalmente, entre o 22º e 28º dia de desenvolvimento.
Com o dobramento cefálico o coração e a cavidade pericárdica passam a ficar ventralmente ao intestino anterior e caudalmente a membrana bucofaríngea. 
Em consequência desse dobramento o coração tubular se alonga e desenvolve dilatações e constrições alternadas: tronco arterial, bulbo cardíaco, ventrículo primitivo, átrio primitivo e seio venoso.
Embriologia do Sistema Circulatório
Três pares de veias drenam o coração tubular do embrião de quatro semanas: 
(1) as veias vitelinas, pelas quais retorna o sangue do saco vitelino; 
(2) as veias umbilicais, que trazem sangue oxigenado do córion (parte embrionária da placenta); 
(3) as veias cardinais comuns, pelas quais retorna o sangue do corpo do embrião.
Durante a formação da prega cefálica o coração se alonga e forma dilatações e constrições alternadas: 
o tronco arterioso;
o bulbo arterioso (ou bulbus cordis);
 o átrio;
o ventrículo; 
o seio venoso;
Circulação Primitiva
Contrações começam entre o vigésimo e vigésimo primeiro dia. 
Os movimentos ocorrem em ondas peristálticas que têm inicio no seio venoso e forçam o sangue através do coração tubular. 
O sangue primitivo forma-se na parede do saco vitelino durante a terceira semana e passa para o seio venoso do coração através das veias vitelinas. 
Desenvolvimento final do coração 
O coração primitivo tem um átrio e um ventrículo. 
A divisão do canal atrioventricular, átrio e ventrículo começa por volta da metade da quarta semana e termina ao final da quinta semana. 
Embora sejam descritos separadamente, esses processos do desenvolvimento acontecem ao mesmo tempo.
Desenvolvimento do Sistema Respiratório
Maturação dos pulmões
Dividida em 4 períodos
Período pseudoglandular;
Período canalicular;
Período do saco terminal;
Período alveolar.
Período pseudoglandular ( 5 a 17 semanas)
Pulmão semelhante a uma glândula exócrina;
Formação dos principais elementos dos pulmões, exceto os envolvidos com as trocas gasosas;
 
 Porção condutora formada, porção respiratória não.
Fetos nascidos nesse período são incapazes de sobreviver.
Período canalicular (17 a 25 semanas)
A luz dos brônquios e bronquíolos tornam-se mais ampla;
Tecido pulmonar fica mais vascularizado;
A respiração é possível, pois:
 - Alguns sacos terminais já se desenvolveram;
 - Tecido pulmonar está bem vascularizado.
 Obs.: Apesar de sobreviver, se receber tratamento intensivo, um feto nascido nesse período frequentemente morrerá pois seu sistema respiratório e outros sistemas são imaturos.
Período do saco terminal ( 26 semanas ao nascimento) 
Formam-se mais sacos terminais (alvéolos primitivos) a partir dos ductos alveolares;
Alvéolos revestidos por pneumatócitos tipo I;
Aumento dos capilares que entram em contato com os pneumatócitos formando a barreira hematoaerea – permite as trocas gasosas.
Pneumatócitos tipo II secretam o surfactante pulmonar;
 
 - Neutraliza a força da tensão superficial na interface ar-alvéolo facilitando a expansão dos sacos terminais;
 - A produção de surfactante começa com 20 semanas, mas está presente apenas em pequenas quantidade nas crianças prematuras; ele só atinge níveis adequados no final do período fetal; 
 - Uma vascularização adequada e surfactante suficiente são essenciais para a sobrevivência de crianças prematuras.
Período alveolar ( do período fetal até a infância – em torno de 8 anos de idade)
Estagio final do desenvolvimento pulmonar;
Aumento do número de bronquíolos respiratórios e alvéolos primitivos;
Ao final do período fetal, os pulmões são capazes de respiração porque a membrana alveolocapilar é suficientemente delgada para permitir as trocas gasosas;
Apesar de os pulmões somente começarem a desempenhar esta função vital após o nascimento, eles têm que estar bem desenvolvidos para serem capazes de funcionar assim que a criança nasce.
Alvéolos
Alvéolos maduros se formam após o nascimento;
Antes do nascimento, os alvéolos imaturos aparecem como pequenas saliências nos bronquíolos respiratórios e sacos terminais;
Após o nascimento, os alvéolos imaturos aumentam de tamanho à medida que os pulmões se expandem;
Os alvéolos imaturos diferem dos maduros pela capacidade de formar alvéolos primitivos adicionais. Estes aumentam de tamanho e tornam- se alvéolos maduros.
Movimentos respiratórios
Antes do nascimento ocorrem movimentos descontínuos que exercem força suficiente para causar a aspiração de líquido amniótico pelos pulmões;
Condicionam os músculos respiratórios;
Estimulam o desenvolvimento pulmonar, criando um gradiente de pressão entre os pulmões e o líquido amniótico.
O líquido do pulmão é drenado por 3 vias:
 
 1- Pela boca e nariz;
 2- Para os capilares sanguíneos;
 3- Para os vasos linfáticos, artérias e veias pulmonares.

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