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Camila Toledo Anamnese gineco obstétrica ● Procedência ● Estado civil ● Raça ● Profissão ● Idade Queixa principal: ● Alterações menstruais ● Corrimentos genitais ● Dor pélvica ● Coleta de colposcopia oncótica ● Preparativo para concepção HDA: ● Início ● Evolução ● Fatores de alívio ● Condutas prévias Principais queixas ginecológicas Alterações menstruais ● 20-30% das consultas ● Padrão normal – 24-35 dias ● Duração de 1-8 dias ● Fluxo médio de 30-80 ml ● No extremo de dia – ou é um ciclo curto ou longo ● Sua menstruação era assim antes? Mudou? Alterações de fluxo na infância ● Traumatismo ● Abuso sexual ● Corpo estranho ● Estímulo estrogênico ● Vaginite Alterações de fluxo na adolescência – imaturidade do eixo hipotálamo – hipófise – ovário ● Complicações gestacionais ● Anovulação – ex. sop Pós menopausa ● Atrofia endometrial – paciente não sangra há um ano aproximadamente e começa a sangrar suspeita-se – são sangramentos intensos ● Lesões benignas, pre malignas e malignas do útero Termos importantes: ● Dismenorreia: dor a menstruação na região inferior do abdome ou pelve; o A dismenorreia acontece devido a um aumento das prostaglandinas na fase lútea do ciclo, quando os níveis de estrógeno e progesterona diminuem. ● Síndrome pré-menstrual (SPM): um conjunto de manifestações emocionais, comportamentais ou físicas, ocorrendo 5 dias antes da menstruação por 3 ciclos consecutivos; Além da cessação dos sintomas após 4 dias do início da menstruação; ● Amenorreia: ausência de menstruação o Primária: não ocorreu menstruação; o Secundária: já menstruou, mas há 6 meses encontra-se sem ● Sangramento uterino anormal o Polimenorreia: menos de 21 dias de intervalo entre as menstruações o Oligomenorreia: sangramento incomum o Menorragia: sangramento excessivo o Metrorragia: sangramento entre menstruações o Sangramento pós-coito ● Menopausa: ausência de menstruação por 12 meses consecutivos, ocorrendo habitualmente entre 48 e os 55 anos o Os ovários param de produzir estradiol ou progesterona, e os níveis de estrógeno caem, embora ainda persista uma síntese de progesterona; ● Sangramento pós-menopausa: sangramento ocorrendo 6 meses ou mais após a cessação da menstruação. Dor pélvica ● Aguda ou crônica o Crônica – é a dor que se prolonga por mais de 6 meses e não responde ao tratamento ● Diferenciar cólica menstrual de intestinal; é importante correlacionar com o ciclo menstrual ● Investigação o Localização o Duração o Tipo – aparenta uma dor intestinal o Intensidade o Irradiação o Evolução o Relação com ciclo menstrual Corrimento ● Fisiológico o Inodoro o Translúcido ou branco o Ph ácido 3,8-4,5 o Aspecto – mucóide, homogêneo ou grumoso – a depender da fase do ciclo menstrual e dos hormônios atuantes – normalmente quando se está ovulando Camila Toledo ● Investigação o Cor o Cheiro – em qual situação o fator piora? Após relação sexual? o Sintomas associados o Relação com a fase do ciclo o Quantidade, coloração, consistência e odor Gravidez ● Notação GESTAPARA (gesta = gravidez e para = desfechos de gravidez) o TP (termo pleno) o P (prematuro) o A (aborto) o V (criança viva) Antecedentes familiares ● Diabetes ● Pre eclâmpsia ● Câncer de mama ● Câncer de ovário Antecedentes pessoais ● Doenças pregressas ● Medicamentos ● Cirurgias previas – abordou cavidade uterina (...) ● Imunizações Antecedentes gineco-obstetricos ● Menarca ● Desenvolvimento caracteres sexuais secundários ● Ciclos menstruais ● Data da última menstruação (DUM) – primeiro dia ● Antecedentes obstétricos – gestação, peso do bebe, tamanho ○ Bebe nasce acima de 4 kg pensa-se em diabetes ○ Abaixo de 2,5 kg pensa-se em pré-eclâmpsia por exemplo ● Colpocitologia previa – a coleta não é anual, pois fazendo-se em 2 anos a chance de dar semelhante é alta ● Mamografia – 50 ou 40 anos, mas com histórico cai para 35 Antecedentes sexuais Maneira mais apropriada possível ● Coitarca/ sexarca ● Vida sexual ativa ou inativa ● Número de parceiros ● Frequência de coito ● Libido e orgasmo ● Métodos contraceptivos – alterações ● Sangramento pós-coito/ sinusiorragia Exame físico Exame físico geral ● Ectoscopia ● Pulso e PA ● Temperatura axilar – suspeita de infecção ● Peso e altura ● Avaliação da tireoide ● Exame do abdome Exame físico do abdome ● Localização da dor ou das massas tumorais ● Inspeção – abaulamento por massas ou ascite ● Ausculta - RHA ● Percussão ● Palpação - superficial e profunda o Objetivo – detecção de tumores genitais o Tumores volumosos – avaliar ▪ Forma ▪ Consistência ▪ Mobilidade ▪ Tamanho ● Suspeita DST ou câncer de vulva palpar regiões inguinais Exame físico de mama Divide-se a mama em quadrantes para localização 1. Inspeção estática e dinâmica 2. Palpação mamária 3. Expressão aréolo papilar 4. Palpação axilar e fossas supraclaviculares Inspeção estática e dinâmica ● Expressão aréolo-papilar ● Paciente sentada – avaliar presença de cicatriz, lesão na pele ● Simetria ● Volume ● Abaulamentos ou retrações ● Na dinâmica a paciente faz movimentações com os peitorais, levanta os braços na busca de alterações – massas, retrações Palpação mamária ● Adota-se um movimento circular, podendo dedilhar ou com a mão espalmada. Ou palpa-se no sentido horário ou anti-horário – estabelecer um roteiro ● Características do nódulo – o Localização o Tamanho o Consistência - fibrosa ou elástica o Contorno Camila Toledo o Mobilidade o Aderência a planos superficiais e profundos Expressão aréolo-papilar ● Pesquisar secreções que drenam pelos mamilos – derrame papilar ● Hiperprolactinemia – lácteo ● Ectasia ductal – multicolorido ● Alterações funcionais benignas da mama ● Abscessos – purulento ● Carcinoma – alto risco (citologia) – o Cristalino ou agua de rocha o Serosassanguinolento o seroso Palpação axilar e fossas supraclaviculares ● Busca de linfonodos – mobilidade, consistência, aderência a planos, tamanho, numero e agrupamento dos gânglios palpáveis ● Linfonodo supraclavicular – pensar em metástase a distância Autoexame da mama 1952 proposto por haagensen Aumentar índice de diagnóstico precoce Compreende inspeção e palpação ● Orientar para se fazer no período após menstruação ● Intervalo de 1-2 meses SLIDE Exame físico ginecológico Posicionamento ● A posição que a paciente se sinta mais confortável – a depender de alguns movimentos a posição deve ser ajustada ● Litotomia o Alguns idosos não conseguem o Colocar um calcanhar por vez sobre os estribos, pedir para a paciente deslizar ate que suas nadegas ultrapassem a borda da mesa Exame da genitália externa ● Frequentemente negligenciado pelo ginecologista ● Distribuição dos pelos ● Anatomia da vulva e vestíbulo vaginal ● Manobra de vasalva – aumento da força abdominal que poderia demonstrar, por exemplo, uma cistocele (rebaixamento parede superior uterina, prolapso da parede anterior da bexiga) – faz a retração dos pequenos lábios e pede para a paciente fazer força o Cistocele – é a protusao dos 2/3 superiores da parede vaginal junto com a bexiga acima dela, resulta no enfraquecimento dos tecidos de sustentação anteriores ● Exame das glândulas de bartholin/vestibular maior o Introduza o dedo indicador na vagina, na região inferior o Posicione o polegar por fora da parte posterior dos grandes lábios o Examine cada lado por vez – aumento volumétricoou dor na palpação, se há secreção escorrendo – fazer cultura Exame especular ● Visão direta da cavidade vaginal e colo uterino ● Coleta de material vaginal e cervical ● Teste Schiller ● Colposcopia ● Etapas do exame interno o Introdução do espéculo de tamanho adequado com a mao esquerda o Umedeça-o com água morna o Avise ao paciente que vai introduzir o espéculo e aplicar pressão para baixo o Depois de colocar o espéculo na vagina, remova seus dedos e gire o espéculo para a horizontal, mantendo a pressão e introduza-o completamente o Para a saída, deve-se puxar um pouco na horizontal para fora, fechar e retirar na posição oblíqua novamente. Entra com uma inclinação de 45º, devendo-se segurar com uma mão e abrir com a outra (a partir do terço médio a sensibilidade aumenta). Deve-se ter cuidado com o movimento Camila Toledo Inspeção do colo do útero: ● Abra cuidadosamente o espéculo e o ajuste até que esteja voltado para o colo do útero; ● Observar: o Coloração, posição, características de superfícies, ulcerações, nódulos, massas, sangramentos ou secreção; o Secreção amarelada alta no swab endocervical comumente representa cervicite mucopurulenta por C..TRACHOMATIS, N.GONORRHOEAE OU HERPES SIMPLES; Esfregaços de Papanicolau: ● Para resultados melhores, a paciente não deve estar menstruada; evitar relações sexuais, duchas, tampões, anticoncepcionais, supositórios vaginais 48h antes do exame; ● Pode ser feita com: escova cervical, raspagem cervical, escova endocervical; Toque vaginal ● Tônus da musculatura pélvica ● Elasticidade ● Consistência do colo ● Posição do útero em relação ao eixo da vagina ● Volume uterino ● Toque vaginal simples o Unidigital – geralmente em pacientes mais jovens o Bidigital ● Toque vaginal combinado o Bimanual – com 2 mãos, a primeira segura uterino e a segunda vai buscando o colo/ fundo de útero. Ve-se se os anexos são palpáveis, se tem saco uterino móvel, entre outros. ▪ O examinador introduz os dedos indicador e médio lubrificados na vagina ▪ O polegar dever estar abduzido, enquanto os dedos anula e mínimos estão flexionados ▪ Deve-se observar se há modularidade ou hipersensibilidade na parede vaginal, incluindo a região da uretra e bexiga ▪ O colo do útero é palpado observando-se sua posição, formato, consistência, regularidade, mobilidade, se existe dor a palpação; ● Apresenta um pouco de mobilidade, sem a indução da dor Palpação dos Ovários: ● O examinador coloca uma das mãos no quadrante inferior direito do abdome a outra no fórnix lateral direito; ● Uma das mãos comprime o abdome com o objetivo de empurrar as estruturas anexas em direção aos dedos da outra mão; tenta-se identificar o ovário direito ou qualquer estrutura anexa; ● Observar dimensões, formato, consistência, mobilidade e hipersensibilidade; ● Os ovários costumam atrofiar e tornam-se impalpáveis nos 3 a 5 anos seguintes à menopausa; caso seja palpado suspeitas de cisto oavriano ou câncer de ovário; Inspeção da vagina: ● Observar durante a remoção do espéculo a mucosa vaginal (coloração, qualquer inflamação, secreção, úlcera ou massa).; verificar presença de abaulamentos na parede vaginal; ● Manobra de Valsava: peça para paciente fazer força para baixo com o objetivo de se analisar o grau de prolapso uterino e a localização da parede vaginal; Avaliação da ureterite: Camila Toledo ● O examinador introduz o dedo indicador na vagina e ordenha delicadamente a uretra, de dentro para uretra; ● Verifique se existe corrimento escorrendo pelo meato ureteral ou próximo dele, colete a amostra; Toque retal ● Simples ou combinado ● Unidigital ● Indicações o Hímen integro o Septo transverso o Vaginismo o Avaliação paramétrica em carcinoma invasivo do colo do útero ● Finalidades – palpação de um útero retrovertido, dos ligamentos uterossacrais, da escavação retouterina e dos anexos, rastreamento de câncer colorretal em mulheres com 50 anos ou mais e avaliação de patologia pélvica ● Lembrar de trocar as luvas para evitar a contaminação Propedêutica complementar Exame do conteúdo vaginal ● Nível do ph ● Pesquisa de aminas – teste Whiff – Koh 10% coloca uma gotinha e obtém o cheiro de peixe podre ● Bacteriologia Colpocitologia oncótica/ papanicoloau ● Inicio em 1940 com george papanicolau ● Método diagnóstico simples ● Evitar duchas ou cremes, atividade sexual de 24 h antes do exame ● Espéculos sem lubrificantes ● Rastreio câncer colo útero – não para vagina, endométrio ● Técnica o Tríplice – usa duas espátulas e a escovinha – avalia o epitélio escamoso e glandular o Endo, ectocervical e fórnice o Espátula de Ayre e escova citobrush o Fixação do material em lamina A coleta é feita com as duas espátulas, as quais apresentam uma área chanfrada, que é colocada no colo do útero (epitélio que reveste colo, mesmo que reveste a vagina – escamoso – seguido internamente do glandular) e faz a rotação ● Citologia em meio líquido – quando passa na lâmina solta no líquido, permite fazer outras coletas como PCR Colposcopia ● Aparelho óptico com aumento de 6-40x ● Visualização direta – biópsia ● Ácido acético 2-5% - o Altera as proteínas - manchinhas brancas – acetobrancas Passa-se primeiro o acido acético e em seguida o iodo ● Teste Schiller (iodo) o Altera o glicogênio o Schiller positivo = iodo negativo = há uma área que não foi corada; schiller negativo = iodo positivo = todas as áreas foram coladas o A área não corada deve ser feita uma biopsia ● Indicações – citologia alterada o Cervicite o Leucorreia de difícil tratamento o Sinusorragia o DST o Delimitação de área para conização o Acompanhamento pos tratamento ● 25-64 anos é a indicação – possibilidade de evoluir a câncer Dosagens hormonais ● Endocrinopatias ● Avaliação eixo-hipotálamo-hipófise-ovariano ● Distúrbios anovulatórios USG Importante em ● Hematocolpo e hematometra ● Patologias do útero o Pólipos endocervical e endometrial o Miomas o Adenomioses ● Patologias de ovários ● Patologias da tuba uterina ● Abscesso pélvico – útil para localizar e seguimento ● Localização da DIU ● Slide Camila Toledo Histerossalpingografia ● Exame radiológico contrastado - Laparoscopia diagnóstica ● Pacientes inférteis, avaliar canal ● Malformações genitais ● Fatores de infertilidade Avaliar canal cervical, cavidade de tubas uterinas Laparoscopia diagnóstica Indicações ● Malformações genitais ● Fatores de infertilidade ● Endometriose ● Tumores ovarianos Histeroscopia ● Possibilidade de exame ambulatorial ● Indicações o Sangramento uterino anormal o Infertilidade o Diagnóstico de corpo estranho o Malformações uterinas o Controle de cirurgia uterina prévia USG das mamas ● Método complementar a mamografia ● Inserção de agulhas localizadoras ● Biópsia com agulha fina ● Core biopsy ● Avaliação de prótese mamária Mamografia ● Método de rastreio = mulher > 50 anos ● Possibilita diagnóstico de lesões < 2 mm ● Método ideal para o rastreamento do carcinoma mamário ● Anormalidades encontradas o Imagens nodulares o Áreas de assimetria ou distorção da arquitetura do parênquima mamário o Espessamento ou retração Considerações finais Retroversão X retroflexão do útero: ● Retroversão: quando o útero está com uma inclinação para trás; ● Retroflexão: quando o corpodo útero está com uma flexão para trás, enquanto o colo do útero está na posição habitual;
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