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A ÉTICA EM ESPINOSA - PCC-24-02

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LICENCIATURA EM FILOSOFIA 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) 
A ÉTICA EM ESPINOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Celionor Paiva dos Reis Andrade – RA 1870400 
Cidade Universitária – Jaguaré – S.P. 
2019 
2 
 
 
 
 
Celionor Paiva dos Reis Andrade – RA 1870400 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) 
 
A ÉTICA EM ESPINOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cidade Universitária – Jaguaré – S.P. 
2019 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à Universidade Paulista UNIP 
 EAD, Curso de Graduação em Filosofia como um 
 dos requisitos para avaliação de Atividades de 
 Prática como Componente Curricular - 2º semestre 
 de 2019. 
4 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ....................................................................... 05 
2. JUSTIFICATIVA...................................................................... 06 
3. OBJETIVOS............................................................................ 07 
4. DESENVOLVIMENTO............................................................ 07 
4.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................... 08 
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................... 09 
 REFERÊNCIAS............................................................................ 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO – OBSERVAÇÕES SOBRE A ÉTICA EM ESPINOSA 
 
 “Desde que a experiência me ensinou ser vão e fútil tudo o 
que costuma acontecer na vida cotidiana, e tendo eu visto que todas 
as coisas de que me arreceava ou que temia não continham em si 
nada de bom nem de mau senão enquanto o ânimo se deixava abalar 
por elas, resolvi, enfim, indagar se existia algo que, achado e 
adquirido, me desse para sempre o gozo de uma alegria contínua e 
suprema” 
 
 
 Bento de Espinosa 
 Tratado de Correção do Intelecto 
 
 
 
 Baruch de Espinosa nasceu em 1632, em Amsterdã, Holanda. De família 
judaica/portuguesa, foi educado nessa cultura, mas, posteriormente, acaba por 
deixar as tradições e costumes judaicos, depois de ser influenciado por diferentes 
correntes do judaísmo. No entanto, defendia a ruptura entre igreja e o Estado, sendo 
também, um intenso crítico quanto as muitas superstições relacionadas a estes dois 
órgãos. Na Academia de Amsterdã teve sua educação influenciada pelas escrituras 
e a filosofia hebraica. Mas, é excomungado da comunidade judaica devido a pensar 
questões que nada tinham a ver com a religião. Assim, foi acusado de ser herege 
por demonstrar-se irredutível quanto a suas opiniões e conceitos sobre a religião. A 
partir da leitura de muitos filósofos judaicos acredita haver incoerências nas 
passagens bíblicas. Desde então, passa a discordar e questionar o sistema judaico 
ortodoxo. Para entender melhor os termos e textos bíblicos, aprende latim com 
Van den Ende. Passa a ler Platão, Aristóteles, Demócrito e outros, que prenderam 
totalmente sua atenção. Mas, quem mais o influenciou foi Descartes, ao qual 
procurou seguir. Foi expulso de sua comunidade no ano de 1656 e passou a viver 
de maneira modesta e simples, morando em muitas cidades da Holanda. Para se 
sustentar, trabalhava como polidor de lentes. Quando seus amigos lhe 
questionavam: “Como um grande pensador como V.S. pode ser um modesto polidor 
de lentes?” — costumava responder-lhes, inspirado no intérprete bíblico Gamaliel: 
“um homem inteligente que não tiver um ofício tornar-se-á um patife”. 
 Depois de sua saída da casa da família em Amsterdã, viveu de maneira 
simples e não esbanjava nada. Nunca foi proprietário de uma casa e nunca 
6 
 
despendia de mais do que dois cômodos para se alojar. Segundo seu primeiro 
biógrafo, um pastor luterano contemporâneo de nome Colerus, Espinosa chegou a 
ser considerado, por um de seus senhorios, o casal Van der Spyck, como uma 
espécie de eremita ou até mesmo santo. Vivia mais recluso que envolvido com as 
pessoas, por medo do que poderia ocorrer após sua excomunhão. Todos da 
comunidade judia foram expressamente proibidos de se relacionarem com ele. 
Chegou a mudar seu nome passando a assinar como Bento Espinosa. Viveu por 
algum tempo em Outerdek mas, mudou-se em 1660 para Rhynsburg. Escreve, 
então, durante o tempo que ali passou, o tratado da Reforma do Entendimento e a 
Ética Demonstrada Geometricamente, sendo esta a sua mais importante obra. Por 
medo, preferiu deixá-la para ser lançada após sua morte. Desta maneira, a Ética é 
publicada em 1677. As obras escritas por ele e publicadas ainda quando era vivo, 
foram: em 1663, Os Princípios da Filosofia Cartesiana e, em 1670, o Tratado 
Teológico Político, onde Espinosa coloca os problemas das relações entre a 
religião e o estado. Nessa obra, ele criticava o estado teocrático e questionava as 
visões proféticas. Além destas obras, escreveu também Epistolário. 
2. JUSTIFICATIVA 
 Buscando compreender os atributos humanos (extensão e pensamento), 
segundo o que coloca Espinosa e, consequentemente, entender como os afetos 
primários que ele relata podem aumentar ou expandir a condição de ser afetado de 
distintas maneiras, procurou-se analisar com mais profundidade os aspectos da 
essência, da existência e o princípio da incerteza, de acordo com o pensamento do 
filósofo. Mais ainda, identificar como o ato de pensar se realiza --, considerando que 
somos modos do Ser --, e como tal, isto implicará pensar esse Ser com os seres 
entre si. Para tanto, através de várias leituras e capítulos da obra Ética, evidenciou-
se que uma única substância pode apresentar-se de forma ilimitada, exatamente 
como o filósofo colocava, mostrando-se algumas vezes, na forma física e extensa, e 
outras vezes, na forma de pensamentos. Segundo ele, são assim chamados modos 
ou acidentes da substância. Nesse cenário, o homem é parte desses entes. Ou seja, 
Espinosa pensa os atributos do pensamento e da extensão como sendo 
pertencentes à uma mesma substância. No entanto, os modos e as ideias sobre 
esses modos são possíveis de serem expressos de duas maneiras, isto é, pode-se 
compreender ou interpretar os modos da substância de duas maneiras (esc. Da E III 
7 
 
2). Também se pode perceber isto em escólio da E II 7: [...] tudo o que pode ser 
percebido por um intelecto infinito como constituindo a essência de uma substância 
pertence a uma única substância apenas e, consequentemente, a substância 
pensante e a substância extensa são uma só e a mesma substância, compreendida 
ora sob um atributo, ora sob o outro. Assim, também um modo da extensão e a ideia 
desse modo são uma só e a mesma coisa, que se exprime, entretanto, de duas 
maneiras. 
3. OBJETIVOS 
 Para entender o discurso e o pensamento ético em Espinosa, foi realizada 
a leitura de alguns trechos da Ética. Não podendo, no entanto, fazê-lo de forma 
banal ou ordinária e, dado o grau de dificuldade dessa leitura, buscou-se, 
simultaneamente, considerar o que outros muitos autores relatam referente esta obra 
e sobre o pensamento de Espinosa. Portanto, foram observadas algumas facetas do 
olhar humano sobre os problemas do próprio homem, e ainda, buscou-se identificar 
um possível paralelo entre essas questões e o pensamento do filósofo --, partindo 
de sua afirmação de que o Mundo é regido pelo determinismo e não pela finalidade. 
 4. DESENVOLVIMENTO 
 A filosofia de Espinosa gerou em sua época muito desconforto pois, não 
somente explicitava ideias e concepções totalmente diferenciadas daquele tempo, 
mas, principalmente, citava-asem total desconcerto. De acordo com Bayle, o 
sistema de pensamento de Espinosa deveria ser confrontado e neutralizado, pois “se 
opunha aos axiomas mais evidentes”. Segundo ele, Espinosa em seus discursos 
transfigurava o sentido das palavras. Assim, as contradições e aporias do seu modo 
de pensar, produziram a nulidade que determinou a inconsistência dessas 
colocações. O que suscitou disso, foram as inúmeras rejeições aos seus 
pensamentos e mais, culminou com a perseguição sofrida por ele pela comunidade 
judaica. 
 Marilena Chauí sintetiza muito bem as razões pelas quais Bayle constitui 
relevância na tradição interpretativa: [...] “Se o comentário de Bayle teve 
consequências duradouras na fortuna crítica da obra de Espinosa é porque, mais do 
que os outros (que dispunham de sistemas filosóficos próprios e os propuseram 
contra o espinosismo), assinalou as aporias que parecem perpassá-la de ponta a 
8 
 
ponta e que, até hoje, desconcertam seus leitores. Quais as mais inquietantes? Que 
haja uma única substância no universo e que por ser concebida por si mesma; que 
Deus seja causa de si e causa imanente das essências e existências de todas as 
coisas; que os atributos constituam a essência da substância, mas sejam percebidos 
pelo intelecto como uma natureza determinada in suo genere; que tudo seja 
necessário nada seja contingente e o possível esteja inscrito no real sem, contudo, 
ser antecipação de sua atualização nem ser o universo lógico das condições de 
possibilidades; que haja ordem e perfeição num mundo desfinalizado; que possa 
haver entes singulares ou indivíduos em atributos simples, contínuos e indivisíveis, 
ou que da essência ou potência de cada atributo sigam necessariamente infinita 
infinitis modis; que haja desejo de salvação numa filosofia sem transcendência, 
busca de liberdade e anseio de felicidade numa filosofia que expulsou a finalidade; 
que da tristeza ignorante e passiva em que nascemos e vivemos possamos passar 
à alegria ativa da razão; que geometria e experiência se excluam reciprocamente, 
mas sejam também complementares; que a experiência seja inadequação 
imaginativa, mas também núcleo do terceiro gênero de conhecimento; que a 
linguagem seja efeito imaginativo e, ao mesmo tempo, instrumento inarredável da 
discursividade racional; que a mente humana seja a ideia do corpo, mas, porque 
também é ideia da ideia, possua, à distância de seu corpo, uma ‘melhor parte’ eterna, 
sem que eternidade signifique imortalidade; que de uma teoria ‘maquiavélica’ do 
direito como puro poder não se afirme a superioridade natural da monarquia e sim 
que a democracia é o mais natural dos regimes políticos”. Chauí, M., A nervura do 
real, op. cit., p. 321. 
4.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 Através de leituras relacionadas com a Ética, como por exemplo, no artigo 
de Ramiro Marques (2019), percebe-se as múltiplas articulações no pensar a 
Natureza, Deus e o que destes advinham. Tudo isto evidenciava a maneira como o 
filósofo pensava questões como a substância, a extensão, a perfeição, o ideal, a 
imanência, a transitoriedade e condição de todas as coisas. É preciso, no entanto, 
compreender com clareza o que as palavras significavam nos conceitos 
espinosanos. Assim, substância era o mesmo que realidade. Perfeito, seria 
completo; ideal seria objeto; objetivamente quer dizer subjetivamente; formalmente 
significa objetivamente. De acordo com o artigo relacionado anteriormente e as 
9 
 
relações feitas na Ética, a visão panteísta de Espinosa, concebia a vontade de Deus 
como sendo a somatória de todas as causas e leis, e que seu intelecto seria a soma 
de todos os pensamentos. Para o filósofo, o espírito de Deus seria a mentalidade 
difusa no espaço e no tempo --, a consciência difusa que anima o Mundo. 
 Autores que tratam dos assuntos e estudos de Espinosa, mesmo sendo de 
correntes filosóficas distintas, de maneira uníssona, discorrem sobre suas obras e, 
inclusive, declaram ser ele representante idealista e até mesmo, intelectualista do 
pensamento filosófico. No entanto, em seus textos e suas obras, ao longo de sua 
vida, viu-se uma forma crítica com que ele tratava o idealismo. Ou seja, como relata 
Chauí (1999), [...] a leitura de Espinosa em chave materialista é tão remota quanto a 
constituição mesma do “espinosismo” (distinguível do pensamento espinosano 
enquanto tal). 
 Em Kant (1724-1804), é retomada a questão espinosana sobre o finalismo. 
Assim, através de uma crítica feita à Parte I da Ética, Kant faz uma interpretação 
sobre a questão da substância (Deus). Ele chamou de dogmatismo e panteísmo o 
racionalismo filosófico de Espinosa. Kant tinha como objetivo questionar como 
somos conduzidos ao princípio da finalidade, isto é, a conformidade a fins da 
natureza. 
 Conforme relata Delbos (2016, p. 238), muitos problemas foram gerados 
ao chegar à Alemanha as ideias de Espinosa: [...] essa tendência da Alemanha 
em reconstituir o spinozismo foi contrariada e por um instante barrada pela filosofia 
de Kant [1724-1804]. A filosofia de Kant oferece um contraste tão grande com a 
filosofia de Spinoza, que temos dificuldades em explicar como as doutrinas 
alemãs saídas do kantismo foram tão facilmente imbuídas do espírito spinozista. 
 Já em Gilles Deleuze (1925-1995), encontramos a distinção entre ética 
e moral. Para ele, a ética não é a mesma coisa que a moral. Esta distinção ocorre 
baseada no entendimento de que, moral refere-se aos valores transcendentes e 
ética a modo de existência imanente. 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Vemos que toda a vida de Espinosa foi vivida entre várias incompreensões 
e, ainda após sua morte, sua filosofia sofreu muitas exposições não tão claras, onde 
10 
 
diversos argumentos foram surgindo de uma mistura entre o que era tradição 
filosófica e também, teológica. Como crítico, fez leituras que se baseavam na 
sociedade e nos dogmas daquela época; além disso, sua maneira de intervir 
politicamente nas situações, baseava-se na sua escrita e no seu modo de pensar 
todas as coisas. Suas leituras e sua escrita era a maneira de levar seus semelhantes 
a se conscientizarem de sua condição existencial a ponto de se questionarem. A 
complexidade nas relações, as quais estavam interligadas pela substância infinita, a 
qual se constituía de infinitos atributos, requeriam um posicionamento que se 
relacionava aos sentidos das palavras e a relação construída a partir daí. Isto é, a 
relação entre o infinito e o finito. 
 A filosofia de Espinosa evidenciava a necessidade de emancipação da prática 
e é afirmativa, ainda que não possa explicar a ação que transforma. No entanto, a 
história desse homem que precisa se emancipar emerge do fluir que 
permanentemente ocorre através das gerações no mundo, enquanto a perseverança 
do ser (conatus) possibilita a tão sonhada liberdade e, consequentemente, a 
necessária condição de se emancipar. 
 Para Espinosa, a alma e o corpo, o pensamento e o ser, são vistos sem 
oposição, frente ao Uno, com atenção a isto, somente. Considera que através da 
reflexão o homem desenvolve a consciência de si, ou seja, o pensamento absoluto. 
O pensamento de Espinosa em relação ao ser humano é de que este, através da 
atividade interna de refletir é que o leva a um ser que é em si. A partir daí ele se abre 
ao infinito e esse desdobramento se faz através de uma alma livre, através de uma 
substância que o faz Sujeito. 
 Espinoza diz que ser ético, racional, ou ser sábio, é uma questão de 
devir, ao se referir a mudança singular que ocorre ao conteúdo do conceito de 
razão. Assim, é preciso que se busque encontros que sejam propícios ao homem. 
Ou seja, a beleza da vida humana encontra-se na condição de se viver no próprio 
limite de ser afetado, de modo que este, seja um limite alegre. Portanto,o que 
justifica as afecções boas para o homem, é que não serão vãs. 
 Como relata Nietzsche (2004, p. 78) e correlacionando-se às ideias de 
Espinosa, o homem deve buscar a felicidade. E é aquilo que lhe é inerente que o 
possibilitará encontrar esta felicidade, ou seja, as próprias leis pessoais de cada 
11 
 
indivíduo lhe possibilitarão encontrar esse caminho. O homem só encontrará a 
liberdade quando se possibilitar o desenvolvimento de suas possibilidades gerais. 
Estas serão ditadas pelo interior de cada indivíduo, mas estas só se darão através 
do nosso querer e pela nossa vontade de potência, como diria Nietzsche, as 
circunstâncias externas é que podem nos impedir, nos limitar e condicionar. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BAYLE, P., Écrits sur Spinoza, op.cit., p.26. 
CERLETTI, Alejandro. Ensinar Filosofia: da pergunta filosófica à proposta 
metodológica. In: Filosofia: Caminhos para seu Ensino, p. 19-42. 
CHAUÍ, M. Uma Ideologia Perversa. Folha de São Paulo, São Paulo, Caderno 
Mais, p. 3, 1999, 14 de março. 
CHAUÍ, M., A nervura do real: imanência e liberdade em Espinosa, volume II: 
Liberdade / Marilena Chaui. – 1ª ed. – São Paulo: Companhia das Letras, 2016. 
DELBOS, V. A ética spinozista e a moral de Kant. In: O problema moral na 
filosofia de Spinoza e na história do spinozismo. Tradução: Martha de Aratanha. 
Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016. 
DURANT, W. (s.d). História da Filosofia. (Prefácio, revisão, notas, glossário e 
textos escolhidos por Joel Serrão). Lisboa: Livros do Brasil, p. 160 
ESPINOSA – Filosofia prática, tr. br. de Daniel Lins e Fabien Pascal Lins, São 
Paulo: Escuta, 2002. 
ESPINOSA, Ética. Parte I, VI, p. 47, 1998. 
ESPINOSA, B. Ética. [Parte 2] Trad. J. de Carvalho et al. 2. ed. São Paulo: Abril 
Cultural, 1979. p. 137-173. 
HEGEL, F. Vorlesungen über die Geschichte der Philosophie. In: BENJAMIN, 
C (org.). Estudos sobre Spinoza. Tradução de Eliana Aguiar, Estela dos Santos 
Abreu e Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2014. 
http://dasculturas.com/2019/05/19/a-etica-de-espinosa-1632-1677-ramiro-
marques/ … 9:10 AM - 19 May 
https://docero.com.br/doc/e0es08 
NIETZSCHE, F. Daybreak. Thoughts on the Prejudices of Morality. UK: 
Cambridge University Press, 2007. 247 p. 
SPINOZA, B. Ética. Tradução: Grupo de Estudo espinosanos. São Paulo: Edusp, 
2015. 
 
https://docero.com.br/doc/e0es08

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