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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Resenha Crítica de Caso FELIPE CASTRO SARAIVA TOMÉ Trabalho da disciplina: PRINCÍPIOS DE FINANÇAS Tutor: Prof. JAMES DANTAS SOUZA RIO DE JANEIRO 2020 ESTUDO DE CASO DE HARVARD: Brasil Foods Referências: David E. Bellm, Natalie Kindred No dia 14 de julho de 2011, após dois anos, finalmente foi aprovada combinação entre Sadia e Perdigão, atendendo pelo nome de Brasil Foods (BRF). Empresa a qual contava com 110.000 empregados e um faturamento de R$ 22.7 bilhões em 2010, esta controlavam 9% do mercado global de proteínas. José Antonio do Prado Fay, CEO da BRF, estava disposto a apresentar aos empregados uma meta ambiciosa para a empresa, que dentro de cinco anos teriam como o objetivo duplicar as vendas, atingindo R$ 50 bilhões, por meio da expansão doméstica e internacional. Por acreditar que a BRF tinha um Know-how muito eficiente, seria necessário investir em uma equipe global que entendesse as condições locais dos mercados estrangeiros. E além destes desafios, ainda existia a preocupação com o histórico de rivalidade entre as duas empresas, que hoje se tornaria somente uma. A história econômica do Brasil, estava ligada fortemente ao setor agropecuário, e não mais exportavam somente produtos tropicais (como café e suco de laranja) , mas estavam exportando soja, açúcar e carne. Com isso o Brasil em 2010 já era um dos líderes mundiais em exportação de alimentos e se tornou o primeiro grande exportador de uma região tropical. Ambas as empresas perdigão e Sadia, surgira no estado de Santa Catarina no sul do país, nos anos de 1934 e 1940 respectivamente. A Perdigão era produtora integrada de suínos e aves, nas décadas de 1970 e 1980 começou a utilizar equipamentos de processamento automático de aves, e também foi a pioneira na exportação de aves. Em 1990 tiveram dificuldades financeiras, a família fundadora teve que vender sua participação controladora, com esta mudança, a Perdigão modernizou suas instalações, investiu em comidas congeladas prontas para consumo, também passou a produzir laticínios, carne bovina e margarina. Cotada na Bovespa, a empresa possuía uma valor de mercado de US$ 3,9 Bilhões. A sadia por sua vez, em 1940 era uma empresa processadora e vendedora de produtos de grãos e suínos. Nas décadas de seguintes passou a produzir também refeições processadas e congeladas. Na década de 1980 a Sadia passou a exportar frango congelado para o Oriente Médio e carne suína e bovina para os Estados Unidos e a Europa. Cotada na Bovespa, a empresa tinha o valor de mercado de US$ 2,4 Bilhões. Esta parceria já havia começado em 2001, aonde formaram uma Joint Venture para exportar para África, Caribe e Rússia, mas terminou em 2002. Em 2008, após a Sadia registrar mais de R$ bilhões em despesas, foram obrigados a procurar um comprador. E então em uma troca de ações que deu aos acionistas da Perdigão e da Sadia, respectivamente, 68% e 32% de uma nova empresa (BRF). No entanto, a BRF veio a enfrentar um obstáculo quanto o conselho administrativo de defesa econômica (CADE), onde o órgão se opõe ao negócio por temer que sufocasse a competição doméstica e alimentasse a inflação de produtos alimentícios. Sendo assim, somente após dois anos a CADE aprovou a fusão, a decisão exigia que a BRF vendesse ou suspendesse ativos responsáveis por cerca de 13% de suas receitas. A maioria ou total de ativos seria vendido a um só comprador, criando assim, um competidor efetivo. Após a decisão, ações da BRF na Bovespa subiram 9,8% Esta fusão criou da Perdigão e da Sadia o segundo maior empregador do Brasil e seu terceiro maior exportador, com um faturamento líquido de R$ 22,7 bilhões e EBITIDA de R$ 2,6 bilhões em 2010. No Brasil a rede de distribuição da BRF atingia 98% da população. No que diz respeito à produção, a BRF possuía vínculo com produtores de pequeno e médio porte, os quais eram obrigados a firmar contrato exclusividade com a BRF. Em 2010 a empresa investiu aproximadamente R$ 1,1 bilhões para expandir e modernizar a sua capacidade de produção. A BRF fazia 500 mil entregas por Mês a cerca de 150 mil varejistas de alimentos, incluindo grandes redes como Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), Carrefour e Wal-mart. A BRF possuía produtos para qualquer ocasião em que se o consumisse alimentos, dentre eles: Nuggets, Mini hambúrgueres, Iogurtes, Leite UHT, Tortas congeladas, Lasanhas congeladas, entre outros. E por esses motivos a empresa era classificada como uma das marcas mais valiosas do setor de alimentos no Brasil. O conceito de foodservice crescia no mercado 15% ao ano, enquanto o varejo 7,5%, e a BRF como a maior player do Brasil, vendia e distribuía produtos a estes clientes, tais como: McDonald’s, Burguer King e dúzias de redes menores. Internacionalmente a empresa já operava em 24 escritórios e seus produtos estavam presentes em mais de 140 países. A Sadia era que consistia em maior exportação por trabalhar com alinha premium, todos os produtos eram exportados congelados. Já a Perdix aonde teve ajuste do seu nome por ter uma pronuncia mais fácil, posicionava com uma linha de qualidade para o mind-market. A partir das nova visão após a fusão, que foi intitulado como “BRF 2015” exigia dobrar as receitas da empresa entre 2011 e 2015, atingindo cerca de R$ 50 bilhões. Esse processo envolvia três fases, na primeira a BRF iria concluir sua integração pós-fusão, consolidar sua vantagem doméstica e ampliar sua presença global através de aquisições e parcerias estratégicas. A segunda fase daria continuidade na internacionalização. E na terceira fase, a BRF se tornaria uma multinacional de categoria mundial, como a Nestle e Unilever. Internamente existia uma tendência que previa que os gastos com alimentação no brasil aumentasse de R$ 316 bilhões em 2009 para R$ 567 bilhões em 2015. Segundo projeções, até 2015 o consumo de aves deveria crescer cerca de 22%, o de suínos cerca de 14% e o de bovinos para 11%. Para isso era necessário também conhecer de perto seus concorrentes, Marfrig e JBS, em alimentos refrigerados e congelados assim como produtos bovinos respectivamente. Fay e sua equipe sempre acreditaram na qualidade do pessoal da BRF, porém o primeiro obstáculo seria integrar os empregados da Sadia e da Perdigão, fazendo-os trabalhar unidos e em um só objetivo. Também era impreterivelmente necessário construir uma equipe de capacidade internacional, para assim chegar aos objetivos da “BRF 2015”.