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Práticas de enfermagem Caso 1 Sra. MCS, 65 anos, no 3° dia de internação na Unidade de Terapia Intensiva, obesa e apresenta história de 30 anos como fumante (deixou o tabagismo há seis anos). Deu entrada devido a complicações respiratórias graves em função da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Sua condição está começando a desestabilizar e você está assumindo os cuidados dessa paciente no início de seu turno. Percebe no prontuário que o enfermeiro que o antecedeu documentou três diagnósticos de enfermagem: Padrão respiratório ineficaz, Ansiedade e Conhecimento deficiente. Com base nessa comunicação, você compõe um quadro mental dessa paciente e como irá tratá-la. A ansiedade alerta você da necessidade de estar calmo e tranquilo ao se aproximar da paciente, ao passo que padrão respiratório ineficaz informa que a paciente ainda tem dificuldades com a ventilação. Durante a sua anamnese e exame físico a paciente apresentou: com períodos de desorientação, pupilas isocóricas com fotorreação presente bilateralmente . Mantendo acesso venoso periférico em fossa antecubital D, com jelco 20, recebendo SF0,9% 500ml com 30gotas/min e dobutamina em acesso venoso central em veia jugular direita recebendo Dobutamina 10ml/h em bomba de infusão. Descorada 2+/4+, hidratada, afebril, ortopneia com máscara de venturi com FiO2 50%, taquidispneia, aumento no diâmetro anteroposterior do tórax , evidências de movimento das asas nasais e respiração com os lábios unidos e utilização da musculatura acessória da respiração e satO2 de 88%, expansibilidade pulmonar diminuída, som maciço em ápices bilaterais e murmúrios vesiculares diminuído com estertores em bases . Monitorizada em ritmo sinusal, taquicardia (100bat/min), hipotensa (90x60mmHg), íctus palpável com cinco dígitos, Bulhas rítmicas, hipofonéticas com presença de terceira bulha , sem sopros. Mantém sondagem nasoenteral fechada com abdome globoso, eliminação intestinal e vesical presentes em fralda. MMSS e II com perfusão periférica diminuída, pulsos distais +, edema 3+/4+. A ansiedade também é óbvia. A paciente diz ser uma pessoa ansiosa, que está “sempre preocupada com alguma coisa”, e que, no momento, tem muitas preocupações, como faltas no trabalho, quem cuida do filho adolescente (adotivo) e o que a hospitalização significará em relação a suas finanças. Diz que perdeu o trabalho de turno integral há três meses e que só conseguiu de meio turno, temporário. Mal consegue pagar a casa e comprar os itens alimentares, e não tem plano de saúde. MCS informa ainda que não consegue comprar os remédios para a DPOC há seis ou sete semanas e que cancelou a consulta de rotina com o pneumologista por não poder pagá-la. Sabe sobre a doença e tem 1 clareza das consequências de não tomar os remédios, mas não conseguiu continuar o tratamento por falta de dinheiro. BASEADO NO CASO ACIMA RESPONDA AS QUESTÕES: QUESTÃO 1 – Liste os principais problemas identificados na avaliação desta paciente. Sugiro dividir entre reais/atuais e potenciais. Real Potencial Desorientação Risco de infecção Descorada Ansiedade perante a pressão do cotidiano Desconforto respiratório Depressão Taquidispnéia Aumento no diâmetro ântero posterior Utilização da musculatura acessória Saturação 88% Expansibilidade pulmonar diminuído Taquicardia Som maciço em ápices bilaterais Hipotensa Murmúrios vesiculares diminuído com estertores em bases Íctus palpável com cinco dígitos Bulhas rítmicas, hipofonéticas com presença de terceira bulha, sem sopros. Abdome globoso 2 MMSS e II com perfusão periférica diminuída Pulsos distais Edema 3+/4+ Ansiedade QUESTÃO 2 – Além dos títulos diagnósticos citados no estudo de caso construa mais dois diagnósticos de enfermagem incluindo título, fatores relacionados e as características definidoras. Troca de gases prejudicada evidenciado por batimento da asa do nariz confusão cor da pele anormal dispnéia taquicardia relacionado por alterações a membrana alveolocapilar e desequilíbrio na relação ventilação perfusão. Controle ineficaz da saúde relacionado por conflito de decisão dificuldade de controlar um regime de tratamento complexo sentimento de impotência evidenciado por escolhas na vida diária ineficazes para atingir as metas de saúde falha em incluir o regime de tratamento na vida diária. Débito cardíaco diminuído evidenciado por taquicardia cor da pele anormal dispnéia pulso periférico diminuído presença de 3ª bulha cardíaca índice do volume sistólico diminuído relacionado a alteração na contratilidade alteração na frequência cardíaca alteração no ritmo cardíaco alteração no volume sistólico QUESTÃO 3 – Cite os resultados esperados para cada diagnóstico de enfermagem: 3 PADRÃO RESPIRATÓRIO INEFICAZ ANSIEDADE CONHECIMENTO DEFICIENTE Espero que apresente melhora no seu padrão respiratório, procure um pneumologista, faça o uso adequado dos medicamentos indicados referentes a DPOC e orientamos sobre hábitos mais saudáveis Espero que o paciente apresente um nível de melhora na ansiedade, aconselhando a procurar um especialista para a sua saúde emocional, como um psicólogo e que sua auto estima aumente. Espera-se que a cliente retorne sua consciência, adequada através da avaliação de um neurologista e estimulação de sua parte cognitiva. QUESTÃO 4 – A partir do dos resultados esperados, construa as intervenções e prescrições de enfermagem pertinentes. PADRÃO INEFICAZ RESPIRATÓRIO: - Monitorar frequencia, ritmo, prondidade e esforço e durante a respiração. - Auscultar os sons respiratórios, observando as vias aéreas de ventilação diminuida ou ausente ruídos de adventicios. - Registrar niveis de saturação a cada 1 hora. - Monitorar a ocorrencia de aumento da inquietação, ansiedade e falta de ar. - Registrar as mudanças dos números da gasometria atrial. 4 ANSIEDADE: - Fazer o acompanhamento com o psicólogo - Oferecer um ambiente saudável e calmo - Monitorar o estado emocional da paciente - Explicar os procedimentos que serão realizados - Administrar as medicações conforme a prescrição - Estabelecer uma relação de confiança com a paciente CONHECIMENTO DEFICIENTE: - Avaliar a paciente na escala de glasgow - Encaminhar a paciente para o neurologista - Avaliar seu nível de aprendizagem - Estimular a consciencia a partir de exercicios cognitivos QUESTÃO 5 – O quadro clínico da paciente piorou muito nas últimas horas, e após a sua avaliação e comunicação a equipe médica optou-se por realizar a intubação orotraqueal. As ações planejadas para essa paciente em relação ao padrão respiratório foram suficientes? Monte um plano de cuidados incluindo um resultado esperado e suas intervenções e prescrições de enfermagem pertinentes. NOC Tenho como o objetivo que a cliente estabilize seu padrão respiratório por meio da ventilação mecânica, sem lesões do procedimento, buscando o maior conforto possível da mesma. Fazer uma monitorização adequada de medicações prescritas. 5 NIC Realizar a higienização da intubação a cada 12 horas. Monitorar com maior frequência os sinais vitais Mudar o decúbito da paciente a cada 2 horas. Monitorar o sistema neurológico. Prevenir infecções e suas transmissões. Monitorar a questão ácido-base sanguínea. Monitorar o grau de desconforto da paciente. Hidratar os lábios a cada 2 horas. Deixar o ambiente bem ventilado e calmo Realizar a aspiração de fluído das vias aéreas a cada 12 horas, se for necessário realizar cada 2 horas. Manter as grades elevadas. Realizar banho no leito até 24 horas no período da tarde. Observar a expansão torácica. 6
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