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questionário sobre o filme a onda
Autores:
Adriana Correa Mota 202002147156 
Flavio dos Santos Ferreira 201607087618
Leticia Oliveira da Silva 201907301836
Marcelle Freitas Nunes 201907301763
Monique Eucario de Mattos 201603503421
 
 
Professora: Erica dos Santos Vieira
Universidade Estácio de Sá – ESTÁCIO – Processos Grupais
	Rio de Janeiro, 2020.1
1. BASEADO NA TEORIA DE KURT LEWIN, PODEMOS CLASSIFICAR A ONDA COMO QUE TIPO DE GRUPO DESCRITO PELO AUTOR?
Grupo com liderança autoritária (autocrática) que é caracterizada pelo líder que toma de decisões e dirige sozinho todas as atividades do grupo. Fornece expectativas claras sobre o que precisa ser feito, quando deve ser feito e como deve ser feito. Este estilo de liderança é fortemente focado no comando do líder e no controle dos seguidores, mostrando uma clara divisão entre o líder e os membros. Costuma usar a crítica negativa, o elogio e não aceita a opinião dos outros membros do grupo, mas os membros não demonstram satisfação pessoal. Porém, em poucos momentos como o nome (A Onda), o símbolo (a própria onda desenhada por um dos alunos e desenhada com a cor vermelha), a saudação (o sinal da onda feito com as mãos), o professor exerce a liderança participativa que é quando o líder costuma aceitar opiniões e com o grupo propõem objetivos permitindo que os membros tracem estratégias adequadas para a realização das tarefas. Os líderes participativos incentivam os membros do grupo a participar, mas mantêm a palavra final no processo de tomada de decisão. Os membros do grupo se sentem engajados no processo e são mais motivados e criativos. Os líderes democratas tendem a fazer com que os seguidores se sintam parte importante da equipe, o que ajuda a promover o comprometimento com os objetivos do grupo. Os membros do grupo demonstram um alto nível de satisfação e suas contribuições são de maior qualidade, embora a produtividade não seja superior ao da liderança autoritária.
“A onda”, retrata o uso de meios coercitivos de manipulação de pessoas, suas reações e necessidades sob a ótica da psicologia das massas e da gênese dos grupos. O professor Rainer Wenger é solicitado a ministrar aula sobre Autocracia para os alunos do ensino médio em um projeto que duraria uma semana. Ao longo da trama o professor conduz as aulas, mostra para os jovens como ainda é possível viverem numa ditatura atualmente. Sua ideia era, por meio de um trabalho pratico, envolvê-los numa pesquisa sobre os governos autocráticos. Uma vivência que demonstrasse os mecanismos utilizados nos regimes fascistas/nazistas. Logo, o grupo se sente poderoso e, de forma autoritária, ameaça e discrimina os que não pertencem a ele. O professor, fortalecido pela união e na posição de superior, retrata cenas que nos remetem à ideologia de Hitler. Essas massas criam uma espécie de disciplina e de devoção ao seu representante pois atribuem a ele o papel de superego e depositam nele o desejo de serem “amados” e passam para o comportamento de obediência, passam a se identificar uns com os outros imaginando-se amados por ele.
2. COMO SE DEU A FORMAÇÃO DO GRUPO E QUAIS ELEMENTOS AJUDARAM A DAR COESÃO E CONSTRUIR SUA IDENTIDADE?
A construção da identidade do grupo foi sendo criada de forma progressiva, nota-se os laços de pertencimento, camisas brancas, sons dos sapatos sincronizados e rítmicos, gestos de saudação, e o símbolo do movimento deram início ao que chamaram de A Onda. Os alunos tinham o movimento como parte de si que deu significado a suas vidas e exigia um sacrifício, uma vez que a partir de sua criação as ideias de grupos eram tidas como antagônicas a suas e os membros da onda eram hostis com essas pessoas. Deu-se início a propagação da ideologia, quem não aderisse ao movimento era contra eles. A ideologia aqui pode ser considerada com um instrumento de dominação, que age por meio do convencimento, persuasão, e não da força física, alienando a consciência humana.
A subjetividade do indivíduo já não é mais dele, e sim do grupo, suas individualidades eram anuladas, mas a vontade de pertencer a um grupo o qual eles se identifiquem era de fato preponderantes. O grupo acaba se tornando um movimento coletivo, marcado pela irracionalidade dos membros em benefício a uma suposta ordem, união e identidade. Os membros de um grupo não consentem em integrar-se senão a partir do momento em que certas necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo. Essas necessidades são fundamentais porque todo o ser humano, que se reúne em um grupo qualquer, as experimenta ainda que em graus diversos. Por outro lado, essas necessidades, segundo ele, são interpessoais no sentido de que somente em grupo e pelo grupo elas podem ser satisfeitas adequadamente. Por fim, professor fala que ao menos terão aprendido que somos responsáveis pelos nossos atos, e que devem se interrogar: “O que fazer em vez de seguir cegamente um líder? E que pelo resto de suas vidas, nunca permitam que a vontade de um grupo usurpe seus direitos individuais e sociais”. Sob essa perspectiva é possível compreender a identidade como algo indissociável nessa construção do Eu como indivíduo.
3. ESTABELEÇA UMA RELAÇÃO ENTRE AS ATITUDES DOS ALUNOS DO GRUPO A ONDA E AS IDEIAS DE FREUD E LE BON ACERCA DOS GRUPOS:
O comportamento da massa se caracteriza pela dissolução da identidade individual por meio da identificação entre os participantes de forma horizontalizada. O comportamento costumeiro do indivíduo é alterado momentaneamente por conta dessa perda transitória da sua própria identidade quando sujeito pertencente a uma massa. Isso afeta diretamente os parâmetros internos do indivíduo os quais estabelecem a maneira como ele próprio se vê, como vê aos outros e como percebe o entorno que poderíamos chamar de realidade externa, em outras palavras a massa afeta o poder de julgamento do indivíduo. Assim o indivíduo se isenta de suas responsabilidades pessoais, imputando as decisões ao grupo e/ou ao seu líder a quem segue com poucas ou nenhuma restrição pois este líder representa o pai primevo, figura de autoridade segundo nos mostra Freud. Nesta situação muito dos impulsos de agressão, por exemplo, podem ser liberados o que jamais ocorreria em situações em que o indivíduo estivesse sozinho. Em outras palavras os comportamentos do indivíduo sucumbem aos grupos e este mesmo passa a ter uma espécie de neurose. Instrumentos coercitivos podem ser usados como possibilidade de manobra das massas pois os indivíduos ao abrirem mão de sua capacidade de pensar com seus valores e princípios em nome de um grupo, passam a compartilhar de crenças semelhantes e do doutrinamento sugerido pelo líder que opta em geral por uma polarização entre aqueles que são adeptos – “os bons” – e o restante, “os maus”. Essa própria segregação por si só constitui um instrumento coercitivo que afeta o comportamento individual.
Os alunos, por sua vez, estão satisfeitos com os ideais oferecidos pelo professor, o que, segundo Freud, é de natureza narcísica. Essa satisfação se mostra bem sucedida durante a maior parte do filme. Do mesmo modo, indivíduos pertencentes a grupos abandonam seus próprios desejos em função dos desejos do grupo. Muitos grupos podem se organizar ao redor de uma ideia ou um ideal. Mas em outros casos, os grupos se organizam ao redor de um líder, que é o que ocorreu no filme. A Onda, em que o professor não estava sujeito a críticas ou julgamentos de seus subordinados. Ele concentra em suas mãos todos os poderes de decisão. O sentimento altruísta presente nos membros do grupo faz com que se crie um sentimento de camaradagem e de irmandade. A Onda tem a virtude trazer reflexão sobre os fenômenos de massificação, fanatismo e intolerância ao ser humano. Também, é um sério alerta para o risco de o “sujeito” perder a liberdade e autonomia, submetendo-se incondicionalmente ao poder do grupo, sua causa absoluta.
4. RELACIONE O CONTEÚDODO FILME A ONDA À EXEMPLOS REAIS/ATUAIS:
O desfecho do filme mostrou como o poder pode ser sedutor, e que até sociedades democratizadas podem ser corrompidas, o professor em seu discurso final diz como o fascismo é um sistema totalitário, agressivo, e contra os princípios e dignidade humanos. O fanatismo e ufanismo apontado no filme é eminente sociológico, já que mostra que as pessoas, mesmo estando inseridas em um contexto democrático, podem apoiar regimes ditatoriais. 
A influência do outro no comportamento humano de acordo com os eventos que acontecem no filme visualiza-se como as relações sociais influenciam as atitudes individuais e de grupo. A Onda tem a virtude trazer reflexão sobre os fenômenos de massificação, fanatismo e intolerância ao ser humano. Também, é um sério alerta para o risco de o “sujeito” perder a liberdade e autonomia, submetendo-se incondicionalmente ao poder do grupo, sua causa absoluta. O filme apresenta razões que podem levar à alienação política e ao cultivo de lideranças autoritárias, também o vazio de identidade com o qual a juventude sofre, o consumismo desenfreado presente na sociedade capitalista, a ausência de projetos coletivos e o desinteresse das pessoas pela área política. Temos um claro exemplo publicado na revista veja, onde relata: “Brasil entra em lista de países com governo autocrático; Relatório Mundial de Direitos Humanos 2019 aponta Jair Bolsonaro como exemplo de líder populista eleito, mas sem compromisso com a democracia”.
5. TOMANDO COMO REFERÊNCIA A TEORIA DOS PAPÉIS DE JACOB MORENO, FAÇA UMA ANÁLISE SOBRE O COMPORTAMENTO APRESENTADO PELO PERSONAGEM TIM, RAPAZ QUE SUICIDA AO FINAL DO FILME:
O professor Rainer fica envaidecido com o lugar de poder que a experiência pedagógica lhe proporcionava, demora em perceber que havia perdido o controle da situação. As massas identificam seus líderes apenas por meio da influência de indivíduos tido como exemplares, para que, a partir daí, as massas possam se deslocar em direção ao trabalho. Os líderes precisam ser pessoas com uma compreensão superior às necessidades da vida e que consigam dominar seus próprios desejos impulsionais. Então, quando o trabalho se encerra, Tim (um dos participantes), ao se sentir desfiliado e só, suicida-se após atirar num colega, ameaçar o professor e confessar: “Eu não sei viver sem A Onda”.
Tim, se mata porque renunciou completamente à possibilidade de se realizar como indivíduo. Ele se recusa a aceitar que o grupo acabou, para Tim o grupo representava uma identificação, onde ele se encontrou, e incorporou uma identidade que não condizia com a realidade. Quanto maior a educação nas primeiras vivências infantis, menos há riscos de impulsos. A cena em que Tim começa a pichar o símbolo da Onda, inclusive colocando em risco a sua própria vida, mostra claramente uma ação por impulso o que demonstra uma relação interpessoal de total obediência ao líder. Ele sempre se sentiu sozinho, até achar um lugar onde pudesse se sentir incluso. A Onda foi um grupo que todos se acolheram. Tim começou a desempenhar um papel social no grupo que era fundamental para sua construção como sujeito. Seus pensamentos não eram mais “seus”, mas sim do grupo. A confiança depositada nessa figura faz com que os alunos que aderem à Onda sigam-no quase que cegamente abrindo mão inclusive de suas próprias reflexões éticas e morais sob pena de perder o senso de pertencimento no grupo.

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