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Aula 01
Microbiologia p/ EBSERH (Biomédico)
Professor: Thays Rodrigues
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Microbiologia para EBSERH (Biomédico) 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Thays Rodrigues ʹ Aula 01 
 
 
 
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AULA 01: Bacteriologia: Patogenicidade bacteriana, mecanismo 
de ação das drogas antibacterianas, mecanismos de resistência; 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Patogênese bacteriana 2 
2. Detecção e identificação de bactérias 9 
3. Mecanismos de ação das drogas antibacterianas 24 
4. Mecanismos de resistência aos fármacos 39 
5. Lista de questões apresentadas 42 
6. Referências 51 
 
Olá alunos! Estamos de volta para a nossa segunda 
aula. Na aula passada os meios de esterilização, os princípios da coleta de 
amostras, os meios de cultura e as provas para controle de qualidade. 
Nessa aula, iremos continuar nossos estudos relacionados aos 
microrganismos patogênicos, com o foco no isolamento e identificação de 
bactérias e de importância clínica e a determinação de sensibilidade das 
bactérias aos antimicrobianos, assunto bastante relevante para os dias de 
hoje. Então, vamos começar! 
 
 Iniciaremos falando sobre os mecanismos de patogênese bacteriana 
para entendermos os mecanismos de defesa contra esses 
microrganismos. 
 
 
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1. Patogênese Bacteriana: 
 
 
1.1 Como ocorre o processo de patogênese bacteriana? 
Bem, o corpo humano possui diversos fatores que favorecem o 
crescimento microbiano. Ele oferece calor, umidade e os alimentos 
necessários para que esses microrganismos se adaptem bem ao 
ambiente. Além disso, as bactérias adquiriram formas de “invadir” o 
ambiente, colonizar ou aderir, ter acesso às fontes alimentares e escapar 
das defesas do hospedeiro. 
 
Um microrganismo é considerado um patógeno quando é capaz de 
causar doença; E assim, existem microrganismos que são altamente 
patogênicos (que são aqueles que frequentemente causam doença), e 
aqueles que raramente causam doença. E também existem os chamados 
oportunistas, que raramente causam doenças, mas se “aproveitam” das 
defesas reduzidas do hospedeiro (pacientes imunocomprometidos) para 
causar doenças. 
 
Você deve estar se perguntando, o que faz desses 
microrganismos ser patogênicos ou não? 
 
Bem, os microrganismos são capazes de desenvolver habilidades 
para “driblar” os mecanismos de defesa do hospedeiro, como produzir e 
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liberar toxinas que, quando disseminadas no sangue, causam ampla 
patogenicidade. A essas habilidades nós damos o nome de fatores de 
virulência. Podemos citar vários fatores, como: aderência, invasão, 
toxinas, enzimas degradativas, endotoxinas, cápsula, resistência 
aos antibióticos, e outros. 
 
Os indivíduos são acometidos por doenças infecciosas 
quando esses microrganismos patogênicos ultrapassam as 
defesas do hospedeiro, que depende do número de microrganismos 
que o individuo está sendo exposto e a virulência desses microrganismos. 
Ou seja, quanto maior o número de organismos, maior a probabilidade de 
infecção. 
 
 
 Primeiro, para que ocorra uma infecção, as bactérias devem entrar 
no organismo do hospedeiro. Porém, nosso organismo possui mecanismos 
que tornam essa entrada mais difícil como a pele, muco, epitélio ciliado, 
secreções etc. Quando essas barreiras são quebradas, abre-se uma porta 
de entrada para os microrganismos. 
 Os microrganismos podem invadir o organismo humano por vários 
caminhos, como pele quando há cortes, por exemplo, o Staphylococcus 
Virulência: é uma medida quantidade da patogenicidade, 
sendo determinada pelo número de organismos requeridos para 
causar a doença. A dose letal de 50% representa o número de 
organismos necessários para matar metade dos hospedeiros. 
Resumindo: a virulência é determinada pela capacidade 
dos organismos produzirem diferentes fatores de 
virulência. 
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aureus e Staphylococcus epidermidis, que fazem parte da flora normal da 
pele, podem entrar no organismo através desses cortes e causar 
infecções. Além da pele, a boca, o nariz, os ouvidos, os olhos, o trato 
urogenital e o ânus são sítios que as bactérias utilizam para entrar no 
corpo humano. 
 
 Como falamos ali em cima, o que faz as bactérias ser ou não 
capazes de causar doença, são os fatores de virulência, não é mesmo? 
Então, os fatores de virulência são substâncias ou estruturas do 
microrganismo que podem contribuir para o sucesso da invasão do 
hospedeiro e evasão ao sistema imune. Podemos dividir os fatores de 
virulência em dois tipos: 
 
 Fatores de colonização: Adesinas; Invasinas; Evasinas; Cápsula; 
 Fatores de lesão: Exotoxinas; Endotoxinas; Enzimas hidrolíticas; 
Superantígenos; 
 
Agora, veremos como esses fatores são capazes de auxiliar os 
microrganismos a escapar dos nossos mecanismos de defesa naturais. 
 
1.2 Fatores de colonização: 
 
Também são chamados de fatores de aderência, pois são 
componentes estruturais das células bacterianas que as capacitam para 
colonizar, sobreviver e multiplicar em um dado tecido. São fatores 
importantes em órgãos como a boca, o intestino delgado e a bexiga. São 
exemplos de fatores de colonização: 
 
1. Adesinas: são moléculas ou estruturas que fixam ou 
promovem a adesão das bactérias às superfícies dos tecidos; 
Podem ser fibrilares ou não fibrilares; Algumas bactérias 
possuem estruturas especializadas, como o pili (fímbrias), 
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ou produzem substâncias, como cápsulas ou glicocálices, 
que permitem sua adesão à superfície das células humanas, 
aumentando sua capacidade de causar doenças. Podemos 
citar alguns exemplos de microrganismos que utilizam esses 
mecanismos: os pili de Neisseria gonorrhoeae e E. coli fazem 
a ligação desses organismos ao epitélio do trato urinário, e o 
glicocálix (polissacarídeos capsulares) de Sthapylococcus 
epidermidis permite a adesão desses organismos no endotélio 
das válvulas cardíacas. 
 
 
 
Exemplos de adesinas: 
 Fibrilares: Linhagens enterotoxigênicas de Escherichia coli (ETEC) 
aderem por meio de fímbrias; 
 Não fibrilares: Linhagens enteropatogênicas de Escherichia coli 
(EPEC) aderem à mucosa do intestino delgado através de proteínas 
de superfície 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pili: São fibras que se estendem a partir da superfície bacteriana e 
medeiam a ligação a receptores específicos da célula. 
Glicocálix: é uma “camada limosa” polissacarídica secretada por 
algumas linhagens de bactérias, que medeia a adesão a certas 
estruturas. 
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Fímbrias Glicocálix (revestimento)2. Invasinas: São substâncias que permitem a invasão do 
tecido; Essas bactérias secretam enzimas que facilitam o 
processo de invasão, como a colagenase e hialuronidade, 
que degradam colágeno e ácido hialurônico, o que irá permitir 
a disseminação das bactérias através do tecido subcutâneo; A 
coagulase produzida por S. aureus acelera a formação de um 
coágulo de fibrina a partir do fibrinogênio. A formação desse 
coágulo protege as bactérias contra a fagocitose. 
Exemplo de invasinas: 
A Shigella dysenteriae consegue romper a membrana do fagossomo antes 
que esta se funda com um lisossomo. 
 
Biofilme: É um revestimento formado pela matriz das adesinas, que 
possuem uma grande importância na patogênese, pois 
protegem as bactérias contra os anticorpos e antibióticos. 
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3. Evasina: São substâncias ou estruturas bacterianas que torna 
a bactéria capaz de evadir-se da fagocitose, do sistema 
complemento e anticorpos; Por exemplo, as bactérias 
Neisseria meningitis e Haemophilus influenzae modificam o 
LPS (lipopolissacarídeo), adicionando resíduos de ácido siálico 
à sua superfície, que tornaram as bactérias capazes de ativar 
o complemento. 
Exemplo de evasina: 
Cápsula: o mais importante dos fatores antifagocitários; correspondem à 
cápsula externa à parede celular de vários patógenos importantes, como 
S. pneumoniae e Neisseria meningitidis. A cápsula polissacarídica impede 
a adesão do fagócito às bactérias; 
 
 
1.3 Fatores de Lesão: 
 
São fatores que estimulam a produção de citocinas pelas células 
do organismo. Vamos estudar esses fatores: 
 
1. Exotoxinas: Produzidas por várias bactérias gram-positivas 
e gram-negativas. A característica essencial das exotoxinas 
é serem SECRETADAS pelas bactérias. São toxinas que 
atuam na célula hospedeira alterando sua funcionalidade e 
causando sua morte. As exotoxinas produzidas por 
bactérias gram-positivas possuem mecanismos de ação 
diferentes e causam diversos efeitos clínicos. Por exemplo: 
exotoxina diftérica (produzida por Corynebacterium 
diphtheriae), toxina tetânica (Clostridium tetani) e a toxina 
botulínica (Clostridium botulinum). Entre as exotoxinas mais 
importantes das bactérias gram-negativas temos as 
enterotoxinas de E. coli e V. cholerae (toxina colérica). 
 
2. Endotoxinas: São componentes integrais das paredes 
celulares de bacilos e cocos gram-negativos, 
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diferentemente das exotoxinas, que são liberadas ativamente 
pela célula. Produzem efeitos de febre e choque. O choque 
pode ser causado pela liberação de toxinas bacterianas. 
 
Vamos analisar o quadro comparativo entre as toxinas: 
Exotoxinas Endotoxinas 
Excretadas por células vivas Liberadas durante a lise 
Bactérias gram (+) e (-) Apenas bactérias gram (-) 
Relativamente instáveis Relativamente estáveis 
Altamente antigênicas Fracamente imunológicas 
Altamente tóxicas Moderadamente tóxicas 
Polipeptídeos Lipopolissacarídeos 
Em geral, não produzem febre Em geral, produzem febre 
 
Algumas bactérias de diferentes linhagens podem causar doenças 
diferentes, pois essas bactérias são capazes de produzirem fatores de 
virulência diferentes. Por exemplo, o S. aureus causa doenças 
inflamatórias piogênicas, como endorcadite, osteomielite e artrite 
séptica, e também doenças não piogênicas mediadas por exotoxinas, 
como a síndrome do choque tóxico, síndrome da pele escaldada e 
intoxicação alimentar. 
 
Bom, quando somos invadidos por microrganismos patogênicos, há 
um tempo para o desenvolvimento da doença, que chamamos de 
estágios da doença. 
Vamos analisar esses estágios: 
 
Uma doença infecciosa aguda apresenta quatro estágios: 
1. Período de incubação: período que decorre desde o 
momento em que o agente etiológico se instala no organismo 
do hospedeiro até o inicio dos sinais e sintomas clínicos 
da doença (esse tempo varia de horas a dias ou semanas, 
dependendo do organismo). 
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2. Período prodrômico: transmissão do agente causal e com 
manifestações mínimas do organismo (como febre, mal 
estar e perda de apetite). 
3. Período da doença: período que ocorre sinais e 
sintomas da doença. A duração depende da evolução e 
características de cada doença, além dos efeitos da interação 
agressor- hospedeiro. 
4. Período de convalescência: eliminação do agressor pelo 
hospedeiro. Reparação dos órgãos e tecidos que foram 
danificados durante a doença. Não há transmissão da doença. 
 
Depois que o microrganismo desencadeou uma doença, 
precisamos isolar essas bactérias para realizar um diagnóstico 
específico para cada doença. 
 
No diagnóstico laboratorial de doenças infecciosas, podemos 
encontrar duas abordagens: a bacteriológica, na qual o organismo 
é identificado por meio de técnicas de coloração e cultivo, e a 
imunológica, na qual o organismo é identificado pela detecção de 
anticorpos contra o organismo no soro do paciente. Vamos estudar 
essas abordagens em microbiologia! 
 
2. Detecção e identificação de bactérias: 
 
Em geral, o trabalho desenvolvido no laboratório bacteriológico 
adota três abordagens: 
 Observação do organismo ao microscópio após coloração; 
 Obtenção de uma cultura pura do organismo pela inoculação 
em um meio bacteriológico; 
 Identificação do organismo por intermédio de reações 
bioquímicas, crescimento em meios seletivos ou reações com 
anticorpos específicos. 
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Abordagem geral para o diagnóstico de uma infecção bacteriana: 
1. Obtenção de um espécime a partir do sítio infectado. 
2. Coloração do espécime utilizando o procedimento apropriado (ex. coloração 
de gram). Análise de forma, tamanho, organização etc. Determinar se há um ou 
mais tipos de bactérias presentes. 
3. Cultura do espécime em meios apropriados (ex. placas de Agar sangue). 
4. Identificação do organismo por meio de testes apropriados (ex. fermentação 
de açúcares). 
5. Realização de testes de suscetibilidade a antibióticos. 
 
Vamos começar estudando os principais métodos bacteriológicos: 
 
2.1 Métodos bacteriológicos: 
 
1. Hemoculturas: As hemoculturas são realizadas com maior 
frequência quando há suspeita de sépsis, endocardite, 
osteomielite, meningite ou pneumonia. Normalmente, a partir 
da hemocultura são isolados microrganismos cocos gram-
positivos: Staphylococcus aureus e Streptococcus 
pneumoniae, e bacilos gram-negativos: Escherichia coli, 
Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa. 
Nessa cultura, devemos destacar que é importante obter 
PELO MENOS três amostras de 10mL de sangue em um 
período de 24 horas! Além disso, o local da punção venosa 
deve ser limpo com iodo 2% para impedir a contaminação por 
microrganismos da microbiota da pele, geralmente S. 
epidermidis. Após a coleta, deve-se adicionar a amostra em 
um meio de cultura rico, como caldo infusão cérebro-
coração (CALDO BHI). A hemocultura deve ser verificada 
diariamente quanto à turbidezou produção de CO2 durante 7 
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dias ou mais. Resultado: se houver crescimento: realizar a 
coloração de Gram, o subcultivo e o teste de sensibilidade a 
antibióticos. Se não houver crescimento: Cultivar em outros 
meios. 
 
2. Culturas de garganta: As culturas de garganta são 
utilizadas principalmente para detectar a presença de 
estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (Streptococcus 
pyogenes), que é um microrganismo importante quando há 
suspeita de faringite. Além disso, utiliza-se quando há 
suspeita de difteria, faringite gonocóccica ou minilíase 
 
A identificação dos estreptococos e estafilococos se baseia na 
morfologia que apresentam em meios líquidos. Sendo o estreptococo 
uma cadeia normalmente longa e os estafilococos mostrando-se 
em forma de cocos aos pares, em cachos de uva ou agrupados. A 
identificação presuntiva começa com a inoculação primária na placa de 
ágar sangue de carneiro As colônias de estafilococos são geralmente 
maiores, de coloração variando do branco-porcelana a amarelo 
podendo apresentar hemólise ou não. As colônias de estreptococos 
tendem a serem menores (puntiformes), e com halos de hemólise 
total ou parcial (beta e alfa hemólise). A diferenciação entre os 
estreptococos e os estafilococos se dá, seguramente, pela prova da 
catalase. 
Prova da catalase: Coleta-se uma amostra da colônia que cresceu no 
meio e coloca em uma lâmina de vidro. Sobre essa lâmina, coloca-se 
uma gota de água oxigenada 3% e observa-se a formação de bolhas. O 
resultado é, geralmente, positivo para os estafilococos e negativo para 
os estreptococos. 
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(Candida). Para a coleta, utilizamos um swab na região 
posterior da faringe, nas tonsilas ou fossas tonsilares. A 
coleta deve ser feita, preferencialmente, antes do desjejum e 
da higiene oral. Usando foco de luz, abaixar a língua do 
paciente, introduzir o swab diretamente na área da coleta, 
evitando tocá-lo em outras partes da boca. Depois de 
coletada a amostra, semeia-se em uma placa de Agar sangue. 
Resultado: se aparecerem colônias de estreptococos beta-
hemolíticos, adiciona-se um disco de bacitracina para 
determinar a possibilidade de o organismo corresponder a um 
estreptococo do grupo A. Se houver inibição do crescimento 
ao redor do disco, trata-se de um estreptococo do grupo A; 
Se houver crescimento ao redor do disco, trata-se de um 
estreptococo beta-hemolítico não pertencente ao grupo A. 
Teste da bacitracina: O teste com disco de bacitracina 
permite observar zona de inibição como resultado de 
sensibilidade, assim, o Streptococcus pyogenes (grupo A) é 
rapidamente identificado. 
 
3. Culturas de escarro: são realizadas principalmente quando 
há suspeita de pneumonia ou tuberculose. A causa mais 
frequente de pneumonia adquirida na comunidade é por 
conta de S. pneumoniae, enquanto S. aureus e bacilos 
gram-negativos, como K. pneumoniae e P. aeruginosa são 
causas comundos de pneumonias adquiridas em 
hospitais. A amostra é semeada em Agar sangue, que revela 
colônias bem características, que serão identificadas por 
testes sorológicos e bioquímicos. 
 
4. Cultura de liquor: realizada quando existe suspeita de 
meningite. A meningite é causada principalmente por três 
organismos: Neisseria meningitidis, S. pneumoniase e 
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Haemophilus influenzae. As culturas são realizadas em 
Agar sangue e Agar chocolate 
 
 
 
 
5. Cultura de fezes: são utilizadas principalmente em casos de 
suspeita de enterocolite. Os principais patógenos encontrados 
em cultura de fezes são: Shighella, Salmonella e 
Campylobacter. Nesse caso, podemos utilizar um exame 
microscópico direto das fezes, como coloração com azul de 
metileno, e coloração de gram. Porém, a coloração de gram 
não é muito utilizada, pois temos vários microrganismos da 
microbiota normal que podem dificultar a interpretação. 
Como vimos na aula anterior, para a cultura de Salmonella e 
Shighella, é utilizado o meio diferencial, como Agar 
MacConkey ou Agar Eosina-azul de metileno (EMB). Como a 
Salmonella e a Shighella não fermentam a lactose, é possível 
diferenciá-las de outros bacilos gram-negativos. Já para 
diferenciar Salmonella de Shighella, utilizamos o Agar 
tríplice açúcar ferro (TSI). 
 
6. Cultura de urina: são realizadas principalmente quando há 
suspeita de pielonefrite ou cistite, sendo que a causa mais 
 
As espécies de Neisseria são diplococos Gram negativos. Todas 
neisserias são oxidase positivas e catalase positivas, exceto 
Neisseria elongata e Kingella denitrificans. 
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frequente de infecções do trato urinário é E. coli, e também 
Enterobacter, Proteus e Enterococcus fecalis. Como nosso 
organismo possui bactérias da microbiota normal, quando 
fazemos a coleta de urina, desprezamos o primeiro jato para 
evitar a contaminação da amostra. A cultura de urina deve ser 
realizada até uma hora após a coleta, e armazenada em 
refrigerador, por no máximo 18 horas. O principal meio de 
cultura utilizado para amostra de urina é o Agar CLED, pois 
a lactose permite a detecção de coliformes contaminantes que 
são fermentadores de lactose, e impede a formação do “véu” de 
Proteus. A presença de E. coli no Agar CLED, forma colônias 
amarelas/opacas, pois são fermentadoras de lactose. As não 
fermentadoras de lactose apresentam coloração azul. 
 
7. Culturas do trato genital: são realizadas em pacientes que 
apresentam secreções anormais. O patógeno mais importante 
nessa pesquisa é Neisseia gonorrhoeae (um diplococo 
gram-negativo). Como esse organismo é muito delicado, deve 
ser inoculado diretamente em placa de Agar Thayer-
Martin chocolate ou em meio de transporte especial. 
 
8. Culturas de ferimentos e abscessos: Nesse caso, as 
bactérias que irão ser isoladas dependem do sítio anatômico que 
será coletada. Por exemplo, abscessos no cérebro, nos pulmões 
e no abdômen são frequentemente causados por organismos 
anaeróbicos, como Bacteroides fragilis, e cocos gram-positivos, 
como S. aureus e S. pyogenes. Em ferimentos traumáticos 
abertos são principalmente causados por membros da microbiota 
do solo, como Clostridium perfringens; 
 
 
 
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Agar Bactérias 
isoladas 
Função/propriedade 
Sangue Várias bactérias Detecção de hemólise. 
Carvão-extrato 
de levedura 
Bordetella 
pertussis 
Concentração de sangue permite o 
crescimento. 
Chocolate Neisseria 
meningitidis e 
gonorrhoeae 
O aquecimentodo sangue inativa os 
inibidores do crescimento. 
Eosina azul de 
metileno 
Vários bacilos 
entéricos gram-
negativos 
Seletivo contra bactérias gram-positivas 
e diferencia entre fermentadores e não 
fermentadores de lactose. 
Löwernstein-
Jensen 
Mycobacterium 
tuberculosis 
Seletivo contra bactérias gram-positivas 
da microbiota do trato respiratório e 
contem lipídeos necessários ao 
crescimento. 
MacConkey Vários bacilos 
gram-negativos 
Seletivo contra bactérias gram-positivas 
e diferencia entre fermentadores e não 
fermentadores de lactose. 
Thayer-Martin N. gonorrhoeae Agar chocolate contendo antibiótico 
para inibir o crescimento da microbiota 
normal. 
Tríplice açúcar 
ferro (TSI) 
Vários bacilos 
entéricos gram-
negativos 
Diferencia os fermentadores dos não 
fermentadores de lactose e os 
produtores dos não produtores de H2S. 
 
 
 
 
 
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Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Prova: Biomédico 
Assinale a alternativa que apresenta uma bactéria Gram-positiva. 
a) Morganella morganii. 
b) Enterobacter aerogenes. 
c) Citrobacter koseri. 
d) Acinetobacter baumannii. 
e) Streptococcus pneumoniae. 
 
Comentário: Como vimos na nossa aula, os streptococcus pneumoniae 
são classificados como cocos gram-positivos, enquanto os outros são 
classificados como bacilos gram-negativos. 
 
Resposta: E 
 
Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Prova: Biomédico 
Assinale a alternativa que aponta a(s) característica(s) de crescimento em 
ágar CLED da bactéria Escherichia coli 
a) Colônias amarelo palha e brancas. 
b) Colônias planas, cor verde. 
c) Colônias opacas, amarelas com ligeira cor amarelo escuro no centro, 
com cerca de 1,25 mm de diâmetro, as não fermentadoras de lactose 
colônias azuis. 
d) Colônias verdes, com superfície prateada e periferia rugosa. 
e) Colônias pequenas e cinzas. 
 
Comentário: “O principal meio de cultura utilizado para amostra de urina 
é o Agar CLED, pois a lactose permite a detecção de coliformes 
contaminantes que são fermentadores de lactose, e impede a formação 
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do “véu” de Proteus. A presença de E. coli no Agar CLED, forma colônias 
amarelas/opacas, pois são fermentadoras de lactose. As não 
fermentadoras de lactose apresentam coloração azul”. 
 
Resposta: C 
 
Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Prova: Biomédico 
Com relação à coleta de material para cultura de orofaringe, é correto 
afirmar que: 
a) colher dois swabs, um para confecção imediata da lâmina de 
bacterioscopia e outro para o cultivo, transportado em meio de transporte 
adequado. 
b) se o swab tocar na língua, não há problema, pois a saliva contém as 
mesmas bactérias da orofaringe. 
c) o paciente deve, antes da coleta, realizar assepsia oral para evitar mau 
hálito. 
d) não deve-se utilizar abaixador de língua, pois pode causar 
contaminação da cultura. 
e) é recomendado coletar o material logo após o paciente se alimentar, 
pois as bactérias ficam mais evidentes. 
 
Comentário: “Para a coleta, utilizamos um swab na região posterior da 
faringe, nas tonsilas ou fossas tonsilares. A coleta deve ser feita, 
preferencialmente, antes do desjejum e da higiene oral. Usando foco de 
luz, abaixar a língua do paciente, introduzir o swab diretamente na área 
da coleta, evitando tocá-lo em outras partes da boca”. 
 
Resposta: A 
 
 
 
 
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Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFGD Prova: 
Biomédico 
No laboratório de microbiologia, chega uma secreção de orofaringe para 
identificação do microrganismo causador de amidalite de repetição. 
Assinale a alternativa que aponta a prova de triagem que seguramente 
difere estreptococos de estafilococos. 
a) Prova da oxidase. 
b) Prova da catalase. 
c) Prova da lactose. 
d) Prova de fermentação. 
e) Prova da coagulase. 
 
Comentário: ”A diferenciação entre os estreptococos e os estafilococos 
se dá, seguramente, pela prova da catalase. Prova da catalase: Coleta-
se uma amostra da colônia que cresceu no meio e coloca em uma lâmina 
de vidro. Sobre essa lâmina, coloca-se uma gota de água oxigenada 3% e 
observa-se a formação de bolhas. O resultado é, geralmente, positivo 
para os estafilococos e negativo para os estreptococos”. 
 
Resposta: B 
 
Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFGD Prova: 
Biomédico 
Paciente do sexo masculino chega ao laboratório com solicitação de 
exame bacterioscópico de secreção uretral para diagnóstico de gonorreia. 
Assinale a alternativa que indica qual o achado nesse exame caso seja 
positivo para essa patologia. 
a) Diplococos Gram negativos. 
b) Cocos Gram positivos. 
c) Bacilos Gram negativos 
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d) Bacilos Gram positivos. 
e) Diplococos Gram positivos 
 
Comentário: “Culturas do trato genital: são realizadas em pacientes que 
apresentam secreções anormais. O patógeno mais importante nessa 
pesquisa é Neisseia gonorrhoeae (um diplococo gram-negativo). 
Como esse organismo é muito delicado, deve ser inoculado diretamente 
em placa de Agar Thayer-Martin chocolate ou em meio de transporte 
especial”. 
 
Resposta: A 
 
COVEST Biomédico – UFPE 2015 
Uma grande variedade de micro-organismos está envolvida em infecções 
de feridas e de abscessos. Em relação aos micro-organismos anaeróbios, 
analise as afirmativas abaixo. 
1) Infecções de mordidas de cachorro ou gato são comumente causadas 
por Pasteurella multocida, enquanto mordidas de seres humanos 
envolvem os anaeróbios da boca. 
2) Os abscessos de cérebro, pulmões e abdômen são causados por 
anaeróbios como Bacteroides fragilis e Staphylococcus aureus. 
3) Infecções de feridas abertas são causadas principalmente por 
Clostridium perfringens. 
4) Infecções de feridas cirúrgicas são causadas principalmente por 
Streptococcus. 
 Estão corretas, apenas: 
A) 1 e 2. B) 2 e 3. C) 1, 2 e 3. D) 1, 3 e 4. E) 2, 3 e 4. 
 
Comentário: “Culturas de ferimentos e abscessos: Nesse caso, as 
bactérias que irão ser isoladas dependem do sítio anatômico que será 
coletada. Por exemplo, abscessos no cérebro, nos pulmões e no 
abdômen são frequentemente causados por organismos anaeróbicos, 
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como Bacteroides fragilis, e cocos gram-positivos, como S. aureus e S. 
pyogenes. Em ferimentos traumáticos abertos são principalmente 
causados por membros da microbiota do solo, como Clostridium 
perfringens”. 
 
Resposta: C 
 
COVEST Biomédico – UFPE - 2015 
Culturas de fezes são indicadas principalmente em casos de enterocolites. 
Os micro-organismos causadores de diarreias mais frequentes são 
Shigella, Salmonella e Campylobacter. Sobre a coprocultura,é correto 
afirmar que: 
A) como diagnóstico rápido, o exame microscópico direto das fezes pode 
ser indicado para revelar a presença de muitos leucócitos utilizando o 
método de Gram. 
B) no diagnóstico rápido, a coloração com azul de metileno é indicada 
devido ao grande número de bactérias da flora normal do cólon dificultar 
a interpretação. 
C) em caso de suspeita de Salmonella e Shigella, pode ser utilizado um 
meio de cultura diferencial e seletivo como o MacConkey ou ágar de 
eosinaazul de metileno (EMB). 
D) em caso de colônias fermentadoras de lactose serem encontradas em 
um semeio em MacConkey, é indicado um teste complementar em meio 
TSI (Tríplice Açúcar e Ferro) para distinguir Salmonella de Shigella. 
E) algumas espécies de Proteus se assemelham ao comportamento da 
Salmonella em ágar-TSI, mas podem ser diferenciadas por não 
produzirem a enzima urease. 
 
 
Comentário: “Cultura de fezes: são utilizadas principalmente em casos 
de suspeita de enterocolite. Os principais patógenos encontrados em 
cultura de fezes são: Shighella, Salmonella e Campylobacter. Nesse caso, 
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podemos utilizar um exame microscópico direto das fezes, como 
coloração com azul de metileno, e coloração de gram. Porém, a 
coloração de gram não é muito utilizada, pois temos vários 
microrganismos da microbiota normal que podem dificultar a 
interpretação. Como vimos na aula anterior, para a cultura de 
Salmonella e Shighella, é utilizado o meio diferencial (E NÃO 
SELETIVO), como Agar MacConkey ou Agar Eosina-azul de metileno 
(EMB). Como a Salmonella e a Shighella não fermentam a lactose, é 
possível diferenciá-las de outros bacilos gram-negativos. Já para 
diferenciar Salmonella de Shighella, utilizamos o Agar tríplice açúcar ferro 
(TSI)”. 
 
Resposta: E 
 
UEPB Biomédico - Pref. Catolé do Rocha/PB - 2015 
As infecções do trato geniturinário podem ser caracterizadas pela invasão 
dos tecidos do sistema urinário (rins, bexiga, uretra e ureteres) por 
diversos tipos de microrganismos. Qual das bactérias abaixo NÃO se 
enquadra entre as principais causadoras de infecções do trato 
geniturinário? 
a) Acinetobactersp 
b) Pseudomonassp 
c) Salmonella 
d) Klebsiella 
e) Escherichia coli 
 
Comentário: são realizadas principalmente quando há suspeita de 
pielonefrite ou cistite, sendo que a causa mais frequente de infecções do 
trato urinário é E. coli, e também Enterobacter, Proteus e Enterococcus 
 
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fecalis”. As salmonellas são geralmente encontradas em cultura de 
fezes, pois são as principais causadoras de enterocolites. 
 
Resposta: C 
 
VUNESP Analista em Saúde - Biomédico/ Bioquímico - Pref. São 
José dos Campos/SP - 2015 
Assinale a alternativa correta em relação aos exames bacteriológicos. 
(A) O tempo de incubação mínimo para liberação de um resultado 
negativo das culturas de urina e de sangue é 18 e 36 horas, 
respectivamente. 
(B) A semeadura de líquidos cavitários para bactérias aeróbias e 
anaeróbias facultativas deve ser feita em ágar CLED (cystine lactose 
electrolyte deficient). 
(C) O swab ou zaragatoa com amostra de secreção de orofaringe deve ser 
colocado em solução salina e sob refrigeração até sua inoculação. 
(D) Os meios de transporte apropriados para a secre- ção vaginal e de 
abscessos são, respectivamente, o Cary Blair e Stuart. 
(E) O Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae são agentes 
etiológicos frequentes nas infecções da cavidade pleural em crianças. 
 
Comentário: O Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae 
são os principais causadores da pneumonia, ou seja, na cavidade pleural 
(camada que envolve o pulmão) espera-se encontrar esses patógenos. 
 
Resposta: E 
 
COTEC/UNIMONTES - Biomédico - Pref. Guaraciama/MG - 2016 
Com relação à prova bioquímica da Catalase, assinale a alternativa 
CORRETA: 
 
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A)A prova é feita colocando uma gota de solução aquosa de peróxido de 
hidrogênio a 10-15% numa lâmina e, em seguida, com uma alça de 
platina, colocar uma porção do crescimento bacteriano sobre a gota. 
B) Essa enzima atua sobre a água oxigenada (peróxido de hidrogênio 10 
a 15%), desdobrando-a em oxigênio e água. 
C) É usualmente empregada para diferenciar os bacilos Gram positivos 
catalase negativos, Lactobacillus e Erysipelothrix de Listeria, e a maioria 
dos Corynebacterium catalase positivos. 
D)Pode ser empregada para diferenciar Staphylococcus, que são catalase 
negativos, de Streptococcus, catalase positivos. 
 
Comentário: Sabemos que os estreptococos são microrganismos gram-
positivos e os estafilococos microrganismos gram-negativos, a partir 
disso: ”A diferenciação entre os estreptococos e os estafilococos se dá, 
seguramente, pela prova da catalase. Prova da catalase: Coleta-se uma 
amostra da colônia que cresceu no meio e coloca em uma lâmina de 
vidro. Sobre essa lâmina, coloca-se uma gota de água oxigenada 3% e 
observa-se a formação de bolhas. O resultado é, geralmente, positivo 
para os estafilococos e negativo para os estreptococos”. 
 
 
Resposta: C 
 
 
2.2 Métodos imunológicos: 
 
As reações sorológicas auxiliam o diagnóstico microbiológico. 
Normalmente, são utilizadas duas abordagens básicas: 1. Utilização de 
anticorpos para identificar o microrganismo e 2. Utilização de 
antígenos conhecidos para detectar a presença de anticorpos no 
soro do paciente. 
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Nestes testes, os antígenos do organismo causal podem ser 
detectados pelo uso de anticorpos específicos, frequentemente marcados 
com um corante. A presença de anticorpos no soro do paciente pode ser 
detectada utilizando-se antígenos derivados do organismo. Em alguns 
testes, o soro do paciente contém anticorpos que reagem com um 
antígeno não derivado do organismo causal, como o teste de VDRL, onde 
a cardiolipina de coração bovino reage com anticorpos presentes no soro 
de pacientes apresentando sífilis. 
 
Bom, agora que sabemos como fazer o isolamento e a identificação 
dos microrganismos, podemos estudar os mecanismos de ação das 
drogas antimicrobianas, e saber qual é o tratamento mais adequado 
para cada microrganismo patogênico. 
 
3. Mecanismo de ação das drogas antibacterianas: 
 
A terapia antimicrobiana corresponde á inibição seletiva do 
crescimento do microrganismo sem danos ao hospedeiro. As drogas 
antibacterianas agem principalmente na célula bacteriana: na parede 
celular, nos ribossomos, nos ácidos nucleicos e na membrana celular. Os 
antimicrobianos são produtos capazes de matar (bactericida) ou impedir a 
multiplicação dos microrganismos (bacteriostáticos). 
 
Os fármacos bacteriostáticos possuem características marcantes 
como: 1. As bactérias podem voltar a crescer quando o fármaco é 
retirado; 2. Os mecanismos de defesa do hospedeiro, como a fagocitose, 
são necessárias para matar a bactéria. 
 
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Antes de começarmos a falar sobre os mecanismos de ação de cada 
fármaco, precisamos falar sobre alguns conceitos importantes nesse 
conteúdo: 
 
 Antibiótico: Substância produzida por seres vivos (fungos ou 
bactérias) capaz de matar ou inibir outros micro-organismos. 
 Quimioterápico: Substância produzida em laboratório, capaz 
de matar ou inibir micro-organismos. 
 Antimicrobiano: Substância capaz de matar ou inibir 
microrganismos e dotada de toxicidade seletiva. 
 Toxicidade seletiva: Capacidade de lesar o microrganismo, 
sem ser tóxica para o hospedeiro. 
 Sinergismo: Quando a combinação de duas drogas aumenta 
a atividade de ambas. 
 Antagonismo: Quando um antimicrobiano diminui a ação de 
outro. 
 Ação bacteriostática: Capacidade de inibir o crescimento de 
um micro-organismo. 
 Concentração mínima inibitória (CMI): Menor 
concentração da droga capaz de inibir o crescimento de um 
micro-organismo. 
 Ação bactericida: Capacidade de matar ou lesar 
irreversivelmente o microrganismo. 
 Concentração mínima bactericida (CMB): Menor 
concentração da droga capaz de matar o microrganismo. 
 
A partir desses conceitos, podemos iniciar os nossos estudos sobre 
os mecanismos de ação das drogas antimicrobianas. 
São vários os mecanismos de ação utilizados por esses fármacos. 
Na figura abaixo podemos ver um resumo desses mecanismos. 
 
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Os fármacos antimicrobianos agem principalmente por: 
1. Inibição da síntese da parede celular; 
2. Alteração da permeabilidade da membrana celular; 
3. Inibição da síntese de proteínas; 
4. Inibição da síntese de ácidos nucleicos; 
5. Outros; 
 
Vamos começar pelo principal mecanismo de ação. 
 
3.1 Inibição da síntese da parede celular: 
 
Temos diversos fármacos que agem a partir desse mecanismo: 
 ┚-lactâmicos 
 Glicopeptídicos: Vancomicina 
 Bacitracina 
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 Cicloserina 
 
1 - ┚-lactâmicos: O grupo dos ┚-lactâmicos possui no seu núcleo 
estrutural o anel ┚-lactâmico, que confere atividade bactericida, sendo 
uma estrutura essencial à atividade antibacteriana. São pertencentes a 
esse grupo: penicilinas, cefalosporinas, carbapenens e 
monobactans. Esses fármacos atuam interferindo na síntese de 
peptideoglicano (estrutura responsável pela integridade da parede 
bacteriana). Para que isto ocorra, os ┚-lactâmicos devem penetrar na 
bactéria através das porinas presentes na membrana externa da parede 
celular bacteriana e não devem ser destruídos pelas ┚-lactamases 
produzidas pela bactéria (mecanismo de resistência), além disso, devem 
ligar-se e inibir as proteínas ligadoras de penicilina (PLP) responsáveis 
pelo passo final da síntese da parede bacteriana. 
 Penicilinas: atuam inibindo as transpeptidades, enzimas 
que catalisam a etapa final das ligações cruzadas durante a 
síntese de peptideoglicano. A penicilina é bactericida, porém 
mata as células apenas quando se encontram em fase de 
crescimento, porque durante o crescimento celular, ocorre 
a síntese de novo peptideoglicano, e aí ocorre a 
transpeptidação. Atualmente, dispomos de vários tipos de 
penicilinas no mercado, e são escolhidas de acordo com o 
microrganismo infectante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Fármaco Principais organismos 
Penicilina G Cocos gram-positivos, bacilos gram-positivos, Neisseria, 
Treponema pallidum e diversos anaeróbicos, porém 
NENHUM dos bacilos gram-negativos listados a seguir. 
Ampicilina ou 
amoxicilina 
Certos bacilos gram-negativos, como Haemophilus 
influenzae, Escherichia Coli, Proteus, Salmonella e 
Shighella, mas não Pseudomonas aeruginosa. 
Carbenicilina ou 
ticarcilina 
P. aeriginosa, especialmente quando utilizada em 
combinação sinergística com um aminoglicosídeo. 
Nafcilina ou 
dicloxacilina 
Staphylococcus aureus produtores de penicilase. 
 
 Cefalosporinas: São antimicrobianos ß-lactâmicos de amplo 
espectro. Atuam da mesma maneira das penicilinas, ou seja, são 
agentes bactericidas que inibem as ligações cruzadas do 
peptideoglicano. Diferem das penicilinas em sua estrutura: 
apresentam um anel de seis membros adjacente ao anel ß-
lactâmico. São divididas em gerações de acordo com as 
características farmacocinéticas e farmacodinâmicas. As 
cefalosporinas de primeira geração são ativas contra cocos gram-
positivos. As de segunda, terceira e quarta geração foram 
sintetizadas com o objetivo de expandir a atividade contra 
bacilos gram-negativos. São eficazes contra uma ampla gama de 
organismos e geralmente são bem toleradas. 
 
 
 
 
 
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Geração Principais organismos 
1ª 
Geração 
São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade 
moderada contra E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae adquiridos 
na comunidade. Não têm atividade contra H. influenzae e não agem 
contra estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes 
à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios. 
2ª 
Geração 
Em relação às de primeira geração, apresentam uma maior atividade 
contra H. influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria meningitidis, 
Neisseria gonorrhoeae e em determinadas circunstâncias aumento da 
atividade “in vitro” contra algumas enterobacteriaceae. 
3ª 
Geração 
São mais potentes contra bacilos gram-negativos facultativos, e têm 
atividade antimicrobiana superior contra S. pneumoniae (incluindo 
aqueles com sensibilidade intermediária às penicilinas), S. pyogenes e 
outros estreptococos. Com exceção da ceftazidima, apresentam 
atividade moderada contra os S. aureus sensível à oxacilina, por outro 
lado, somente a ceftazidima tem atividade contra P. aeruginosa. 
 
 Carbapenens: São fármacos ß-lactâmicos que são 
estruturalmente diferentes das penicilinas e cefalosporinas. Esses 
fármacos possuem o maior espectro de ação dentro da classe. 
Apresentam excelente atividade bactericida contra 
diversas bactérias gram-positivas, gram-negativas e 
anaeróbias. Entre os gram-positivos podemos citar: 
estreptococos e estafilococos; entre os gram-negativos: 
Neisseria, Pseudomonas, Haemophilus, E. coli; Alguns 
carbapenens disponíveis: Imipenem, meropenem e 
ertapenem são disponíveis atualmente na prática clínica 
nos EUA, Europa e Brasil. Apresentam amplo espectro de ação 
para uso em infecções sistêmicas e são estáveis à maioria das ß-
lactamases. Devido a discretas diferenças, com relação ao 
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mecanismo de resistência, podem ser encontradas amostras 
sensíveis a um carbapenem e resistentes ao outro, devido a 
produção de enzimas carbapenemases. 
 
 Monobactans: Os monobactâmicos caracterizam-se por um anel 
ß-lactâmico sem estrutura adjacente em anel contendo enxofre, 
ou seja, são monocíclicos. Exibe excelente atividade contra 
vários bacilos gram-negativos, como enterobacteriaceae e 
Pseudomonas, porém é inativo contra bactérias gram-
positivas e anaeróbias. 
 
2 – Glicopeptideos: Essa classe apresenta um múltiplo mecanismo 
de ação, inibindo a síntese do peptideoglicano , além de alterar a 
permeabilidade da membrana citoplasmática e interferir na 
síntese de RNA citoplasmático. 
 
 Vancomicina: A vancomicina inibe uma enzima chamada de 
transglicosilase bacteriana, que também atua na síntese de 
peptideoglicano. É um agente bactericida efetivo contra 
algumas bactérias gram-positivas. A principal indicação é 
para infecções por S. aureus resistentes às penicilinas 
penicilases-resistentes, como a nafcilina. É também utilizada 
no tratamento de infecções causadas por Staphylococcus 
epidermidis e enterococos. 
 
3 - Cicloserina e bacitracina: A cicloserina é utilizada como 
fármaco de segunda linha no tratamento da tuberculose. A bacitracina é 
um antibiótico polipetídico cíclico que impede a desfosforilação do 
fosfolípideo que transporta a subunidade do peptideoglicano através da 
membrana celular, o que faz com que bloqueie a regeneração do 
carreador lipídico e inibe a síntese da parede celular. A bacitracina é 
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utilizada no tratamento de infecções cutâneas superficiais, porém, é 
excessivamente tóxica para uso sistêmico. 
 
3.2 Alteração da permeabilidade da membrana celular: 
 
Existem poucos compostos que atuam sobre a membrana celular, 
pois as membranas das bactérias e as humanas se assemelham muito na 
sua estrutura e composição química. Um importante representante dessa 
classe são as polimixinas, uma família de antibióticos polipeptídicos. O 
fármaco de maior utilidade clinica é a polimixina E (colistina), que 
interagem com a molécula de polissacarídeo da membrana externa das 
bactérias gram-negativas, retirando cálcio e magnésio, necessários para a 
estabilidade da molécula de polissacarídeo, resultando em aumento de 
permeabilidade da membrana com rápida perda de conteúdo 
celular e morte da bactéria. As polimixinas são ativas contra uma 
grande variedade de bacilos gram-negativos (incluindo P. aeruginosa 
e Acinetobacter spp.) incluindo muitas espécies de enterobactérias (como 
E. coli e Klebsiella spp.) e bacilos não-fermentadores. 
 
3.3 Inibição da síntese de proteínas: 
 
São fármacos que inibem a síntese proteica de bactérias, sem 
interferir na síntese proteica das células humanas. Isso acontece, pois 
existem diferenças entre as proteínas ribossomais, RNA’s e 
enzimas associadas bacterianas e humanas. As bactérias apresentam 
ribossomos 70S com as subunidades 50S e 30S, enquanto as células 
humanas exibem ribossomos 80S, com subunidades 60S e 40S. 
Existem diversas classes que atuam a partir desse mecanismo: 
 
 Aminoglicosídeos: são fármacos que se ligam à fração 
30S dos ribossomos inibindo a síntese proteica ou 
produzindo proteínas defeituosas. São bactericidas 
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especialmente úteis contra vários bacilos gram-negativos. 
Por exemplo, a estreptomicina é utilizada na terapia 
multifármacos da turbeculose, e a gentamicina é utilizada em 
combinação com a Penicilina G contra enterococos. 
 Tetraciclinas: Possuem atividade contra uma variedade de 
bactérias gram-positivas e gram-negativas, micoplasmas, 
clamídias e riquétsias. Inibem a síntese proteica ligando-
se a subunidade 30S dos ribossomos e bloqueiam a 
entrada do amonoacil RNA de transferência (tRNA) no 
sitio receptor do ribossomo. 
 Cloranfenicol: É ativo contra uma ampla gama de 
organismos, incluindo baterias gram-positivas e gram-
negativas (inclusive anaeróbias). Tem efeito bacteriostático 
contra certos organismos como Salmonella typhi, e possui 
efeito bactericida contra três importantes organismos 
capsulados que causam meningite: Haemophilus influenzae, 
Streptococcus pneumoniae e Neisseria meningitis. O 
cloranfenicol inibe a síntese proteica, pois se liga à 
subunidade ribossomal 50S e bloqueiam a ação da 
peptidiltransferase, o que impede a síntese de novas 
ligações peptídicas. 
 Eritromicina: É o tratamento de escolha para a pneumonia 
causada por Legionella (bacilo gram-negativo) e Mycoplasma 
(bactéria desprovida de parede), e também é uma alternativa 
contra uma variedade de infecções causadas por cocos gram-
positivos em pacientes alérgicos à penicilina. Esse fármaco 
pertence ao grupo dos Macrolídeos, devido a sua grande 
estrutura de anel. A eritromicina atua na subunidade 
50S e bloqueia a liberação de síntese proteica. Dentre os 
principais derivados da eritromicina podemos citar: 
azitromicina e claritromicina. 
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Clindamicina: É um fármaco bacteriostático com ação contra 
anaeróbios, tanto bactérias gram-positivas como Clostridium 
perfringens, quanto gram-negativas, como Bacteroides 
fragilis. Esse fármaco se liga à subunidade 50S e 
bloqueia a formação de ligações peptídicas. 
 
3.4 Inibição da síntese de ácido nucleico: 
 
 Sulfonamidas: São componentes estruturais análogos ao 
ácido paraminobenzóico (PABA), essencial na síntese de 
folato. O grupo das sulfonamidas compreende seis drogas 
principais: sulfanilamida, sulfisoxazol, sulfacetamida, ácido 
para-aminobenzóico, sulfadiazina e sulfametoxazol, sendo as 
duas últimas de maior importância clínica. As sulfonamidas 
têm efeito bacteriostático e inibem o metabolismo do 
ácido fólico, por mecanismo competitivo, pois as 
sulfonamidas competem pelo PABA (enzima envolvida 
na síntese de folato). As células humanas conseguem 
aproveitar o folato exógeno para o metabolismo, enquanto as 
bactérias dependem da produção endógena. São úteis em 
uma variedade de doenças bacterianas, como infecções do 
trato urinário causadas por Escherichia Coli, otite média 
causada por S. pneumoniae ou H. influenzae. 
 Quinolonas: São fármacos bactericidas que inibem a 
atividade da DNA girase ou topoisomerase II, enzima 
essencial à sobrevivência bacteriana. A DNA girase torna 
a molécula de DNA compacta e biologicamente ativa. Ao inibir 
essa enzima, a molécula de DNA passa a ocupar grande 
espaço no interior da bactéria e suas extremidades livres 
determinam síntese descontrolada de RNA mensageiro e de 
proteínas, determinando a morte das bactérias. As 
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fluoroquinolonas, como ciprofloxacina, norfloxacina, ofloxacina 
e outras são ativas contra uma ampla gama de organismos 
que causaminfecções do trato respiratório inferior, do trato 
intestinal, do trato urinário e de tecidos esqueléticos moles. 
 
Pronto, agora que já estudamos como ocorre a patogenicidade 
bacteriana, os métodos de isolamento e identificação e as drogas 
que são utilizadas para combater esses microrganismos invasores. 
Porém, muitos desses microrganismos já desenvolveram 
resistências às diversas drogas aqui citadas, o que dificulta bastante 
o tratamento. 
 
 
 
Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFGD Prova: 
Biomédico 
As bactérias têm uma grande capacidade de adquirir resistência aos 
antimicrobianos por diferentes mecanismos de resistência. A enzima que 
produzida por uma bactéria confere resistência ao antimicrobiano 
Imipenem é chamada de: 
a) Penicilinase. 
b) Imipelisina. 
c) Carbapenemase. 
d) Imipenemase. 
e) Betalactamase. 
 
Comentário: “Imipenem, meropenem e ertapenem são disponíveis 
atualmente na prática clínica nos EUA, Europa e Brasil. Apresentam amplo 
espectro de ação para uso em infecções sistêmicas e são estáveis à 
maioria das ß-lactamases. Devido a discretas diferenças, com relação 
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ao mecanismo de resistência, podem ser encontradas amostras 
sensíveis a um carbapenem e resistentes ao outro, devido a 
produção de enzimas carbapenemases”. 
 
Resposta: C 
 
CESPE Perito Criminal - Ciências Biológicas e Biomedicina – Polícia 
Científica/PE - 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assinale a opção que apresenta a correlação correta entre as três curvas 
de crescimento no gráfico 7A3AAA. 
A) O antimicrobiano 2 possui efeito microbicida sobre as células do 
microrganismo em cultivo e essas células foram resistentes ao 
antimicrobiano 1. 
B) As células do microrganismo em cultivo foram resistentes aos 
antimicrobianos 1 e 2. 
C) O antimicrobiano 1 possui efeito microbiostático e o antimicrobiano 2 
possui efeito microbicida sobre as células do microrganismo em cultivo. 
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D) Os antimicrobianos 1 e 2 não possuem nenhum efeito sobre as células 
do microrganismo em cultivo, pois, mesmo sem antimicrobianos, os 
microrganismos morreram após dez horas de cultivo. 
E) O antimicrobiano 1 possui efeito microbicida sobre as células do 
microrganismo em cultivo e essas células foram resistentes ao 
antimicrobiano 2. 
 
 
Comentário: “Ação bacteriostática: Capacidade de inibir o crescimento 
de um micro-organismo”. No gráfico podemos ver que o antimicrobiano 1 
não matou o microrganismo, apenas impediu seu desenvolvimento. 
“Ação bactericida: Capacidade de matar ou lesar irreversivelmente o 
microrganismo”. 
 
Resposta: C 
 
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Qual destes antibióticos pode ser classificado como primariamente 
bactericida? 
A) Sulfonamidas. 
B) Tetraciclinas. 
C) Cloranfenicol. 
D) Eritromicina. 
E) Cefalosporinas em geral. 
 
Comentário: “O grupo dos ┚-lactâmicos possui no seu núcleo estrutural 
o anel ┚-lactâmico, que confere atividade bactericida, sendo uma 
estrutura essencial à atividade antibacteriana. São pertencentes a 
esse grupo: penicilinas, cefalosporinas, carbapenens e monobactans”. 
 
Resposta: E 
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Qual destes antibióticos pode ser classificado como espectro estreito de 
atividade? 
A) Estreptomicina. 
B) Tetraciclina. 
C) Aminoglicosídios. 
D) Cefalosporina de segunda geração. 
E) Fluoroquinolonas. 
 
Comentário: A estreptomicina é um fármaco aminoglicosídeo 
utilizado na terapia multifármacos da turbeculose, justamente por 
ter um baixo espectro de atividade. 
 
Resposta: A 
 
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Qual é o mecanismo de ação geral das penicilinas? 
A) Provocam vazamentos através das membranas celulares. 
B) Inibem a síntese da parede celular bacteriana. 
C) Inibem a síntese protéica. 
D) Inibem a DNA girase. 
E) Interferem com a função do DNA. 
 
Comentário: “As Penicilinas: atuam inibindo as transpeptidades, enzimas 
que catalisam a etapa final das ligações cruzadas durante a síntese de 
peptideoglicano”. As penicilinas atuam inibindo a síntese da parede 
celular bacteriana. 
 
Resposta: B 
 
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Com relação à sua estrutura química, a Estreptomicina pode ser 
classificada como: 
A) Sulfonamida. 
B) Quinolona. 
C) Aminoglicosídio. 
D) Beta-lactâmico. 
E) Macrolídio 
 
Comentário: “Aminoglicosídeos: são fármacos que se ligam à fração 30S 
dos ribossomos inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas 
defeituosas. São bactericidas especialmente úteis contra vários bacilos 
gram-negativos. Por exemplo, a estreptomicina é utilizada na terapia 
multifármacos da turbeculose, e as gentamicinas são utilizadas em 
combinação com a Penicilina G contra enterococos”. 
 
Resposta: C 
 
MS – 2009 – CESPE – Farmacêutico 
A sulfanilamida é um antibiótico com ação bactericida, análogo estrutural 
do ácido p-aminobenzóico (PABA), precursor essencial da síntese do ácido 
fólico nas bactérias. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
Comentário: Veja que a questão possui apenas uma definição errada! A 
sulfanilamida é um antibiótico com ação BACTERIOSTÁTICA! E é sim, um 
análogo estrutural do PABA. Não podemos errar esses conceitos. 
 
Resposta: Errado 
 
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MS – 2010 – CESPE – FARMACÊUTICO 
Os antibióticos beta-lactâmicos são totalmente destruídos pelas enzimas 
beta-lactamases das bactérias, por meio da distribuição do anel beta-
lactâmico, que está sempre presente na estrutura química dessas 
moléculas. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
Comentário: A questão diz que os antibióticos beta-lactâmicos são 
TOTALMENTE destruídos pelas enzimas beta-lactamases, o que não é 
verdade, há uma destruição parcial. Apesar de existirem bactérias 
resistentes a esse medicamento, existem também antibióticos 
pertencentes à classe das penicilinas que são resistentes as beta-
lactamases, então a questão errou por falar que são totalmente 
destruídos. 
 
Reposta: Errado 
 
4. Mecanismo de resistência aos fármacos: 
 
Bem, há quatro principais mecanismos que medeiam a resistência 
das bactérias aos fármacos: 
1. As bactérias produzem enzimas que inativam o fármaco, 
e, por exemplo, ┚-lactamases podem inativar penicilinas e 
cefalosporinas pela clivagem do anel ┚-lactâmico do fármaco. 
2. As bactérias sintetizam alvos modificados, contra os 
quais os fármacos não têm efeito; por exemplo, uma 
proteínamutante na subunidade ribossomal 30S pode resultar 
em resistência à estreptomcina, assim como um rRNA 23S 
metilado pode resultar em resistência à eritromicina. 
3. As bactérias reduzem sua permeabilidade de modo que 
uma contração intracelular efetiva do fármaco não é 
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obtida; por exemplo, modificações nas porinas podem reduzir 
a quantidade de penicilina que penetra na bactéria. 
4. As bactérias exportam os fármacos ativamente empregando 
uma “bomba de resistência a múltiplos fármacos”. Essa 
bomba importa prótons e, em uma reação do tipo 
permutação, exporta uma variedade de moléculas 
exógenas, incluindo certos antibióticos, como as 
quinolonas. 
 
Grande parte da resistência aos fármacos se deve a uma 
modificação genética do organismo, seja por uma mutação 
cromossomal, seja pela aquisição de um plasmídeo ou 
transposon. 
 
 
 
 
 
 
Plasmídeos: são pequenas moléculas circulares de DNA 
extracromossomiais, em dupla hélice, que podem ser passados de 
célula a célula. Geralmente ocorrem em bactérias e por vezes 
também em organismos eucarióticos. Eles veiculam informações 
genéticas não encontradas no “cromossomo” bacteriano, presente em 
uma região celular denominada nucleoide, que, a exemplo dos 
plasmídeos, é circular e possui uma única molécula de DNA. 
Transposon: são sequencias de DNA móveis que podem se 
autorreplicar em um determinado genoma. 
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Há uma grande probabilidade de infecções hospitalares serem 
causadas por organismos resistentes a antibióticos, quando comparadas 
às infecções adquiridas na comunidade. Por exemplo, esse é o caso de 
infecções hospitalares causadas por Staphylococcus aureus e bacilos 
entéricos gram-negativos, como Escherichia coli e Pseudomonas 
aeruginosa. 
 
 
 
AOCP - Biomédico - EBSERH/HU-UFJF - 2015 
As bactérias são microrganismos unicelulares, procariotos, podendo viver 
isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. 
Em algumas bactérias, é encontrado o Plasmídio que: 
(A) é a membrana esquelética externa, sendo um envoltório mucilaginoso 
que envolve a bactéria protegendo-a do sistema imune do organismo. 
(B) são moléculas de DNA não ligadas ao cromossomo bacteriano, 
encontram-se espalhados pelo hialoplasma e costumam ter genes para 
resistência a antibióticos. 
(C) é a região que armazena o DNA bacteriano, onde ele fica protegido de 
ser destruído. 
(D) é o líquido presente no interior das células, sendo a parte solúvel do 
citoplasma. 
(E) é o conjunto de fios, cada um deles formado por uma longa molécula 
de DNA associada a moléculas de histonas, um tipo especial de proteína. 
Esses fios são os cromossomos. 
 
Comentário: “Plasmídeos: são pequenas moléculas circulares de 
DNA extracromossomiais, em dupla hélice, que podem ser passados de 
célula a célula. Geralmente ocorrem em bactérias e por vezes também em 
organismos eucarióticos. Eles veiculam informações genéticas não 
encontradas no “cromossomo” bacteriano, presente em uma região 
celular denominada nucleoide, que, a exemplo dos plasmídeos, é circular 
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e possui uma única molécula de DNA”. São responsáveis pela 
resistência aos antibióticos devido essas mutações cromossomais. 
 
Resposta: B 
 
Bem, finalizamos aqui os nossos estudos sobre a bacteriologia, 
nos vemos na próxima aula, onde falaremos sobre A microbiologia 
da água e dos alimentos. Qualquer dúvida estou a disposição no 
fórum! Até lá! 
 
 
5. Lista de questões apresentadas: 
 
1) Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Prova: 
Biomédico 
Assinale a alternativa que apresenta uma bactéria Gram-positiva. 
a) Morganella morganii. 
b) Enterobacter aerogenes. 
c) Citrobacter koseri. 
d) Acinetobacter baumannii. 
e) Streptococcus pneumoniae. 
 
2) Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Prova: 
Biomédico 
Assinale a alternativa que aponta a(s) característica(s) de crescimento em 
ágar CLED da bactéria Escherichia coli 
a) Colônias amarelo palha e brancas. 
b) Colônias planas, cor verde. 
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c) Colônias opacas, amarelas com ligeira cor amarelo escuro no centro, 
com cerca de 1,25 mm de diâmetro, as não fermentadoras de lactose 
colônias azuis. 
 
d) Colônias verdes, com superfície prateada e periferia rugosa. 
e) Colônias pequenas e cinzas. 
 
3) Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFC Prova: 
Biomédico 
Com relação à coleta de material para cultura de orofaringe, é correto 
afirmar que: 
a) colher dois swabs, um para confecção imediata da lâmina de 
bacterioscopia e outro para o cultivo, transportado em meio de transporte 
adequado. 
b) se o swab tocar na língua, não há problema, pois a saliva contém as 
mesmas bactérias da orofaringe. 
c) o paciente deve, antes da coleta, realizar assepsia oral para evitar mau 
hálito. 
d) não deve-se utilizar abaixador de língua, pois pode causar 
contaminação da cultura. 
e) é recomendado coletar o material logo após o paciente se alimentar, 
pois as bactérias ficam mais evidentes. 
 
4)Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFGD Prova: 
Biomédico 
No laboratório de microbiologia, chega uma secreção de orofaringe para 
identificação do microrganismo causador de amidalite de repetição. 
Assinale a alternativa que aponta a prova de triagem que seguramente 
difere estreptococos de estafilococos. 
a) Prova da oxidase. 
b) Prova da catalase. 
c) Prova da lactose. 
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d) Prova de fermentação. 
e) Prova da coagulase. 
 
 
 
5)Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFGD Prova: 
Biomédico 
Paciente do sexo masculino chega ao laboratório com solicitação de 
exame bacterioscópico de secreção uretral para diagnóstico de gonorreia. 
Assinale a alternativa que indica qual o achado nesse exame caso seja 
positivo para essa patologia. 
a) Diplococos Gram negativos. 
b) Cocos Gram positivos. 
c) Bacilos Gram negativos 
d) Bacilos Gram positivos. 
e) Diplococos Gram positivos 
 
6) COVEST Biomédico – UFPE 2015 
Uma grande variedade de micro-organismos está envolvida em infecções 
de feridas e de abscessos. Em relação aos micro-organismos anaeróbios, 
analise as afirmativas abaixo. 
1) Infecções de mordidas de cachorro ou gato são comumente causadas 
por Pasteurella multocida, enquanto mordidas de seres humanos 
envolvem os anaeróbios da boca. 
2) Os abscessos de cérebro, pulmões e abdômen são causados por 
anaeróbios como Bacteroides fragilis e Staphylococcus aureus. 
3) Infecções de feridas abertas são causadas principalmente por 
Clostridium perfringens. 
4) Infecções de feridas cirúrgicas são causadas principalmente por 
Streptococcus.Estão corretas, apenas: 
A) 1 e 2. B) 2 e 3. C) 1, 2 e 3. D) 1, 3 e 4. E) 2, 3 e 4. 
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7) COVEST Biomédico – UFPE - 2015 
Culturas de fezes são indicadas principalmente em casos de enterocolites. 
Os micro-organismos causadores de diarreias mais frequentes são 
 
 
Shigella, Salmonella e Campylobacter. Sobre a coprocultura, é correto 
afirmar que: 
A) como diagnóstico rápido, o exame microscópico direto das fezes pode 
ser indicado para revelar a presença de muitos leucócitos utilizando o 
método de Gram. 
B) no diagnóstico rápido, a coloração com azul de metileno é indicada 
devido ao grande número de bactérias da flora normal do cólon dificultar 
a interpretação. 
C) em caso de suspeita de Salmonella e Shigella, pode ser utilizado um 
meio de cultura diferencial e seletivo como o MacConkey ou ágar de 
eosinaazul de metileno (EMB). 
D) em caso de colônias fermentadoras de lactose serem encontradas em 
um semeio em MacConkey, é indicado um teste complementar em meio 
TSI (Tríplice Açúcar e Ferro) para distinguir Salmonella de Shigella. 
E) algumas espécies de Proteus se assemelham ao comportamento da 
Salmonella em ágar-TSI, mas podem ser diferenciadas por não 
produzirem a enzima urease. 
 
8) UEPB Biomédico - Pref. Catolé do Rocha/PB - 2015 
As infecções do trato geniturinário podem ser caracterizadas pela invasão 
dos tecidos do sistema urinário (rins, bexiga, uretra e ureteres) por 
diversos tipos de microrganismos. Qual das bactérias abaixo NÃO se 
enquadra entre as principais causadoras de infecções do trato 
geniturinário? 
a) Acinetobactersp 
b) Pseudomonassp 
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c) Salmonella 
d) Klebsiella 
e) Escherichia coli 
 
 
 
 
9) VUNESP Analista em Saúde - Biomédico/ Bioquímico - Pref. São 
José dos Campos/SP - 2015 
Assinale a alternativa correta em relação aos exames bacteriológicos. 
(A) O tempo de incubação mínimo para liberação de um resultado 
negativo das culturas de urina e de sangue é 18 e 36 horas, 
respectivamente. 
(B) A semeadura de líquidos cavitários para bactérias aeróbias e 
anaeróbias facultativas deve ser feita em ágar CLED (cystine lactose 
electrolyte deficient). 
(C) O swab ou zaragatoa com amostra de secreção de orofaringe deve ser 
colocado em solução salina e sob refrigeração até sua inoculação. 
(D) Os meios de transporte apropriados para a secre- ção vaginal e de 
abscessos são, respectivamente, o Cary Blair e Stuart. 
(E) O Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae são agentes 
etiológicos frequentes nas infecções da cavidade pleural em crianças. 
 
10) COTEC/UNIMONTES - Biomédico - Pref. Guaraciama/MG - 
2016 
Com relação à prova bioquímica da Catalase, assinale a alternativa 
CORRETA: 
A)A prova é feita colocando uma gota de solução aquosa de peróxido de 
hidrogênio a 10-15% numa lâmina e, em seguida, com uma alça de 
platina, colocar uma porção do crescimento bacteriano sobre a gota. 
B) Essa enzima atua sobre a água oxigenada (peróxido de hidrogênio 10 
a 15%), desdobrando-a em oxigênio e água. 
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C) É usualmente empregada para diferenciar os bacilos Gram positivos 
catalase negativos, Lactobacillus e Erysipelothrix de Listeria, e a maioria 
dos Corynebacterium catalase positivos. 
D)Pode ser empregada para diferenciar Staphylococcus, que são catalase 
negativos, de Streptococcus, catalase positivos. 
 
11) Ano: 2014 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: UFGD Prova: 
Biomédico 
 
 
As bactérias têm uma grande capacidade de adquirir resistência aos 
antimicrobianos por diferentes mecanismos de resistência. A enzima que 
produzida por uma bactéria confere resistência ao antimicrobiano 
Imipenem é chamada de: 
a) Penicilinase. 
b) Imipelisina. 
c) Carbapenemase. 
d) Imipenemase. 
e) Betalactamase. 
 
12) CESPE Perito Criminal - Ciências Biológicas e Biomedicina – 
Polícia Científica/PE - 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Assinale a opção que apresenta a correlação correta entre as três curvas 
de crescimento no gráfico 7A3AAA. 
A) O antimicrobiano 2 possui efeito microbicida sobre as células do 
microrganismo em cultivo e essas células foram resistentes ao 
antimicrobiano 1. 
B) As células do microrganismo em cultivo foram resistentes aos 
antimicrobianos 1 e 2. 
C) O antimicrobiano 1 possui efeito microbiostático e o antimicrobiano 2 
possui efeito microbicida sobre as células do microrganismo em cultivo. 
 
D) Os antimicrobianos 1 e 2 não possuem nenhum efeito sobre as células 
do microrganismo em cultivo, pois, mesmo sem antimicrobianos, os 
microrganismos morreram após dez horas de cultivo. 
E) O antimicrobiano 1 possui efeito microbicida sobre as células do 
microrganismo em cultivo e essas células foram resistentes ao 
antimicrobiano 2. 
 
13) IDECAN Farmacêutico-Bioquímico - Pref. Matias Cardoso/MG - 
2008 
Qual destes antibióticos pode ser classificado como primariamente 
bactericida? 
A) Sulfonamidas. 
B) Tetraciclinas. 
C) Cloranfenicol. 
D) Eritromicina. 
E) Cefalosporinas em geral. 
 
14) IDECAN Farmacêutico-Bioquímico - Pref. Matias Cardoso/MG 
2008 
Qual destes antibióticos pode ser classificado como espectro estreito de 
atividade? 
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A) Estreptomicina. 
B) Tetraciclina. 
C) Aminoglicosídios. 
D) Cefalosporina de segunda geração. 
E) Fluoroquinolonas. 
 
15) IDECAN Farmacêutico-Bioquímico - Pref. Matias Cardoso/MG 
2008 
Qual é o mecanismo de ação geral das penicilinas? 
A) Provocam vazamentos através das membranas celulares. 
B) Inibem a síntese da parede celular bacteriana. 
C) Inibem a síntese protéica. 
D) Inibem a DNA girase. 
E) Interferem com a função do DNA. 
 
16) IDECAN Farmacêutico-Bioquímico - Pref. Matias Cardoso/MG - 
2008 
Com relação à sua estrutura química, a Estreptomicina pode ser 
classificada como: 
A) Sulfonamida. 
B) Quinolona. 
C) Aminoglicosídio. 
D) Beta-lactâmico. 
E) Macrolídio 
 
17) MS – 2009 – CESPE – Farmacêutico 
A sulfanilamida é um antibiótico com ação bactericida, análogo estrutural 
do ácido p-aminobenzóico (PABA), precursor essencial da síntese do ácido 
fólico nas bactérias. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
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18) MS – 2010 – CESPE – FARMACÊUTICO 
Os antibióticos beta-lactâmicos são totalmente destruídos pelas enzimas 
beta-lactamases das bactérias, por meio da distribuição do anel beta-
lactâmico, que está sempre presente na estrutura química dessas 
moléculas. 
( ) Certo 
( )Errado 
 
 
 
 
 
 
19) AOCP - Biomédico - EBSERH/HU-UFJF - 2015 
 
 
 
As bactérias são microrganismos unicelulares, procariotos, podendo viver 
isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. 
Em algumas bactérias, é encontrado o Plasmídio que: 
(A) é a membrana esquelética externa, sendo um envoltório mucilaginoso 
que envolve a bactéria protegendo-a do sistema imune do organismo. 
(B) são moléculas de DNA não ligadas ao cromossomo bacteriano, 
encontram-se espalhados pelo hialoplasma e costumam ter genes para 
resistência a antibióticos. 
(C) é a região que armazena o DNA bacteriano, onde ele fica protegido de 
ser destruído. 
(D) é o líquido presente no interior das células, sendo a parte solúvel do 
citoplasma. 
(E) é o conjunto de fios, cada um deles formado por uma longa molécula 
de DNA associada a moléculas de histonas, um tipo especial de proteína. 
Esses fios são os cromossomos. 
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20)IDECAN – 2010 – CESPE – FARMACÊUTICO 
O alvo das quinolonas nas bactérias consiste na: 
a) DNA girase e topoisomerase IV 
b) folato redutase e pteroato sintetase 
c) transpeptidases 
d) subunidade 30S ribossômica 
e) RNA-polimerase dependente de DNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. E 2. C 3. A 
4. B 5. A 6. C 
7. E 8. C 9. E 
10. C 11. C 12. C 
13. E 14. A 15. B 
16. C 17. ERRADO 18. ERRADO 
19. B 20. A 
 
REFERÊNCIAS: 
 
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DAVIS, B. D. ; DULBECCO, R. Microbiologia de Davis ñ Fisiologia e 
Genética Bacterianas. Vol I. 2 a ed., São Paulo: Harbra do Brasil, 1979. 
421 p. 
 
DUNLAP; MADIGAN; MARTINKO. Microbiologia de Brock . 12ª Ed. 
Editora: Artmed. 2010 
 
LUIZ B. TRABULSI e FLÁVIO ALTERTHUM. Microbiologia. 5 ed. 
Atheneu, 2009 
 
MURRAY, PR. et al. Microbiologia Médica. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2006. 992 p. 
 
TORTORA, G. J. ; FUNKE, B. R. ; CASE, C. L. Microbiologia. 8. ed. 
Porto Alegre. 
 
 
 
 
Manual de microbiologia clínica para o Controle de infecção em 
serviços hospitalares – ANVISA, disponível em 
<www.anvisa.gov.br/servicossaude/manuais/microbiologia.asp>. 
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