Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Bioquímica e fisiologia na nutrição esportiva Lucélia Oliveira Recife, 2019 Macronutrientes no Exercício Físico: Nutrição no exercício físico; Carboidratos; Proteínas; Lipídeos; Sistemas Energéticos: Vias aneróbias; Vias aeróbias; Roteiro da aula Nutrição e exercício físico (RODRIGUEZ, 2009; RENNIE, 2006; UCHIDA , 2006; CANADÁ, 2000; BACURAU, 2000; BIOLO, 1995) Saúde Desempenho físico Nutrientes Macronutrientes Micronutrientes Carboidratos Proteínas Lipídeos MineraisVitaminas Carboidratos Compostos constituídos por C, O e H, como monossacarídeos (CHO simples) ou múltiplos de monossacarídeos (CHO complexos). Carboidratos Fornecimento de energia ao organismo Carboidratos: Glicogênio O glicogênio é um polissacarídeo que atua como substrato essencial durante o exercício, e estimula mecanismos te ressíntese de ATP. (NAVES; BAPTISTELLA, 2016) Armazenamento: 375 - 475g 325g 90-110g 5g Simples, refinados e complexos; Índice glicêmico; Carboidratos: Fontes Carboidratos: Exercício físico Antes e durante treino: disponibilidade de glicogênio muscular e hepático e de glicose sanguínea; Pós-treino: Recuperação do glicogênio muscular; Carboidrato Oferece energia rapidamente e acelera recuperação muscular Principal combustível utilizado na contração muscular (reservas limitadas) Carboidratos: Recomendações nutricionais Ingestão energética; Duração e intensidade do exercício; Tipo de exercício Recomendação Exercício leve (atividades recreacionais) 3 a 5g/kg/dia Exercício moderado (até 1h) 5 a 7g/kg/dia Exercício intenso (1 a 3h/dia) 6 a 10g/kg/dia Exercício muito intenso (4 a 5h/dia) 8 a 12g/kg/dia Fonte: Adaptado de: Naves e Baptistella, 2016. Proteínas As proteínas da dieta, fornecem aminoácidos ao organismo, que terão três destinos principais: o anabolismo, o catabolismo e a síntese de compostos de pequeno peso molecular. Através dessas vias metabólicas os aminoácidos auxiliarão na construção e manutenção dos tecidos. Proteínas (BEISEK; ALVES; GUERRA, 2010) Proteínas: Aminoácidos (AA) • Valor biológico; • Proteína animal (digestibilidade superior a 95%); • Proteína vegetal (digestibilidade entre 60 e 80%); Proteínas: Fontes (BLANCO E BRESSANI, 1991; TIPTON; WOLFE, 2007). Proteínas: Exercício físico (RODRIGUEZ, 2009; RENNIE, 2006; UCHIDA , 2006; CANADÁ, 2000; BACURAU, 2000; BIOLO, 1995) Proteína Resíntese de proteína intramuscular e atenuação de mecanismos proteolíticos Crescimento muscular Proteínas: Crescimento muscular Proteína dietética + Treinamento Adaptações fenotípicas Síntese de proteína muscular excede a de degradação (BIESEK, 2010; FERNANDES, 2009; MELONI, 2005; GLASS, 2005, GOLDSPINK, 2003) Estímulos extracelulares Vias de sinalização intracelular Proteínas: Crescimento muscular Dano e regeneração muscular Via de sinalização da serina/treonina quinase (Akt) A Akt fosforila uma sequência de substratos, incluindo mTOR, componente chave da via de sinalização Leucina Os ACR (AA essenciais), tem maiores efeitos anabólicos sobre o metabolismo proteico, sendo a leucina o mais importante para o ganho de massa magra, pois apresenta oxidação cerca de 25 vezes maior do que outros aminoácidos (FERNANDES, 2009; NABHOLZ, 2007) Mecanismo molecular de iniciação da tradução de RNAm envolvendo o aminoácido leucina. FONTE: Ra e Zemel, 2003 apud NABHOLZ, 2007 p. 186 (BURD, 2009; CAMPBELL, 2007; CANADÁ, 2000) Nesse sentido, as necessidades de proteínas são ligeiramente aumentadas em pessoas ativas Ingestão energética; Tipo e intensidade do exercício; Qualidade proteica e momento de ingestão; Endurance 1,2 a 1,4 g/kg/dia Resistido (força) 1,6 a 1,7 g/kg/dia (CANADÁ, 2000) SBME: Hipertrofia 1,6 a 1,7 g/kg/dia (HERNANDEZ, 2009) Proteínas: Recomendações nutricionais No entanto, mesmo que a recomendação diária total seja atingida, deve- se considerar a importância do consumo proteico no pós-exercício e sua distribuição ao longo do dia. (LOENNEKE, 2016; MOORE, 2009) Proteínas Mean (6SEM) mixed-muscle fractional protein synthesis (FSR) after resistance exercise in response to increasing amounts of dietary protein. Data were analyzed using a one-factor (protein) repeatedmeasures ANOVA to test for differences between conditions. Differences in means were analyzed using a Holm-Sidak post hoc test. Means with different letters are significantly different from each other (P , 0.01; n ¼ 6). (MOORE, 2009) Estimulação máxima Outra rota metabólica (via oxidativa > ATP) 2 – 3g de leucina (NORTON; WILSON, 2009; STARK et al., 2007) Distribuição uniforme por refeição gera um equilíbrio entre a dose saturável e a aminoacidemia, e subsequentemente a resposta de síntese de proteína muscular. (LOENNEKE, 2016; MOORE, 2009) Lipídeos Lipídeos Reserva energética e fonte de energia; Isolamento térmico e proteção de órgãos; Transporte de vitaminas lipossolúveis e composição das membranas celulares; Digestão (sais biliares); Regulação hormonal (esteroides); Insaturadas ou saturadas; Saturadas: mono ou polisaturadas; Lipídeos: Fontes (FREITAS, 2010) Síntese de hormônios esteroides; Modulação de resposta inflamatória (potencial para alterar a produção de citocinas pró e anti-inflamatórias); Lipídeos: Exercício físico Lipídeos Fonte de energética para os músculos durante o exercício Metabolisno dos lipídeos no exercício físico Lipólise Insulina Sistema Nervoso Simpático Catecolaminas (A e NA), GH, cortisol e lipase-hormônio-sensível Após 30 min Tecido adiposo, dos estoques de triacilgliceróis intramuscular ou das lipoproteínas circulantes 3 AG + Glicerol Glicerol Gliconeogênese B-oxidação ATP Ác. graxo (DE FREITAS, 2012) ATP Ingestão energética; Tipo e intensidade do exercício; Reserva de lipídeo intramuscular, disponibilidade de glicogênio; Lipídeos: Recomendações nutricionais 20-30% do VET (até 1g/kg/dia) (American Dietetic Association, Dietitians of Canada, American College of Sports Medicine (CANADÁ, 2000) 10% de saturados, 10% de polinsaturados e 10% de monoinsaturados (RBME, 2009) Semelhante as recomendação para a população geral Níveis abaixo de 15% do VET já produzem efeitos negativos De onde vem o ATP? Principais vias para a obtenção de energia durante esforço Sistemas energéticos Vias Anaeróbias Sistema fosfagênio VIA ANAERÓBIA Glicólise Anaeróbia GLICÓLISE ANAERÓBIA: Piruvato é direcionado à via do ácido lático. ANAERÓBIA AERÓBIA Via do Ácido Lático • Produz valiosa fonte de energia durante o exercício; • CICLO DE CORI: Durante o período de recuperação ou quando a intensidade do exercício diminui > Aumento da disponibilidade de O2 > Remoção dos íons de H+ da molécula de lactato > Gliconeogênese > Permite homeostase de glicose sanguínea e mantem as demandas energéticas durante o esforço. Via do Acido Lático: Ciclo de Cori VIA ANAERÓBIA Vias Aeróbias Sistema oxidativo • Ciclo de Krebs; • Cadeia Transportadora de elétrons; Glicólise aeróbia GLICÓLISE AERÓBIA: Piruvato é direcionado a fosforilação oxidativa. Sistemas energéticos • HERNANDEZ, Arnaldo José; NAHAS, Ricardo Munir. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a saúde. Rev. bras. med. esporte, v. 15, n. 3, supl. 0, p. 3-12, 2009. • PANZA, Vilma Pereira et al. Consumo alimentar de atletas: reflexões sobre recomendações nutricionais, hábitos alimentares e métodos para avaliação do gasto e consumo energéticos Athletes' food intake: reflections on nutritional recommendations, food habits and methods for assessing energy expenditure and energy intake. Revista de Nutrição, v. 20, n. 6, p. 681-692, 2007. • DE FREITAS, Ellen Crisitini et al. Metabolismo lipídico durante o exercício físico: mobilização do ácido graxo. Pensar a Prática, v.15, n. 3, 2012. • RODRIGUEZ, N. R.; DI MARCO, N.M.; LANGLEY, S. Canada, and the American College of Sports Medicine. Nutrition and athletic performance. Medicine Science Sports Exercise, v. 41, n. 3, p. 709-31, mar. 2009. • MOORE, D. R. et al. Ingested protein dose response of muscle and albumin protein synthesis after resistance exercise in young men. The American journal of clinical nutrition, v. 89, n. 1, p. 161-168, jan. 2009. • LOENNEKE, J. P. et al. Per meal dose and frequency of protein consumption is associated with lean mass and muscle performance. Clinical Nutrition, v. 35, n. 6, p. 1506-1511, dez. 2016. • NABHOLZ, T. V. Nutrição Esportiva: Aspectos Relacionados à Suplementação Nutricional. São Paulo: Sarvier, 2007. Referências Referências • CARDOSO, Marly Augusto; VANNUCCHI, Helio. Nutrição humana. In: Nutrição humana. 2006. • CAMPBELL, Mary K. Bioquímica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. • CHAMPE, Pamela C.; HARVEY, Richard A.; FERRIER, Denise R. Bioquímica ilustrada. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. • DEVLIN, Thomas M., (Coord.). Manual de bioquímica com correlações clínicas. São Paulo: Edgard Blucher, 2007. • NELSON, David L.; COX, Michael M. Princípios de bioquímica de lehninger. 6.ed. porto Alegre: Artmed, 2014. • BERG, Jeremy M.;TYMOCZO, John L. STRYER, Lubert.; Bioquímica. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
Compartilhar