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Uso racional de medicamentos 
O que é o uso racional de medicamentos?
Uso racional: definição parte do princípio que o paciente recebe o medicamento apropriado para suas necessidades clínicas, nas doses individualmente requeridas para um adequado período de tempo 
O CRF/MS disponibiliza um canal para conteúdos de artigos, os informativos impressos do Conselho e materiais que possam auxiliar o farmacêutico no dia-a-dia, como novas resoluções e estudos na área da saúde. No campo “Informativo” à esquerda da tela, encontram-se Boletins e Cartilhas, como esta: de Janaína de Pina Carvalho e Mary Gomes de Barros sobre o “Uso Correto de Medicamentos”, editada pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos. A cartilha começa relatando que muito se ouve falar sobre o uso racional de medicamentos e que a todo momento, novas reportagens sobre produtos que foram usados sem orientação médica que, além de não trazerem benefícios, ainda fizeram mal, vem à tona na mídia.
Um exemplo, foi no início de 2010, quando foi veiculado alerta sobre a sibutramina (utilizada no tratamento da obesidade), que teve sua venda restringida depois de verificado que este medicamento aumenta os riscos de doenças do coração em 16% dos pacientes tratados. No Brasil, este medicamento sempre foi vendido apenas sob prescrição médica. Ainda assim, existem relatos de que algumas pessoas usaram sem esta prescrição. A definição usada pelo Ministério da Saúde e instituições internacionais como a Organização Mundial de Saúde e também a Organização Pan-Americana da Saúde, parte do princípio que o paciente recebe o medicamento apropriado para suas necessidades clínicas, nas doses individualmente requeridas para um adequado período de tempo e a um baixo custo para ele e sua comunidade, para definir o uso racional. Na prática, todos são responsáveis por promover o uso racional e correto de medicamentos: governo, indústria, profissionais da saúde e inclusive os pacientes. A cartilha que pode ser visualizada clicando aqui ou ainda no item “Informativos” foi elaborada a partir da necessidade de ajudar as pessoas a conhecerem algumas regras para o correto consumo de medicamentos, além de diminuir ou minimizar os erros mais comuns e contribuir para o tratamento adequado dos pacientes.
Estatísticas
 * No Brasil aproximadamente, um terço das internações ocorridas no País, têm como origem o uso incorreto de medicamentos. 
* Estatísticas revelam que os medicamentos respondem por 27% das intoxicações no Brasil
* 16% dos casos de morte por intoxicações no Brasil são causados por medicamentos.
* O uso irracional de medicamentos não é uma prática exclusiva do Brasil, é tambem uma prática mundial.
 Abaixo, seguem informações da OMS 15, 16 sobre este hábito que ocorre em muitos países:
• 25 a 70% do gasto em saúde, nos países em desenvolvimento, correspondem a medicamentos, em comparação a menos de 15% nos países desenvolvidos.
• 50 a 70% das consultas médicas geram prescrição medicamentosa.
• 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados inadequadamente.
• 75% das prescrições com antibióticos são errôneas.
• 2/3 dos antibióticos são usados sem prescrição médica em muitos países.
• 50% dos consumidores compram medicamentos para 1 dia de tratamento.
• Cresce constantemente a resistência da maioria dos microorganismos causadores de enfermidades infecciosas prevalentes.
• 53% de todas as prescrições de antibióticos nos Estados Unidos, são feitas para crianças de 0 a 4 anos.
• Os hospitais gastam de 15 a 20% de seus orçamentos para lidar com as complicações causadas pelo mau uso de medicamentos.
Diante do exposto, a OMS estabeleceu como seu grande desafio para a próxima década a melhoria na racionalidade do uso de medicamentos, havendo uma necessidade de promover a avaliação desse uso e vigiar o seu consumo17.
Medidas para promover o uso racional de medicamentos
De acordo com a definição do uso racional de medicamentos proposta pela Política Nacional de Medicamentos, os requisitos para a sua promoção são muito complexos e envolvem uma série de variáveis, em um encadeamento lógico. Para que sejam cumpridos, devem contar com a participação de diversos atores sociais: pacientes, profissionais de saúde, legisladores, formuladores de políticas públicas, indústria, comércio, governo18.
Preocupado com este grave problema de saúde pública, o Ministério da Saúde do Brasil criou o Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos por meio da Portaria de número 427/07, o que vem a atender uma recomendação da OMS. O Comitê desenvolverá ações estratégicas para ampliar o acesso da população à assistência farmacêutica e para melhorar a qualidade e segurança na utilização dos medicamentos.
De uma maneira geral, as soluções propostas para reverter ou minimizar este quadro devem passar pela educação e informação da população, maior controle na venda com e sem prescrição médica, melhor acesso aos serviços de saúde, adoção de critérios éticos para a promoção de medicamentos, retirada do mercado de numerosas especialidades farmacêuticas carentes de eficácia ou de segurança, e incentivo à adoção de terapêuticas não medicamentosas5.
Principais problemas quanto ao uso de medicamentos:
• Sobreuso de medicamentos: São particularmente os injetáveis, como conseqüência tanto da prescrição excessiva quanto do consumo exacerbado;
• Polimedicação ou polifarmácia: OMS considera que, no nível da atenção básica de saúde (ABS), 1 ou 2 medicamentos por receita costumam ser suficientes;
• Uso incorreto de medicamentos: Esta ‘categoria’ inclui o uso de um medicamento errado para uma condição específica (antibióticos ou antidiarréicos para a diarréia infantil), o uso de medicamentos de eficácia duvidosa (agentes anti-motilidade para diarréia), emprego de fármacos de segurança questionável (dipirona) e uso de doses inapropriadas (caso freqüente de antibióticos e TRO).
Exemplo de tipos de problemas na prescrição:
• Um medicamento barato proporcionaria eficácia e segurança comparáveis a outro mais caro
• O tratamento sintomático de condições leves desvia recursos de tratamento de enfermidades mais severas
• Utiliza-se um medicamento de determinada marca quando existirem genéricos mais baratos
• O medicamento não é necessário
• A dose é exagerada
• O período de tratamento é demasiadamente longo
• A quantidade dispensada é exagerada em relação ao que será realmente utilizado
• O medicamento está receitado para um diagnóstico incorreto
• Seleciona-se um medicamento equivocado para determinada doença
• A prescrição está redigida de forma inapropriada
• Não se fazem ajustes para fatores coexistentes (clínicos, genéticos, ambientais e outros)
• Utilizam-se dois ou mais medicamentos quando um dos dois alcançaria virtualmente o mesmo efeito
• Procura-se atacar várias condições relacionadas quando o tratamento da condição primária melhoraria ou resolveria as demais
• Não são prescritos os medicamentos necessários
• A dose é insuficiente
• A duração do tratamento é demasiadamente curta
Problemas de prescrição:
• Prescrição extravagante
• Sobreprescrição
• Prescrição incorreta
• Prescrição múltipla
• Subprescrição 
O uso inapropriado de medicamentos pode ter conseqüências como:
• Eventos adversos, incluindo os letais. Exemplo: uso indevido de antibióticos, autoprescrição ou uso inapropriado de automedicação;
• Eficácia limitada. Exemplo: quando não se obtém o efeito esperado devido ao uso de dose subterapêutica;
• Resistência a antibióticos. Exemplo: o sobreuso ou o uso em doses subterapêuticas;
• Farmacodependência. Exemplo: abuso de certos medicamentos, tais como os tranqüilizantes;
• Risco de infecção. Exemplo: uso inapropriado de injetáveis. 
O papel do farmacêutico especialista em informação sobre medicamentos
Fornecer informação sobre medicamentos sempre foi uma parte da prática farmacêutica; o farmacêutico sempre forneceu informação avaliada (profissional) para o público e para outros profissionais da saúde.
Em paralelo à implantação dos centros de informação sobre medicamentos, osfarmacêuticos se especializaram na atividade e, hoje, existe a ‘especialização’ farmacêuticoinformador sobre medicamentos.
As atividades clínica, administrativa e de distribuição de medicamentos exercidas pelos farmacêuticos são inseparáveis, fazendo dele o contato lógico quando há necessidade de informação prática sobre o uso de medicamentos em um paciente. Por exemplo, o farmacêutico, mais do que qualquer outro profissional da saúde, está capacitado para integrar informação sobre eficácia, segurança, situação de padronização, custo, preparação e entrega de uma terapia medicamentosa em particular. 
Relação profissional de saúde-paciente e a receita
Parte dos princípios básicos do relacionamento profissional de saúde-paciente envolve transmitir segurança e confiança para adesão a qualquer intervenção em saúde e, consequentemente, adesão as condutas descritas na receita. É necessária transparência na prescrição, com esclarecimentos e disponibilidade do profissional diante de possíveis reações adversas e erros. Por isso é fundamental, que pacientes e profissionais de saúde conversem abertamente sobre o uso de medicamentos, esclarecendo dúvidas, identificando potenciais interações medicamentosas e riscos envolvidos, bem como os benefícios de usar qualquer medicamento que venha a ser necessário.
O paciente, família ou cuidadores são a última barreira para a prevenção dos erros de medicação. É preciso, portanto, investir na educação do paciente, procurando que este tenha um bom conhecimento sobre seus problemas de saúde e os medicamentos que faz uso.
Fique atento às diferentes informações contidas em sua receita e peça esclarecimentos em relação aos aspectos que você não compreender. Sua compreensão é fundamental para o sucesso do tratamento.
Para que servem os medicamentos?
Os medicamentos podem ser usados na prevenção, no diagnóstico, no tratamento de doenças e, também, no controle de sinais/sintomas, como dor, por exemplo. A administração dos medicamentos pode acontecer em diferentes lugares: em casa, em clínicas e ambulatórios, no hospital e também na farmácia. A sua utilização deve ser sempre feita com orientação de um profissional de saúde especializado, já que o uso incorreto pode trazer sérios danos à saúde.
Recomendações ao paciente
Procure sempre utilizar qualquer medicamento com a orientação de um médico, dentista, farmacêutico ou outro profissional de saúde!
Informe ao profissional de saúde TODOS os medicamentos que você usa, inclusive os naturais (fitoterápicos), vitaminas e anticoncepcionais, pois o uso simultâneo de diferentes medicamentos pode interferir no seu efeito e segurança.
Informe sobre qualquer reação desagradável que você já experimentou ao usar algum medicamento (tonturas, manchas na pele, insônia, dores de cabeça e outros).
Informe se você é alérgico a algum medicamento ou substância (dipirona, sulfas etc.), assim como se é portador de alguma doença (hipertensão, diabetes, etc.). É importante que as mulheres grávidas ou que estão amamentando informem ao profissional, pois alguns medicamentos podem ser contraindicados.
Relate ao profissional de saúde outros hábitos que podem interferir no uso do medicamento, como por exemplo o uso de bebidas alcóolicas e fumo.
Importante: Relate se tem problemas para engolir cápsulas ou comprimidos, assim o profissional poderá selecionar, por exemplo, o medicamento em forma líquida, caso exista a apresentação no mercado.
Alguns medicamentos possuem nomes com grafia ou som semelhantes. Sempre que receber uma receita de um profissional de saúde certifique-se que a letra está legível. Em caso de dúvida, pergunte!
Nunca se esqueça que além dos medicamentos, o tratamento também é composto por mudanças nos hábitos de vida (como alimentação, atividade física, sono, postura corporal, combate do estresse etc.). Pergunte ao profissional que cuida de você quais são elas.
Em Casa
Caso você faça uso de mais que três medicamentos, algumas dicas podem ajudá-lo:
Atenção: Antes de começar a usar o medicamento, leia a receita médica com atenção.
Faça uma lista: anote todos os medicamentos, com o nome e quantidade de cada um. O farmacêutico pode te auxiliar nesse processo. Nunca altere a dose diária recomendada!
Tome seus remédios na quantidade indicada, nos horários certos e pelo número certo de dias. Na dúvida, consulte o profissional de saúde que fez a prescrição.
Importante: Se você é um paciente portador de alguma doença crônica, que exige uso continuado de um ou mais medicamentos não interrompa o tratamento sem o conhecimento de quem prescreveu!
Comprometa-se a fazer o tratamento completo, não suspenda o uso porque teve melhora dos sintomas. Os medicamentos precisam ser tomados por todo o tratamento indicado, principalmente durante o uso de antibióticos e outros medicamentos de uso controlado.
Caso tenha dificuldade em organizar a rotina de utilização diária de seus medicamentos, solicite ajuda dos farmacêuticos. Algumas farmácias oferecem dispositivos que auxiliam o paciente nesta organização e favorecem a adesão ao tratamento.
Observe os seus sintomas e se você tem sentido alguma alteração após o início do uso do medicamento, como coceiras, tontura, dores de cabeça, alteração de humor, etc... E comunique ao profissional de saúde que o prescreveu.
Não corte o remédio ao meio ou abra as cápsulas, fazer isto pode reduzir o seu efeito e, posteriormente, dificultar sua identificação.
Evite a ingestão de bebidas alcóolicas; medicamentos e álcool são uma combinação que merece atenção, e deve ser evitada.
Mantenha seus medicamentos em local protegido. De preferência os mantenha em sua própria embalagem e com a bula. É importante manter os medicamentos longe do alcance de crianças e animais domésticos, para evitar acidentes.

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