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OXIGENIOTERAPIA Prof. Enf. Marcelo Musa Abed DEFINIÇÃO: Administração de Oxigênio (O2) suplementar com o objetivo de aumentar ou manter a saturação (SaT02 ou SaPO2) acima de 90% corrigindo os danos da hipoxemia. HISTÓRICO: Uso para fins terapêuticos descrito desde o início do século XIX; O seu uso diminuiu a mortalidade em pacientes com DPOC. TERMOS CLÍNICOS: Hipoxemia: Redução anormal de O2 no sangue arterial. Hipóxia: Deficiência de O2 nos órgãos e tecidos. Hiperóxia: Quantidade aumentada de O2 nos órgãos e tecidos. Insuficiência respiratória aguda (IrpA): Síndrome que tem como a característica principal a deficiência da realização da troca gasosa pelo sistema respiratório. RESPIRAÇÃO: O2 CO2 TRANSPORTE DOS GASES: CAUSAS FREQÜENTES DE HIPOXEMIA: Diminuição da Pressão parcial arterial de oxigênio (PaO2) por diminuição da quantidade de O2 ofertada; Aumento do gasto cardíaco; Hipovolemia; Queda da hemoglobina; Hipoventilação alveolar; Distúrbios na ventilação/perfusão. 20,9 - O2 71,1 – outros gases Ar inspirado PaO2 normal – 70 a 100mmHg PaO2 ideal é medida de acordo com a idade SINAIS CLÍNICOS DA HIPOXEMIA: Respiratórios: Taquipnéia; Dispnéia; Palidez; Cianose; SINAIS CLÍNICOS DA HIPOXEMIA: Cardiovasculares: Taquicardia ou bradicardia; Hipertensão ou hipotensão arterial; Vasoconstrição periférica eventual; Arritmias. SINAIS CLÍNICOS DA HIPOXEMIA: Neurológicos: Agitação; Desorientação; Cefaléia; Sonolência; Distúrbio de atenção; Confusão; Tempo de reação lenta; Desinteresse; Coma. OBJETIVOS DA OXIGENIOTERAPIA: - Corrigir a hipoxemia suspeita ou comprovada; - Reduzir os sintomas da hipoxemia crônica; - Reduzir carga de trabalho que a hipoxemia impõe ao sistema cardiovascular. TOXICIDADE: Está relacionada com a variável de fração inspirada de O2 (FiO2) e tempo de administração; >60% DOSAGEM DA OXIGENOTERAPIA: 1Lpm – 24% 2Lpm – 28% 3Lpm – 32% 4Lpm – 36% 5Lpm – 40% 20 +(4 x lpm) FLUXÔMETROS: OXIGÊNIO AR COMPRIMIDO SISTEMA DE BAIXO FLUXO: Concentrações que variam de 24 a 60% através de: cateter nasal, faríngeo ou transtraqueal ou máscara simples com ou sem reservatório. Freqüência abaixo de 25 ipm; Volume corrente em torno de 5mlkg; SISTEMAS DE ALTO FLUXO: O equipamento fornece a totalidade de até 60Lpm do gás inspirado. Sistemas de arrastamento ou pressurização. OXIGENIOTERAPIA Podem-se empregar vários sistemas, mas sempre umidificados para evitar que as mucosas se ressequem OXIGENIOTERAPIA Podem –se empregar vários sistemas mas sempre umidificados para evitar que as mucosas ressequem. CATETER NASAL Empregam-se cateteres de plástico descartáveis que permitam uma maior higiene e maleáveis para que não lesionem as mucosas nasal e faríngea. CATETER NASAL Para a sua colocação lubrifica-se o cateter e mede-se a distância da orelha ao nariz introduzindo com suavidade o referido comprimento na fossa nasal correspondente. CATETER NASAL Se o paciente colabora pede-se para que abra a boca observando se a sonda aparece por trás da úvula, sendo a localização correta será imediatamente acima dela. CATETER NASAL É preferível que o cateter tenha vários orifícios laterais situados distalmente para que o jorro de oxigênio não atinja apenas um ponto de mucosa e evitando assim a sua irritação. CATETER NASAL Este procedimento pode proporcionar ao paciente uma concentração de oxigênio de 40% no ar inspirado com um volume de 6l/min. Fluxo de O2 Vs. Concentração Ofertada: - 1 L/min = 25% - 2 L/min = 29% - 3 L/min = 33% - 4 L/min = 37% - 5 L/min = 41% - 6 L/min = 45% ÓCULOS DE OXIGÊNIO Possui utilidade semelhante MÁSCARA DE OXIGENIOTERAPIA Deve-se adaptar-se corretamente ao nariz e boca do paciente. MÁSCARA DE OXIGENIOTERAPIA Existem vários modelos, alguns utilizando o sistema de Venturi para mistura de ar- oxigênio. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL É um procedimento que consiste em substituir durante certo tempo as vias respiratórias superiores do paciente por um tubo de borracha ou plástico provido de um balão que se insufla a partir do exterior permitindo o ajuste do tubo ao trecho que ocupa. INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL LAMINAS DE LARINGOSCOPIO INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL AMBÚ INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL CANULAS INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL INTUBAÇÃO ENDOTRAQUEAL PROCEDIMENTO 1. Informar o paciente. 2. Lavar as mãos e colocar luvas descartáveis. PROCEDIMENTO PARA INSTALAÇÃO DE O2 – MÁSCARA. PROCEDIMENTO 3. Verificar a saída de oxigênio. PROCEDIMENTO 4. Colocar água destilada no reservatório do manômetro-fluxômetro. PROCEDIMENTO 5. Ajustar a concentração de oxigênio. PROCEDIMENTO 6. Colocar máscara no cateter. 7. Colocar o paciente em posição confortável. PROCEDIMENTO 8. Recolher o material. 9. Lavar as mãos. 10. Registrar na folha de anotações de enfermagem, aprazar e checar os horários na prescrição médica. EFEITOS SECUNDÁRIOS DA OXIGENIOTERAPIA A oxigenioterapia pode reduzir o estímulo respiratório do dióxido de carbono produzir uma depressão respiratório. EFEITOS SECUNDÁRIOS DA OXIGENIOTERAPIA A elevada concentração de oxigênio causa espasmos retinianos podendo provocar cegueira. EFEITOS SECUNDÁRIOS DA OXIGENIOTERAPIA Quando se administra oxigênio deve-se ter cuidados especiais com a boca; o O2 seca e irrita as mucosas, motivo pelo qual é muito importante aumentar a ingestão de líquidos; não se deve administrar O2 puro não umedecido. RECOMENDAÇÕES DO SCHIH 1. Trocar sistemas de umidificadores, névoas, cateter nasal a cada 24 horas. 2. Trocar nebulizador a cada 12 horas.
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