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Semiologia médica - Sinais e sintomas gerais

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SINAIS E SINTOMAS GERAIS 
RESUMO 3 - Semiologia do adulto e do idoso – 
EDUARDO FERREIRA 
INTRODUÇÃO 
Sinal patognomônico ou sintoma típico – 
Característica que denota alta probabilidade para 
uma hipótese. 
1. Dor aguda – Desaparece com remoção do fator 
causal. Sinal de alerta. 
2. Dor crônica – perdura por mais de (4-6 
semanas) – Investigar como um todo. 
ANATOMIA FUNCIONAL DA DOR 
Transdução 
 Fibras A-delta cutâneas  Dor em pontada 
 Fibras C cutâneas  dor em queimação 
 Fibras A-delta e C musculares  
dolorimento ou cãibra. 
 
Modulação 
Teoria de Melzack e Wall 
 Amielínicas C e mielínicas finas (A-delta)  
termoalgésica  inibir interneurônios 
inibitórios. 
 Mielínicas grossas (A-alfa e A-beta) 
conduzem o resto (tato, pressão, posição, 
vibração)  excitam interneurônios 
inibitórias da substância gelatinosa de 
Rolando (lâmina II) para os aferentes 
nociceptivos. 
 Mecanismo que explica que uma leve 
fricção ou massageamento de uma área 
dolorosa proporciona alívio da dor. 
 
Tipos de Dor 
 Nociceptiva – Ativação de nociceptores 
 Neuropática – Lesão que afete o SNC ou 
Periférico. 
o Constante (descrita como 
queimação ou dormência ou 
formigamento). Disentesia nunca 
antes experimentada. Tende a ser 
agravado pela interrupção cirúrgica 
das vias da dor, pois acentua 
desaferentação. 
o Intermitente – Ativação das vias 
nociceptoras pela cicatriz formada 
no foco lesional ou por efapse 
o Evocada – Rearranjos sinápticos 
decorrentes da desaferentação. 
 Mista – dois mecanismos anteriores. Ex.: 
neoplasia maligna. 
 Psicogênica – sem substrato orgânico. 
Tende a ser difusa, generalizada e 
imprecisa. 
Tipos de dor 
 Dor somática superficial – nociceptores do 
tegumento. 
 Dor somática profunda – nociceptores dos 
músculos, fáscias, tendões, ligamentos e 
articulações. 
 Dor visceral 
 Dor irradiada 
Quanto mais segmentos medulares envolvidos, 
mais difusa é a dor. A dor nociceptiva pode ser: 
 Espontânea 
 Evocada – pode ser desencadeada por 
manobras. Ex.: Lasègue. 
 
SEMIOLOGIA DA DOR 
LOCALIZAÇÃO 
 Delimitações anatômicas – sensibilidade 
(hipoestesia, hiperestesia, hiperalgesia, 
alodinia – estímulos sensoriais que não 
provocariam dor, mas provocou – 
hiperpatia – sensibilidade excessiva à dor, 
podendo permanecer após a interrupção 
desses estímulos. Hiperpatia e alodinia 
podem ocorrer numa área de hipoestesia, 
sendo indicativo da dor neuropática) 
 Irradiação – compressão raiz nervosa – 
dermátomo 
o Dor irradiada 
o Dor referida – Processos 
patológicos anteriores ou 
concomitantes referem a dor ao 
segmento medular afetado por 
ambas patologias. Ex.: infarto do 
miocárdio + úlcera duodenal = 
irradia-se para o epigástrio. 
QUALIDADE OU CARÁTER 
o Dor evocada – mediante 
provocação. 
 Alodinia – dor – estimulação 
tátil – sobretudo repetitiva. 
 Hiperpatia – dor mais 
dolorosa que o usual, 
estímulo nóxico, sobretudo 
repetitiva, limiar de 
excitabilidade aumentado 
(desaferendada, 
hipoestática). 
 Hiperalgesia – resposta 
exagerada, região com 
limiar de excitabilidade 
reduzido 
 Primária – área 
lesionada 
 Secundária – ao 
redor da área 
lesionada. 
o Dor espontânea 
 Constante – pode variar 
intensidade, mas nunca 
cessa. Na neuropática – 
queimação ou dormência, 
formigamento (disestesia) 
 Intermitente – referida 
como “choque, aguda, 
pontada, facada, fisgada” – 
diferenciar dos picos de dor 
constante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Latejante/pulsátil  enxaqueca, abscesso e odontalgia. 
Choque  neuropatia do trigêmio, lombociatalgia, 
cervicobraquialgia e na dor neuropática (componente 
intermitente) 
Cólica/torcedura  cólica néfrica, biliar, intestinal ou 
menstrual 
Queimação  visceral (úlcera péptica e esofagite de refluxo) 
superficial (dor neuropática componente constante) 
Constritiva/aperto  angina do peito e infarto do miocárdio. 
Pontada  processos pleurais 
Dor surda  doenças viscerais maciças 
Dor doída ou dolorimento  doenças musculares (lombalgia, 
e das vísceras maciças 
Cãibra – infecções medulares, musculares e metabólicas. 
INTENSIDADE 
Utilizar escala de expressão gráfica numérica (1-
10) ou visuais, não numéricas. Parâmetro para 
mudança ou não de tratamento. 
 
DURAÇÃO 
Se contínua – desde o início. Se cíclica, interessa a 
duração de cada. Caso intermitente – início, 
duração, quantas vezes ao dia, quantos dias por 
mês. Aguda  inferior a 3 meses. Crônica  
duração maior que 1 mês àquela necessária para 
cura da doença, habitualmente demora mais de 3 
meses. 
EVOLUÇÃO 
 Instalação – súbita ou insidiosa. 
o Ex.: dor subida no hipocôndrio 
direito – colelitíase. Início insidioso, 
surda, mesma localização – 
colecistite ou hepatopatia. Ambos 
os casos, pode haver radiação para 
área escapular e/ou ombro direito. 
o Ex.: Dor neuropática pode iniciar 
depois de semanas/meses/anos do 
fator causal. Na nociceptiva é 
sempre simultâneo. 
 Intensidade 
RELAÇÃO COM FUNÇÕES 
ORGÂNICAS 
 Dor hipocôndrio direito – colecistite – 
relacionar com alimentos gordurosos. 
 Dor periumbilical ou epigástrica – ingestão 
de alimentos 
 Dor retroesternal – deglutição, posição e 
esforços físicos. Se acentuada por 
deglutição, decúbito dorsal horizontal e 
pela flexão do tronco (que favorecem o 
refluxo do suco gástrico) sugestivo de 
esofagite de refluxo. Se a dor for 
acentuada por esforço físico  indicativo 
de insuficiência coronariana. Exceção: 
alívio da dor da úlcera péptica duodenal 
pela ingestão de alimentos. 
Relacionar com os sistemas e órgãos próximos ou 
relacionados. 
FATORES DESENCADEANTES OU 
AGRAVANTES/ATENUANTES 
 Postura 
 Alimentação 
 Medicamentos (nome, dose e tempo de 
uso) 
 Fisioterapia 
 Acupuntura 
 Cirurgias 
MANIFESTAÇÕES 
CONCOMITANTES 
Ex.: Cefaleia – lacrimejamento, rinorreia ou 
obstrução nasal, hiperemia conjuntival, sudorese 
na face e ptose pelpebral parcial. 
Ex.: Enxaqueca – Frequênte em homens 
escotomas, disacusia (intolerância ao barulho), 
fotofobia, náuseas e vômitos é mais frequênte em 
mulheres. 
Ex.: Cefaleia da hipertensão intracraniana 
acentua-se com o decúbito dorsal, vômitos em 
jatos, náuseas e diplopia. 
Em idosos, o limiar da dor aumenta. 
Paradoxalmente são menos tolerantes. 
FEBRE 
Analisar astenia, inapetência, náuseas e vômitos, 
palpitações, calafrios, sudorese e cefaléia. Em 
crianças, convulsões. 
 Início súbito – pneumonias, erisipela, 
malária, infecções urinares. 
Acompanhadas de calafrios. 
 Término rápido – sudorese abundante. 
 Suores noturnos indicativo de intensidade 
leve-moderada  tuberculose e linfomas. 
Clínica médica 
 Febre terçã: febre no 1° e no 3° dias. 
Observada na infecção por Plasmodium 
vivax; 
 Febre quartã: febre no 1° e no 4° dias. 
Observada em infecções por Plasmodium 
falciparum; 
ASTENIA OU FRAQUEZA 
 Astenia = fraqueza ou falta de forças quase 
sempre com mal-estar. Melhora no 
repouso. 
 Fadiga = cansado após mínimos esforços 
ou mesmo em repouso. 
 Dispineia = dificuldade de respirar ou falta 
de ar. 
Diagnóstico diferencial: 
 Depressão 
 Neurastenia – cansaço após esforço 
mental ou fadiga após esforço físico 
mínimo. 
 Doenças orgânicas relacionadas: anemias e 
hipotireoidismo. 
 Síndrome da fadiga crônica – sem 
anedonia e humor deprimido. 
FADIGA 
Cansaço ao realizar pequenos esforços. 
Insuficiência cardíaca, ansiedade, depressão 
(fadiga psicogênica – mais em casa que no 
trabalho, pior de manhã) 
ALTERAÇÃO DO PESO 
 Aumento – má alimentação, retenção 
hídrica (hormonal, medicamentos, renal, 
cardíaca). Pode reter 5L antes de aparecer 
edema. 
 Perda – quantidade e tempo – 
alimentação, perda de apetite, mastigação 
e deglutição, vômitos e diarréias. 
o Alimentação elevada  diabetes, 
hipertireoidismo ou síndrome de 
má absorção. 
SUDORESE 
Ou diaforese. Relacionar com febre, medicamento 
antipirético, dor retroesternal (infarto do 
miocárdio),cólicas intensas (renal, intestinal). 
Obesidade. + fogaço, menopausa. Ansiedade. 
HIV, tuberculose, endocardite, mononucleose 
infecciosa, osteomielite ou neoplasias podem 
evoluir inicialmente somente com esta 
manifestação. 
CÃIBRAS 
Contração involuntária e dolorosa dos músculos. 
Causas: hipocalcemia (hipoparatireoidismo) ou 
hipopotassemia (síndrome da má absorção, 
insuficiência renal crônica, insuficiência 
suprarrenal, uso de diuréticos que espoliam K). 
Neuropatias periféricas, diabete, Parkinson, 
gravidez, quimioterapia. 
Idosos  ver baixa ingestão de alimentos que 
contém potássio ou uso de diuréticos. 
CALAFRIOS 
Sensação passageira do frio com ereção dos pelos 
e arrepiamento da pele. Febres de início súbito. 
Ex.: acesso malárico e das infecções das vias 
biliares e urinárias altas (pielonefrites)  traduz 
invasão do sangue por bactérias. Reações 
pirogênicas por soro ou transfusão de sangue. 
PRURIDO 
Prurido sem manifestações cutâneas  observar 
sistema. Semiologia: localização, duração, 
intensidade, horário, fatores que agravam e 
aliviam, manifestações concomitantes. 
Localizado: doenças de pele. 
Generalizado: Pele normal, podendo ter caçadura 
(ato de coçar provocando alterações). Causas: 
senil, pele seca, icterícia obstrutiva, prurido 
gravídico, diabético, linfomas e leucemias, 
insuficiência renal. 
Prurido obrigatório (paciente acorda): pediculose, 
escabiose, picadas de inseto, dermatite de 
contato, urticária, neurodermatite, prurigo, 
prurido gravídico, doença hepatobiliares, 
insuficiência renal, dermatite herpetiforme, líquen 
plano. 
Prurido facultativo: psoríase, dermatite 
seborreica, pitiríase, piodermites, micoses 
superficiais. 
Prurido anal: Crianças (oxiúros). Adulto 
(microtraumatismos, acidez fecal, má higiene e 
hemorróidas externas. 
Prurido valvar: qualquer corrimento vaginal 
causa. Candida em diabéticas e após menopausa 
por deficiência de estrogênios.

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