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Em diabéticos, o processo de acidose ocorre frequentemente. Explique o porquê dessa acidose e cite algum procedimento clínico rotineiro empregado para regular o pH do paciente.

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Fórum II - Bioquímica
Em diabéticos, o processo de acidose ocorre frequentemente. Explique o porquê dessa acidose e cite algum procedimento clínico rotineiro empregado para regular o pH do paciente.
A cetoacidose diabética é um quadro que ocorre pela ausência completa da insulina. Os pacientes com Diabetes Mellitus tipo 1 geralmente abrem o diagnóstico com esse quadro clínico. Para entender o motivo dela ocorrer, vamos lembrar algumas informações básicas. O nosso metabolismo é, de forma geral, balanceado pela insulina (hormônio hiperglicemiante) e pelos contrainsulínicos (adrenalina, cortisol, GH, glucagon). A insulina permite que praticamente todos os tecidos consigam transportar a glicose extracelular (no sangue) para o intracelular. Quando no jejum, os hormônios contrainsulínicos atuam para aumentar a glicemia, produzindo glicose a partir de outros substratos.
Glicogenólise - quebra o glicogênio hepático em moléculas de glicose
Gliconeogênese e lipólise - quebram proteínas e lipídios para produzir glicose e ATP
A glicogenólise ocorre rapidamente, enquanto que a gliconeogênese e lipólise demoram mais para ocorrer e perduram mais tempo. No entanto, neste processo, ocorre a formação dos corpos cetônicos, principalmente o ácido beta-hidroxibutirato, ácido acético e acetona. Essas são moléculas que podem ser utilizadas, em caso de necessidade, pela maioria dos tecidos, deixando o pouco de glicemia restante para o Sistema Nervoso Central.
Perceba: o nome dos corpos cetônicos tem ácido na frente. Aqui você entendeu porque ocorre a cetoacidose diabética (desenvolvimento de acidose por conta de corpos cetônicos em decorrência da diabetes).
Em relação ao tratamento desses pacientes, a primeira conduta é a hidratação endovenosa com 1,0 a 1,5L de Soro Fisiológico 0,9% em 1 hora, seguido de bomba de infusão contínua de insulina. A primeira conduta sempre vai ser a reposição, porque esses pacientes comumente são desidratados e a insulina vai provocar um gradiente osmótico para dentro da célula, podendo levar esses pacientes a um quadro de choque hipovolêmico. Após a hidratação e reposição de insulina, se corrige os eventuais distúrbios hidroeletrolíticos, sendo que o bicarbonato só vai ficar reservado para os casos em que o pH estiver abaixo de 6,9.

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