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Atividade Final - Libras

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Aluna: Anna Sarah Leal
Disciplina: Libras
Professora: Bruna 
Atividade Final (Texto)
O vídeo demonstra a importância da comunicação através da língua de sinais por proporcionar qualidade de vida, consciência e cidadania na vida das pessoas surdas, a forma como Sueli é capaz de entender e dialogar através da leitura labial é admirável, como se ela estivesse realmente ouvindo, junta-se a isso o fato de ser capaz de compreender vinte e seis idiomas diferentes, a língua de sinais é realmente imprescindível para um professor, pois é uma forma de inclusão social capaz de promover a interação, o desempenho a interação, o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem dos estudantes, assim como Sueli diz, em sua feliz colocação, para quem é surdo de nascença, não existe deficiência e sim uma cultura diferente e que precisa de uma mediação, como a língua de sinais, para promover a comunicação.
Sueli Ramalho Segala é atriz, escritora, professora de línguas, intérprete e poliglota em 32 línguas de sinais, uma grande estudiosa da língua de sinais, explica que o interesse por esse assunto teve início quando, ainda pequena, percebeu que a língua de sinais não tem concordância nominal e verbal, preposição, artigos, e viu que as escritas de ouvintes tinham este fenômeno. “Eu tentava descobrir porque existia essa diferença, e isso me motivou a pesquisar cada vez mais, meu pai recebia em nossa casa muitos surdos de outros países, e aprendi com esses estrangeiros que ficavam no Brasil por mais de 6 meses, e eu amava ficar horas ouvindo, alías vendo, eles contarem histórias da cultura de outros países, através da própria língua estrangeira. Nos visitaram pessoas de mais 32 países.” A identidade da Sueli é política, pois é militante e representante da comunidade surda, luta pelos direitos dos surdos, é uma surda assumida mesmo sendo organizada. 
É tarefa difícil definir cultura surda, podemos vislumbrar um conceito como um movimento social, formado a partir de uma minoria linguística, que está em oposição à cultura e ideologia dominantes, os surdos procuram conviver harmoniosamente com grandes diferenças, dentre elas a mais marcante, a linguística, esta comunidade está sempre procurando fazer valer os seus direitos políticos e sociais, lutando contra o estigma, o estereótipo, a deficiência, o preconceito, e o poder do ouvintismo, o que poderia ser um caminho por parte da nossa sociedade predominantemente ouvinte, seria o reconhecimento da identidade cultural surda. É fundamental olharmos para a Identidade Cultural Surda dentro de um contexto multicultural, onde a identidade é algo em questão, em construção, uma construção móvel que pode frequentemente ser transformada ou estar em movimento, e que empurra o sujeito em diferentes posições.
Falar sobre Cultura implica falar sobre costumes, valores, ideias e comportamentos, adotados por uma sociedade ou um grupo específico. Dessa forma, podemos entender o porquê dos Surdos lutarem para manterem sua Cultura. Afinal, ao longo da história, esses, sempre, constituíram um grupo de características próprias, que muito sofreu com a imposição da cultura ouvinte ou “cultura da maioria”. Que tomou decisões em relação à vida social dos Surdos, sem respeitar suas necessidades e levar em consideração suas expressões, a respeito do que, realmente, seria melhor para eles. Na Identidade Surda, as pessoas apresentam características culturais baseadas na experiência visual, com a Língua de Sinais, transmitem sua Cultura e seu posicionamento resistente diante da diferença de ser para os demais Surdos. 
Alguns conhecem a Língua Portuguesa falada, devido ao fato de terem ficado Surdos após certa idade, transitam entre o uso da Língua de Sinais e a Língua Oral, convivem bem com as Identidades Surdas, aceitam-se como Surdos e exigem intérpretes, legenda na TV, dentre outros recursos, que facilitem a comunicação, outros surdos, não seguem a Cultura Surda e sim as representações dos ouvintes, que são o seu referencial, desconhecem ou rejeitam o intérprete da Língua de Sinais e, normalmente, costumam resistir ao uso da mesma, orgulham-se de saber falar corretamente e persistem em usar aparelhos auditivos, ouvindo ou não algum som. Os Surdos preferem se relacionar, intimamente, com pessoas, também surdas, a sua Cultura, o humor fica a cargo de piadas, que têm os ouvintes e sua falta de entendimento sobre a surdez como foco principal, os membros de Comunidades Surdas, também, despertam para a arte teatral e para a poesia, sendo que, por meio dessas, conseguem transmitir suas emoções, sentimentos e posições perante o mundo que os cerca.
Lembrando que o que constitui a independência de um povo é sua Língua e seus costumes, ou seja, algo que se aprende e leva-se para toda vida, aquilo que ninguém tem o direito de tirar ou modificar. Portanto, se com os ouvintes de quaisquer partes do mundo é assim, porque não haveria de ser com o Povo Surdo? Os Surdos também tem identidade!

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