Sinais e Sintomas

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Aula 02 P1 - Semiologia
Sinais e Sintomas Gerais 
1º - Identificação → nome, idade, sexo, raça, profissão, estado civil, naturalidade, local onde mora (procedente de…) , 
filhos, religião, escolaridade. 
2º - Queixa principal → o motivo que leva o paciente ao atendimento. Escrever com as palavras do paciente. 
3º - HDA – história da doença atual → Exemplo: quando começou? De que forma? Como evoluiu? Tratamentos anteriores? 
O que faz para melhorar a dor? Fatores de alivio ou agravo? 
História do sintoma principal: 
Exemplo: há 5 dias o paciente iniciou com dor abdominal epigástrica tipo peso/pontada/cólica, com irradiação para o 
dorso, constante, de forte intensidade, com melhora parcial com uso de dipirona, melhora da dor com decúbito ventral, 
piora com a alimentação, com náuseas e vômitos associados. 
4º - ISDAS → Interrogatório Sobre os Diversos Aparelhos e Sistemas: sinais e sintomas gerais. 4º - ISDAS – sinais e sintomas 
gerais. Descobre tudo sobre o paciente, outros sintomas existentes. 
5º - HMP → História mórbida pregressa (pessoal) – operações anteriores, doenças crônicas, alergias, medicações em uso* 
6º - HMF → História mórbida familiar – neoplasias, diabetes, etc. 
7 º HFS → História Fisiológica Social - moradia, atividade física, tabagismo (quantas cartelas por dia e por quanto 
tempo), etilismo, drogas, etc. 
Sinais e sintomas são a linguagem das doenças. 
• SINTOMA → Sensação subjetiva, descrita pelo paciente e não perceptível pelo médico. Ex: dor, palpitações, tonturas. 
• SINAL → Manifestação objetiva, identificado pelo examinador através da: inspeção, palpação, percussão, ausculta. Ex: 
icterícia, cianose, ascite, nistagmo, palidez. 
Sinal patognomônico - Do grego = indicador de doença 
• Sinal que demonstra, de maneira quase absoluta, a existência de determinada doença. Não é exclusivo da doença, mas 
presume que seja ela (sinal típico). 
• Ex: Sinal de Romaña = Doença de Chagas 
• Manchas de Koplik = Sarampo 
• Anel de Kayser – Fleischer = Doença de Wilson (acúmulo de Cobre no organismo). Anel castanho/ amarelado. 
Obs: em idosos encontra-se o Anel Senil, o qual é azul acinzentado. 
 
Frente a um sintoma, o que perguntar? 
• Início: data, modo, tempo de duração. 
• Principais características: localização, qualidade, intensidade, 
relação com a função do órgão. 
• Evolução: comportamento, mudanças no padrão, influência do 
tratamento. 
• Relação dos sintomas entre si. 
• Características do sintoma no momento atual. 
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Sinais e Sintomas Gerais:
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DOR: 
• DOR → é sempre um sintoma. Nunca deve ser desprezada. 
• “Dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial, 
ou relatada como se uma lesão existisse.” 
• Se o paciente não fala: observar as expressões do paciente. 
• O que buscar em um exame físico: Posições antalgicas, deformidades, desalinhamentos, atrofias, distúrbios de archa, 
dor à palpação, espasmos musculares… 
Duração da Dor: 
• Aguda: 
• Crônica: 
Intensidade da Dor: 
• Quanto dói? 
• Explicar para o paciente o que significa o 0 
e o 10. Depois confirmar. Por ex: se o paciente diz 8 → “Nossa, dói bastante”. 
• 10 = Dor mais insuportável que o paciente já teve. 
Como é a Dor: 
• Tipos de dor: queimação, pontada, pulsátil, cólica, em aperto. 
• Pergunta como é a dor e fala exemplos Ela queima? Fisga? Aperta? Etc. 
Classificação da Dor: 
• Nociceptiva: envolve órgãos. 
• Neuropática: envolve nervos, tanto central, quanto periférica. 
• Psicogênica: 
• Mista 
DOR NOCICEPTIVA: 
• Dor causada pela presença de um estimulo doloroso sobre os nocireceptores. 
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Os 7 Atributos de um Sintoma
1 LOCALIZAÇÃO “Onde é? Vai para algum lugar?”
2 QUALIDADE “Como é? Com que se parece?
3 QUANTIDADE E INTENSIDADE “É leve ou forte?”
4 TEMPO “Quando começou? Quanto durou? Com que frequência apresenta?”
5 CIRCUNSTÂNCIA “Quando aparece?”
6 FATORES ALÍVIO E AGRAVO “Tem alguma coisa que melhore / piore?”
7 MANIFESTAÇÕES ASSOCIADAS “Junto com esse sintoma o senhor sente alguma outra coisa?”
Intensidade da Dor:
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• A forma aguda tem importante função biológica (ou evolutiva), já que adverte o organismo sobre um dano iminente e o 
informa de um dano ou lesão em um tecido. 
• Dependendo do local de origem, distingue-se em dor somática e dor visceral. 
- Pode ser: somática ou visceral. 
CLASSIFICAÇÃO: 
Dor Superficial: 
• Pele e mucosas. 
• Causada por: trauma, calor, frio, cáusticos, inflamação. 
Dor Profunda: 
• Músculos, tendões, articulações, fáscias. Menos precisa. 
 Dor Visceral: 
• Origina-se nas vísceras. 
• Qualidade da dor varia com a víscera. 
• Pode ser ocasionada por: distensão, tração, inflamação, isquemia, espasmo. 

•  Dor Referida: É a projeção na superfície corporal de uma dor visceral (dor no braço na angina cardíaca). 
• Dor Irradiada: É sentida à distância do estímulo de origem. É o resultado da estimulação direta de um nervo ou raiz 
nervosa acometida (lombociatalgia). 

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FEBRE: 
• Elevação da temperatura corporal acima da variação normal circadiana como resultado na mudança do centro regulador 
localizado no hipotálamo. 
• Faixas de normalidade 
o Axilar: 35,5 a 37ºC 
o Bucal: 36 a 37,4ºC 
o Retal: 36 a 37,5ºC 
Características da Febre: 
• Início: como a febre surgiu, se foi aumentando ou já surgiu 
alta. 
• Intensidade: 
o Leve ou febrícula: 37 a 37,5ºC 
o Moderada: 37,6 a 38,5ºC 
o Elevada: acima de 38,5ºC 
• Depende: agente agressor X capacidade de reação do paciente → pacientes debilitados e idosos podem não fazer 
febre!!! 
• Duração 
• Modo de evolução 
• Período 
• Término 
• Perguntar sempre se mediu temperatura com termômetro e valor. 
• Apresentou sensação de febre, frio e calafrio, tremores ou calor e sudorese? Outros sintomas associados. 
• Pergunte sobre viagens recentes, condições fisiológicas e sociais de vida, contato com pessoas doentes, medicamentos, 
contato com animais, exposição social, traumas, cirurgias recentes. 
• Calafrio tremulante é típico de bacteremia (bactérias na corrente sanguínea). 
o Aumento de temperatura: sensação de frio, arrepios, tremores. 
o Descenso (diminuição) da temperatura: calor, sudorese. 
No exame físico: 
• Exame físico completo 
• Medida dos sinais vitais 
• Ausculta pulmonar e cardíaca atenta 
• Busca por linfondomegalias 
• Avaliar pele em busca de lesões 
• Avaliar dissociação pulso-temperatura 
o Bradicardia relativa = febre tifoide, brucelose, leptospirose, febre factícia (paciente inventando). 
Causas de febre: 
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Variação circadiana:
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• Infecções, neoplasias, inflamação, doenças imunológicas (principalmente, reumatológicas), necrose, desidratação grave, 
hemorragias. 
Febre não é patognomônico de infecção! 
Nem toda febre é infecção. Remédios, queimaduras, inflamações (como uma pancreatite grave), politrauma, trombose 
podem gerar febre. 
Sintomas associados - Síndrome Febril: 
* Oligúria, mialgia, tremores, calafrios, sudorese, delírio, confusão mental, convulsões, astenia (fraqueza), inapetência 
(ausência de apetite), náuseas, vômitos, cefaléia, taquicardia, taquipnéia, artralgia (dor articular). 
 
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Os 7 Atributos de um Sintoma-1
FEBRE HIPERTERMIA
Aumento Tc corporal Aumento Tc corporal
Alteração no centro regular 
hipotálamo Falha na dissipação de Calor
Ausência de Sudorese Sudorese Abundante
Extremidades frias, úmidas, 
vasocontrição periférica Extremidades quentes, pele seca, vasodilatação
Sensação de frio, tremores Sensação de calor
OBS: Em idosos febre não é tão comum, mas quando 
ocorre pode gerar confusão.
Febre nos idosos → pode causar confusão. 
Febre nas crianças → pode causar convulsão.
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• Febre é diferente de hipertermia. 
• Hipertermia: elevação da temperatura corporal acima do 
set point hipotalâmico, devido a falha na dissipaçãode 
calor. 
Ex: exercícios, medicamentos, substâncias. 
Sudorese e calafrios: 
Sudorese: 
* Eliminação abundante de suor. 
* Pode ser fisiológica ou relacionada a patologia. 
* Relacionada com exercícios, calor, pós-febre, dor, hipoglicemia, insuficiência cardíaca, ansiedade... 
Calafrios: 
• Sensação passageira de frio com ereção dos pelos e arrepiamento da pele → arrepio de frio" 
• Causas: febre de início súbito, reação transfusional, infecções. 
EDEMA: 
• Excesso de líquido acumulado no espaço intersticial (ou no interior das próprias células) → “Inchaço / inchume” 
• O peso do corpo pode aumentar em 10% do total sem que apareçam sinais visíveis. 
• O edema é percebido após um aumento de 2,5 a 3L. 
• Para ser edema o inchaço tem que ser por conta do líquido acumulado. Por ex: se for um inchaço por uma massa 
tumoral não será edema. 
Importante - Prova: 
1. Aumento da permeabilidade capilar: 
• Na inflamação (como no choque anafilático) → a vasodilatação aumenta a permeabilidade capilar. 
• Medicamentos, sobretudo, os bloqueadores do Canal de Cálcio (usados para HAS elevada). 
2. Fatores que geram diferença de pressão osmótica no sangue → Queda de albumina: 
• Queda da albumina: sua [ ] no sg vai determinar que o L se mantenha dentro do vaso. A baixa da albumina faz com que o 
L saia do vasos. 
• De onde vem a albumina? Da nutrição (pela albumina ser uma proteína) e da produção no fígado. 
• Assim, situações que reduzem a [ ] de albumina: 
o Desnutrição proteica. 
o Cirrose hepática. 
o Síndromes disabsortivas (má absorção no intestino). 
o Principal causa de perda de albina na urina (acima de 3g/L)? Síndrome nefrótica (Altera membrana 
basal nos rins e perde-se muita proteínas. 
• Gravidez: bebê comprime a VCI, dificultando o retorno venoso. Com isso, as veias dilatam, aumentam as varizes. Isso é 
consequência do aumento da pressão hidrostática venosa. 
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• O que piora o retorno venoso? gravidez, trombose venosa , varizes → esses são edemas pela diferença da pressão 
hisdrostática. 
Equilíbrio: 
1. Pressão hidrostática 
2. Pressão oncótica 
3. Permeabilidade da membrana capilar 
Desequilíbrio = edema → PROVA: 
1. Aumento da pressão hidrostática 
Causas: trombose venosa, insuficiência cardíaca, varizes. 
2. Diminuição da pressão osmótica das proteínas → albumina 
A queda da albumina diminui a pressão oncótica, ocasionando o extravasamento do líquido LEC-LIC. Ex: desnutrição, 
problemas hepáticos (cirrose), problemas renais (síndromes nefróticas). 
3. Aumento da permeabilidade capilar 
Ex: inflamação. 
4. Retenção de sódio 
5. Obstrução dos vasos linfáticos 
Ex: elefantíase (filariose). 
6. Dificuldade de retorno venoso 
Localização: localizado X generalizado 
Anasarca → edema volumoso e generalizado. 
Exame físico: 
• Intensidade do edema: polpa digital do polegar ou indicador faz compressão 
firme e sustentada de encontro a uma estrutura rígida subjacente. 
• Se há depressão (como na imagem) = fóvea ou cacifo. 
• Graduação: 1 a 4+ 
• Pode-se avaliar retenção hídrica também pelo peso diário ou medindo o perímetro 
da região edemaciada. 
Consistência do edema: resistência ao comprimir a região edemaciada. 
• Edema mole: edema recente (ainda não deu tempo para a cicatrização), infiltração de água no TCSC. Ex: 
edema da insuficiência cardíaca. 
• Edema duro: edema crônico, proliferação fibroblástica. Ex: linfedema. 
Elasticidade do edema: 
• Elástico: fóvea retorna rapidamente a sua situação normal. Ex: edema inflamatório. 
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• Inelástico: fóvea persiste por mais tempo. Ex: edema da insuficiência cardíaca. 
Causas de edema: 
• Síndrome nefrítica, síndrome nefrótica, insuf. Cardíaca, cirrose hepática, desnutrição proteica, edema alérgico, 
gravidez, hipotireoidismo, medicamentos – corticoides, AINES, antagonistas cálcio. 
Obs: 
o O edema da Insuficiência cardíaca costuma ser bilateral. 
o Ortopneia = falta de ar ao se deitar. 
o Ascite = líquido no abdome. 
o Edema pela queda de albumina por Cirrose Hepática: Predominio inferior, mole, inelastico, indolor, 
tendo ascite se a causa for hepatopatia crônica. 
Astenia -> Sensação de fraqueza 
• Não há perda da força muscular, é apenas uma sensação. 
• Mal-estar indefinido, sensação de redução da força, da energia ou do vigor. 
• Astenia = A de negação e “sthenos” de força/ vigor. 
• Causas: miastenia gravis (doença neurológica), febre, neoplasias…. 
CUIDAR: Astenia X fadiga X dispneia 
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Fadiga → Sensação de cansaço 
• “Sensação de exaustão durante ou após atividades usuais” 
• Ou a "sensação de energia insuficiente para iniciar estas atividades”. 
• Causas: depressão, ansiedade, anemia, IC, DPOC, hepatopatia... 
Dispnéia → Sensação de falta de ar/fôlego 
• Causas: IC desc, DPOC desc, pneumonias... 
• Cuidado: muitas vezes o paciente descreve como cansaço! “Não consigo subir 3 degraus que sinto cansaço". Dai 
você deve perguntar “você sente que não tem força (fadiga) ou não tem ar (dispnéia) 
• Caracterizar: início, evolução, posicionamento, exposições ambientais, sintomas associados, período do dia, 
intensidade. 
• Em que momento o senhor sente falta de ar? 
o "Quando eu subo um morro” = esforços acima do habitual - dispnéia aos grandes esforços. 
o “Quando eu caminho” = atividades habituais antes realizadas sem dificuldade = dispnéia aos moderados 
esforços 
o “Quando coloco a roupa” = atividades rotineiras da vida = dispnéia ao pequenos esforços. 
o “Ah doutor, até mesmo para falar” = dispnéia aos mínimos esforços 
o “Nos últimos dias, até mesmo parado eu fico com falta de ar” = dispnéia ao repouso 
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ASTENIA = fraqueza

FADIGA = cansaço

DISPNÉIA = falta de ar
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• Por que eu tenho dispnéia: as causas estão relacionadas à atmosfera, 
obstrutivas, parênquima pulmonar, toracopulmonares, diafragmática, 
pleurais, cardíacas. 
Tosse: 
• Caracterizar a frequência, intensidade, tonalidade, relação com o decúbito, período em que predomina, presença 
ou não de expectoração, característica da secreção: volume, cor, odor, transparência, consistência. 
• Causas: embolia pulmonar, IC, sinusites, asma, faringite, câncer de pulmão, tuberculose, etc. 
Coloração da pele: 
• Icterícia: indica sempre presença de patologia! 
• Cianose 
1. Cianose central: causada por níveis baixos de oxigênio do sangue arterial: hipoxemia. 
• No EF: lábios, mucosa oral e língua. 
• Causas: doença pulmonar avançada, cardiopatias congênitas, hemoglobinopatias, insuficiência respiratória aguda. 
2. Cianose periférica: fluxo sanguíneo diminuído 
• Extração tissular maior que aporte de O2. 
• Vasoconstricção periférica. 
• Resposta fisiológica à ansiedade ou frio. 
• No EF: cianose de unhas, dedos, mãos e pés. 
• Pode haver cianose de lábio no frio. 
Alterações do peso: 

Quantos kg em quanto tempo? 
Essa diminuição pode ser por: 
• Água 
• Gordura 
• Massa muscular 
• Como está o apetite? 
• Buscar condições associadas (dietas X doenças) 
• Causas: obesidade, edema, tumores, dietas, 
medicamentos, desidratação, infecção, etc. 
• Perda de peso (involuntária) significativa: 10% 
em 6 meses ou 5% em 1 mês.

Vocabulário semiológico
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ASTENIA = fraqueza

FADIGA = cansaço

DISPNÉIA = falta de ar