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Principais Afecções do Sistema Respiratório Elaine Cristina Soares Raças Raças Dolicocefálicos (nariz comprido) – Neoplasias nasal Braquicefálicos –Anormalidades congênitas Síndrome da Via Aérea Braquicefálica RESENHA “Detalhes” - Espécie - Raça - Idade - Sexo SINTOMATOLOGIA Corrimento nasal Espirro Tosse Cansaço fácil Ruídos respiratórios Dispneias Corrimentos nasal Uni ou bilateral Seroso Mucoso Purulento Hemorrágico Epistaxe ou Hemoptise (Sangramento pelo nariz) Lesão traumática da mucosa nasal Hipertensão sistêmica Distúrbios hemorrágicos como trombocitopenia Corrimento nasal Espirro exalação forçada de ar do trato respiratório, mediada por um reflexo central, que visa limpar a nasofarínge. Sempre iniciada pela estimulação da mucosa nasal. Tosse •Inspiração profunda seguida pelo fechamento da glote •Expiração vigorosa e forçada •Compressão do ar nos pulmões •Abertura súbita da glote Objetivo remover o excesso de muco, produtos inflamatórios ou material estranho do trato respiratório distal a laringe. Tosse Aspecto • Produtiva • Improdutiva Evolução • Súbita • Progressiva Tosse Dispnéia Dispnéia DISPNÉIA Desconforto ao respirar. Dispnéia Inspiratória • associadas a processos extra-torácicos • (obstrução da larínge ou colapso da traquéia) Expiratória • intratorácicas Dispnéia Inspiratória Alterações das vias aéreas superiores Inspirações forçadas – colabamento das vias aéreas (pouca sustentação das vias aéreas) Na inspiração – Pressão é negativa ( temos expansão das vias aéreas dentro do tórax) Dispnéia Expiratória - Muco, líquidos ou diminuição da luz brônquica - Dificuldade da saída de ar alveolar Dispnéia Expiratória Restritiva • dificuldade de expansão do tórax (pneumonia, efusão pleural e pneumotórax, edema pulmonar) Obstrutiva • obstrução a passagem de ar nas vias aéreas (bronquite crônica/asma felina) AVALIAÇÃO FÍSICA EXAMES COMPLEMENTARES EXAME FÍSICO Inspeção Palpação Percussão Auscultação Percussão Normal – Som Claro Submaciço e maciço Preenchimento pulmonar por sólidos, líquidos ou diminuição da quantidade de ar nos pulmões tumores pulmonares, abscessos, pneumonia. Timpânico Maior preenchimento do pulmão por ar enfisema pulmonar ou pneumotórax. Auscultação A – linha paralela ao dorso, que passa pela tuberosidade coxal. B – linha paralela ao dorso, que passa pela tuberosidade isquiática. C – linha que passa pelo ombro, paralelo a espinha da escapula. Auscultação Estridor Som inspiratório de alta tonalidade, indicativo de obstrução de via aérea superior; em geral é audível sem o auxílio de um estetoscópio Auscultação Crepitações sons descontínuos de curta duração detectáveis á auscultação do tórax e da traquéia, que se caracterizam por sons de estalidos, espocar ou bolhas. Auscultação Sibilos Sons musicais contínuos detectáveis a auscultação do tórax ou da traquéia. Exames Complementares Endoscopia Endoscopia Endoscopia Endoscopia Exame radiográfico Edema Pulmonar Edema Pulmonar Efusão Pleural Efusão Pleural Obscurecimento da Linha Diafragmática Separação dos Lobos Pulmonares Neoplasia Pulmonar Metástase Pulmonar Metástase Pulmonar Pneumotoráx Lavado traqueal 7° ao 9 ° Espaço Intercostal Direito Inserir o cateter cranial a costela Toracocentese Principais afecções do sistema respiratório Síndrome do braquiocefálico Síndrome do braquiocefálico Estenose das narinas Palato mole alongado Colapso da laringe Traquéia hipoplásica Síndrome do braquiocefálico VIN.com WVC2002 VIN.com Palat o mole alongado Palato mole (setas). Epiglote (E). Palato Mole alongado VIN.com VIN.com Palato mole alongado Pré-cirúrgico Pós-cirúrgico VIN.com Síndrome do braquiocefálico DIAGNÓSTICO • inspeção das narinas (que em até 77% dos casos apresentarão estenose) • Exame radiográfico do tórax traquéia hipoplásica alterações secundárias, (pneumonia por aspiração e edema pulmonar não cardiogênico). • Exame radiográfico da laringe poderá revelar aumento de partes moles na região. • Endoscopia / laringoscopia e broncoscopia Colapso de Traquéia Colapso de traquéia Colapso de traquéia • Estreitamento do lúmen da traquéia (extra ou intra- torácico) • Normalmente resultado da perda do tônus do músculo traqueal dorsal. Colapso de traquéia • Cães miniaturas ou Toys de meia idade Raças acometidas Yorkshire,Poodles toys, Lulu da Pomerânia (Spitz Alemão), Pugs, Mâltes e Chihuahuas. Colapso de traquéia SINTOMATOLOGIA : Tosse não produtiva • Após exercícios ou excitação • Após a ingestão de água ou alimentos • Pela tração da coleira Dispnéia Cianose Síncopes Colapso de traquéia • Obesidade – Incidência de 67% dos casos segundo a literatura. • Estridor comum em casos de paralisia de larínge também foi observado em 30% dos animais com colapso de traquéia Colapso de traquéia EXAME FÍSICO • Normal durante o exame • A tosse pode ser induzida pela palpação traqueal • A hiperextensão do pescoço pode aumentar o grau de dispneia. • Estertores e sibilos quando associado a uma bronquite crônica • Sons cardíacos normais Exame Radiográfico Colapso de traquéia O tratamento é paliativo não curativo ! – Antitussígenos – Broncodilatadores – Corticosteróides – Antibióticos – Sedativos Colapso de traquéia ANTITUSSÍGENO • Efeito sedativo – reduz ataques por excitação • Bloqueia a irritação progressiva da traquéia por surtos de tosse. Fármacos • Butorfanol – 0,55mg/Kg VO TID ou BID • Hidrocodona – 0,22mg/Kg VO TID ou BID Colapso de traquéia BRONCODILATADORES • A dilatação de vias aéreas menores diminuem o esforço expiratório – diminuem a pressão intratorácica – menor constrição da traqueia. • Teofilina - 10mg/Kg BID • Terbutalina – 1,25 a 2,5 mg por animal BID • Broncodilatadores inalatórios – uso controverso Colapso de traquéia GLICOCORTICÓIDES Uso controverso • Predispõe a Broncopneumonias e Traqueobronquites bacterianas Vantagens • Quando associada a quadros alérgicos • Inflamação da via respiratória associado a casos de tosse severa • Prednisona em doses antiinflamatórias (0,25 a 1,0 mg/Kg BID ou SID) Colapso de traquéia ALTERNATIVOS • Antibióticos – resultados de culturas • Redução de peso • Evitar coleiras cervicais • Evitar stress e superaquecimento Tratamento Cirúrgico • Casos severos de colapso Não invasivo – Uso de Stents (uso de endoscópio) Stents Traqueobronquite Infecciosa Também conhecida como tosse dos canis Vírus da Parainfluenza e Bordetella bronchiseptica Tosse seca e estridente de aparecimento súbito Pode ser acompanhada por corrimento nasal e espirros (Bordetella) Traqueobronquite infecciosa Fatores predisponentes: Hotéis caninos Debilidade / desnutrição Ressecamento das mucosas Anestesia geral (intubação) Loja de animais Banho & Tosa Traqueobronquite infecciosa Período de incubação : 2 a 10 dias Anorexia persistente, depressão e febre não são típicas O curso clínico é de 7 a 14 dias (autolimitante) A tosse é induzida pela palpação da traquéia A auscultação pulmonar apresenta aumento de ruídos traqueais Traqueobronquite infecciosaTRATAMENTO : Limitar exercícios Consumo hídrico adequado Substituir coleira por peitoral Evitar estresses, poeira, fumaça, cigarro Traqueobronquite infecciosa TRATAMENTO : Normalmente nenhum tratamento é necessário Pode ser usado supressores de tosse Butorfanol – 0,5 a 1,1mg/Kg BID ou TID Derivados de Codeína Hidrocodona 1,25 a 5 mg VO BID ou TID Corticosteróides ??? Prednisolona – 0,5mg/Kg SID ou BID Antibióticoterapia – Amoxicilina / Doxiciclina Traqueobronquite infecciosa Bronquite Crônica Bronquite crônica • Doença pulmonar comumente observada em cães de meia idade e idosos de raças pequenas. • Doença incurável porém controlável. • Caracterizada por tosse persistente resultado de inflamação crônica das vias respiratórias, além de aumento das secreção de muco. Bronquite crônica Bronquite crônica Bronquite crônica • Tosse produtiva /improdutiva • Intolerância ao exercício, cianose, colapso • Dispnéia expiratória (obstrução das vias áereas menores) • A exacerbação da tosse pode ocorrer após excitação, mudanças bruscas de temperatura ou após a ingestão de água fria • Prostração e anorexia após infecções bacterianas secundárias Bronquite crônica Causas – Poluição – Cigarro – Infecções do trato respiratório • Bacterianas, virais e por fungos – Hipersensibilidade pulmonar (alergia) Bronquite crônica • Sons respiratórios – Estertores inspiratórios e sibilos expiratórios • Esforços expiratórios • Expiração prolongada Animais podem ter em associação a presença de endocardiose de mitral ou colapso de traquéia Bronquite crônica • Hemograma – Eosinofilia (alergias ou pneumonia parasitária) – Leucocitose (infecções bacterianas) • Exame radiográfico – (espessamento dos brônquios e aumento generalizado da densidade pulmonar) – Rosquinhas/ trilhos de trem • Lavado traqueal Diagnóstico Bronquite crônica • Redução de peso • Tratamento anti-inflamatório (corticóides) ? • Antibióticos – Duração mínima de 7 dias (Doxiciclina, Cloranfenicol, Quinolonas, Amoxacilina com Clavulonato) • Anti-tussígenos ? (em casos de tosse exaustiva ) • Broncodilatadores Aminofilina, Teofinina e Terbutalina Bronquite crônica Broncodilatadores Aminofililina – 11mg/Kg TID Teofilina – 10mg/Kg BID Terbutalina – 1,25 a 5 mg/cão 8/12 horas Glicocorticóides Prednisona – 0,5 a 1mg/Kg BID até conseguir quando possível a dose de 0,5mg/Kg a cada 48h Bronquite crônica Bronquite Asma felina Asma – obstrução reversível das vias aéreas de curta duração. – bronconstricção Inflamação eosinofílica Bronquite aguda – inflamação reversível das vias aéreas de curta duração. Inflamação neutrofílica ou macrófágica Bronquite Crônica – inflamação crônica das vias áereas (> 2 a 3 meses) – lesão irreversível – fibrose e enfisema Inflamação eosinofílica, neutrofílica ou mista. Bronquite / Asma felina Gatos jovens e de meia idade ANAMNESE - Tosse, angústia respiratória e sibilios Exposição a alérgenos ou irritantes EXAME FÍSICO - Taquipnéia, sibilos expiratórios (nas crises) Bronquite / Asma felina TRATAMENTO Broncodilatadores -Terbutalina SC (0,01mg/Kg) Glicocorticóides - Dexametasona (IV) - Prednisolona - Acetato de metilprednisolona – 10mg/gato IM / Mensal Oxigenoterapia - Ambiente frio e calmo Bronquite / Asma felina TRATAMENTO Antibióticos – Mycoplasma Doxiciclina (5 a 10mg/Kg BID) Cloranfenicol (10 a 15 mg/Kg BID) Azitromicina (5 a 10mg/Kg SID 3 dias) Investigar produtos inalados Perfumes, fumaça, desinfetantes, produtos para limpeza de tapetes, caixa sanitária do gato Bronquite / Asma felina TRATAMENTO ** Inaladores - Salbutamol - Salmeterol Fluticasona 2 ”Puffs” = 7-10 mov. resp. Bronquite / Asma felina Broncopneumonia ETIOLOGIA (Fatores Predisponentes) Traqueobronquite infecciosa Doença pulmonar pré-existente (bronquite não infecciosa, dirofilariose, inalação de fumaça) Inalação ou aspiração de fluidos ( megaesôfago, vômito, paralisia laringeana) Imunossupressão (Infecciosas / Metabólicas / Fármacos) Sonda endotraqueal contaminada Broncopneumonia Característicos Taquipnéia Desconforto respiratório Tosse produtiva Febre Outros Depressão Anorexia Inquietação Exsudato mucopurulento Broncopneumonia Febre – metade dos animais Estertores crepitantes Sibilos expiratórios associados a crepitação Broncopneumonia Aumento da densidade pulmonar intersticial (viral e protozoários) ou alveolar (bacteriana) Lobo pulmonar médio direito e os lobos craniais são os mais acometidos Densidades nodulares (doenças fúngicas ou neoplasias) Broncopneumonia ALTERAÇÕES – EXAMES COMPLEMENTARES Leucocitose Desvio a esquerda Monocitose Infecções bacterianas aguda e severa Neutropenia com desvio a esquerda degenerativo Broncopneumonia TRATAMENTO Não usar supressores de tosse Administrar oxigênio umidificado em animais dispneicos e cianóticos. Broncopneumonia TRATAMENTO Antibióticos - mínimo 3 semanas (mais longa dependendo do hemograma e RaioX) Ideal cultura e antibiograma por lavado traqueal Usar antibióticos de largo espectro Cefalosporinas Sulfadiazina – Trimetropina Fluoquinolonas (enro e orbifloxacina) Amoxacilina com ácido- clavulânico Tetraciclinas ( em cães com mais de 8 semanas ) Cefalotina ou cefazolina (20mg/Kg TID) Broncopneumonia
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