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Raciocínio lógico-matemático
trf 1ª Região
Raciocínio Analítico
Livro Eletrônico
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RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
Raciocínio Analítico
Prof. Josimar Padilha 
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SUMÁRIO
Raciocínio Analítico Introdução ....................................................................4
Raciocínio analítico e a argumentação. O uso do senso crítico na argumentação. 
Tipos de argumentos: argumentos falaciosos e apelativos. Comunicação 
eficiente de argumentos. .............................................................................4
Raciocínio Analítico e a Argumentação ...........................................................8
Argumentos Racionais .................................................................................9
Estrutura do Argumento ............................................................................10
Silogismo ................................................................................................10
Linguagem Simbólica dos Argumentos Lógicos Formados com Proposições 
Categóricas .............................................................................................12
Silogismo Categórico (Os argumentos são dedutivos, veremos mais a frente 
como identificar se o argumento é dedutivo) ................................................14
Regras do silogismo .................................................................................14
Das premissas .........................................................................................15
Da conclusão ..........................................................................................15
Validade de um Argumento ........................................................................15
O Uso do Senso Crítico na Argumentação ....................................................27
Argumento Dedutivo ................................................................................31
Argumento Indutivo ..................................................................................31
Argumento Abdução .................................................................................33
Argumento de Autoridade .........................................................................36
Argumento por Analogia ............................................................................39
 Comunicação Eficiente de Argumentos .......................................................41
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
Raciocínio Analítico
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Argumentos Falaciosos e Apelativos ............................................................43
Argumento Falaciosos ...............................................................................43
Exemplos de falácias ................................................................................46
Questões de Concurso ...............................................................................48
Gabarito ..................................................................................................59
Gabarito Comentado .................................................................................60
Comentário do Desafio ..............................................................................92
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Raciocínio Analítico
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RACIOCÍNIO ANALÍTICO INTRODUÇÃO 
Raciocínio analítico e a argumentação. O uso do senso crítico na argumentação. 
Tipos de argumentos: argumentos falaciosos e apelativos. Comunicação eficiente 
de argumentos.
Olá, caro(a) aluno(a), tudo bem? Sou o professor e autor Josimar Padilha, e é 
com grande alegria que tenho o privilégio de compartilhar esse momento importan-
tíssimo com você, que pretende ingressar no serviço público. 
Nesse módulo, iremos abordar um assunto cobrado pela banca CESPE para o con-
curso do TRF 1ª Região denominado “raciocínio analítico”. Dessa forma, apresentarei 
questões atuais, com comentários, fontes de consultas e citações de professores da 
Universidade de Brasília, Universidade de Lisboa e King’s College London. 
Já tenho mais de 16 anos de experiência em aulas presenciais e mais de 08 anos 
em aulas online, possuo mais de 04 obras escritas, dentre as quais podemos citar: 
“RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO – Fundamentos e Métodos Práticos, Editora 
Juspodivm – 2016”, e em especial, “MAIS DE 350 QUESTÕES COMENTADAS DE 
RACIOCÍNIO LÓGICO – CESPE”, também pela editora Juspodivm que se encontra 
disponível no site da referida editora. 
JOSIMAR PADILHA
Professor do Gran Cursos Online. Ministra aulas presenciais, 
telepresenciais e online de Matemática Básica, Raciocínio Lógico, 
Matemática Financeira e Estatística para processos seletivos em 
concursos públicos estaduais e federais. Além disso, é professor de 
Matemática e Raciocínio Lógico em várias faculdades do Distrito 
Federal. É servidor público há mais de 20 anos. Autor de diversas obras 
e palestrante.
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Raciocínio Analítico
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O raciocínio analítico é uma forma de pensamento com o objetivo de explicar as 
coisas por meio da decomposição em partes mais simples, que são mais facilmente 
explicadas ou solucionadas, e uma vez entendidas tornam possível o entendimento 
do todo. É levado em conta também os aspectos sociais e até mesmo psicológicos, 
em que é dado a oportunidade de interpretar o conteúdo, o pensamento se processa 
relativamente com plena consciência da informação e das operações que implica. O 
comportamento do todo é assim explicado pelo comportamento das partes. Estas 
partes, em geral, podem ser relatadas a outra pessoa por aquele que pensa.
Teremos uma metodologia infalível e estrategista, pois, além de aprendermos 
os princípios e os fundamentos do assunto deste módulo, sabendo interpretar suas 
aplicações nas questões de concursos, iremos aprender os melhores métodos de 
resolução, aos quais, no decorrer desses 16 anos como professor, eu me dediquei, 
para que os meus alunos alcançassem seus sonhos no serviço público nos diversos 
processos seletivos em todo do Brasil. 
Antes de começarmos iremos fazer uma análise das lógicas que acontecem nos 
processos seletivos:
LÓGICA INFORMAL (ANALÍTICO) é o estudo da argumentação em língua 
natural. O estudo de falácias é um ramo particularmente importante da lógica in-
formal. Os Diálogos de Platão são bons exemplos de lógica informal.
LÓGICA FORMAL (DEDUTIVA, INDUTIVA E ABDUÇÃO) é o estudo da in-
ferência com conteúdo puramente formal. Uma inferência possui um conteúdo pu-
ramente formal se ele pode ser expresso como um caso particular de uma regra 
totalmente abstrata, isto é, uma regra que não é sobre uma qualquer coisa em par-
ticular. As obras de Aristóteles contêm o primeiro estudo formal da lógica. A lógica 
formal moderna segue e amplia o trabalhode Aristóteles. Em muitas definições de 
lógica, inferência lógica e inferência com conteúdo puramente formal são a mesma 
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coisa. Isso não esvazia a noção de lógica informal, porque nenhuma lógica formal 
captura as diferenças quase imperceptíveis da língua natural.
LÓGICA SIMBÓLICA (PRIMEIRA ORDEM – ESTRUTURAS LÓGICAS) é o 
estudo das abstrações simbólicas que capturam as características formais da infe-
rência lógica. A lógica simbólica é frequentemente dividida em dois ramos: lógica 
proposicional e a lógica de predicados.
Em nosso caso, iremos trabalhar com a lógica informal, ou seja, com o raciocínio 
analítico, logo torna-se importante você ter um certo conhecimento quanto a lógica 
inferencial e a lógica simbólica. 
No decorrer do nosso estudo, iremos seguir um cronograma didático que tem 
dado muito certo, que se trata: 
1. exposição do assunto – conceitos – de forma esquematizada;
2. métodos e dicas de resolução rápida;
3. esquemas estratégicos
4. questões comentadas 
RACIOCÍNIO ANALÍTICO
1. Raciocínio analítico e a argumentação.
2. O uso do senso crítico na argumentação. 
3. Tipos de argumentos: argumentos falaciosos e apelativos. 
4. Comunicação eficiente de argumentos
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Desafio
QUAL PASTA?
Questão da Prova (CESPE/DPU ANALISTA/2016)
Quatro candidatos a uma vaga de emprego em uma agência de detetives de-
verão passar por um teste de raciocínio lógico, que consiste em entrar em uma 
sala e descobrir em qual das duas pastas sobre a mesa, uma vermelha e outra 
verde, estão seus respectivos contratos de trabalho — os quatro contratos estão 
em uma mesma pasta. Cada um deles poderá fazer uma única pergunta a um de 
seus dois possíveis futuros chefes: um responderá sempre com a verdade e o ou-
tro sempre mentira. Os candidatos não sabem, todavia, qual dos dois chefes falará 
a verdade e qual mentirá. 
O candidato 1 perguntou a um dos chefes em qual pasta estava o seu contrato; 
ouviu a resposta e saiu. O candidato 2 fez a mesma pergunta do primeiro candi-
dato só que, casualmente, escolheu o outro chefe, ouviu a resposta e se retirou. 
O candidato 3 entrou na sala, pegou uma das pastas nas mãos e perguntou a um 
dos chefes: 
— O seu amigo me diria que nesta pasta se encontra o meu contrato? 
Ouviu a resposta e saiu. Entrou o último candidato e, com o dedo apontado 
para um dos chefes, perguntou ao outro: 
— Em que pasta ele diria que está o meu contrato? 
— “Na verde”, foi a resposta que ele obteve. 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a seguir. 
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1. A partir das perguntas feitas pelos quatro candidatos e das respostas obti-
das, é correto afirmar que os contratos estão na pasta vermelha. 
2. É correto inferir que o chefe que respondeu ao candidato 1 falava a verdade 
e que o outro mentia.
3. Considere que a pasta que o candidato 3 tenha segurado quando entrou na 
sala seja aquela que continha os contratos. Nesse caso, a resposta do chefe a 
quem ele dirigiu a pergunta será “Sim”.
Comentário final do módulo.
Raciocínio Analítico e a Argumentação
Vamos inicialmente entender o que vem a ser um ARGUMENTO:
Presume-se que os argumentos ilustram a forma mais conspícua daquilo a que 
vulgarmente se chama “raciocínio”. Podemos acreditar na possibilidade de existi-
rem raciocínios que não sejam argumentos.
Por exemplo, “Se não foges, então o tigre come-te” é uma frase que expressa 
um raciocínio, mas não um argumento. 
Obs.: Talvez seja uma forma ultra abreviada de entimema. 
Entimema: silogismo em que falta ou está subentendida uma premissa, tal 
como ocorre com frequência no discurso cotidiano, que suprime as asserções pres-
supostas pelos interlocutores (ex., “Renato está com febre, logo está doente”, que 
elide “todos os que têm febre estão doentes”).
 Neste material, falaremos apenas de raciocínios que tenham a forma de um argu-
mento. É comum, e correto, distinguir dois gêneros de raciocínio: indutivo e dedutivo. 
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A Lógica formal também chamada de lógica simbólica se preocupa, basicamente, 
com a estrutura do raciocínio. Os conceitos são rigorosamente definidos, e as senten-
ças são transformadas em notações simbólicas precisas, compactas e não ambíguas.
Argumento é a relação que associa um conjunto de proposições P1, P2, P3, ... Pn, 
chamadas premissas (hipóteses), a uma proposição C, chamada conclusão (tese) 
do argumento.
Enciclopédia de termos lógicos-filosóficos 
Edição de João Branquinho/Desiderio Murcho/Nelson Gonçalves
Argumentos Racionais
É importante ressaltar o que vem a ser um argumento racional antes de come-
çarmos o nosso estudo. 
Ao abordar alguns assuntos aqui neste módulo, e em muitas questões que 
veremos a frente, as bancas citam que os argumentos construídos e que serão 
analisados, em uma abordagem filosófica, têm que se distinguir da mitologia e da 
religião por sua ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das 
pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em 
suas investigações. Entre seus métodos, estão a argumentação lógica, a análise 
conceitual, as experiências de pensamento e outros métodos a priori.
Apesar de as atividades a que nos dedicamos cotidianamente pressuporem a 
aceitação de diversas crenças e valores de que nem sempre estamos cientes, aqui 
em nosso estudo de raciocínio analítico iremos nos deter aos conceitos, estruturas 
e definições preestabelecidas conforme as bancas exigem nos processos seletivos 
quando nos referimos ao raciocínio analítico.
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Estrutura do Argumento
p1 ∧ p2 ∧ p3 ∧ p4 ∧ p5 ... pn → C
 (Premissas/Hipóteses) (Conclusão/Tese)
Silogismo
Quando temos um argumento formado por três proposições, sendo duas pre-
missas e uma conclusão, trata-se então de um SILOGISMO. 
P1: premissa
P2:premissa
C: conclusão 
Exemplos: 
I – P1 :Todos os professores são dedicados (V)
 P2: Todos os dedicados são bem-sucedidos (V)
 Todos os professores são bem-sucedidos (V)
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Representação por diagrama:
II –P1: Todos os professores são dedicados (V)
P2: Josimar é dedicado (V)
C: Josimar é professor (V/F)
Representação por diagrama:
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Linguagem Simbólica dos Argumentos Lógicos Formados com Proposições 
Categóricas
Para representação simbólica iremos partir do pressuposto que você já tenha 
visto a linguagem da lógica formal, ok?
Linguagem natural 
Todos os homens são sensíveis. 
Há homens.
Logo, há (pessoas) sensíveis. 
Linguagem formal 
(“x(homens(x) → sensível(x)))
($x homem(x))
Logo
($x sensível(x))
Linguagem natural 
Alguns felinos são leopardos. 
Todos os leopardos são belos.
Logo, alguns felinos são belos.
Linguagem formal 
($x(felino(x) ∧ leopardo(x)))
(“x(leopardo(x) → belo(x)))
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Logo
($x (felino(x) ∧ belo(x)))
Linguagem natural 
Todos os sancarlenses são baianos.
Todos os baianos são brasileiros.
Logo, todos os sancarlenses são brasileiros.
Linguagem formal 
(“x(sancarlense(x) → baiano(x)))
(“x(baiano(x) → brasileiro(x)))
Logo
(“x(sancarlense(x) → brasileiro(x)))
Linguagem natural 
Nenhum jogador é pobre. 
Alguns pobres são alegres. 
Logo, alguns jogadores não são alegres.
Linguagem formal 
(¬$x (jogador(x) ∧ pobre(x)))
($x (pobre(x) ∧ alegre(x)))
Logo
($x (alegre(x) ∧ ¬jogador(x)))
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SILOGISMO CATEGÓRICO (Os argumentos são dedutivos, vere-
mos mais a frente como identificar se o argumento é dedutivo)
É denominado categórico quando composto por três proposições categóricas ou 
singulares, e as três proposições categóricas devem conter ao todo duas premissas 
e uma conclusão distinta destas premissas. 
Termo Médio é o termo que se repete nas duas premissas, mas não aparece 
na conclusão.
Exemplo: 
Todo cachorro é aquático. 
Todo aquático é vertebrado. 
Logo todo cachorro é vertebrado. 
Neste caso, o termo médio é “aquático”. 
Importantíssimo sabermos as regras do silogismo, sendo assim é importante 
guardá-las. Beleza?!
Regras do silogismo 
A validade de um silogismo depende do respeito às regras de estruturação que 
permitem verificar a correção ou incorreção do silogismo. 
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Das premissas
1) Todo silogismo contém somente três termos: maior, médio e menor.
2) Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das 
premissas. 
3) O termo médio não pode entrar na conclusão. 
4) O termo médio deve ser universal ao menos uma vez.
Da conclusão 
1) De duas premissas negativas, nada se conclui.
2) De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa.
3) A conclusão segue sempre a premissa mais fraca.
4) De duas premissas particulares, nada se conclui. 
A Lógica formal não se preocupa com o valor lógico das premissas e da conclu-
são, se preocupa apenas com a forma e a estrutura que as premissas se relacionam 
com a conclusão, ou seja, se o argumento é válido ou inválido. Isto quer dizer que 
para ser argumento é necessário possuir FORMA.
Neste módulo, iremos dar mais ênfase ao raciocínio crítico (analítico), em que a 
interpretação dos pensamentos será levada em conta. 
Validade de um Argumento
Um argumento será válido, legítimo ou bem construído quando a conclusão 
é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. 
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Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isto implica necessariamen-
te que a conclusão será verdadeira.
A validade de um argumento depende tão somente da relação existente entre 
as premissas e a conclusão.
p1 (V) ∧ p2 (V) ∧ p3(V) ∧ p4(V) ∧ p5(V) ∧ ... ∧ pn(V) → C(V)
Percebemos que existe um conectivo de conjunção que opera as premissas, 
logo para que a conclusão seja verdadeira torna-se necessário as premissas serem 
verdadeiras, até mesmo porque se uma das premissas for falsa tornará a conclusão 
falsa. Logo, temos que a verdade das premissas garante a verdade da conclusão 
do argumento.
Mais uma vez partiremos do pressuposto que você tenha conhecimento das tabe-
las-verdade, caso haja alguma dificuldade, torna-se interessante adquirir a aula em 
PDF com esse assunto. 
1. (CESPE) Assinale a opção que apresenta um argumento válido.
a) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem, me sinto disposto. Ontem 
estudei e não me senti disposto, logo obterei boas notas mas não me alimentei bem.
b) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje fará frio. Ontem choveu e 
hoje fez frio. Logo, estamos em junho.
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c) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não choveu ontem, logo se-
gunda-feira não será feriado.
d) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores estão verdinhas, logo choveu.
Letra a.
a) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem, me sinto disposto. Ontem 
estudei e não me senti disposto, logo obterei boas notas mas não mealimentei bem.
Temos: 
P1: estudo → obtenho boas notas. 
P2: me alimento bem → me sinto disposto. 
P3: Ontem estudei ∧ não me senti disposto.
 Conclusão: Obterei boas notas ∧ não me alimentei bem.
Partindo do princípio de que todas as premissas são verdadeiras, temos: 
P1: Estudo (V) → obtenho boas notas. (V) = (V)
P2: Me alimento bem (F) → me sinto disposto. (F) = (V) 
P3: Ontem estudei (V) ∧ não me senti disposto (V) = (V)
Após a valoração das premissas podemos verificar se a verdade das premissas re-
almente garante a verdade da conclusão? Vejamos:
 Conclusão: Obterei boas notas (VERDADE) ∧ não me alimentei bem. (VERDADE) 
= VERDADE.
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 Sendo assim, o argumento é válido.
b)Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje fará frio. Ontem choveu e hoje 
fez frio. Logo, estamos em junho.
Temos: 
P1: (ontem choveu ∧ estamos em junho) → hoje fará frio. 
P2: ontem choveu ∧ fez frio. 
Conclusão: estamos em junho.
Partindo do princípio de que todas as premissas são verdadeiras, temos:
P1: (ontem choveu (V) ∧ estamos em junho (V/F) → hoje fará frio. (V) = (V)
P2: ontem choveu (V) ∧ fez frio (V) = (V)
Conclusão: estamos em junho(V/F)
Após a valoração das premissas podemos verificar se a verdade das premissas re-
almente garante a verdade da conclusão? Vejamos:
Logo, C: estamos em junho (V/F) 
Sendo assim, o argumento é inválido.
c)Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não choveu ontem, logo segun-
da-feira não será feriado.
Temos:
P1: (choveu ontem → segunda-feira é feriado). 
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P2: não choveu ontem. 
Conclusão: segunda-feira não é feriado.
Partindo do princípio de que todas as premissas são verdadeiras, temos:
P1: choveu ontem (F) → segunda-feira é feriado (V). = (V)
P2: não choveu ontem = (V)
Conclusão: segunda-feira não é feriado (F). 
Após a valoração das premissas podemos verificar se a verdade das premissas re-
almente garante a verdade da conclusão? Vejamos:
Conclusão: segunda-feira não é feriado = F 
Sendo assim, temos que o argumento é inválido.
d)Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores estão verdinhas, logo 
choveu.
 
Temos:
P1: (Chove → árvores ficam verdinhas). 
P2: As árvores estão verdinhas. 
Conclusão: Choveu.
Partindo do princípio de que todas as premissas são verdadeiras, temos:
P1: Chove (V/F) → árvores ficam verdinhas (V). = (V)
P2: As árvores estão verdinhas.
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Conclusão: Choveu (V/F).
Após a valoração das premissas podemos verificar se a verdade das premissas re-
almente garante a verdade da conclusão? Vejamos:
Conclusão: Choveu (V/F).
Sendo assim temos que o argumento é inválido.
2. (CESPE) Uma noção básica da lógica é a de que um argumento é composto de 
um conjunto de sentenças denominadas premissas e de uma sentença denominada 
conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é necessariamente verdadeira 
sempre que as premissas forem verdadeiras. Com base nessas informações, julgue 
os itens que se seguem.
a) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira. 
b) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido. 
c) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido. 
d) É válido o seguinte argumento: todo cachorro é verde, e tudo que é verde é 
vegetal, logo, todo cachorro é vegetal. 
Errado/errado/errado/certo.
A tabela abaixo retirada do livro “Introdução a Lógica” do autor Irving Copi resume 
as possíveis situações de um argumento em relação a sua validade e invalidade.
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Quando um 
argumento é
e as hipóteses… então a tese será:
Válido
(Bem construído)
são todas verdadeiras
Necessariamente 
verdadeira
não são todas verdadeiras ou Verdadeira ou Falsa
Inválido
(Mal construído)
são todas verdadeiras ou Verdadeira ou Falsa
não são todas verdadeiras ou Verdadeira ou Falsa
De acordo com a tabela, podemos responder tranquilamente os itens desta ques-
tão, logo temos: 
(1) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira. (Errado)
(2) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido. (Errado)
(3) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido. (Errado)
(4)É válido o seguinte argumento: todo cachorro é verde, e tudo que é verde é ve-
getal, logo todo cachorro é vegetal. (Certo) 
3. (CESPE) Julgue o item seguinte, a respeito de lógica.
Considere o argumento formado pelas proposições A: “Todo número inteiro é par”; 
B: “Nenhum número par é primo”; C: “Nenhum número inteiro é primo”, em que A 
e B são as premissas e C é a conclusão. Nesse caso, é correto afirmar que o argu-
mento é um argumento válido.
Certo.
Mais uma vez partiremos do pressuposto que você tenha conhecimento 
dos quantificadores lógicos e seus respectivos diagramas lógicos, caso 
haja alguma dificuldade, torna-se interessante adquirir a aula em PDF com 
esse assunto. 
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O exercício da atividade policial exige preparo técnico adequado ao enfrentamento 
de situações de conflito e, ainda, conhecimento das leis vigentes, incluindo inter-
pretação e forma de aplicação dessas leis nos casos concretos. Sabendo disso, 
considere como verdadeiras as proposições seguintes.
P1:Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma de-
cisões ruins.
P2:Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma de-
cisões ruins.
P3:Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial se 
deixa dominar pela emoçãoao tomar decisões. 
P4:Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem 
informações precisas ao tomar decisões.
Com base nessas proposições, julgue o item a seguir.
4. (CESPE) Considerando que P1, P2, P3 e P4 sejam as premissas de um argu-
mento cuja conclusão seja “Se o policial está em situação de estresse e não toma 
decisões ruins, então teve treinamento adequado”, é correto afirmar que esse ar-
gumento é válido. 
Certo.
Validade de um Argumento
Um argumento será válido, legítimo ou bem construído quando a conclusão é uma 
consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. 
Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isso implica necessariamente 
uma conclusão verdadeira.
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A validade de um argumento depende tão somente da relação existente entre as 
premissas e a conclusão.
p
1
(V)^ p
2
(V) ^ p
3
(V) ^ p
4
(V) ^ p
5
(V) ... p
n
(V)  C(V)
Percebemos que existe um conectivo de conjunção que opera as premissas. Logo, 
para que a conclusão seja verdadeira, torna-se necessário as premissas serem ver-
dadeiras, até mesmo porque se uma das premissas for falsa tornará a conclusão 
falsa. Logo, temos que a verdade das premissas garante a verdade da conclusão 
do argumento.
Representando as premissas e a conclusão, podemos analisar da seguinte forma 
por exclusão: se a verdade das premissas não garantir a verdade da conclusão, o 
argumento será inválido. Logo, iremos tentar invalidar o argumento. Caso não con-
sigamos, então o argumento será válido.
Vamos tentar então invalidar o argumento: as premissas verdadeiras e a conclusão falsa.
P1:se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões → então o policial toma deci-
sões ruins = V.
P2:não tem informações precisas ao tomar decisões → então o policial toma deci-
sões ruins = V.
P3:(está em situação de estresse ^ não teve treinamento adequado) → (o policial 
se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões) = V.
P4:(teve treinamento adequado ^ se dedicou nos estudos) → (o policial tem infor-
mações precisas ao tomar decisões) = V.
Conclusão: (o policial está em situação de estresse ^ não toma decisões ruins) 
→ (teve treinamento adequado) = F.
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Valorando as proposições de acordo com as premissas temos: 
Percebemos que, ao tentarmos invalidar o argumento, verificamos uma contradi-
ção. Logo, se o argumento não é inválido, será válido.
Em ação judicial contra operadora de telefonia móvel, o defensor do cliente que 
interpôs a ação apresentou a argumentação a seguir.
P1:A quantidade de interrupções nas chamadas realizadas de aparelhos cadastrados 
em planos tarifados por ligações é quatro vezes superior à quantidade de interrupções 
nas chamadas realizadas de aparelhos cadastrados em planos tarifados por minutos.
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P2:Se ocorrer falha técnica na chamada ou a operadora interromper a chamada de 
forma proposital, então ocorrerá interrupção nas chamadas de meu cliente.
P3:Se a quantidade de interrupções em chamadas realizadas de aparelhos cadas-
trados em planos tarifados por ligações for quatro vezes superior à quantidade de 
interrupções nas chamadas realizadas de aparelhos cadastrados em planos tarifa-
dos por minutos, então não ocorrerá falha técnica na chamada.
P4:Ocorre interrupção na chamada de meu cliente.
Logo, a operadora interrompeu a chamada de forma proposital.
Com base nas proposições acima, julgue o item subsecutivo.
5. (CESPE) Em face das proposições apresentadas, é correto afirmar que o argu-
mento do defensor é um argumento inválido. 
Certo.
Validade de um Argumento
Um argumento será válido, legítimo ou bem construído quando a conclusão é uma 
consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. 
Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isto implica necessariamente 
que a conclusão será verdadeira.
A validade de um argumento depende tão somente da relação existente entre as 
premissas e a conclusão.
p
1
 (V)^ p
2
(V) ^ p
3
( V) ^ p
4
(V) ^ p
5
(V) ... p
n
(V)  C( V)
Representando as proposições e considerando que todas as premissas são verda-
deiras vamos verificar se a conclusão também será verdadeira: 
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P1: A quantidade de interrupções nas chamadas realizadas de apare-
lhos cadastrados em planos tarifados por ligações é quatro vezes supe-
rior à quantidade de interrupções nas chamadas realizadas de aparelhos 
cadastrados em planos tarifados por minutos.
 
= (V)
P2: [(ocorrer 
falha técnica na 
chamada)
v (a operado-
ra interromper a 
chamada de for-
ma proposital)]
→ [ocorrerá 
interrupção nas 
chamadas de meu 
cliente]
= 
(V)
 
P3: [(a quantidade de interrupções em chama-
das realizadas de aparelhos cadastrados em 
planos tarifados por ligações for quatro vezes 
superior à quantidade de interrupções nas cha-
madas realizadas de aparelhos cadastrados em 
planos tarifados por minutos)]
([não 
ocorrerá 
falha técnica 
na chama-
da)].
=(V)
P4: Ocorre interrupção na chamada de meu cliente. = (V)
Conclusão: a operadora interrompeu a chamada de forma proposital. = (?)
A verdade das premissas não garante a verdade da conclusão.
O Uso do Senso Crítico na Argumentação
 O senso crítico ou pensamento crítico, em geral, significa pensamento de alta 
ordem que questiona as mais diversas suposições. É uma forma de decidir quan-
V
F ? V
V V
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do uma afirmação é verdadeira, falsa, ou às vezes verdadeira e às vezes falsa, ou 
parcialmente verdadeira e parcialmente falsa. O conceito propriamente dito é con-
testado dentro do âmbito da educação, devido as múltiplas possibilidades de signi-
ficado. A origem do pensamento crítico pode ser traçado no ocidente até o método 
socrático, na Grécia antiga. O pensamento crítico é um importante componente de 
várias profissões e constitui a base do pensamentocientífico. 
 O senso crítico requer os seguintes procedimentos por parte dos indivíduos:
a) reconhecer problemas, encontrar meios funcionais de resolução para pro-
blemas;
b) entender a importância de priorizar e ordenar os precedentes na resolução 
de problemas;
c) agrupar e ordenar informações relevantes;
d) compreender e usar a linguagem com precisão, clareza e discernimento;
e) interpretar dados, avaliar evidencias e valorizar argumentos;
f) reconhecer a existência (ou não existência) de relação lógica entre propo-
sições;
g) traçar conclusões garantidas e generalizações;
h) reconstruir padrões de crenças baseadas em amplas experiências;
i) testar exaustivamente as conclusões e generalizações as quais chegou;
j) prestar julgamento apurado sobre coisas específicas e características na 
vida diária.
Resumindo, o senso crítico é um persistente esforço de examinar qualquer cren-
ça ou suposta forma de conhecimento sob a luz de evidências que as suportam e 
as conclusões as quais elas tendem a produzir.
http://en.wikipedia.org/wiki/Critical_thinking
http://oupeltglobalblog.com/2010/08/20/what-is-critical-thinking/
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Uma abordagem interessante: 
“Algumas características do pensamento crítico: para esclarecermos no que con-
siste o desenvolvimento do senso crítico, servimo-nos de autores que se consagra-
ram ao “pensar na educação”, tais como Lipman (1995), Tishman (1999), Carraher 
(1993), Raths et al. (1977), entre outros, esses esclarecimentos são importantes 
porque muitos professores consideram erroneamente que “criticar é encontrar de-
feitos ou censurar” (Raths et al., 1977, p.26). Assim sendo, promovem discussões 
em sala de aula, limitando-se a ouvir as opiniões dos alunos, sem lhes dar orien-
tações que efetivamente corroborem o desenvolvimento da capacidade crítica. O 
que se vê, na maioria das vezes, é uma discussão acalorada, em que cada um 
tenta imprimir o seu próprio ponto de vista, sem atentar nos juízos alheios. Ainda 
segundo Raths et al. (1977), a crítica é uma atividade do pensamento que envolve 
julgamentos, análises, avaliações, estabelecimento de relações, mediante alguns 
padrões. Lipman (1995) considera que o pensamento crítico se revela sobretudo na 
capacidade de efetuar “bons julgamentos”, ou seja, não basta ser capaz de emitir 
juízos, é preciso “ampliar as consequências, identificar as características da defi-
nição e mostrar a ligação entre estas” (Lipman, 1995, p .171). Em outros termos, 
este autor considera que a diferença entre um simples julgamento e o “bom julga-
mento” consiste no fato de este último estar fundamentado em critérios, ser auto-
corretivo e sensível ao contexto. Os critérios são, portanto, fundamentais para dife-
renciar o pensar crítico do pensar acrítico. Saber estabelecê-los ou identificá-los no 
curso de um julgamento é uma condição imprescindível para o desenvolvimento da 
capacidade crítica. Para tanto, é preciso estabelecer relações, pois estas fornecem 
aos julgamentos sentido e orientação. De fato, para julgar, precisamos observar, 
estabelecer comparações, discernir semelhanças e diferenças, orientando-nos por 
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critérios. Tais atividades constituem um mecanismo metodológico de investigação 
que pode ser exercitado mediante a orientação do professor.”
Rev. Brasileira de Linguística Aplicada, v.3, n. l, 58-184, 2003.
Elisabeth Ramos da Silva Universidade de Taubaté.
!
“Em lógica racional podemos distinguir três tipos de raciocínio lógico, referente ao 
que cada um deseja determinar a partir de uma premissa, uma conclusão, e uma 
regra segundo a qual a premissa implica a conclusão, temos assim os seguintes:
Dedução: corresponde a determinar a conclusão. Utiliza-se da regra e sua premis-
sa para chegar a uma conclusão. Exemplo: “Quando chove, a grama fica molhada. 
Choveu hoje. Portanto, a grama está molhada.” É comum associar os matemáticos 
com este tipo de raciocínio.
Indução: é determinar a regra. É aprender a regra a partir de diversos exemplos 
de como a conclusão segue da premissa. Exemplo: «A grama ficou molhada todas 
as vezes em que choveu. Então, se chover amanhã, a grama ficará molhada.” É 
comum associar os cientistas com este estilo de raciocínio.
Abdução: significa determinar a premissa. Usa-se a conclusão e a regra para de-
fender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exemplo: “Quando chove, a 
grama fica molhada. A grama está molhada, então pode ter chovido.” Associa-se 
este tipo de raciocínio aos diagnosticistas e detetives, etc.”. Em um argumento 
abdutivo, a conclusão é inferida por representar a melhor explicação para os fatos 
enunciados nas premissas.
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Vejamos de uma forma mais detalhada a seguir:
ARGUMENTO DEDUTIVO 
Um argumento será dedutivo quando sua conclusão traz apenas informações 
obtidas das premissas, ainda que implícitas. É um argumento de conclusão não 
ampliativa. Para um argumento dedutivo válido, caso se tenha premissas verdadei-
ras, a conclusão será necessariamente verdadeira. 
Geralmente os argumentos dedutivos são estéreis, uma vez que eles não apre-
sentam nenhum conhecimento novo. Como dissemos, a conclusão já está contida 
nas premissas. A conclusão nunca vai além das premissas. Mesmo que a ciência 
não faça tanto uso da dedução em suas descobertas, exceto a matemática, ela 
continua sendo o modelo de rigor dentro da lógica.
ARGUMENTO INDUTIVO
Um argumento é dito indutivo quando sua conclusão traz mais informações 
que as premissas fornecem. É um argumento de conclusão ampliativa.
É o mais usado pelas ciências. Por meio dos argumentos indutivos é que as ciên-
cias descobrem as leis gerais da natureza. O argumento indutivo geralmente parte 
de dados da experiência e desses dados chega a enunciados universais. Além disso, 
todas as conjecturas que a ciência faz têm por base a indução. Com base em dados 
particulares do presente as ciências fazem as conjecturas do futuro.
“Os argumentos indutivos, ao contrário do que sucede com os dedutivos, levam a con-
clusões cujo conteúdo excede os das premissas. E esse traço característico da indução 
que torna os argumentos indispensáveis para a fundamentação de uma significativa 
porção dos nossos conhecimentos”. (SALMON, 1969, p. 76)
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O grande problema da indução é que ela é probabilística. Não há a necessidade 
como na dedução. Como vimos na dedução, a conclusão decorre necessariamente 
das premissas. Já na indução isso é impossível, uma vez que ela enumera casos 
particulares e por probabilidade ela infere uma verdade universal. A conclusão da 
indução tem apenas a probabilidade de ser verdadeira. 
6.(CESPE) No Brasil, os pobres têm mais poder que os ricos. Isso ocorre porque 
o sistema político adotado no Brasil é a democracia, no qual a vontade da maioria 
prevalece, e, no Brasil, existem mais pobres que ricos.
Com relação ao argumento anterior, julgue os itens seguintes.
a) A afirmativa “No Brasil, os pobres têm mais poder que os ricos”, é uma premissa. 
b) A oração “no Brasil, existem mais pobres que ricos” é a conclusão do texto.
c) O trecho “o sistema político adotado no Brasil é a democracia, no qual a vontade 
da maioria prevalece” é uma hipótese.
d) O argumento apresentado no texto é um exemplo de argumento indutivo.
 
c) Certo.
A frase se trata de uma premissa, ou seja, hipótese.
a) Errado. 
Temos que esta afirmativa é a conclusão do argumento. Isto é percebido pela pre-
sença da palavra “porque” que anuncia premissas dentro de um argumento. 
b) Errado.
Temos que esta oração é uma premissa do argumento, fundamenta a conclusão. 
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d) Errado.
Sua conclusão não traz mais informações que as premissas fornecem. É um argu-
mento de conclusão não ampliativa. 
Argumento Abdução
Para que possamos entender um pouco mais sobre a indução, retirei um texto 
da Revista de Filosofia da Região Amazônica, vejamos:
Charles Sanders Peirce enfatiza a importância da abdução no avanço de teorias cien-
tíficas. Os três modos inferenciais nos possibilitam pensar de forma estruturalmente 
lógica, de modo a garantir certa correspondência entre as teorias elaboradas e a reali-
dade. Uma vez gerada e escolhida a hipótese, segue-se o processo de justificação que 
irá ocorrer no desenvolvimento dos raciocínios dedutivo e indutivo, proporcionando uma 
verificabilidade da correspondência entre a hipótese acolhida e as leis da natureza.
Segundo Pierce, a abdução é o processo pelo qual a razão inicia o estudo de um novo 
campo científico que ainda não havia sido abordado. Esse tipo de raciocínio pode ser 
exemplificado, entre outras áreas, na criação do artista, nas pesquisas históricas e ar-
queológicas ou mesmo nos procedimentos de investigações criminais, que antes de ini-
ciarem seus trabalhos só contam com alguns sinais que indicam pistas a seguir. Nestas 
descobertas, o raciocínio abdutivo se efetiva nas seguintes etapas: percepção de ano-
malia; surpresa e dúvida; abandono do hábito anterior; geração e seleção de hipóteses 
que poderiam solucionar o problema. Neste sentido, o raciocínio abdutivo se processa 
na simbiose entre a razão expressa no exercício da mente e razoabilidade constitutiva 
do mundo. Na relação entre a mente de quem raciocina e a natureza existe uma afinida-
de suficiente para que, na maioria das vezes, as tentativas na escolha de uma hipótese 
correspondam à regularidade observada. “A abdução inicia-se dos fatos sem, em prin-
cípio ter qualquer particular teoria em vista, embora ela seja motivada pelo sentimento 
de que uma teoria é necessária para explicar os fatos surpreendentes”. Segundo Peirce, 
há o reconhecimento de três tipos de fatos que compõem a tessitura da realidade: o 
fato sobre um objeto com os seus singulares, fato sobre a relação de dois objetos com 
os seus duplos, e fato sobre vários objetos com os seus plurais. Os caracteres singulares 
“são predicáveis de objetos singulares, que correspondem ao signo 13, tal como quando 
dizemos que algo é branco, grande, etc”. O segundo tipo de caracteres duplos corres-
ponde à coisa significada, que se refere aos pares de objetos que estabelecem relações 
entre si, como, por exemplo, o de similaridade. E o terceiro tipo, caracteres plurais, 
envolve mais de dois elementos na composição do fato. Assim, como os caracteres dos 
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fatos encontram-se relacionados aos modos de cognição, parece haver conexão entre 
os tipos de inferência, que se relacionam por meio de movimentos de síntese e análise, 
com propósito evolutivo de avançar. Neste contexto, a condição de relação procede do 
sentido de ação e reação, entrelaçada à finalidade de aquisição de conhecimento. Em 
uma linguagem formal, podemos descrever a abdução da seguinte maneira: 
• o fato surpreendente C é observado; 
• se A (hipótese) fosse verdadeira, C se seguiria naturalmente; 
• portanto, existe razão para suspeitar que A seja verdadeira.
Os processos de inferência lógica se principiam na abdução, que se caracteriza como 
um tipo de raciocínio capaz de introduzir uma ideia nova através da geração de hipóte-
ses provisórias, porém plausíveis; sem este tipo de inferência não poderíamos avançar 
em nossos conhecimentos. No entanto, o raciocínio abdutivo apresenta-se como o mais 
frágil e passível de erro, carecendo dos outros tipos de raciocínio para que se complete 
o processo de justificação. No entanto, por meio da argumentação feita até aqui, sob 
a ótica da filosofia de Peirce, parece haver uma determinação mútua entre o geral e o 
particular, em que cada cognição é composta por elementos gerais e inserida em um 
contexto singular. 
Revista de Filosofia da Região Amazônica
7. (CESPE/ FUNPRESP-EXE/2016) Acerca dos argumentos racionais, julgue o item 
a seguir. 
O texto que se segue, produzido por um detetive durante uma investigação crimi-
nal, ilustra um raciocínio por indução. 
Ontem uma senhora rica foi assassinada em sua casa. No momento do crime, 
havia uma festa na casa da vítima e nela estavam presentes umas cinquenta 
pessoas. Dessas cinquenta, é sabido que nove tinham algum tipo de problema 
com a senhora assassinada. Assim, é plausível supor que o assassino esteja en-
tre essas nove pessoas.
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Errado.
Um argumento é dito indutivo quando sua conclusão traz mais informações que as 
premissas fornecem. É um argumento de conclusão ampliativa.
Os argumentos indutivos, ao contrário do que sucede com os dedutivos, levam a conclu-
sões cujo conteúdo excede os das premissas. E esse traço característico da indução que 
torna os argumentos indispensáveis para a fundamentação de uma significativa porção 
dos nossos conhecimentos. (SALMON, 1969, p. 76).
 
No argumento apresentado temos que a premissa tenta defender a conclusão, isto 
é, poderia explicar a conclusão. Se baseia em um tipo de raciocínio capaz de introdu-
zir uma ideia nova por meio da geração de hipóteses provisórias, porém plausíveis; 
A conclusão podeser verdadeira. Neste caso, temos um argumento por abdução. 
COMPARAÇÃO 
DEDUÇÃO X INDUÇÃO X ABDUÇÃO
RACIOCÍNIO REGRA CASO PARTICULAR CONCLUSÃO
DEDUÇÃO
Todas as bolas 
nesta urna são 
brancas.
Todas as bolas nesta amos-
tra aleatória são tomadas 
desta urna.
Então, todas as bolas 
nesta amostra aleatória 
particular são brancas.
INDUÇÃO
Todas as bolas 
nesta amostra 
particular são 
brancas.
Todas as bolas desta amos-
tra particular foram toma-
das desta urna.
Então, todas as bolas 
nesta urna são brancas.
ABDUÇÃO
Todas as bolas 
nesta urna são 
brancas.
Todas as bolas nesta amos-
tra particular são brancas.
Então, todas as bolas 
nesta amostra parti-
cular foram tomadas 
desta urna.
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ARGUMENTO DE AUTORIDADE 
Um argumento baseado na opinião de um especialista. Os argumentos de auto-
ridade têm geralmente a seguinte forma lógica (ou são a ela redutíveis): 
Por exemplo: 
P: Aristóteles disse que a Terra é plana
Logo, a Terra é plana. 
Um argumento de autoridade pode ainda ter a seguinte forma lógica: 
Todas as autoridades dizem que P
Logo, P
 A maior parte do conhecimento que temos de física, matemática, história, 
economia ou qualquer outra área se baseia no trabalho e opinião de especialistas. 
Os argumentos de autoridade resultam desta necessidade de nos apoiarmos nos 
especialistas. Por isso, uma das regras a que um argumento de autoridade tem de 
obedecer para poder ser bom é esta: 
1) O especialista (a autoridade) invocado tem de ser um bom especialista da 
matéria em causa. Esta é a regra violada no seguinte argumento de autoridade: 
P: Einstein disse que a maneira de acabar com a guerra era ter um governo 
mundial; 
Logo, a maneira de acabar com a guerra é ter um governo mundial. 
Dado que Einstein era um especialista em física, mas não em filosofia política, 
este argumento é mau. Contudo, apesar de Marx ser um especialista em filosofia 
política, o seguinte argumento de autoridade é mau: 
P: Marx disse que a maneira de acabar com a guerra era ter um governo mundial;
Logo, a maneira de acabar com a guerra é ter um governo mundial.
 Neste caso, é mau porque viola outra regra: 
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2) Os especialistas da matéria em causa não podem discordar significativamen-
te entre si quanto à afirmação em causa. Dado que os especialistas em filosofia 
política discordam entre si quanto à afirmação em causa, o argumento é mau. É por 
causa desta regra que quase todos os argumentos de autoridade sobre questões 
substanciais de filosofia são maus: porque os filósofos discordam entre si sobre 
questões substanciais. Poucas são as afirmações filosóficas substanciais que todos 
os filósofos aceitam unanimemente e por isso não se pode usar a opinião de argu-
mento de Frege-Church um filósofo para provar seja o que for de substancial em 
filosofia. Fazer isso é falacioso. Os seguintes argumentos contra Galileu são igual-
mente maus: «Aristóteles disse que a Terra está imóvel; logo, a Terra está imóvel» 
e «A Bíblia diz que a Terra está imóvel; logo, a Terra está imóvel». O primeiro é mau 
porque nem todos os grandes especialistas da altura em astronomia, entre os quais 
se contava o próprio Galileu, concordavam com Aristóteles – o argumento viola a 
regra 2. O segundo é mau porque os autores da Bíblia não eram especialistas em 
astronomia – o argumento viola a regra 1. Considere-se o seguinte argumento: 
«Todos os especialistas afirmam que a teoria de Einstein está errada; logo, a teoria 
de Einstein está errada». Qualquer pessoa poderia ter usado este argumento quan-
do Einstein publicou pela primeira vez a teoria da relatividade. Este argumento é 
mau porque é derrotado pela força dos argumentos independentes que sustentam 
a teoria de Einstein.
 A regra violada é a seguinte: 
3) Só podemos aceitar a conclusão de um argumento de autoridade se não 
existirem outros argumentos mais fortes ou de força igual a favor da conclusão 
contrária. Poderíamos eliminar 2, pois 3 faz o seu trabalho. Não se aceita um argu-
mento de autoridade baseado num filósofo quando há outros argumentos de igual 
força, baseados noutro filósofo, a favor da conclusão contrária. Mas 3 abrange o 
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tipo de erro presente no último argumento sobre Einstein, ao passo que 2 não o 
faz. No caso do argumento de Einstein, o erro consiste no fato de o argumento de 
autoridade baseado em todos os especialistas em física ser mais fraco do que os 
próprios argumentos físicos e matemáticos que sustentam a teoria de Einstein. 
Considere-se o seguinte argumento: 
«O psiquiatra X defende que toda a gente deve ir ao psiquiatra pelo menos três 
vezes por ano; logo, toda a gente deve ir ao psiquiatra pelo menos três vezes por 
ano». Admita-se que todos os especialistas em psiquiatria concordam com X, que é 
um grande especialista na área. A regra 3 diz-nos que este argumento é fraco por-
que há outros argumentos que colocam em causa a conclusão: dados estatísticos, 
por exemplo, que mostram que a percentagem de curas efetuadas pelos psiquia-
tras é diminuta, o que sugere que esta prática médica é muito diferente de outras 
práticas cujo sucesso real é muitíssimo superior. 
Além disso, este argumento viola outra regra:
4) Os especialistas da matéria em causa, no seu todo, não podem ter fortes 
interesses pessoais na afirmação em causa. Quando Einstein afirma que a teoria da 
relatividade é verdadeira, tem certamente muito interesse pessoal na sua teoria. 
Mas os outros físicos não têm qualquer interesse em que a teoria da relatividade 
seja verdadeira; pelo contrário, até têm interesse em demonstrar que é falsa, pois 
nesse caso seriam eles a ficar famosos e não Einstein. Mas nenhum psiquiatra tem 
interesse em refutar o que diz X. E, por isso, a sua afirmação não tem qualquer va-
lor – porque é a comunidade dos especialistas, no seu todo, que tem tudo a ganhar 
e nada a perder em concordar com X. 
Os argumentos de autoridade são vácuos ou despropositados quando invocam 
corretamente um especialista para sustentar uma conclusão que pode ser provada 
por outros meios mais diretos. Por exemplo: «Frege afirma que o modus ponens 
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é válido; logo, o modus ponens é válido». Dado que a validade do modus ponenspode ser verificada por outros meios mais diretos (nomeadamente por meio de 
um inspetor de circunstâncias), este argumento é vácuo ou despropositado. Os 
argumentos de autoridade devem unicamente ser usados quando não se pode usar 
outras formas argumentativas mais diretas. Usa-se muitas vezes a expressão «ar-
gumento de autoridade» como sinónimo de «argumento mau de autoridade». To-
davia, nem todos os argumentos de autoridade são maus; o progresso do conheci-
mento é impossível sem recorrer a argumentos de autoridade; e pode-se distinguir 
com alguma proficiência os bons dos maus argumentos de autoridade, atendendo 
às regras dadas. 
LÓGICA INFORMAL. DM Walton, D. 1989. Informal Logic. Cambridge: Cambridge University Press.
Argumento por Analogia
Um argumento que infere a satisfação de uma propriedade x por um objeto B, 
na base da analogia que se verifica existir entre o objeto B e um dado objeto A, que 
sabemos previamente satisfazer a propriedade x. 
A analogia existente entre os objetos A e B deixa-se, por sua vez, esclarecer em 
termos do fato de existir um certo grupo de propriedades que é satisfeito tanto por 
A como por B. A hipotética validade ou invalidade de um tal argumento não pode 
ser estabelecida a priori. 
Com efeito, a validade de um argumento deste gênero depende essencialmente 
da relevância que a analogia que se detecta existir entre A e B possa ter para a 
compreensão da satisfação de propriedades como x por objetos do gênero de A e 
de B. Porém, seja qual for essa relevância, um argumento por analogia é sempre 
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um argumento indutivo e nunca um argumento dedutivo, isto é, trata-se de um 
argumento que da verdade das premissas infere a conclusão como provavelmente 
verdadeira, e não de um argumento no qual a verdade da conclusão se segue ne-
cessariamente da verdade das premissas.
Vejamos uma questão comentada:
8. (CESPE/FUNPRESP-EXE/2016) Acerca dos argumentos racionais, julgue o item 
a seguir. 
No diálogo a seguir, a resposta de B é fundamentada em um raciocínio por analogia. 
a) O que eu faço para ser rico assim como você? 
b) Como você sabe, eu não nasci rico. Eu alcancei o padrão de vida que tenho hoje 
trabalhando muito duro. Logo, você também conseguirá ter esse padrão de vida 
trabalhando muito duro.
Certo.
Numa argumentação por analogia temos que ressaltamos características em co-
mum entre duas ou mais situações com o intuito de inferir conclusões parecidas. 
Na questão, “B” apresenta uma situação que ficou rico trabalhando duro e que de 
forma similar “A” poderá ficar rico também trabalhando duro. 
Porém, seja qual for essa relevância, um argumento por analogia é sempre um 
argumento indutivo e nunca um argumento dedutivo, isto é, trata-se de um ar-
gumento que da verdade das premissas infere a conclusão como provavelmente 
verdadeira, e não de um argumento no qual a verdade da conclusão se segue ne-
cessariamente da verdade das premissas. 
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 Comunicação Eficiente de Argumentos
Quando se constrói um argumento há a pretensão de que as premissas sejam 
relevantes para a conclusão. Com efeito, de acordo com tal pretensão, se as pre-
missas forem desgarradas da conclusão (por exemplo, se tratarem de um assun-
to distinto do desta) apenas impropriamente se pode chamar a essa coleção de 
frases um argumento; nestes casos, a expressão que representa a relação entre 
premissas e conclusão ocorre vaziamente. Será que a expressão que representa a 
relação entre premissas e conclusão, ou o símbolo, representam um CONECTIVO 
entre as premissas e a conclusão? Não. A sua função é metalinguística. Ela é usada 
para referir uma certa relação lógica que se reclama existir entre as premissas e a 
conclusão. Como se afirmássemos: As frases P1, Pn são uma boa justificação desta 
outra, C. Deve ser claro que, numa afirmação deste tipo, as frases P1, Pn e C estão 
a ser mencionadas. De igual modo, a expressão uma boa justificação de está, nes-
sa frase, a ser usada para afirmar que uma dada relação se verifica entre as frases 
mencionadas, as premissas e a conclusão.
É importante ressaltar que em um argumento é importante interpretarmos que 
é a conclusão e que são as premissas, uma vez que a análise entre essas propo-
sições definirá o caminho (conclusão) que se deseja chegar. Desta forma, vamos 
citar alguns termos que anunciam premissas e termos que anunciam conclusão, 
até mesmo porque, as bancas às vezes, invertem a ordem na estrutura de um ar-
gumento, em que o candidato dever identificar os termos para uma análise correta. 
Termos que anunciam conclusão: logo, assim, portanto e então;
Termos que anunciam premissas: pois e porque. 
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DIRETO DO CONCURSO
9. (CESPE/2015) No argumento: “O homem inteligente nunca recebe penalidades, 
pois somente o homem que erra recebe penalidades e o homem inteligente jamais 
erra” apresenta um argumento válido.
Certo.
vamos identificar as premissas e a conclusão:
Premissas: P1: somente o homem que erra recebe penalidades.
 P2: o homem inteligente jamais erra.
Observação: Temos o termo “pois” que anuncia as premissas.
Conclusão: O homem inteligente nunca recebe penalidades. 
Resolvendo a questão temos: 
No argumento: “O homem inteligente nunca recebe penalidades, pois somente o 
homem que erra recebe penalidades e o homem inteligente jamais erra” apresenta 
um argumento válido.
Representando o argumento: 
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Premissa 1: Somente o homem que erra recebe penalidades.
Premissa 2: Homem inteligente jamais erra.
Conclusão: O homem inteligente nunca recebe penalidades.
Temos que as verdades das premissas garantem a verdade da conclusão. 
Argumentos Falaciosos e Apelativos
Argumento Falaciosos
Falácia é um defeito de raciocínio. Em geral, esse defeito passa despercebido, 
criando assim a ilusão de se estar na presença de um raciocínio correto. Essa ilusão 
pode ser partilhada, ou não, por quem propõe o raciocínio e por aqueles a quem 
ele se destina. 
As falácias podem afetar quer os raciocínios dedutivos, quer os indutivos. 
O Que é uma Falácia? 
A noção de falácia é híbrida: tem aspectos lógicos e aspectos psicológicos (even-
tualmente, até sociológicos). As noções híbridas deste tipo estão longe deser péro-
las conceptuais, mas revelam-se por vezes úteis para fins pedagógicos e práticos. 
É, talvez, esse o caso da noção de falácia. Não existe uma teoria geral das falácias, 
nem uma classificação das falácias que seja consensualmente aceita. No entanto, 
há bons “indicadores” do que não é uma falácia. Uma falácia não pode ser identi-
ficada simplesmente com um raciocínio a partir de premissas falsas, visto que ra-
ciocínios deste tipo podem ser, se dedutivos, válidos ou, se indutivos, fortes; e em 
qualquer dos casos não serão falaciosos.
Uma falácia também não pode ser identificada com um raciocínio a partir de 
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premissas inconsistentes; se fosse esse o caso todas as demonstrações por reduc-
tio ad absurdum seriam falaciosas, e não é assim. Por fim, uma falácia não pode 
ser identificada simplesmente com um raciocínio inválido, se dedutivo, ou com um 
raciocínio fraco, se indutivo; se fosse esse o caso, a noção de falácia seria coo ex-
tensiva da reunião das outras duas e nada mais haveria a dizer sobre ela que não 
tivesse já sido dito sobre as outras duas, e também não é assim.
Uma falácia pode iludir, ou enganar, umas vezes obscurecendo a forma do argu-
mento e criando a ilusão de validade; outras vezes, construindo o raciocínio de um 
modo tal que se torne (virtualmente) imperceptível a falta de uma premissa que, 
se descoberta, seria imediatamente compreendida como falsa; outras vezes ainda, 
dando a uma premissa falsa uma formulação que é susceptível dá a fazer passar 
por verdadeira. A principal motivação para o raciocínio falacioso reside, talvez, na 
vontade de persuadir um auditório sem ter razões (ou provas) suficientes para o 
convencer. Por vezes a primeira destas duas componentes pode ser de tal forma 
forte que o carácter falacioso do raciocínio pode mesmo iludir o seu promotor. 
FALÁCIAS INFORMAIS: aquelas que só podem ser detectadas por meio de uma 
análise do conteúdo do raciocínio. 
1. Falácias de relevância: quando as razões aduzidas são logicamente irrelevantes 
para o que se pretende justificar, embora possam ser psicologicamente relevantes. 
1.1. Argumentum ad baculum (apelo à força): quando se ameaça o ouvinte. 
1.2. Argumentum ad misericordiam (apelo à misericórdia): quando se procura co-
mover o ouvinte. (por exemplo, provocando-lhe pena ou simpatia pela “causa”). 
1.3. Argumentum ad populum (apelo ao povo): quando se procura persuadir al-
guém de algo, seja despertando o “espírito das massas” (apelo direto), seja fa-
zendo apelo a sentimentos que se supõem ser comuns à generalidade das pessoas 
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(apelo indireto). 
1.4. Argumentum ad hominem (argumento contra a pessoa): quando se pretende 
argumentar contra um argumento promovido por alguém argumentando contra a 
pessoa (por exemplo, apresentando-a com uma hipócrita, tu quoque) e não contra 
o argumento.
2. Falácias de indução fraca: são falácias nas quais as premissas, embora não 
sendo irrelevantes para a conclusão, não são suficientes para a justificar (metafo-
ricamente: não são suficientemente fortes para suportar a conclusão). 
2.1. Argumentum ad verecundiam (apelo a uma autoridade não qualificada): quan-
do para justificar algo se recorre a uma autoridade que não é digna de confiança 
ou que não é uma autoridade no assunto para o qual a sua opinião é convocada.
2.2. Argumentum ad ignorantiam (apelo à ignorância): quando as premissas de 
um argumento estabelecem que nada se sabe acerca de um dado assunto e se pro-
cura concluir a partir dessas premissas algo acerca desse assunto. Exemplo: «Há 
séculos que se tenta sem sucesso provar que Deus não existe. Logo, Deus existe.
3. Falácias de pressuposição: são falácias nas quais as justificações (por exem-
plo, as premissas de um dado argumento) pressupõem aquilo que elas são supos-
tas justificar (por exemplo, a conclusão de um dado argumento).
4. Falácias de ambiguidade: quando se tira partido da ambiguidade de sentido 
de certas expressões para promover uma conclusão.
5. Falácias por analogia gramatical: quando se extrai falaciosamente uma con-
clusão porque as premissas têm uma forma gramatical semelhante às premissas 
de um argumento válido.
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FALÁCIAS FORMAIS: consistem em inferências inválidas que são cometidas so-
bre regras de INFERÊNCIA válidas visto que se assemelham de algum modo a elas; 
é devido a esta semelhança que estas falácias são susceptíveis de induzir uma ilu-
são de validade. No que se segue indica-se a falácia e entre parêntesis a regra de 
inferência sobre a qual foi cometida a falácia. Essas regras são quer da teoria das 
funções de verdade (ou LÓGICA PROPOSICIONAL), quer da teoria do SILOGISMO. 
Assume-se que ambas são familiares ao leitor e, por isso, apresenta-se apenas o 
nome ou a descrição da regra sobre a qual foi cometida a falácia.
1. Falácias a propósito da lógica das funções de verdade (ou lógica proposicional):
2. Falácias a propósito da teoria do silogismo: 
2.1. Falácia do termo não distribuído (o termo médio deve ocorrer distribuído pelo 
menos uma vez): Todos os A são B; Todos os C são B; logo, Todos os A são C
Exemplos de falácias 
Falácia da afirmação da consequente: Nome dado à seguinte forma argumen-
tativa inválida: “Se p, então q; q; logo, p”. Por exemplo: “Se o João está em Paris, 
está em França; o João está em França; logo, está em Paris”. A conclusão pode ser 
falsa ainda que as premissas sejam verdadeiras, pois o João pode muito bem estar 
na Côte d’Azur.
Falácia da causa única: Tem a seguinte forma: Todo o x é tal que existe um y tal 
que y tem a relação R com x. Logo, existe um y que é tal que todo o x é tal y tem 
a relação R com x.
Falácia da composição: Ocorre quando um predicado é erradamente transportado 
das partes para o todo. Exemplo: Um exército de homens fortes é um exército forte.
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Falácia da divisão: Ocorre quando um predicado é erradamente transportado 
do todo para as partes. Exemplo: Os homens são numerosos. Sócrates é homem. 
Logo, Sócrates é numeroso.
Falácia da negação do antecedente: Nome dado à seguinte forma argumen-
tativa inválida: “Se p, então q; não p; logo, não q”. Por exemplo: “Se o João está 
em Paris, está em França; o João não está em

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