Buscar

RESENHA CRITICA CONSTITUCIONAL

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
CAMPUS MADUREIRA
 
 
Resenha Crítica
RENATO PIMENTA DE OLIVEIRA ALCANTARA
Trabalho da disciplina CONSTITUCIONAL AVANÇADO
Professor: FELICE VALENTINO GAIO FILARDI
 
 
 
 2020.1
DIFERENÇA ENTRE MANDADO DE INJUÇÃO E A.D.O
Falando um pouco das diferenças entre mandado de injunção e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão. O mandado de injunção é uma ação jurídica que existe para corrigir a falta de uma lei ou norma que regulamente o modo de funcionamento de um direito, o modo de funcionamento desta ação está previsto na lei nº 13.300/16 ( Lei do Mandado de Injunção ).
A ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO, é a ação pertinente para tornar efetiva norma constitucional em razão de omissão de qualquer dos poder ou de órgão administrativo.
		Comentando um pouco sobre a diferença entre as duas garantias constitucionais, uma delas é sobre a competência privativa, que no controle de constitucionalidade por omissão será no Supremo Tribunal Federa, e no caso do mandado de injunção, a competência não é mais exclusiva do Supremo Tribunal Federal.
A Ação Direita de inconstitucionalidade por omissão é cabível contra qualquer omissão inconstitucional, enquanto o mandado de injunção possui cabimento mais restrito, cabível nas omissões previstas no Art. 5º; LXXI da CF.
		Falando da legitimidade ativa, são legitimados para propor ação direta de inconstitucionalidade por omissão todos elencados no Art. 103 da CF, e no caso do mandado de injunção qualquer pessoa poderá propor a ação.
		A decisão que é dada no controle de inconstitucionalidade por omissão é meramente declaratória, devendo dar ciência e o poder competente adotar as medidas necessárias, sendo órgão administrativo, deve fazer em 30 dias, previsto no Art. 103 da CF.
		Os efeitos da decisão na ação direta de inconstitucionalidade por omissão cabe para todos , efeitos erga omnes, enquanto o efeito na decisão do mandado de injunção é inter partes , vale para as partes, em regra , podendo ser estendido para ultra parte ou erga omnes, previsto no Art. 9º; § 1º da Lei 13.300/16.
A norma constitucional que prevê a existência do Mandado de Injunção (art. 5º, LXXI) é tida como garantia auto-aplicável. Em decorrência da falta de regulamentação legal, os tribunais têm decidido que aplica-se ao Mandado de Injunção, por analogia, o procedimento estabelecido para o mandado de segurança, além dos dispositivos do Código Processual Civil.
Por outro lado, a disciplina processual da ADO foi completamente regulamentada pela Lei 12.063/2009: o procedimento é muito parecido com o da ADI, cujas regras são aplicadas subsidiariamente – vide art. 12-E da Lei 9.868/99).
		Falando da tutela provisória, de acordo com a jurisprudência do STF, não seria possível a concessão de liminar em sede de mandado de injunção, já a Lei 9.868/99 prevê a concessão de medida liminar em seu Art. 12
DECISÕES TECNICOS DO CONTROLE DE INCONSTITUCIONALIDADE
Falando sobre as técnicas de decisão que são utilizadas pelo STF na fiscalização, tanto abstrata como concreta de constitucionalidade . destacando as técnicas da interpretação conforme a constituição e da declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, previsto na Lei. 9868/pp em seu Art. 28.
As duas técnicas tem como objetivo preservar a norma aparentemente inconstitucional no sistema jurídico, mas possuem diferenças no modo de correção dos vícios de inconstitucionalidades.
Baseando-se na técnica da interpretação conforme a constituição que se aplica em face das normas com mais de um significado, o órgão passa a eliminar a inconstitucionalidade excluindo algumas hipóteses de interpretação, excluindo um ou mais entendimentos inconstitucionais da norma, para deixar assim a norma interpretável conforme texto constitucional.
Como se percebe, trata-se de um método que visa a seleção da interpretação que tome uma norma compatível com a constituição a qual deve reverencia, preservando assim a unidade do ordenamento jurídico e a presunção de constitucionalidade da lei.
Falando da técnica da declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto que também é utilizada para afastar algumas hipóteses de aplicação ou incidência da norma que aparentemente seriam realizadas, mas que levaria a uma inconstitucionalidade tendo como diferença, que não teria a alteração do texto.
Desta técnica não seria afastado os sentidos interpretativos da norma e sim subtraindo da norma determinada situação, a que em tese se aplicaria, o Supremo Tribunal Federal , no controle de constitucionalidade poderia declarar inconstitucionalidade em apenas um determinado sentido da aplicação da lei, ou em algum sentido interpretativo, conforme prevê o artigo 28 da Lei 9868/99.
Diferentemente da interpretação conforme a constituição , o tribunal seleciona as variantes interpretativas da norma tidas por inconstitucionais , mantendo sem lesão o texto normativo, como se observa , as duas técnicas são bastante semelhantes.
A diferença entre a interpretação conforme a constituição e declaração de inconstitucionalidade sem redução do texto consiste no fato de que, a primeira ao pretender dar um significado ao texto legal que seja compatível com a constituição, enquanto a nulidade parcial sem modificação do texto fica no âmbito da aplicação, pois excluirá sem necessário alguns casos específicos de aplicação da lei.

Continue navegando