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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL 
Departamento de Ensino 
Curso de Pós-Graduação em Homeopatia 
Área de Concentração: Farmácia 
MONOGRAFIA 
O Estudo da Evolução da Farmacopéia Homeopática Brasileira 
(Da 1ª a 3ª edição) 
Thais Muniz Alves 
RIO DE JANEIRO 
2014 
INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL 
Departamento de Ensino 
Curso de Pós-Graduação em Homeopatia 
Área de Concentração: Farmácia 
O Estudo da Evolução da Farmacopéia Homeopática Brasileira 
(Da 1ª a 3ª edição) 
Thais Muniz Alves 
Sob a Orientação do Professor 
Ilídio Ferreira Afonso 
Monografia submetida como requisito 
parcial para obtenção do certificado de 
conclusão do curso de formação de 
especialista em Homeopatia - área de 
concentração: Farmácia. 
RIO DE JANEIRO 
2014 
ALVES, Thais Muniz 
Estudo da Evolução da Farmacopéia Homeopática Brasileira (da 1ª 
a 3ª edição). Rio de Janeiro. RJ. Instituto Hahnemanniano do Brasil. 2014. 
25 f 
Orientador: Ilídio Ferreira Afonso 
1. Medicamento homeopático. li. Farmacopéia. Ili. Formas farmacêuticas. 
INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL 
Departamento de Ensino 
Curso de Pós-Graduação em Homeopatia 
Área de Concentração: Farmácia 
MONOGRAFIA 
O Estudo da Evolução da Farmacopéia Homeopática Brasileira 
(Da 1ª a 3• edição) 
Thais Muniz Alves 
MONOGRAFIA APROVADA EM •;;(/~/ ~ly 
Nota: / ..SCJ 
llldio Ferreira Afuu;l;\l..-_. 
Instituto Hahnemanniano do Brasil. 
(Orientador) 
"""' Tereza Cristina de Andrade Leilao Aguiar - MSc, 
Instituto Hahnemanniano do Brasil. 
(Coordenador) 
AGRADECIMENTOS 
Em primeiro lugar, agradeço a Deus por iluminar todos os momentos da minha 
vida. 
Ao professor Ilídio Afonso, meu orientador, pela sua dedicação, e por toda a 
ajuda que me foi concedida na elaboração deste trabalho. 
À professora Tereza Leitão, coordenadora, por haver sido compreensiva em 
relação aos problemas pelos quais eu passei ao longo do curso. 
Aos meus pais, avós e tios, por todo o apoio nos momentos bons e ruins. E por 
sempre me incentivarem a seguir em frente, em busca dos meus objetivos 
profissionais. 
Ao meu amor, Marcelo Garcia, por todo o seu carinho e compreensão e, por 
perdoar os longos momentos de ausência. 
Aos amigos mais próximos - minhas melhores referências profissionais. 
RESUMO 
A Farmacopéia Homeopática Brasileira já está na sua 3ª edição. Ela foi criada 
e elaborada em 1976, e desde então, inúmeras alterações foram realizadas, tanto 
para os métodos de preparo do medicamento homeopático como para o teor de 
princípio ativo nas formulações (os quais se encontram padronizados a partir da 2ª 
edição). Foram acrescentadas novas informações a respeito de escalas 
homeopáticas as quais Hahnemann já mencionava em seu livro "Organon da Arte de 
Curar". 
De acordo com uma visão geral, essas mudanças no compêndio foram 
positivas, e contribuíram para que houvesse uma melhora, não só na manipulação 
de medicamentos homeopáticos. como também, na terapêutica do paciente que faz 
o uso dos mesmos. 
ABSTRACT 
The Brazilian Homeopathic Pharmacopoeia is in its third edition. lt was created 
and developed in 1976, and since then, numerous changes were made to bolh lhe 
melhods of preparalion of homeopalhic medicine as to lhe conlenl of active 
ingredient in the formulations (which are standardized trem the second edition). New 
information has been added aboul homeopalhic scales over which Hahnemann had 
already menlioned in his book "Organon of the Art of Healing". 
According to an overview, these changes in lhe Compendium were positive, and 
had oonlnbuled to an improvement, nol only in the handling of homeopathic 
medicines, as well as in lhe palient who is using lhe homeopalhic therapy. 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10 
2. OBJETIVO ....................................................................... ............................... 13 
3. MATERIAL E MÉTODO ...................................................................... .......... 13 
4. CONTEXTUALIZAÇÃO .............................................................. ................... 13 
4 .1 Aspectos Gerais ............................................................................. ............ 13 
4.2 Preparo das tinturas a partir da droga ... ........ ........................................... 14 
4.3 Identificação de uma droga ....................... .............................................. 15 
4.4 Preparo das Formas Farmacêuticas Derivadas ..................................... 15 
4.4.1 Formas Farmacêuticas Liquidas ................................................. 15 
4.4.2 - Dinamização das Formas Farmacêuticas Líquidas ................... 16 
4.4.3- Formas Farmacêuticas Sólidas ................................................. 17 
4.4.4 - Conversão para a Forma Líquida ................ ..... ........................ 18 
4.5 Formas Farmacêuticas para Dispensação ............................................. 19 
4. 5.1 Medicamentos Líquidos ............................................................. 19 
4.5.2 Medicamentos Sólidos ............................................................... 20 
4.5.3 Formas Farmacêuticas de Uso Externo ..................................... 20 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃ0 ........................................................................ 22 
6. CONCLUSÃ0 ................................................................................................. 24 
7. REFERi;NCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................... ........................................... 25 
ABREVIATURAS 
MNT: Manual de Normas Técnicas 
FHB: Farmacopéia Homeopática Brasileira 
ABFH: Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas 
PALAVRAS-CHAVE 
Medicamento homeopático; Farmacopéia; Formas farmacêuticas 
1. INTRODUÇÃO 
Desde o seu surgimento no inicio do século XIX, em 1810. a Homeopatia 
difundiu-se para outros palses, sendo introduzida no Brasil pelo médico francês, 
Benoit Mure (discípulo de Hahnemann). Entretanto, outros homeopatas já haviam se 
instalado no Brasil, sendo que o primeiro médico homeopata brasileiro foi o Dr. 
Duque-Estrada (Filho, 2008). 
Benoit Mure chegou ao Brasil em 1840. Conheceu o médico João Vicente 
Martins, o qual se tornou seu discipulo e juntos, disseminaram e praticaram a 
medicina homeopática (Filho, 2008) 
Com o passar do tempo, foram criados ambulatórios e fundados institutos e 
escolas homeopáticas brasileiras, voltados para profissionais já formados. Os 
mesmos eram preparados e habilitados a exercerem a Homeopatia. 
Uma das mais importantes instituições fundadas na época foi a Escola 
Homeopática do Brasil, a qual tinha como presidente Benoit Mure, e como 
secretários, João Vicente Martins e Francisco Alves de Moura. Entretanto, somente 
após algum tempo de existência é que foi concedida. por parte do Governo Imperial, 
a autorização para que a Escola conferisse os certificados aos homeopatas que 
concluíssem o curso, reconhecendo assim a Homeopatia. 
Foi fundada também a primeira farmácia homeopática, denominada Botica 
Homeopática Central. 
Inicialmente, no Brasil, a Homeopatia teve sua imagem denegrida por alguns 
doutores da medicina, embora outros a defendessem. O objetivo de Benoit Mure era 
que houvesse a divulgação e a prática da medicina homeopática, de modo que a 
mesma se tornasse o método terapêutico de preferência dos brasileiros, assim como 
já ocorria em outros países. Além da fundação de instituições de ensino, centros 
ambulatoriais e dispensários, ele formou mais de 500 alunos na prática médica 
homeopática e teve mais de 10.000 exemplares vendidos de sua obra "Prática 
Elementar da Homeopatia". 
O Dr. Benoit Mure deixou o Brasil em 1847, porém, a doutrina homeopática 
continuava a ser difundida por Joao Vicente Martins, além de outros médicos 
homeopatas brasileiros. 
Em 1859, devido ás divergências entre Duque Estradae João Vicente 
Martins. ocorreu a ruptura do Instituto Homeopático e foram fundadas duas novas 
10 
instituições: o Instituto Hahnemanniano do Brasil e a Congregação Médico-
Homeopática Fluminense. 
Os medicamentos homeopáticos ainda eram preparados por médicos e 
durante os primeiros anos da Homeopatia no Brasil, as tinturas e substâncias 
utilizadas como ponto de partida eram todas oriundas da Europa, as quais já haviam 
passado por estudos de utilização e comprovação na terapêutica homeopática. 
Em 1851, a Escola Homeopática do Brasil jâ tinha aprovado a separação da 
prática médica da prática farmacêutica. Porém, somente no ano de 1886, pelo 
decreto 9.554, a manipulação de medicamentos homeopáticos passou a ser uma 
atribuição exclusiva dos farmacêuticos. (Olney, 2005) 
Ao longo do século XIX, os países que adotaram a Homeopatia como método 
terapêutico também criaram e elaboraram as suas respectivas Farmacopéias 
Homeopáticas; na Europa e os Estados Unidos, sendo que os países que não 
possuíam a sua própria Farmacopéia Homeopática, como o Brasil, por exemplo, 
utilizavam a Farmacopéia Norte-Americana e/ou a Francesa. 
Assim prosseguiu-se no Brasil tanto a prática da medicina homeopática 
quanto a manipulação de medicamentos homeopáticos (nas farmácias). por mais de 
um século. 
Inicialmente, os medicamentos homeopáticos eram manipulados somente em 
farmácias que atendiam apenas prescrições homeopáticas. No entanto, 
posteriormente, as farmácias de manipulação alopática passaram a ter o direito de 
também manipular medicamentos homeopáticos, desde que as mesmas 
dispusessem de um laboratório separado dos outros, e exclusivo para esta 
finalidade. E que também possuíssem um farmacêutico responsável técnico 
habilitado em Homeopatia. 
Em 1965, o decreto 57.477 criou o Código Homeopático Brasileiro. Onze anos 
depois, em 1976, pelo decreto 78.841 , foi aprovada a parte geral da 1ª edição da 
Farmacopéia Homeopática Brasileira. (Olney 2005); Esta é constituída em duas 
partes: Parte Geral (Generalidades e Farmacotécnica) e Parte Especial 
(Monografias, Parte Analítica e Formulário Homeopático Brasileiro). 
Com a criação da ABFH (Associação Brasileira de Farmacêuticos 
Homeopatas) em 1990, foi elaborado um compêndio alternativo, denominado MNT 
(Manual de Normas Técnicas) em 1992. (Olney 2005); Assim, para manipular seus 
medicamentos homeopáticos, as farmácias poderiam escolher entre a adoção da 
11 
FHB ou do MNT como referência de consulta. Pois ambos apresentavam a 
descrição de métodos válidos de preparação das medicações, embora possuíssem 
pequenas diferenças entre si. 
Em 1992, a Resolução 232, do CFF enfim reconheceu a Homeopatia como 
especialidade farmacêutica. A Portaria 1180, de 19 de agosto de 1997, aprovou 
apenas a parte 1 da 2• edição da FHB. E durante o período em que não havia sido 
aprovada a parte li da mesma (a qual cita as monografias de insumos ativos e 
inertes), poderiam ser adotadas as Farmacopéias Indiana, Francesa e/ou 
Americana. 
Houve muito trabalho e dedicação para que fosse elaborada a 2ª edição da FHB. 
No entanto, foi somente em 2003 que a parte li da 2ª edição da FHB foi aprovada. 
Assim como também foi publicado a 3ª edição do MNT. 
A 3ª edição da FHB foi publicada em 2011 . 
Desde a sua elaboração, em 1976, a Farmacopéia Homeopática Brasileira 
sofreu inúmeras alterações, revisões e atualizações, de acordo com as modificações 
dos métodos de preparo dos medicamentos homeopáticos. E também, a inclusão de 
novos tipos de formulações e novos insumos farmacêuticos, além de suas 
respectivas monografias. 
Houve alterações em seus principais capítulos, como por exemplo, aquele 
que cita e descreve os métodos de preparação das tinturas-mãe, o método de 
preparação das formas farmacêuticas derivadas e para a dispensação, tanto de uso 
externo como interno. Novos conceitos também foram acrescentados; resultando na 
publicação da FHB em sua versão mais atualizada (3ª edição). 
12 
2. OBJETIVO 
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise geral e comparação entre as 
três edições da Farmacopéia Homeopática Brasileira, em seus principais aspectos, e 
avaliar as modificações e atualizações realizadas. 
3. MATERIAL E MÉTODO 
Material Utilizado: As três edições da Farmacopéia Homeopática Brasileira 
Método: Para cada uma delas, foi feito um resumo dos principais capitulas e 
tópicos. Em seguida, foram pesquisadas e identificadas as diferenças mais 
importantes entre os 3 compêndios. E também, foi feito um paralelo de alguns 
métodos farmacotécnicos descritos com os parágrafos do livro "Organon da Arte de 
Curar", de Hahnemann, no qual ele menciona as técnicas de preparação do 
medicamento homeopático. 
4. CONTEXTUALIZAÇÀO 
4.1 Aspectos Gerais 
As três edições da FHB iniciam-se com um prefácio, indicando quais são as 
finalidades da obra. Em seguida, há os capitulas que indicam os conceitos e 
definições de determinados termos usuais, como droga, fármaco, medicamento, 
sucussão, trituração, entre outros. Também é explicado como são elaboradas as 
nomenclaturas dos medicamentos homeopáticos, podendo ser grafados pelo nome 
cientifico completo ou por sua abreviatura. 
Nos tópicos em que são conceituadas as formulações farmacêuticas e as 
escalas homeopáticas, a 2ª e a 3ª edição citam e definem o que são as formulações 
que contém mais de um insumo ativo, e também a escala Cinqüenta Milesimal (LM), 
o que não é citado na 1ª edição. 
As três edições apresentam um capítulo que fala sobre a origem dos 
medicamentos homeopáticos (vegetal, animal e mineral) e são fornecidas 
informações de como eles podem ser utilizados. Por exemplo, um vegetal pode ser 
usado fresco ou seco, inteiro ou uma das partes, etc. Assim como um animal pode 
13 
estar vivo ou não, ou recém sacrificado. 
Em sua terceira edição. a Farmacopeia Homeopatica Brasileira acrescenta 
um capitulo relacionando os medicamentos homeopáticos mais frequentemente 
utilizados, indicando a seguir os insumos inertes utilizados em Homeopatia, assim 
como o material de acondicionamento e embalagem. 
Os microglóbulos e os papéis de lactose não são citados na 1• edição da 
FHB, somente aparecendo a partir da 2ª edição. A escala Cinquenta M1lesimal (LM) 
não está descrita na 1ª edição da Farmacopeia Homeopatica Brasileira, portanto, 
também não se menciona os microglóbulos, os quais são utilizados unicamente para 
veicular e manipular medicamentos nesta escala. 
4.2 Preparo das t inturas a partir da droga 
Posteriormente, são indicados os procedimentos gerais a respeito do que se 
deve fazer quando se tratar de cada um dos tipos de droga. Seja de origem vegetal 
e/ou de origem animal. 
Caso seja uma droga de origem vegetal, dependendo da parte da planta a ser 
coletada (ou a planta inteira), é indicado o período de coleta da mesma. o que não é 
especificado detalhadamente na FHB 1 ª edição, ocorrendo somente a partir da FHB 
2ª edição. 
Em se tratando de uma droga de origem animal, segundo a FHB 1• edição, o 
animal pode ser usado inteiro, uma de suas partes ou seus produtos extrativos. Ele 
pode estar em estado fresco ou dessecado. Por outro lado, de acordo com a FHB 2ª 
e 3• edições, pode ser usado o animal inteiro, vivo ou não, recém sacrificado, 
dessecado ou não, partes ou órgãos, ou secreções fisiológicas do mesmo. 
Técnicas de preparo: Maceração ou Percolação, deixando-se a tintura em 
repouso por um determinado período de tempo. 
Após as descrições detalhadas para cada tipo de droga, são descritos 
também os insumos inertes, sendo que, quando se trata de solução hidroalcoólica, 
existem várias proporções entre etanol e água, que variam de acordo com o título 
etanólico. 
Apenas na 18 e na 3ª edição, é citada a diluição glicerinada como sendo um 
insumo inerte, e somente a 3ª edição fornece explicações a respeito de quais devem 
ser as proporções glicerina:água e/ou etanol, sendo que as mesmasdevem seguir 
14 
as exigências farmacopéicas. 
4.3 Identificação de uma droga 
Apenas na 3ª edição, existe um capitulo que cita e descreve os métodos de 
análise e ensaios de identificação de uma determinada droga. Podem ser 
empregados métodos tais como o teste da chama, determinação do resíduo seco de 
uma tintura-mãe, densidade, pH, espectrofotometria no ultra-violeta e/ou no infra-
vermelho, cromatografia a gás, HPLC, teste de gotejamento, determinação de ions e 
muitos outros. Para as tinturas-mãe, pode ser empregado o teste para a 
determinação do título etanólico da mesma. 
Também são descritos métodos de análise que são exclusivos para drogas 
vegetais. 
4.4 Preparo das Formas Farmacêuticas Derivadas 
As formas farmacêuticas derivadas são preparadas nas escalas 
homeopáUcas, e podem ser destinadas para estocagem e/ou para dispensação para 
o paciente. 
Um fármaco é considerado insolúvel quando sua solubilidade for inferior a 
10% pN para a escala decimal, ou quando a solubilidade for inferior a 1% pN para a 
escala centesimal, em água ou etanol, nas suas diferentes graduações. Esta é uma 
informação que consta apenas na FHB 3ª edição. 
Para os fármacos solúveis, a forma farmacêutica é líquida. Deve-se dispor do 
número de frascos necessários para que se consiga obter o medicamento na 
potência desejada. Para cada dinamização ou "passagem", usa-se o processo de 
diluição seguida de sucussão. 
Já para os fármacos insolúveis, usa-se a técnica da trituração, cujo insumo 
inerte é a lactose. 
4.4. 1 Formas Farmacêuticas Líquidas 
A 1ª edição da FHB cita e descreve a técnica de preparo nas escalas 
centesimal e decimal, assim como o processo de Korsakov. Porém, não são 
15 
apresentadas as escalas LM e Fluxo Contínuo. Essas últimas entraram na FHB a 
partir da 2• edição. 
Segundo a 1ª edição da FHB, considerando a tintura-mãe como sendo o 
ponto de partida para as diluições e as sucessivas potências, deve-se utilizar etanol 
como insumo inerte, sendo que se deve respeitar o título etanóhco da tintura até as 
potências 1CH e 2DH. Por outro lado, de acordo com a 2ª e com a 3ª edição da 
FHB, deve-se manter a alcoolatura da tintura até as potências 3CH e 6DH. Este 
procedimento deve ser realizado com a finalidade de evitar que ocorra a precipitação 
do residuo sólido da tintura. 
A 2ª edição da FHB padronizou o grau alcoólico do medicamento como 
sendo 70% (p/p) para estocagem e 30% (p/p) para dispensação. Já a 3° edição da 
FHB define esses graus alcoólicos como sendo, respectivamente, 77% (v/v) e 30% 
(v/v); enquanto que a 1ª edição não menciona nenhum valor do grau alcoólico a ser 
uti lizado. 
4.4.2 Dinamização das Formas Farmacêuticas Líquidas 
Sabe-se que, para cada "passagem• (de uma potência anterior para outra 
seguinte), é feita uma diluição seguida de sucessivas sucussões (Seria o ato de 
sacudir o frasco várias vezes, contra um anteparo semi-rígido). Nessas diluições, a 
proporção entre insumo ativo e insumo inerte será de 1:10, para a escala decimal, e 
de 1 :100, para a escala centesimal. 
De acordo com a 2ª edição da FHB, o volume de líquido a ser dinamizado 
deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco. Já segundo a 3ª edição, este mesmo 
volume de líquido deverá ocupar entre Y. e 2/3 da capacidade do frasco, 
estabelecendo assim, um limite minimo e máximo. 
A 1ª edição da FHB padronizou o processo de dinamização como sendo um 
número de 10 sucussões, quando se trata da escala decimal, e de 20 sucussões 
para a escala centesimal. No parágrafo 270 de seu livro Organon, Hahnemann já 
citava o número padronizado de 100 sucussões para ambas as escalas. Entretanto, 
isto é descrito e definido somente na FHB 2ª e 3ª edições. 
Sobre a descrição do método korsakoviano, a 1ª edição da FHB indica que, 
passando de uma potência para outra, também deverão ser aplicadas 20 sucussões 
no frasco, enquanto que a 2ª e a 3ª edição da FHB padronizaram o número de 
16 
sucussões como sendo 100. 
Ademais, para o método korsakoviano, a 1ª edição da FHB padronizou o 
volume de líquido no frasco único como sendo 5ml, porém, não especificou qual 
poderia ser o volume do frasco utilizado. E de acordo com a 2ª e a 3ª ediÇôes, o 
frasco deverá ser preenchido com 2/3 do seu volume, independentemente de qual 
seja o volume de liquido. 
O método de Fluxo Continuo foi criado para o preparo de medicamentos 
homeopáticos em potências elevadas e preparados por um aparelho dinamizador, o 
qual dispõe de uma entrada e saída de água, uma câmara de dinamização e uma 
hélice de rotação. Cada rotação corresponde a uma dinamização, e ocorre o 
processo de turbilhonamento na câmara. Através do aparelho, são fornecidos 
medicamentos homeopáticos de altíssimas potências, embora não haja uma escala 
definida. 
Apesar de nos dias atuais ser muito utilizado e bastante prescrito pelos 
médicos homeopatas, este método não foi criado por Hahnemann, mas sim, pelo 
médico inglês James Tyler Kent. Ele cita o método em sua matéria médica 
homeopática. Porém, somente algumas décadas depois é que foram comprovados 
os efeitos terapêuticos de medicamentos preparados por este método. Isso explica 
por que o método de Fluxo Continuo não é citado e explicado na 1ª edição da FHB, 
aparecendo apenas a partir da 2• edição. 
4.4.3 Formas Farmacêuticas Sólidas 
As formas farmacêuticas sól idas são preparadas pelo método de trituração 
(caso a droga seja considerada insôluvel) ou impregnação, quando a droga 
encontra-se em estado liquido. 
A FHB 3ª edição diz que a trituração deve ser real izada quando a 
solubilidade do insumo inerte for inferior a 10% para a escala decimal e inferior a 1% 
para a escala centesimal. 
Em suas três edições, a FHB descreve a técnica da trituração como sendo de 
forma idêntica para as mesmas. 
A diferença é que a 2ª e a 3ª edições consideram o fármaco puro (insolúvel) 
como sendo o ponto de partida para o preparo das trituraÇôes seguintes. Sendo que 
para cada "passagem·, o ponto de partida sempre será o triturado do fármaco na 
17 
potência anterior. Enquanto que a 1• edição da FHB indica que o ponto de partida 
seria uma trituração-mãe, na qual o fármaco está diluído a 1%. Seria uma parte do 
fármaco para 99 partes de insumo inerte (lactose). Primeiramente, deve-se misturar 
uma parte da tintura-mãe com uma parte de lactose, e proceder normalmente com a 
técnica da trituração a 1 %. Sabe-se que, para a maioria das Farmacopéias, este já é 
considerado o triturado 1 CH ou 2DH, dependendo da escala. 
A escala Cinquenta Milesimal é a única escala que, por pré requisito, 
necessita da trituração até a potência 3CH, seja a droga solúvel ou insolúvel. 
A FHB 1• edição considera válido o preparo de uma trituração a partir de um 
fármaco líquido, desde que, ao se finalizar o processo, seja calculado o peso final do 
produto resultante, e se houver alguma perda da fase líquida por volatilização, este 
peso deve ser compensado com mais lactose. 
Segundo a FHB 2ª e 3ª edições. caso o ponto de partida para a trituração seja 
uma tintura-mãe, deverá ser feita uma correção em sua força medicamentosa. 
Haverá uma evaporação do solvente em uma temperatura inferior a SOºC, e 
posteriormente, deve-se prosseguir com o processo da trituração. 
Sabendo-se que as tinturas de origem vegetal e animal possuem, 
respectivamente, a força medicamentosa de 10% e 5%, é válido afirmar que, em 
cada 100ml de tintura, há 10g de droga vegetal ou 5g de droga animal. 
4.4.4 Conversão para a Forma Líquida 
As 3 edições da FHB indicam que o medicamento deverá ser triturado até as 
potências 3CH e 6DH. E que a partir de então, a continuidade do procedimento de 
dinamização seria pelo método da diluição e sucussão, para se obter as potências 
seguintes. 
A 1• edição da FHB menciona a solução hidroalcoólica de etanol 20% como 
sendo o insumo inerte para veicular os medicamentos nas demais potências (ou 
seja, de 4CH e 7DH em diante).Por outro lado, de acordo com a 2ª edição da FHB, para solubil izar os triturados 
3CH e 6DH, utiliza-se etanol 20% (20 partes de etanol para 80 partes de água). Para 
ambos os triturados, haverá uma proporção de 1 :100 pN (ou seja, um grama de 
triturado será solubilizado e sucussionado em 99ml de etanol 20%). Considerando 
que o triturado 6DH será solubilizado em uma proporç.ão 1 :100 pN, isto significa que 
18 
a preparação homeopática passará da potência 6DH direto para a 8DH. E em 
função do baixo grau alcoólico, as preparações nas potências 4CH e 8DH não 
serão estocadas. Somente a partir das potências seguintes, os medicamentos serão 
veiculados em etanol 70% (p/p) e serão estocados. 
Segundo a 3ª edição da FHB, para solubilizar o triturado 6DH, utiliza-se a 
água purificada aquecida a temperatura entre 40 e 45ºC. Neste caso, o soluto e o 
solvente estarão em uma proporção de 1 :10. E para o triturado 3CH, o veiculo é o 
etanol 20%, e a proporção será de 1:100. A partir de então, deve-se proceder com a 
diluição e sucussão, para se obter o medicamento, respectivamente, nas potências 
7DH e 4CH, as quais não serão estocadas. E as potências seguintes serão 
dinamizadas em etanol 77%(v/v) e estocadas. 
Os triturados 3CH e 6DH possuem a mesma concentração de insumo ativo, 
isto é, 1ppm (uma parte por milhão). Entretanto, para que seja feita a "passagem" 
respectivamente para as potências 4CH e 7DH e ambas com o mesmo volume, 
deve-se utilizar uma quantidade 10 vezes maior do triturado 6DH em relação ao 
triturado 3CH, devido ao fato do primeiro estar em escala decimal, e o segundo, em 
escala centesimal. E por este motivo, a FHB 3ª edição preconiza a utilização de 
água purificada aquecida para solubilizar o triturado 6DH. E deste modo, haverá um 
aumento na solubilidade da maior quantidade de lactose que veicula este triturado. 
4.5 Formas Farmacêuticas para Dispensação 
4.5.1 Medicamentos líquidos 
As seguintes informações estão ausentes na 1ª edição da FHB: 
• Os medicamentos nas formas farmacêuticas líquidas devem ser aviados em 
etanol 30%, salvo nos casos em que há restrições na prescrição médica, ou se o 
medicamento for prescrito até as potências 3CH e 6DH. 
- Medicamentos líquidos aviados na escala LM deverão ocupar um volume de 
2/3 do frasco. 
- Existe também o medicamento homeopático na dose única líquida. 
19 
4.5.2 Medicamentos sólidos 
Os medicamentos homeopáticos nas formas farmacêuticas sólidas para o 
aviamento de uma prescrição podem ser veiculados na fonna de glóbulos, 
comprimidos, tabletes e papéis de lactose, na maioria das vezes, pelo método da 
impregnação. No caso dos comprimidos, também pode ser por compressão. E os 
tabletes também podem ser preparados por moldagem em tablete1ra. 
Os dados fundamenta is que estão ausentes na 1• edição e presentes na 2ª e 
na 3ª são: 
- Padronização da impregnação do insumo ativo liquido nos glóbulos e 
tabletes na proporção de 5% e 10%, respectivamente. Para os tabletes, também 
pode ser um insumo ativo sólido, também a 10% (V/p). 
- Método da triplice impregnação para os glóbulos. 
- Título alcoólico do líquido impregnado como sendo 70%. (A 1ª edição indica 
que o mesmo deve ser de 90%). 
- Método da tabletagem, em que insumo ativo (líquido ou sólido) e insumo 
inerte devem estar homogeneizados, na proporção de 10% e deve ser atingido o 
ponto de moldagem, utilizando quantidade suficiente de etanol 70%. 
Para as formas farmacêuticas sólidas citadas acima, fez-se necessário que se 
padronizasse as proporçães ideais entre insumo ativo e insumo inerte, as quais não 
estão definidas na 1ª edição da FHB. 
Com relação ao método da tabletagem para uma fonna fannacêubca líquida, 
a 1ª edição da FHB descreve a técnica de forma que o insumo ativo e o insumo 
inerte (lactose) deveriam estar em partes iguais no gral. Haveria uma evaporação 
parcial da fase liquida em estufa, até que a mistura atingisse um ponto de 
moldagem. Somente depois disso é que ocorreria a tabletagem. 
4.5.3 Formas Farmacáuticas de Uso Externo 
Estas formas farmacêuticas são destinadas para uso tópico, também em 
Homeopatia. Seriam os cremes, pomadas, loções, linimentos, talcos, gé1s, colinos. 
soluções, supositórios, óvulos, entre outros. A 1• edição da FHB também menciona 
os hídrolatos. 
Existe uma regra geral que é válida para todas estas formas farmacêuticas, 
20 
utilizada nos dias de hoje, e que está contida na 2' e na 3ª edições: de acordo com a 
técnica, o insumo ativo deve estar nas potências a partir de 1CH e 3DH, e deve ser 
incorporado a 10% (V/p) na formulação, exceto nas soluções oftálmicas e nasais, 
em que o mesmo deve estar a 1 o/o {V/p). 
A 3ª edição especifica que, para as formas nasais e oftalmológicas, o insumo 
ativo pode estar na proporção de 0,5% a 1 % {V/p). 
As diluições liquidas glicerinadas são usadas como insumos inertes para 
formas farmacêuticas de uso externo, principalmente as otológicas e nasais. Isto não 
está descrito na FHB 2ª edição. 
Segundo a 1ª edição da FHB, o insumo ativo geralmente se encontra na 
forma de tintura ou extrato, e deve ser incorporado a 1 % caso sua toxicidade seja 
alta, e a 10% se a mesma for baixa. 
21 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Dependendo do caso clinico de um determinado paciente, algumas vezes 
pode ser necessário que o médico homeopata prescreva mais de um medicamento. 
em associação, para se obter uma resposta terapêutica mais eficiente e/ou mais 
rápida. Tanto que hoje já foram desenvolvidas formulações homeopáticas, 
padronizadas, para algumas enfermidades. A FHB 1 ª Edição não faz menção as 
técnicas de preparo das formulações homeopáticas contendo mais de um insumo 
ativo. 
Em seu livro "Organon da Arte de Curar" Hahnemann já citava a escala 
homeopática cinqüenta milesimal (LM) no parágrafo 270, e descrevia 
detalhadamente as técnicas de preparo de um medicamento homeopático nesta 
escala, que ainda hoje é um pouco menos abordada e prescrita pelos médicos do 
que as outras. Trata-se de uma escala homeopática cujas diluições e potências são 
altíssimas, e a sua descrição não consta na 1ª edição da FHB. 
Na FHB 1ª edição também está ausente a forma farmacêutica de papéis de 
lactose, na qual o medicamento é veiculado na forma de pós em dosagens 
individuais. 
Em se tratando de medicamentos homeopáticos cujas origens sejam drogas 
vegetais, é importante que seja estabelecido o periodo de coleta ideal, e também, a 
parte da planta a ser coletada (ou a planta inteira). Pois havendo este controle, 
haverá também uma garantia de que o ponto de partida para a forma farmacêutica 
básica seja sempre o mesmo. Assim, pode-se obter um produto com maior 
reprodutibilidade. Na FHB 1ª edição não há menção das condições a serem 
observadas com relação á coleta da espécie vegetal. 
De acordo com a FHB 2ª e 3ª edições, deve ser respeitado o título alcoólico 
da tintura-mãe até as potências 3CH e 6DH. Nestas duas potências, a proporção 
entre insumo ativo e insumo inerte é de 1/1.000.000, ou 1ppm. Padronizou-se que a 
alcoolatura seria mantida até que o insumo ativo estivesse nesta proporção de 
1ppm. 
Os respectivos Utulos etanôlicos de uma forma farmacêutica para estoque e 
dispensação foram estabelecidos na 2ª e na 3ª edição, enquanto que na 1• edição 
da FHB não existe uma referência. 
Para o preparo das formas farmacêuticas líquidas, a FHB 1ª edição 
22 
padronizou um número de 10 sucussões no ato da dinamização, enquanto que, 
segundo as edições seguintes da FHB, este número foi aumentado para 100 
sucussões. Esta foi uma mudança significativa neste método farmacopéíco, pois 
assim como Hahnemann já mencionava em seu livro "Organon da Arte de Curar", o 
ato de dinamizar provoca uma liberação da força medicamentosa da substância 
ativa da formulação homeopática. Seria o resultado do atrito que ocorre entre as 
moléculas do princípio ativo com as mesmas e com o insumo inerte, e também, comas paredes do frasco. Existem outras teorias que estão sob investigação para 
explicar o processo de dinamização. 
Existem na literatura científica pesquisas direcionadas para a avaliação do 
efeito terapêutico das ultradiluições. e comprovou-se o que já foi mencionado acima; 
isto é, quanto mais diluído e dinamizado o princípio ativo, maior será também a sua 
potência medicamentosa. 
Considerando os métodos de conversão de um triturado para a forma 
farmacêutica líquida, da FHB 2ª edição para a FHB 3ª edição, o veiculo utilizado 
para a potência 6DH foi alterado de etanol 20% para água purificada aquecida entre 
40 e 45ºC, e isto foi uma mudança significativa para a FHB, pois este novo veiculo 
tem a finalidade de aumentar a solubil idade da lactose presente no triturado. 
A mudança na descrição e do número de sucussões para o método de 
Korsakov também representou uma evolução da FHB, já que a partir da 2ª edição, o 
método teria um maior número de sucussões, portanto, o medicamento torna-se 
mais dinamizado, assim como também se aplica para as escalas decimal e 
centesimal. 
A partir da 2ª edição, foram estabelecidas as proporções de 5% e de 10% 
0f/p) respectivamente para glóbulos e tabletes; obtendo-se, assim, uma 
padronização na quantidade de insumo ativo a ser veiculada. 
A descrição da técnica da tríplice impregnação para os glóbulos aparece a 
partir da segunda edição da FHB. Na FHB 1• edição, impregnava-se o volume de 
liquido do insumo ativo uma única vez no frasco contendo glóbulos e decantava-se o 
excesso de líquido. 
Com relação ao método da tabletagem, a FHB 1ª edição descreve uma 
técnica que poderia ser considerada menos segura do que aquela descrita na FHB 
2ª e 3ª edição. Segundo estas, o ponto de moldagem é atingido com a adição 
gradativa de etanol 70% (v/v). No caso do método descrito na 1' edição da FHB, 
23 
haveria mais um processo (evaporação em estufa). 
A padronização do teor de principio ativo em uma forma farmacêutica de uso 
externo significou mais um avanço na elaboração da FHB, já que a 11 edição apenas 
diferencia os fármacos e seus respectivos teores quanto à sua toxicidade. 
6. CONCLUSÃO 
De uma forma geral, considerando e analisando os principais aspectos e 
capítulos da Farmacopéia Homeopática Brasileira e seus respectivos conteúdos, 
conclui-se que este compêndio tomou-se cada vez mais completo. Sendo que da 1ª 
para a 2ª edição, a elaboração da FHB melhorou e evoluiu em quase todos os 
tópicos, bem mais do que da 2• para a 3ª edição. Esta última mudança consistiu 
apenas na adição de algumas informações e monografias de outros fármacos, além 
dos que já haviam sido citados. E também, consistiu na mudança do veículo 
utilizado para a solubilização de um triturado 6DH. 
Além de algumas alterações importantes e significativas na descrição dos 
métodos farmacotécnicos homeopáticos, também foram estabelecidas e definidas 
algumas informações a respeito de teores alcoólicos e de pnncipios ativos nas 
formas farmacêuticas, principalmente àquelas destinadas à dispensação para o 
paciente. 
Existem dois itens que ainda encontram-se ausentes na FHB, mesmo em sua 
edição mais atualizada (3ª): 
- O tempo de secagem das formas farmacêuticas sólidas. 
- A descrição do método "PLUS". Geralmente o mesmo é aplicado para 
medicamentos na escala LM. 
Em seu livro ·organon", Hahnemann já falava sobre este método terapêutico 
alternativo em um de seus parágrafos. E nos dias atuais, muitos médicos 
homeopatas o prescrevem, com a finalidade de obter um efeito terapêutico mais 
potente e duradouro no paciente. 
Estes são dois itens importantes, e há perspectivas de que eles estejam 
descritos nas próximas edições da FHB. 
14 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Farmacopéia Homeopática Brasileira. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 1997. 
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PP 70-73, 2008. 
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Ciências da Saúde. São Paulo . Disponível em: 
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pp 2 - 8. Acessado em: 10/1 1/201 1. 
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MEIRA, A. S.; GALLO, 1. Homeopatia no Brasil: A introdução da homeopatia no Brasil. 
Disponível em: http://www.homeoint.org/articles/meiralhistoria.htm. Acessado em 
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