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Carmela Maria Polito Braga, DELT/EE-UFMG Anísio Rogério Braga, COLTEC-SE/UFMG Hugo César Coelho Michel, DELT/EE-UFMG Aula 03 Condicionamento de sinais: amplificadores operacionais, ponte de Wheatstone, mecanismos de acoplamento de ruído, transmissão em tensão e corrente. CONDICIONAMENTO DE SINAIS TRANSMISSÃO EM TENSÃO E CORRENTE RUÍDOS E FORMAS DE ACOPLAMENTO ABSTRAÇÕES DE UM SISTEMA DE CONTROLE 2 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG u Controlador De Vazão FC Set point ou Referência y Nível 0 AtuadorSensor C o n tr o la d o r Malha de controle de Vazão FC FE FT Reator de Jaqueta (tipo banho Maria) Vapor TC TE TT Set point ou Referência Saída de Vapor Entrada de água Entrada de Ar e Combustível Camara de Combustão Tubos de água Fumos A) Representação esquemática do proceso de geração de vapor. B) Fluxograma de Engenharia FCV FCV Sensor de Vazão FE/FT Sensor de Temperatura C(s) z w + - y G(s) e u + Ruído de medição • Diagrama em blocos de uma malha de controle realimentado. • A função de transferência G(s) representa dinâmicas de sensores e atuadores além do processo. DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DE UM SISTEMA DE CONTROLE 3 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Processo P Controlador C Atuador A Sensor S SP MV CO PV e y – + e = SP – PV ADC DAC Mundo Digital Mundo Analógico Software Firmware Hardware Atuador Processo Sensor Caldeira de Vapor Placa de Orifício + Transmissor de Pressão Diferencial CD/CLP/SDCD Válvula Globo 01000111 01001110 01001011 CONDICIONADOR DE SINAL • Um condicionador de sinal é um elemento capaz de converter a saída de um transdutor em um sinal elétrico apropriado para um dispositivo transmissor e/ou indicador ou registrador. • Amplifica a potência do sinal do transdutor: transmissão do sinal (informação). • Pode realizar outras funções: integração, totalização, extração de raiz quadrada, etc. • Pode conter unidade de processamento local. • Processamento digital de sinais. • Armazenamento de informação local. 4 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG CONDICIONADOR DE SINAL • Um circuito eletrônico condicionador de sinal pode “tratar” um sinal e transmiti-lo de duas maneiras analógicas diferentes: • Amplificação do valor da tensão do sinal deste a uma fonte de tensão controlada por tensão (FTCT). • Transmissão analógica em tensão. • Amplificação do valor da tensão do sinal e adequação deste a uma fonte de corrente controlada por tensão (FCCT). • Transmissão analógica em corrente. • Existindo uma unidade de processamento local, um circuito condicionador de sinal pode fazer, também, uma conversão Analógico/Digital com adequação a um dado protocolo de comunicação para transmissão digital, via barramento de campo. • Comunicação de alto nível no chão de fábrica. 5 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG INDICADORES 6 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Painel de sincronismo manual da Usina de Gafanhoto (Divinópolis-MG) Indicador/totalizador de vazão Sensor de umidade com registrador (em arquivo) e com indicação local Medidor de vibração Transmissor de vazão Com indicação local Indicador Digital Universal (Euro Term) INDICADOR E REGISTRADOR • O dispositivo indicador é o elemento do sistema de medição que apresenta uma indicação do valor de uma medida. • Torna o sinal perceptível ao usuário. • Conhecido como mostrador ou visualizador. • O dispositivo registrador é o elemento do sistema de medição que fornece o registro gráfico de uma indicação. • Apesar de ser quase sempre associado a um elemento de memória digital, o registro pode ocorrer de diversas maneiras. 7 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG REGISTRADORES 8 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Painel de controle da usina de Gafanhoto Registradores de kV e Temperatura Registradores sem papel Registradores com papel PROJETO INTUITIVO DE CONTROLE DE NÍVEL: RELÓGIO DE ÁGUA DE KTESIBIOS* 9 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG O nível deste reservatório é regulado (mantido constante) Gotejamento de água com vazão constante O nível do reservatório principal aumenta linearmente com o tempo Conversão de escala de nível para tempo (variação proporcional) * Matemático e engenheiro grego, que viveu em Alexandria cerca de 285 – 222 a.C. Considerado o fundador da escola de matemática e engenharia de Alexandria, onde era, provavelmente, também o primeiro diretor do Museu de Alexandria. SISTEMA DE MEDIÇÃO 10 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG PW A F N B 14,5 N ID N -> Núcleo de material ferroso B -> Bobina PW -> Circuito detector de variação de indutância (Ponte) A -> Circuito amplificador ID -> Indicador Digital SISTEMA DE MEDIÇÃO 11 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG transdutor unidade de tratamento do sinal dispositivo mostrador força deslocamento indutância tensão TENSÃO indicação mola N/B PW A ID sinal de medição sensor SENSOR COM TRANSMISSÃO ANALÓGICA EM CORRENTE 12 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Elemento sensor e transmissor em corrente Fonte de Alimentação - + Computador + _ + _ 250W ii io Sensor Primário Fonte de sinal Vs [1V£ Vs £ 5 V] BC327 Cabo tipo Par-Trançado com blindagem Laço de corrente 4 a 20mA 250W Vo Ro 24V Resistor 250 Ohms Sensor de Temperatura + - Laço de Corrente 4 a 20mA ADC Rede Elétrica 127V/220V Fonte de Alimentação 24V Sensor imerso em vasilha com água AMPLIFICADORES OPERACIONAIS USO EM CONDICIONAMENTO DE SINAIS • Amplificador Operacional • São condicionadores ativos capazes de aumentar a potência de um sinal através do aumento da amplitude da sua tensão ou corrente. • Princípios básicos de operação: • Amplificação: a amplitude do sinal de saída é aumentada em relação ao sinal de entrada do circuito. • Realimentação: um sistema realimentado é aquele que utiliza informações da saída para controlar os estados do sistema. 13 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG VoVi A Am pl i ficador VoVi B Ganho da rea l im entação A Am pl i ficador AMPLIFICADORES OPERACIONAIS USO EM CONDICIONAMENTO DE SINAIS • Ganho do amplificador ideal em malha aberta: • Vo representa a tensão de saída • A representa o ganho diferencial • V1 representa a tensão da entrada não inversora • V2 representa a tensão da entrada inversora 14 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG + – A V1 V2 Amplificador Operacional VoErro )( 21o VVAV i o V V A (1) AMPLIFICADORES OPERACIONAIS USO EM CONDICIONAMENTO DE SINAIS • Circuito Integrado Amplificador Operacional • Símbolo de Circuito 15 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG U1 3 2 7 4 6 1 5 + - V + V - OUT N1 N2 Identificação dos Pinos: Pino 2: Entrada Inversora Pino 3: Entrada Não-Inversora Pino 6: Saída Pino 4: Alimentação Negativa (-Vcc) Pino 7: Alimentação Positiva (+Vcc) Composição interna: Transistores, resistores e capacitores implementamblocos básicos (amplificador diferencial, estágio de alto ganho, seguidor de tensão). Ex.: LM741,Tl071 e LM324 (com 4 AmpOPs) AMPLIFICADOR OP EM MALHA FECHADA • Amplificador Operacional • É um Controlador Proporcional com ganho muito alto (>100k) e, portanto, quando devidamente realimentado produz um sinal de erro (E) muito pequeno entre as entradas. • O Amplificador Operacional manipula a saída Vo para que o sinal V2 acompanhe o sinal V1 (referência). 16 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Suposições teóricas: - O bloco de diferença na entrada não drena energia dos sinais V1 e V2. - O ganho A do amplificador é muito alto (> 100.000). + – A V1 V2 Amplificador Operacional VoErro AMPLIFICADOR OP EM MALHA FECHADA • Ganho do amplificador realimentado: 17 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 21 VVE )( 21o VVAV o2 VKV 1o )1( VAAKV (2) (3) (4) (6) (7) Fazendo A>>1, tem-se: K K V V 11 1 o (8) )( o1o KVVAV AK A V V 11 o Esta foi a grande contribuição do engenheiro eletricista H. S. Black em 1927, Bell Laboratories. A sua meta era reduzir as não-linearidades construtivas de circuitos amplificadores. Harold S. Black (1898-1983) V 1 Ganho da realimentação A Amplificador V 2 E Vo K (5) AMPLIFICADOR OP EM MALHA FECHADA • Invertendo uma função matemática com a realimentação: 18 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 21 VVE )( 21o VVAV )( o2 VfV 1 o o o )( 1 VA V Vf AV (2) (3) (4) (5) (6) (7) Fazendo A>>1, tem-se: (9) )( o 1o o Vf VV V )()( 1 1 oo1 VfVVfV (8) ))(( o1o VfVAV o o 1 o )( 1 V Vf A AV V V 1 Ganho da realimentação A Amplificador V 2 E Vo f(Vo) AMPLIFICADORES OPERACIONAIS TOPOLOGIAS BÁSICAS • Amplificador Inversor: • Amplificador Não-Inversor: Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 19 i1 if Vi Vo v2 ie i f o V R R V 1 v1 v2 v1 0 f o f i 1f1 R VV i R V iii 1 1 Alta impedância de entrada Curto-Circuito Virtual Vo=A(V1-V2) -> A >>1 i1 ii Vi Vo if Vx ixf1 f xo f x 1 VVii R vV i R V i 1 Alta impedância de entrada iifo f ioi VRVRVR R VV R V 11 1 i f o V R R V 1 1f oi R VV R V 1 1 Revisão AMPLIFICADORES OPERACIONAIS TOPOLOGIAS BÁSICAS • Amplificador Seguidor de Tensão: • Conhecido também por Buffer. • Se na configuração não-inversora Rf -> 0 e R1 -> • Amplificador Somador de Tensão: Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 20 io VV Vi Vo i f o V R R V 1 1 R1 + _ Rf Op-amp R2 R3 Vo 321 iiii f i1 i2 i3 V2 V1 V3 if 3 3 3 2 2 2 1 1 1 R V i R V i R V i Alta impedância de entrada V2 V1 f o f oe R V R Vv i 2f 3 3 2 2 1 10 R V R V R V R V f Para R1= R2= R3=Rf 3210 VVVV Revisão AMPLIFICADORES OPERACIONAIS TOPOLOGIAS BÁSICAS • Amplificador Diferencial: 21 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG 1 43 4 21 2 V RR R v R VV R vV ii x oxx 21 Alta impedância de entrada 2 1 43 4 1 1 43 4 2 R VV RR R R V RR R V o 2 1 2 1 43 21 1 4 V R R V RR RR R R V o 21 1 2 VV R R V o i1 V2 Vx V1 i2 Vo Ve2 Ve1 Para R1=R3 e R2=R4 Revisão AMPLIFICADOR DE INSTRUMENTAÇÃO • Todos os tipos de amplificadores são usados em instrumentação, mas uma configuração particular recebe o nome de amplificador de instrumentação para distingui-la de circuitos com amplificadores operacionais simples. Principais características: • Alta razão de rejeição em modo comum, alta impedância de entrada, deriva e ruído baixo, largura de faixa moderada, e uma faixa de ganho limitada. 22 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG i1=0 V1 VxV2 Vo i2=0 i5 iG i6 VA VB 12 1 2 21 VV R R R R V G o Para R1=R3 ; R2=R4 e R5=R6=R AMPLIFICADOR DE INSTRUMENTAÇÃO • Amplificador de instrumentação com ajuste de offset: 23 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Como VR aparece na expressão do ganho como uma soma, pode-se obter várias funções de transferência simplesmente manipulando-se o valor de VR (inclusive controladores PI, PD e PID analógicos). R G o VVV R R V 12 2 1 + _ Op-amp Vo + _ R5 Op-amp R6 + _ RG Op-amp R1 + _ R2 R3 R4 Op-amp V1 V2 Vo -VCC +VCC VR AMPLIFICADOR DE INSTRUMENTAÇÃO VANTAGENS • A simetria dos dois amplificadores não-inversores na entrada garante uma altíssima impedância para ambas as entradas, inversora e não-inversora. • Com um projeto adequado, o ganho do circuito é controlado apenas por um resistor (RG), que se for variável permite uma faixa de ganho variável. • A rejeição de ruído de modo comum na entrada é praticamente perfeita, uma vez que um sinal igual nas duas entradas significa uma corrente nula no resistor RG. • Devido a sua grande aplicabilidade, os fabricantes deste amplificador disponibilizam modelos com baixíssimo ruído, offset de saída e drift devido a aquecimento e tempo de funcionamento. • Ex.: INA111 da TI INA 333 da TI 24 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG O CONCEITO DE CIRCULAÇÃO • O que acontece ao cidadão corajoso que se conecta aos dois circuitos ideais ao lado? • (a) Subitamente eletrocutado. • (b) Absolutamente nada, pois não há circulação de cargas elétricas por ele. • (c) Só sei que não seria voluntário para a verificação experimental. 25 1000Vac10Vcc 10 W 1000 W Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG A CORRENTE CIRCULA EM CIRCUITOS FECHADOS • Se o circuito for ideal, nada acontecerá ao voluntário, pois não há caminho fechado para a corrente circular por ele. • Se o circuito for real, é bom lembrar que todos nós estamos eletricamente conectados, como afirmou J. C. Maxwell. • A corrente de deslocamento circula por capacitores (literalmente um circuito aberto para corrente contínua, mas fechadíssimo para corrente alternada, embora seja um caminho de alta impedância). • Sabendo que o fio Terra é conectado ao terminal de neutro no padrão de entrada de energia elétrica, qual é a diferença entre o fio Terra e o fio de Neutro numa instalação elétrica? • (a) Nenhuma, pois estão curto-circuitados de fato. • (b) O fio neutro transporta corrente de retorno e o fio Terra somente correntes de fuga acidentais. • (c) O fio Terra é completamente desnecessário, pois na minha casa não tem e ninguém morreu por causa disto. 26 1000Vac10Vcc 10 W 1000 W Cparasita Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG DIFERENÇA ENTRE O CIRCUITO DE RETORNO DO NEUTRO E O CIRCUITO DE PROTEÇÃO COM FIO TERRA • Na instalação de um chuveiro, a corrente de carga retorna pelo neutro. • Qualquer corrente de fuga que atinja a carcaça do chuveiro, que está aterrado, encontra um caminho de menor impedância pelo circuito de Terra para retornar. • Sem circuito de aterramento da carcaça do chuveiro, um dos caminhos para qualquer corrente de fuga passa pelo cidadão que estáse banhando! • Limiares de circulação de corrente elétrica pelo corpo humano • 1mA: limiar de sensibilidade • 6mA a 23mA: limiar de “não-largar” • 38,5mA: limiar de efeitos danosos ao corpo humano • O corpo humano é mais sensível à corrente alternada (que causa sensação de formigamento acima de 1mA) que a corrente contínua (que causa sensação de aquecimento acima de 5mA). 27 Caixa D’água Pessoa 2 Caixa D’água Pessoa 2 Neutro Fase Rchuveiro Esta corrente de fuga que circularia através do cidadão é minimizada se houver um bom circuito de aterramento. RCorpo FA FB FC RAterramento <10W Fio Terra Corrente de carga que circula pelo neutro Rede Elétrica 127VCA, 60Hz Rcorpo 1k-3k RAterramento RChuveiro RCarcaça RFio terra FASE NEUTRO Rfio terra << Rcorpo Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG TRANSMISSOR EM CORRENTE - 4 A 20MA • Circuito básico de conversor de tensão em corrente • O Amp. Op. manipula a tensão na base do transistor BJT de forma a igualar as tensões em suas entradas positiva e negativa. Assim a corrente que circula pelo resistor de 250Ω, internamente no sensor será I=Vi/250. • Embora o operacional (i.e. controlador proporcional) compense as variações na tensão de alimentação deve-se minimizar tais perturbações, e.g. usando cabo com par-trançado e blindagem para transmitir o sinal em corrente. 28 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG A 0 - + CLP 250W 250W + vi - +24V Transmissor I R V I i e neste caso W 250R . Para Vi variando entre 1V e 5V tem-se I variando entre 4mA e 20mA. Note que a corrente independe de variações na fonte de tensão de +24V e da impedância das conexões e cabos. 𝑰 XTR105: 4-20MA CURRENT TRANSMITTER WITH SENSOR EXCITATION AND LINEARIZATION 29 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG XTR105 low unadjusted error two precision current sources 800 mA each RTD or bridge excitation linearization two or three-wire RTD operation low offset drift: 0.4 V/°c low output current noise: 30 nAp-p high psr: 110 dB min high CMR: 86 dB min wide supply range: 7.5V to 36V CIRCUITOS EM PONTE • Muitos sensores “informam” a alteração de alguma variável física como uma mudança de resistência, capacitância ou indutância. • Uma ponte de medição tem como objetivo converter variações de impedância em tensão. • Dois métodos de detecção podem ser utilizados na construção de pontes de medição: • Detecção de Zero: impedância igual a de referência, a tensão de saída é zero; • Deflexão: variações de tensão indicam variações de impedância. 30 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Z2 Z1 Vi A B Z4 Z3 V Z2 Z1 Vi A B Z4 Z3 V No método de detecção de zero, um dos braços da ponte é ajustado até se alcançar a condição de equilíbrio. Portanto, este método é imune às variações da ponte. No método de deflexão, o desequilíbrio da ponte é medido diretamente. V0 V0 CIRCUITOS EM PONTE • Para sensores com principio de medição baseado em impedância puramente resistiva, o circuito em ponte recebe excitação em tensão/corrente contínua (VCC e ICC). • Para sensores com principio de medição baseado em impedância capacitiva, ou indutiva, o circuito em ponte recebe excitação em tensão/corrente alternada (VCA e ICA). • Circuitos em pontes para transdução de sensores indutivos necessitam que a frequência da fonte de excitação seja consideralvemente maior que para sensores capacitivos, devido à natureza de suas reatâncias. Caso contrário, a sensibilidade do transdutor é reduzida. 31 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Sensor Capacitivo Sensor Indutivo Sensor LVDT Linear Variable Diferential Transformer 1 2 CIRCUITO EM PONTE CC • Extrair a informação de um circuito em ponte com excitação CC é simples, e as etapas de condicionamento posteriores consistem em amplificação diferencial e transmissão em corrente. 32 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Fonte de corrente para 4 a 20 mA Impedância simulada de um Cartão Analógico 4 a 20 mA Circuito em Ponte DC Sensor de Pressão Piezoresistivo Ponte de strain gages Conversão de 24VDC em +12 e -12VDC Pode-se utilizar da própria fonte de 24VDC do loop transmissão para alimentar o condicionador de sinais. Condicionador + Transmissor 4@20 mA para um Sensor de Pressão (0 a 50 kPa – 4 a 20 mA) PONTE DE WHEATSTONE • Os circuitos em ponte, principalmente a Ponte de Wheatstone, são muito usados para medir resistência, capacitância e indutância por meio do balanceamento de tensões. • Configuração de ponte mais utilizada. • Equação geral: • Quando a tensão eAC for igual a zero, em relação a um dos polos da fonte VEX, tem-se o balanceamento (condição de equilíbrio): • Isto torna a medição de R4 dependente apenas das resistências R1, R2 e R3. 33 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG EX 41 4 32 3 cA V RR R RR R VVeAC 3142 RRRR 4 1 3 2 R R R R R2 R1 Vi A B Rx Ra V c B D R2 R3 R1 R4 VEX eAC PONTE DE WHEATSTONE • Valores de resistores típicos para PW se encontram entre 1 e 10k • Pontes de Alta Impedância são consideradas para valores de resistores acima de 10kΩ. • Circuitos que utilizam essas pontes estão sujeitos a efeitos de carga e, com isso, resposta não linearidade com a excitação. • Pontes de Baixa Impedância são consideradas para valores de resistores menores que 1kΩ. • Circuitos que utilizam essas pontes exigem excitação de maior potência (acima de 25mW) e, com isso, o uso de uma fonte auxiliar, o que acarreta em transmissão do sinal, em correte, a 3 ou 4 fios. Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Como realizar ajuste de zero em uma ponte com todos os resistores variáveis? Circuito em ponte onde um amplificador de instrumentação (e.g. INA114) é usado para medir a tensão de desequilíbrio, eAC. Trata-se de uma ponte de strain gauges de baixa impedância, no qual os quatro resistores são variáveis e menores que 1kΩ. 34 PONTE DE WHEATSTONE • Tendo como exemplo de pontes com strain gages (para células de carga ) na condição de equilíbrio tem-se R1=R2=R3=R4=R. Além disso, os strain gages são montados de forma que as variações das resistências sejam tais que: • +R1 = – R2 = R3 = – R4 • Assim a equação geral de eAC é dada por: • E o resultado final é a saída eAC linearizada: • Mesmo quando a simetria acima não existe, a resposta da ponte é quase linear na medida em que os R’s são pequenas porcentagens dos R’s. Nos strain-gages, por exemplo, os R’s raramente excedem 1% dos R’s. 35 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG EXAC V RRRR RR RRRR RR e )()()()( 4411 11 3322 22 EX R AC V R e 1 VEX VEX R1 R2 R3 R4 Sensor de Pressão 26PCA FA6D Honeywell PONTE DE WHEATSTONE • Sempre busca-se a linearização de eAC utilizando quatro extensômetros. 36 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG R1 e R2 CIRCUITOS EM PONTE CA • Já um circuito em ponte com excitação AC exige mais etapas para transdução e posterior condicionamento até a transmissão em corrente. Pode-se listar: 1. Osciladores: Pensando em uma alimentação de 24 VDC (do próprio loop de 4a 20 mA), é necessário que o projeto de circuitos osciladores para a excitação. • Em muitos casos de excitação AC o principio de medição exige que a forma de onde seja senoidal, e.g., LVDTs. 2. Filtros: presença de ripple residual de osciladores, a pré-amplificação aumentará o nível de ruídos de alta frequência. 3. Deslocadores de fase: necessários para correção de fase de sinais devido à filtragem, ou mesmo ao principio de medição, e.g., LVDT. 4. Retificadores: o sinal proveniente do transdutor é alternado, logo, a informação pode ser extraída a partir do sinal retificado. 5. Demoduladores: o sinal proveniente do transdutor é alternado, e a variação de impedâncias (capacitiva/indutiva) gera uma modulação em amplitude e/ou frequência (AM / FM). Logo a informação será extraída pela demodulação (AM / FM), do sinal. • Após as etapas descritas, tem-se um sinal contínuo entregue à fonte de corrente para a transmissão em 4 a 20 mA. 37 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG CIRCUITOS EM PONTE CA • No circuito abaixo, cada seta indica o “encapsulamento” de um circuito responsável por uma etapa do condicionamento. • Observe a complexidade do circuito de ponte CA comparado a um circuito de de Ponte CC (slide 15). 38 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Condicionador + Transmissor 4@20 mA para um Sensor de Deslocamento Linear Capacitivo de Área Variável (0 a 25mm – 4 a 20 mA) Fonte 24VDC +12 e -12VDC Circuito em Ponte AC Demodulador Lock-in Ajuste de Zero Transmissor 4 a 20mA Filtro Passa Baixa Amplificador de Instrumentação Oscilador MODULAÇÃO E DEMODULAÇÃO DE SINAIS MODULAÇÃO EM AMPLITUDE - AM • Sinal modulante • Portadora 39 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG tAv sss sin osposppsAM spsp ps AM ppssAM tt AA v tt AA v tAtAv 90sin90sin 2 coscos 2 sinsin tAv ppp sin MODULAÇÃO E DEMODULAÇÃO DE SINAIS DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE - AM 40 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Modulação em Amplitude (AM) Tipos de Demodulação em Amplitude MODULAÇÃO E DEMODULAÇÃO DE SINAIS DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE - AM • Amplificador Síncrono: Lock-in • Um detector Lock-In é um detector sensível a fase seguido de um filtro passa-baixas RC. • Um Lock-In age como se fosse um filtro extremamente sensível e seletivo alimentando um detector sensível a fase. • É utilizado na detecção de sinais imersos em ruído. • Princípio de funcionamento do amplificador síncrono: 41 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Switch Sinal modultante Sinal demodulado Sign Portadora PSD1 1 Ti.s+1 Filter1 K Amplificador -1 -1 +1 +1 Sinal de Ref erencia de f reqüência f r Sinal modulado Vo MODULAÇÃO E DEMODULAÇÃO DE SINAIS DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE - AM • Exemplo de recuperação de informação com um detector (demodulador) Lock-in: 42 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG MODULAÇÃO E DEMODULAÇÃO DE SINAIS DEMODULAÇÃO EM AMPLITUDE - AM • Exemplo de recuperação de informação com um detector (demodulador) Lock-in com sinais imersos em ruído: 43 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG MODULAÇÃO E DEMODULAÇÃO DE SINAIS MODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA - FM 44 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Sinal modulante=0 (passa baixa frequência) Sinal modulante=1 (passa alta frequência) MODULAÇÃO E DEMODULAÇÃO DE SINAIS DEMODULAÇÃO EM FREQUÊNCIA - FM • Circuito de Condicionamento com PLL (Phase Locked Loop) • O que o Amplificador Operacional tem em comum com um PLL? • Ambos usam realimentação! • O AmpOp usa realimentação para amarrar Amplitude e • O PLL amarra a fase (ou frequência). • Exemplos de aplicações do PLL: Multiplicador/Divisor de frequência (Celulares) e Demodulador de sinais de FM (aparelhos de som com autosintonia). 45 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG tωωtωω AA v tωAωtAv ff f f AM fAM coscos 2 sinsin Phase detector KP volts/radians VCO KV volts/volts KVCO radians/second volts +n Kw radians/second volts fcomp |φcomp| fin |φin| fout |φout| Δφ f Multiplicador de Frequências Multiplicador Sinal de entrada Vssint qf Cos( ) C R Filtro – f)t Vo[rms] o PLL: Malha Amarrada por Fase Somador VCO 1 1 s fft PSD + ft +qf 0 ≈ Voltage Controller Oscillator Phase Frequency Detector Phase detector Filter VCO fin (FM) Vout fin f Discriminador FM + - A Sinal de entrada Vs ALL: Malha Amarrada por Amplitude Amplificador Operacional R1 R2 Divisor + RUÍDOS EM INSTRUMENTAÇÃO • "Ruído é um dos tópicos de eletrônica que todos devem estar familiarizados e estar atentos para seus possíveis efeitos" (George Kennedy, autor do livro Sistemas de Comunicação). • Tipos de Ruído: • Externo • Ruído atmosférico • Ruído extraterrestre (solar, cósmico) • Ruído industrial • Interno • Ruído térmico (Johnson): associado a agitação térmica em resistores. • Ruído de Rajada de Bala (shot noise): associado a agitação térmica de portadores de carga em semicondutores. • Ruído de tempo de trânsito: associado à variação do tempo de deslocamento de cargas elétricas em uma válvula termoiônica. • Ruído de cintilação (flicker) • Ruído termoelétrico: associado às junções de metais ou semicondutores diferentes susceptíveis à variações de temperatura. • Ruído triboelétrico: gerado pelo atrito entre isolante e condutor. 46 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG RUÍDO TÉRMICO • Potência gerada pelo ruído térmico em um resistor (Johnson mediu!) • A Potência gerada pelo ruído térmico é proporcional à temperatura. • A Potência gerada pelo ruído térmico é proporcional a Largura de faixa, Bw. • Note que o resistor não precisa estar conectado a nenhum circuito para gerar esta tensão de ruído em seus terminais. • Introduzindo a Constante de Boltzman, tem-se (Nyquist modelou): • Aplicando-se o Teorema da Máxima Transferência de Potência, i.e. RL = R, tem-se: 47 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG TP wBP wkTBP Carga L n L w R v P kTBP 4 2 .4 , 4 2 2 wLn L n w kTBRv R v kTB vn R RL Modelo de Resitor como gerador de ruido L n L w R v P kTBP 4 2 wLn wLn L n w kTBRv kTBRv R v kTB 4 4 4 2 2 MECANISMOS DE ACOPLAMENTO DE RUÍDO ELÉTRICO • Condutivo: resulta do compartilhamento de corrente de circuitos diferentes em uma impedância comum; • A representação física do ruído condutivo. Parte do circuito de retorno da corrente é compartilhado pelo sensor e pela carga (aquecedor). 48 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Vs VCC OUT GND _ + VCC OUT GND Rw1Aquecedor Rw2 Sensor de Temperatura IsIF IA=10A Vm = Vsensor + V1 + V2 O ruído condutivo é: Vruído = V1 + V2 Note que V2 >> V1V2 V1 Rw é a resistência do fio MECANISMOS DE ACOPLAMENTO DE RUÍDO ELÉTRICO • Capacitivo: resulta de campos elétricos variáveis na vizinhança do caminho do sinal 49 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG I VN ZN RLVVs RATRLVs VN CNS RAT Circuito Equivalente Campo Elétrico VN é proporcional à frequência da fonte interferente (geradora de 𝐸), a RAT e a CNS. 𝐸 𝑉𝑁 ≈ 𝑗𝜔 ∙ 𝑅𝐴𝑇 ∙ 𝐶𝑁𝑆 ∙ 𝑉𝑖 𝑉𝑖 MECANISMOS DE ACOPLAMENTO DE RUÍDO ELÉTRICO • Capacitivo • Para reduzir este acoplamento, pode-se tentar reduzir a resistência de aterramento (RAT) da fonte interferente (Vi), ou capacitância parasita (CNS) entre a fonte de ruído (VN) e a fonte de sinal (Vs). • Porque não é possível reduzir o ruído atuando na frequência de Vi ou na magnitude deste sinal? • Por meio de blindagem eletrostática (Gaiola de Faraday) que, se bem feita, pode-se reduzir CNS, sendo eficaz tanto em baixas quanto em altas frequências; • O valor do capacitor CNS pode atingir a ordem de algumas centenas de pF (sem blindagem) e a tensão parasita da ordem de alguns volts; • A blindagem reduz a capacitância para décimos de pF. • A resistência RAT pode ser reduzida, melhorando-se o sistema de aterramento do local onde se encontra Vi; 50 Profs. Hugo C. C. Michel e Eliziane Arreguy IP/UNA MECANISMOS DE ACOPLAMENTO DE RUÍDO ELÉTRICO • Indutivo ou acoplado magneticamente: resulta de campos magnéticos variáveis na área circundada pelo circuito do sinal. • A redução do cos(φ) pode ser feita por meio da orientação adequada da fonte de alimentação e dos condutores dos circuitos receptores. • Radiativo: se a fonte de campo eletromagnético está distante do circuito do sinal, o ruído acoplado elétrica ou magneticamente são considerados acoplamentos eletromagnético ou radiativo combinados. 51 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG VN ZN RLVVs I Acoplamento de fluxo magnético Circuito Equivalente VN é proporcional à frequência da fonte Vi, ao campo magnético B, a área de enlace A e ao cosseno do ângulo entre B e A 𝑉𝑁 ≈ 𝑗𝜔 ∙ 𝐵 ∙ 𝐴 ∙ cos(𝜑) ≈ 𝑗𝜔 ∙ 𝑀 ∙ 𝐼 RLVs VN I M 𝐵 𝑉𝑖 MECANISMOS DE ACOPLAMENTO DE RUÍDO ELÉTRICO • Indutivo • Para reduzir este acoplamento, pode-se tentar reduzir a magnitude do campo magnético (B), ou a área (A) de enlace entre os dois circuitos, ou o cos(φ) entre B e A (φ é ângulo formado entre o campo 𝐵 e superfície de área A). • Porque não é possível reduzir o ruído atuando na frequência de Vi ou na magnitude deste sinal? • Neste caso, a blindagem eletrostática (usada para eliminação do acoplamento capacitivo) não é eficaz para sinais de baixas frequências (< 1kHz); • Para ser eficaz é necessário utilizar uma blindagem com materiais de alta permeabilidade magnética, como o μ-metal (uma liga de Ni (78%), Fe (17%) e Cu(5%)). • Esta blindagem especial atenua o campo B mesmo em frequências muitíssimo baixas. Na prática, justapõe-se várias destas blindagens para se obter uma boa blindagem. 52 Profs. Hugo C. C. Michel e Eliziane Arreguy IP/UNA MECANISMOS DE ACOPLAMENTO DE RUÍDO ELÉTRICO • Para reduzir ao máximo a influência do campo magnético B, deve-se manter o condutor do sinal a uma distância mínima possível do, condutor proveniente da fonte interferente (Vi), (e.g., fio de terra ou de retorno do sinal). • Em qualquer caso os fios de sinal e de retorno não devem passar próximos a transformadores de alimentação ou outros fios transportando correntes alternadas; • Devem também ser mantidos longe de vibrações. • Para reduzir a área de enlace, os fios de sinal e terra devem ser entrelaçados, mesmo que os fios sejam blindados individualmente. Desta forma a “área do laço” disponível para a indução das tensões de erro é reduzida e as indutâncias mútuas entre a fonte de ruído e cada fio são balanceadas para proporcionar um efeito de cancelamento. • A entrelaçamento também reduz a capacitância entre os condutores, e com isso sinais ruidosos da ordem de mV. • Elimina-se a área que forma a capacitância entre cabos. 53 Profs. Hugo C. C. Michel e Eliziane Arreguy IP/UNA TÉCNICAS PARA REDUÇÃO DE INTERFERÊNCIA DE RUÍDO • Evita-se esse acoplamento, separando-se o circuito de alimentação e retorno da carga do circuito sensor para se evitar o ruído condutivo. • A representação física do ruído condutivo. Parte do circuito de retorno da corrente é compartilhado pelo sensor e pela carga (aquecedor). 54 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Vs VCC OUT GND _ + VCC OUT GND Aquecedor Sensor de Temperatura Is IA=10A Vm = Vsensor V2 V1 Rw é a resistência do fio Rw1 Rw2 Is Vsensor + _ Vs VN I M TÉCNICAS PARA REDUÇÃO DE INTERFERÊNCIA DE RUÍDO • Blindagem eletrostática (gaiola de Faraday) reduz o acoplamento capacitivo, tanto em baixas quanto em altas frequências. • A blindagem funciona capturando cargas que de outra forma alcançariam os condutores. As cargas devem ser drenadas para um terra satisfatório, senão podem ser acopladas para os condutores do sinal por meio da capacitância da blindagem para o cabo. • Para acoplamento indutivo esta blindagem não é eficaz em baixas frequências. Neste caso é preciso uma blindagem com materiais de alta permeabilidade magnética com μ-metal (liga de Ni, Fe e Cu). • O trançamento dos cabos reduz a área de enlace dos circuitos. 55 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Aquisição de Dados Receptor Fonte de Sinal Transmissor Blindagem trançada e de Alta permeabilidade magnética Cabeamento Trançado BIBLIOGRAFIA • BALBINOT, A.; BUSSAMARELO, V. J. Instrumentação e Fundamentos de Medidas. Vol 1, 2ª. Edição. Editora LTC. Rio de Janeiro, RJ, 2010 • SEDRA, A. S.; SMITH, K., C. Microeletrônica. Pearson Mackron Books, 2000. • DOEBELIN, E. O. Measurement Systems – Application and Design, 4ª. Edição. Editora McGraw-Hill, USA, 1990. • ALBERTAZZI JR., A. G.; SOUZA, A. R. Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial. 1ª Edição. Barueri, SP: Manole, 2008. Slides disponíveis na internet. 56 Profs. Anísio Rogério Braga COLTEC/UFMG, Carmela Maria Polito Braga e Hugo César Coelho Michel - DELT/EE-UFMG Cap. 3 – até 3.8.2 Cap. 4 – até 4.7 Cap. 2 – todo