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RESUMO N1 - MEP II

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1 Camila Carminate – 2 FASE 
MEP II 
MEPCAST 02 
ESTUDOS EXPERIMENTAIS 
As pessoas são artificialmente expostas a um 
determinado fator em estudo (um grupo 
recebe intervenção e o outro é grupo controle) 
os dois acompanhados ao longo do tempo e a 
incidência de eventos é medida no tempo de 
segmento. No final da pesquisa, compara a 
frequência de eventos entre quem recebeu um 
tratamento ou o grupo controle e através de 
testes estatísticos determinar se a frequência 
de eventos é superior em um grupo em relação 
ao outro. 
 Randomizados; 
 Não-randomizados: não randomização e 
pode afetar na confiabilidade do 
estudo; 
ESTUDO CLÍNICO RANDOMIZADO 
Estudo prospectivo de intervenção: compara o 
efeito e o valor de intervenção partindo da 
causa em direção ao efeito (EXPOSIÇÃO 
PRECEDE RESULTADO). 
Os participantes devem ser escolhidos de 
forma aleatória, já que todo paciente deve ter a 
mesma chance de receber qualquer um dos 
tratamentos, para então definir grupos de 
alocação. 
Os 2 grupos devem ser similares em todas as 
características clinicas (análise comparativa 
possível e representação do efeito da 
exposição nos pacientes). 
Placebo: apenas quando não tem medicamento 
ou não causa risco de vida ao paciente. 
A perda dos pacientes (não continuam com o 
estudo, mudaram de residência, etc) deve ser 
sempre avaliada para não ocorrer problema de 
invalidação dos resultados. 
O acompanhamento permite o cálculo de 
medidas de frequências, ou seja, a frequência 
com que um evento determinado acontece em 
cada um dos grupos e de risco relativo. 
Durante o tratamento, os pacientes 
desconhecem qual tratamento recebem (evita 
considerações subjetivas que possam 
acontecer, paciente que usa o remédio mais 
novo começa a achar que se sente melhor pelo 
remédio ser novo no mercado). 
Esse estudo é de altíssimo custo, já que 
precisam de um acompanhamento criterioso e 
de perto, geralmente com exames 
laboratoriais e de imagem. 
EXEMPLO 
Medicamento Novo x Medicamento Antigo; 
Tratamento Ativo x Placebo; 
APLICAÇÃO PARA QUESTÃO CLINICA 
Queremos avaliar a eficácia de uma 
determinada droga para o tratamento da 
hipertensão gestacional. Selecionaremos dois 
grupos de pacientes: 
Tratamento com metildopa (droga de eleição); 
x 
Tratamento com a droga nova; 
Nesse caso a exposição é a tomada do 
medicamento e os grupos poderiam ser 
chamados de exposto (droga nova) e não 
exposto (metildopa). O resultado ou desfecho 
procurado seria o controle da hipertensão 
arterial gestacional. 
MEPCAST 03 
ESTUDOS OBSERVACIONAIS 
São um grupo de pessoas que são 
acompanhadas sem receber intervenção da 
pesquisa. Observa a frequência de desfechos 
em saúde, ou seja, ocorrência de doenças que 
não estavam presentes no início do 
acompanhamento, ao longo do tempo em 
relação a fatores de exposição que podem 
estar presentes ou ausentes. 
 
2 Camila Carminate – 2 FASE 
 Analítico: observadas por um tempo 
maior (coorte/longitudinal e caso-
controle); 
 Descritivo: observadas por um ponto no 
tempo (transversal e prevalência); 
ESTUDO DE COORTE 
O estudo coorte é classificado como um estudo 
observacional analítico. Ele se caracteriza pelo 
acompanhamento de um grupo de indivíduos 
ao longo de um tempo. 
Na coorte, temos dois ou mais grupos de 
indivíduos expostos e não expostos a um ou 
vários fatores de risco de interesse. 
Os indivíduos são acompanhados ao longo do 
tempo, para avaliar desfechos clínicos de 
interesse, e todas as características clinicas de 
interesse são pesquisadas. 
Com isso o estude de coorte acaba sendo a 
melhor forma de avaliar a história natural da 
doença, de apresentar os resultados e de 
avaliar a incidência (quantidade de casos 
novos da doença pesquisada em um período 
determinado de tempo). 
Em relação a seleção dos pacientes, os grupos 
comparados devem ser idênticos, exceto na 
exposição (interesse do pesquisador). Uma 
falha na escolha pode inviabilizar os 
resultados. 
EXPOSIÇÃO PRECEDE A DOENÇA, ou seja, 
a avaliação é da saúde para a doença. É 
conhecido por estudo prospectivo com direção 
temporal linear. 
Não precisa de viés de memória por 
acompanhar de perto a evolução clínica do 
grupo de interesse. 
Esse estudo permite avaliar exposições raras, 
que são difíceis de achar na população geral e 
não pode ser usada em qualquer tipo de 
doença/situação clínica (doenças fatais, 
grande número de óbitos antes do resultado 
final, e doenças que demora a aparecer, câncer 
de pulmão por causa de tabaco). 
O pesquisador acompanha a exposição dos 
indivíduos e não faz indicação de exposição. 
É possível avaliar múltiplos desfechos clínicos 
após uma única exposição e comparar dois ou 
mais grupos de indivíduos: expostos e não 
expostos. 
 Prospectivo: expostos e não expostos 
são selecionados no momento zero e 
acompanhados ao longo do tempo 
identificação dos casos da doença que 
venham a ocorrer em ambos os grupos; 
 Retrospectivo: seleciona-se o grupo 
com base em uma exposição ocorrida 
no passado, estudando agora os casos 
da doença em cada um deles; 
O estudo coorte é vantajoso por ter menos 
probabilidade de conclusões falsas, analise 
fácil e sem problemas éticos, estudo bem 
planejado, etc. Por outro lado, também 
apresenta desvantagens, como por exemplo 
custo elevado e longa duração, dificuldade em 
manter uniformidade, mudança na categoria 
de exposição, etc. 
Pode ocorrer perda de pacientes. Como por 
exemplo, mudaram de local, não querem fazer 
mais parte da pesquisa, etc. Assim como 
pacientes que eram do grupo não-exposto 
podem acabar indo para o grupo exposto. 
O objetivo é ver se o efeito é similar nos dois 
grupos e identificar onde a incidência da 
doença vai ser maior. 
EXEMPLO 
- Gases de uma fábrica; 
- Radiação ionizante de resíduos nucleares; 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLÍNICA 
O pesquisador tem interesse em avaliar a 
epidemia de nascimentos múltiplos associados 
ao uso de tecnologias de reprodução assistida. 
 PROSPECTIVO: 
Com isso o pesquisador irá acompanhar os dois 
grupos: 
 
3 Camila Carminate – 2 FASE 
Pacientes submetidos a este método de 
fertilização; 
x 
Pacientes similares que engravida 
naturalmente; 
 RETROSPECTIVO: 
O pesquisador poderia, para avaliar este 
mesmo problema clinico, investigar todos os 
registros médicos e verificar no passado a 
existência de exposição. 
MEPCAST 4 
CASO-CONTROLE 
É um estudo observacional analítico. 
É uma comparação dois grupos de indivíduos 
(grupo com doença x grupo sem doença) 
Esse tipo de estudo não proporciona 
tratamento aos indivíduos pesquisados. 
Apenas avalia e compara desfechos clínicos 
entre grupos expostos e não-expostos. 
São mais complexos, pois suas evidencias são 
mais robustas. 
Precisam de conhecimentos metodológicos e 
muita experiência para que sejam executados 
e planejados de maneira adequada. 
É de interesse do investigado avaliar os fatos 
que no passado poderiam estar associados a 
desenvolver a doença de interesse. (Cálculo 
de Odds Ratio). 
Viés de memória: para identificar possíveis 
fatores de risco associados a doença 
(entrevistas ou registros clínicos). 
Vantagem: é um estudo de baixo custo, fácil de 
realizar e rápida implementação. 
São divididos em 2 grupos com as mesmas 
características clinicas: 
- Doente = exposição 
-Saudável = exposição (registros 
hospitalares/entrevistas). 
-Tem o objetivo de identificar a influência da 
exposição/fator de risco no desenvolvimento 
da doença (DOENÇA EM RELAÇÃO FATOR 
DE RISCO); 
A exposição de risco deve ser frequente, caso 
contrário, pesquisador terá que avaliar muitos 
casos e controles para identificar um exposto. 
Precisa de conhecimento metodológico devido 
aos vários viéses existentes, sem esses 
conhecimentos podem ser invalidados. 
EXEMPLO 
-Câncer de pulmão em tabagistas; 
-Frente a doenças rarasou que demoram anos 
para aparecer; 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLÍNICA 
Um pesquisador quer avaliar se a exposição ao 
fumo pode provocar câncer de pulmão. 
Com isso o pesquisador identifica pacientes 
com diagnóstico de câncer de pulmão e 
pacientes idênticos sem o diagnóstico. 
Como o pesquisador suspeita que o tabagismo 
pode estar associado ao desenvolvimento 
deste câncer, ele vai pesquisar em cada grupo 
quantos deles fumavam. 
Com isso, ele vai comparar o grupo tabagistas 
que tiveram câncer de pulmão com o grupo de 
não tabagista que tiveram câncer de pulmão, 
(dados coletados através de entrevistas ou 
avaliando o formulário médico) e avaliar se 
tabagismo realmente causa câncer ou se tem 
algum outro fator de risco relacionado a 
doença. 
CALCULO DE ODDS 
Calcula-se com razão duas probabilidades e 
depois calcula-se a probabilidade de que um 
evento aconteça dividido pela probabilidade 
de que o evento não aconteça; 
EXEMPLO 
Um pesquisador quer avaliar se a exposição ao 
fumo pode provocar câncer de pulmão. 
 
4 Camila Carminate – 2 FASE 
Com isso o pesquisador identifica pacientes 
com diagnóstico de câncer de pulmão e 
pacientes idênticos sem o diagnóstico. Como o 
pesquisador suspeita que o tabagismo pode 
estar associado ao desenvolvimento deste 
câncer, ele vai pesquisar em cada grupo 
quantos deles fumavam. 
1- Odds de que os expostos desenvolvam 
câncer de pulmão (1350) / 
Probabilidade de ter diagnóstico de 
câncer de pulmão e não ser tabagista (7) 
= 192,8 
A chance de ser tabagista e ter câncer de 
pulmão é 193 vezes maior quando comparado 
aos não tabagistas. 
2- Odds de ser tabagista e não 
desenvolver câncer de pulmão (1296) / 
Probabilidade de não ser tabagista e ter 
câncer de pulmão (61) = 21,2 
A chance de ser tabagista e não desenvolver 
câncer de pulmão é 21 vezes maior quando 
comparado com não tabagista. 
ODDS RATIO: razão entre os dois Odds. 
192,8 / 21,2 = 9 – a chance de desenvolver 
câncer de pulmão quando fumante é 9 vezes 
maior do que quando não fumante. 
MEPCAST 5 
ESTUDO TRANSVERSAL 
O estudo transversal é um estudo 
observacional descritivo. 
É um estudo que se caracteriza pela 
observação direta da população em estudo em 
uma única oportunidade, ou seja, exposição e 
condições de saúde são determinadas 
simultaneamente. 
Pode ser um estudo de uma população 
amostral predefinida. 
Mede a prevalência e pode analisar doenças 
comuns. 
Não sabe relação temporal, ou seja, não tem 
interesse no passado ou no futuro (não busca 
saber o histórico da doença, ex: teve câncer e 
começou a fumar ou fumava e teve câncer) e 
sim o presente. 
Vantagens: baixo custo, simples, rápido (tudo 
feito em um único momento), coleta de dados 
objetiva, não precisa de segmento e fácil obter 
amostra; 
Desvantagens: baixa prevalência exige 
amostras grandes, não determina incidência, 
presença de fatores de confundimento, 
relações cronológicas entre os eventos não 
podem ser detectáveis, etc; 
EXEMPLO 
-Estudar uma população, medindo várias 
variáveis e medir algum desfecho (doença) 
-Tabagismo e Câncer de Pulmão; 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLÍNICA 
Um pesquisador vai investigar crianças entre 2-
12 anos que são propicias a uma deficiência de 
cálcio. 
MEPCAST 6 
REVISÃO SISTEMATICA 
É uma revisão que utiliza uma abordagem 
sistemática, com o propósito de diminuir os 
vieses e os erros aleatórios. 
É um meio de identificar, avaliar e interpretar 
todas as pesquisas disponíveis e relevantes 
para uma questão especifica, área temática ou 
fenômeno de interesse. 
 CÂNCER 
DE 
PULMÃO 
SEM 
CANCER 
DE 
PULMÃO 
 
TOTAIS 
 
TABAGISTA 
 
1350 
 
1291 
 
2646 
 
NÃO 
TABAGISTA 
 
7 
 
 
61 
 
68 
 
TOTAIS 
 
1357 
 
1357 
 
2714 
 
5 Camila Carminate – 2 FASE 
Na hierarquia dos estudos científicos a revisão 
sistemática é a mais forte evidência. 
Na revisão sistemática não se escolhe qualquer 
artigo e a escolha dos artigos obedecem a um 
sistema. 
Vantagens: fontes abrangentes, estratégias de 
busca explicita, seleção baseada em critérios e 
aplicada uniformemente, avaliação criteriosa e 
reprodutível, inferências frequentemente 
baseadas em resultados de pesquisas clinicas. 
Constitui um meio para obter subsídios para 
pratica baseada em evidencias e é uma 
proposta para identificar os estudos sobre um 
tema em questão aplicando métodos explícitos 
e sistematizados de busca, avaliando a 
qualidade/validade desse estudo e a 
aplicabilidade dele no contexto onde está 
sendo implementado para selecionar os 
estudos que vão fornecer as evidencias 
cientificas e disponibilizar a sua síntese. 
METÁNALISE: subsistema da revisão 
sistemática, os resultados dos estudos/artigo 
escolhidos serão integrados por um método 
estatístico, ou seja, gera uma única estimativa 
de efeito. 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLÍNICA 
Uma pesquisa feita utilizando metformina, 
remédio utilizado no tratamento de diabetes, 
em estados diferentes para provar que ele 
realmente consegue controlar a diabetes. E 
com os dados encontrados, o pesquisador irá 
fazer uma média para encontrar uma média 
nacional aproximada. 
 
MELHOROU 
NÃO 
TEVE 
EFEITO 
 
TOTAL 
RIO 
170 
 
130 
 
300 
MACEIO 
120 
 
280 
 
400 
FLORIPA. 30 50 80 
De 780 entrevistados, foi possível perceber 
que 420 indivíduos apresentaram melhora após 
o uso do medicamento. 
MEPCAST 7 
EPIDEMIA 
É quando existe a ocorrência de um surto em 
vários locais, predominando em diferentes 
regiões (municípios/estados). 
-Epidemia municipal: várias cidades com surto 
de determinada doença; 
-Epidemia estadual: vários estados com surto 
de determinada doença; 
EXEMPLO 
- Vários bairros com surto de dengue: em julho 
desse ano, 20 cidades aviam decretaram 
epidemia de dengue; 
PANDEMIA 
Pandemia é um dos piores cenários. Acontece 
a nível mundial, ou seja, vários países com 
surto de uma doença. 
EXEMPLO 
-Gripe suína; 
-Aids; 
ENDEMIA 
É uma doença que se manifesta com frequência 
e se manifesta somente em uma determinada 
região especifica. 
EXEMPLO 
-Febre amarela, endêmica da região norte do 
país; 
SURTO 
Ocorre quando tem um aumento de uma 
determinada doença em uma região 
especifica. 
Casos de doenças em comunidades pequenas 
(bairros, vilas). 
EXEMPLO 
- Surto de dengue; 
 
6 Camila Carminate – 2 FASE 
ELIMINAÇÃO X ERRADICAÇÃO 
ELIMINAÇÃO: a redução a zero de sua 
incidência, mas com manutenção, 
indefinidamente no tempo, das medidas de 
controle. 
ERRADICAÇÃO: redução a zero da sua 
incidência e a manutenção deste valor 
independentemente da continuidade da 
aplicação das medidas de prevenção. 
EXEMPLOS 
ELIMINAÇÃO: O programa atual de controle do 
sarampo tem como objetivo a sua eliminação, 
porém com a manutenção de altas coberturas 
vacinais por tempo indeterminado. 
ERRADICAÇÃO: No caso do controle da 
varíola, há mais de 20 anos não há registro de 
caso novo no mundo, mesmo após a suspensão 
das atividades de vacinação, medida utilizada 
na campanha mundial de erradicação da 
doença. 
MEPCAST 8 
INCIDÊNCIA 
É uma medida quantitativa, que permite avaliar 
o perfil epidemiológico de determinada 
população. 
Mede a taxa de manifestação de novos casos da 
doença, ou seja, mede o risco de adoecimento. 
A incidência vai mensurar o surgimento da 
doença. É melhor para doenças agudas. 
NOVOS CASOS / PESSOAS EM RISCO 
Quando vamos identificar casos novos da 
doença de interesse num determinado período 
de tempo, estamos avaliando a incidência. 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLÍNICA 
O pesquisador está avaliando o cigarro como 
fator de risco para infarto agudo do miocárdio, 
doença pulmonar obstrutiva e câncer. 
Utilizando dois grupos: 
EXPOSTOS X NÃO EXPOSTOS 
Podendo identificar 4 possibilidades: 
- Tabagista = com câncer de pulmão. 
- Tabagista = sem câncer de pulmão. 
- Não Tabagista = com câncer de pulmão.- Não Tabagista = sem câncer de pulmão. 
 CÂNCER 
DE 
PULMÃO 
SEM 
CÂNCER 
DE 
PULMÃO 
 
TOTAL 
TABAGISTA 
(EXPOSIÇÃO) 
 
133 
 
102.467 
 
102.600 
NÃO 
TABAGISTA 
(EXPOSIÇÃO) 
 
3 
 
 
42.797 
 
42.800 
 
TOTAIS 
 
136 
 
145.264 
 
145.400 
PREVALÊNCIA 
É uma medida quantitativa, que permite avaliar 
o perfil epidemiológico de determinada 
população. 
A prevalência ajuda a modelar os gastos em 
saúde pública. É melhor para doenças 
crônicas. 
Mede o número total de casos de uma doença 
em um determinado período, ou seja, mede a 
proporção da população que já tem a doença. 
PESSOAS AFETADOS / TOTAL DE PESSOAS 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLÍNICA 
Entre 400 crianças acompanhadas no PSF, 
foram encontradas 40 com resultados positivo 
para Ascaris lumbricoides. 
40/400 = 0,1 = 100 casos por 1000 pessoas. 
 
 
INCIDÊNCIA 
CANCER DE 
PULMÃO EM 
TABAGISTA 
 
113 / 
102.600 
=1,30 
INCIDÊNCIA 
CANCER DE 
PULMÃO EM 
NÃO 
TABAGISTA 
 
3 / 
42.800 
=0,07 
Os indivíduos que fumam 
têm 1,3 vezes mais risco 
de padecer de câncer de 
pulmão. 
Os indivíduos que não 
fumam tem um risco de 
câncer de pulmão de 
0,07. 
 
7 Camila Carminate – 2 FASE 
PREVALÊNCIA PONTUAL 
Medida dos casos novos e antigos da doença 
em um ponto (instante) no tempo, que pode ser 
semana, mês ou ano. 
CASOS EXISTENTES NA DATA X / 
POPULAÇÃO EXPOSTA 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLÍNICA 
Em dezembro de 2007 havia ocorrido 1497 
casos registrados de hanseníase, numa cidade 
com 3.665.372 habitantes. Ocorreram 92 altas 
de tratamento (curas) nesse ano. 
 (1497-92) / 3.665.372= 3,8 
A prevalência pontual para dezembro de 2007 
foi de 3,8 em 10.000 pessoas. 
RISCO RELATIVO 
Risco relativo é o risco de adoecer em um 
grupo de indivíduos (grupo exposto a um 
determinado fator de risco de interesse) em 
relação ao risco de adoecer em outro grupo de 
pessoas (grupo idêntico em aspectos clínicos 
menos na exposição de interesse do 
pesquisador). 
Incidência doente x Incidência não-doente 
Quando não tem associação entre fator de risco 
e doença, ou seja, o risco de adoecer não 
depende da exposição ao fator de risco 
avaliado, o valor de risco relativo é igual a 1. 
Quando existe uma associação entre o fator de 
risco pesquisado e a doença em questão, o 
risco relativo será diferente de 1: 
- Maior do que 1 quando o fator de risco 
favorecer o padecimento da doença. 
- Quando maior o valor do risco relativo, maior 
será a magnitude da associação entre a 
variável analisada e a doença. 
- Existe outra situação e é quando o risco 
relativo é menos que 1 (variável se comporta 
como protetora para aquela doença). 
APLICAÇÃO QUESTÃO CLINICA 
Continuando com o caso clinico da incidência, 
podemos chegar à conclusão que: 
INCIDÊNCI
A CANCER 
DE 
PULMÃO 
EM 
TABAGISTA 
 
113 / 
102.600 
=1,30 
INCIDÊNCI
A CANCER 
DE 
PULMÃO 
EM NÃO 
TABAGISTA 
 
3 / 
42.80
0 
=0,07 
Os indivíduos que 
fumam têm 1,3 vezes 
mais risco de 
padecer de câncer 
de pulmão. 
Os indivíduos que 
não fumam tem um 
risco de câncer de 
pulmão de 0,07. 
 
Risco 
relativo de 
padecer 
câncer de 
pulmão 
 
 
1,33/
0,07 
=18,6 
Os indivíduos que 
fumam possuem 18 
vezes mais risco de 
padecer câncer de 
pulmão quando 
comparados com os 
não fumantes. 
MEPCAST 10 
FONTES DE DADOS MEDICOS 
Uma fonte de informação é qualquer recurso 
que responda uma demanda por parte dos 
usuários, incluindo produtos e serviços de 
informação, pessoas ou rede de pessoas, 
programas de computador. 
As fontes de dados médicos são divididas em 
duas categorias: 
 Fontes Primarias; 
 Fontes Secundarias; 
FONTES PRIMARIAS 
São considerados os textos completos segundo 
os tipos clássicos da literatura científica 
(revistas, monografias, teses, etc.), como 
também outras fontes originais de dados hiper-
textuais e numéricos. 
Devem ser considerados aqueles originados 
como primeiros, do ponto de vista da 
procedência, com informação nova ou original 
e geralmente são reorganizadas com o 
propósito de concentrar as informações 
necessárias para serem facilmente acessadas 
dando origem às fontes de secundárias. 
EXEMPLO 
 
8 Camila Carminate – 2 FASE 
SciELO: é uma publicação eletrônica de 
periódicos científicos desenvolvidos para 
responder às necessidades da comunicação 
científica nos países em desenvolvimento. O 
modelo proporciona uma solução eficiente 
para assegurar a visibilidade e o acesso 
universal a sua literatura científica. 
FONTES SECUNDARIAS 
São indicados como os que incluem todos os 
índices, bases de dados e diretórios, cujos 
registros fazem referência a fontes primárias e 
eventos na área de saúde. 
EXEMPLOS 
LILACS: é uma base de dados cooperativa e 
que compreende a literatura relativa ás 
ciências da saúde. Contem artigos de revistas 
conceituadas da área da saúde e outros 
documentos, tais como: teses, livros e anais de 
congressos. 
MEDLINE: é uma base de dados da literatura 
internacional da área medica e biomédica, 
contém referências bibliográficas de vários 
países. Cobrem as áreas de: medicina, 
biomedicina, enfermagem, odontologia, 
veterinária e ciências afins. A atualização dos 
dados é mensal. 
Biblioteca Cochrane: é a melhor fonte de 
informação de evidência confiável sobre os 
efeitos das intervenções em saúde, consiste de 
uma coleção de fontes de informação 
atualizada sobre medicina baseada em 
evidências. 
MEPCAST 11 
VARIAVEL QUALITATIVA 
São aquelas que se baseiam em qualidades e 
não podem ser mensuradas numericamente, 
não podem ser medidas. 
NOMINAL 
Tipo mais simples, apenas classifica sem 
ordenação. 
São variáveis qualitativas que não são 
ordenáveis. 
 
ORDINAL 
São variáveis qualitativas que são ordenáveis. 
Distribuídas em categorias que apresentam 
uma ordem lógica. 
Ex: classe social, grau de instituição, estagio 
da doença... 
VARIAVEL QUANTITATIVA 
São numericamente mensuráveis. Ela é 
expressa por meio de números. 
DISCRETAS 
O conjunto de resultados possíveis podem ser 
finito ou enumerável. 
Operação de contagem, sempre número 
inteiros. 
EX: número de alunos, número de filhos... 
CONTINUAS 
São variáveis que podem assumir qualquer 
valor entre dois pontos da reta real. 
Operação de medição, podem ser qualquer 
valor real. 
EX: peso, estatura, salario... 
MEPCAST 12 
MEDIA 
É a razão entre a soma de todos os elementos 
deste conjunto e o total de elementos. 
Xt = X1 + X2 + X3 + ... +Xn / n 
EXEMPLO 
Considere os conjuntos de dados: 
A = {2, 4, 12, 54, 3} 
Assim, a média para o conjunto acima é: 
(2 + 4 + 12 + 54 + 3) / 5 = 15 
 
 
9 Camila Carminate – 2 FASE 
MODA 
É o valor que aparece com mais frequência em 
um conjunto de dados, ou seja, o valor que 
aparece um maior número de vezes. 
EXEMPLO 
Considere o conjunto de dados abaixo: 
A = {2, 23, 4, 2, 5} 
A moda para esse conjunto é: Mo = 2. É o 
número que aparece o maior número de vezes. 
B = {17, 21, 2, 21, 8, 2} 
Neste exemplo, a moda é: Mo = 2 ou 21. Então, 
podemos dizer que o conjunto B é bimodal 
(possui duas modas). 
MEDIANA 
 
A Mediana (Md) é o valor de centro de um 
conjunto de dados. 
Devemos ordenar o conjunto de dados em 
ordem crescente; 
Se o número de elementos for par, então a 
mediana é a média dos dois valores centrais. 
Soma os dois valores centrais e divide o 
resultado por 2: (a + b)/2. 
Se o número de elementos for ímpar, então a 
mediana é o valor central. 
EXEMPLO 
 
A = {3, 1, 8} 
B = {6, 4, 7, 2} 
Vamos seguir os passos para calcular a 
mediana para o conjunto A: 
- Ordenar o conjunto: A = {1, 3, 8} 
- O número de elementos é ímpar, então a 
mediana é o valor central: Md = 3 
Vamos, agora, calcular a mediana para o 
conjunto B: 
- Ordenar o conjunto: B = {2, 4, 6, 7} 
- O número de elementos é par, então a 
mediana são os dois valores centrais dividido 
por 2: Md = (4 +6)/2 = 5 
 
VARIANCIA 
É obtido através da soma dos quadrados da 
diferença entre cada valor e a média 
aritmética, dividida pela quantidade de 
elementos observados. 
VAR = (Xi – Xt)² / (n-1) 
DESVIO PADRÃO 
O desvio padrão indica qual é o “erro” se 
quiséssemos substituir um dos valores 
coletados pelo valor da média. 
Dp = √VAR 
COEFICIENTE DE VARIAÇÃO 
Utilizada quando se deseja comparar a 
variação de conjuntos de observações que 
diferem na média ou são medidos em 
grandezas diferentes. 
CV = 100 x (Dp / Md) % 
MEPCAST 13 
SENSIBILIDADE 
Probabilidade de dar positivo em quem é 
doente. 
Ter alta sensibilidade significa que quase todos 
os doentes são identificados, ou seja, exame 
sensível a doença. 
Poucos doentes recebem resultado falso 
negativo, com isso o resultado negativo é 
confiável. 
O exame sensível é bom para o diagnóstico. 
EXEMPLO TESTES DIAGNOSTICOS 
-Exames VPN: exame para câncer, der 
negativo e a pessoa não tem a doença; 
ESPECIFICIDADE 
Probabilidade de um negativo em quem é 
doente. 
Uma alta especificidade significa que quase 
todos sem doença recebem o resultado 
 
10 Camila Carminate – 2 FASE 
negativo. É especifico para algumas doenças, 
só fica positivo quando ela está presente. 
Poucos não doentes recebem resultado falso 
positivo, existem poucos falsos positivos. 
Um resultado positivo é muito confiável, por 
isso um exame especifico é bom para confirmar 
a doença. 
EXEMPLO TESTES DIAGNOSTICOS 
 Exame VPP: exame a respeito de câncer, da 
positivo e a pessoa ter a doença; 
MEPCAST 14 
VPP 
É a probabilidade de um indivíduo avaliado e 
com resultado positivo ser realmente doente 
(Valor Preditivo Positivo). 
VPP = VP / (VP + FP) 
EXEMPLO TESTES DIAGNOSTICOS 
Exame a respeito de câncer, da positivo e a 
pessoa ter a doença; 
VPN 
É a probabilidade de um indivíduo avaliado e 
com resultado negativo ser realmente normal. 
(Valor Preditivo Negativo). 
VPN = VN / (VN + FN) 
EXEMPLO TESTES DIAGNOSTICOS 
Exame para câncer, der negativo e a pessoa 
não tem a doença; 
MEPCAST 15 
ACURACIA 
É a capacidade de medir aquilo que se propõe 
a medir. Informa se os resultados representam 
a "verdade" ou o quanto se afastam dela. 
EXEMPLO COMPARANDO 2 TESTES 
- ECG é um teste de maior validade, 
comparado à auscultação cardíaca feita com o 
estetoscópio, no intuito de detectar alterações 
cardiovasculares típicas da doença de Chagas. 
- Um teste “dip-stick” para detecção de 
antígeno utilizado para diagnóstico de malária 
por P. falciparum pode ter 100% de acurácia 
quando for capaz de produzir resultados 
positivos para todas as amostras de pacientes 
infectados e produzir resultados negativos para 
os indivíduos negativos. 
CURVA ROC 
A Curva ROC (Característica de Operação do 
Receptor) é utilizada para comparar os 
métodos de diagnósticos, ou seja, são uma 
forma de representar a relação entre a 
sensibilidade e a especificidade de um teste 
diagnóstico quantitativo. 
Quanto mais a curva se aproxima do canto 
superior esquerdo do diagrama, maior a área 
sob a curva e maior exatidão tem o teste. 
MEPCAST 16 
POPULAÇÃO 
População externa: pessoas para as quais se 
deseja generalizar os resultados do estudo; 
População alvo: pessoas com probabilidade 
(preferencialmente igual) de serem incluídos 
no estudo); 
EXEMPLO 
Frequência em aulas de Educação Física em 
escolas públicas no ensino médio do Estado de 
São Paulo (será feita na cidade de São Paulo). 
População externa: Escolas públicas de ensino 
médio do estado de São Paulo. 
População alvo: Escolas públicas de ensino 
médio da cidade de São Paulo. 
AMOSTRA 
Indivíduos realmente selecionados para o 
estudo, selecionados segundo algum critério. 
EXEMPLO 
Todos os alunos de 60 turmas de ensino médio 
de 20 escolas públicas da cidade de São Paulo. 
 
 
11 Camila Carminate – 2 FASE 
FORMA DE SELEÇÃO DA AMOSTRA 
Como coletar os dados da amostra, como 
recrutar os pacientes. 
EXEMPLO 
1. Listagem das escolas da cidade que 
oferecem ensino médio; 
2. Sorteio aleatório de 20 escolas; 
3. Dentro das escolas, sorteio aleatório de 3 
turmas em cada escola. 
MEPCAST 17 
AMOSTRA PROBABILISTICA 
Técnicas de amostragem em que a seleção é 
aleatória de tal forma que cada elemento tem 
igual probabilidade de ser sorteado para a 
amostra, e é selecionado independentemente 
de qualquer outro. 
Que podem ser: 
 Amostragem Aleatória Simples; 
 Amostragem Aleatória Sistemática; 
 Amostragem Estratificada; 
 Amostragem por Conglomerados; 
ALEATORIA SIMPLES 
Todos os elementos da população têm a mesma 
probabilidade de ser selecionado. É o 
processo mais elementar e muito 
frequentemente utilizado. Vários meios podem 
ser usados, desde que ofereçam a mesma 
probabilidade de seleção de um elemento da 
amostra. 
VANTAGENS: Facilidade de compreensão; 
Resultados podem ser projetados para a 
população-alvo; 
DESVANTAGENS: Em geral, resulta em menor 
precisão com maiores erros do que outras 
técnicas de amostragem probabilística; pode 
não resultar em uma amostra representativa; 
 
 
MEP CAST 18 
ALEATORIA ESTRATIFICADA 
Seu principal objetivo é aumentar a precisão 
sem elevar o custo. Utilizada quando a 
população se divide em sub-populações 
(estratos) razoavelmente homogêneos; A 
amostragem estratificada consiste em 
especificar quantos itens da amostra serão 
retirados de cada estrato; 
A seleção em cada estrato deve ser 
ALEATÓRIA; Como a população se divide em 
subconjuntos, convém que o sorteio dos 
elementos leve em consideração tais divisões, 
para que os elementos da amostra sejam 
proporcionais ao número de elementos desses 
subconjuntos. 
MEPCAST 19 
CONGLOMERADO 
Esta técnica é usada quando a identificação dos 
elementos da população é extremamente 
difícil, porém pode ser relativamente fácil 
dividir a população em conglomerados 
(subgrupos) heterogêneos representativos da 
população global. 
Uma amostra aleatória simples desses 
conglomerados pode ser escolhida, e uma 
contagem completa deve ser feita para o 
conglomerado sorteado. 
EXEMPLO 
Se as empresas são os conglomerados, então os 
trabalhadores são os dados amostrais; 
Selecionar os conglomerados 
ALEATORIAMENTE; 
Pesquisar todos os trabalhadores dos 
conglomerados selecionados ou uma amostra 
aleatória deles. 
MEPCAST 20 
AMOSTRA NÃO PROBABILISTICA 
Não é possível generalizar os resultados para a 
população, pois amostras não probabilísticas 
 
12 Camila Carminate – 2 FASE 
não garantem a representatividade da 
população. 
Pode ser dividida em: 
 Amostragem por conveniência; 
 Amostragem Bola de Neve; 
 Amostragem por Saturação; 
AMOSTRAGEM POR CONVENIENCIA 
Esta técnica é muito comum e consiste em 
selecionar uma amostra da população que seja 
acessível. 
Ou seja, os indivíduos empregados nessa 
pesquisa são selecionados porque eles estão 
prontamente disponíveis, não porque eles 
foram selecionados por meio de um critério 
estatístico. 
Geralmente essa conveniência representa uma 
maior facilidade operacional e baixo custo de 
amostragem, porém tem como consequência a 
incapacidade de fazer afirmações gerais com 
rigor estatístico sobre a população. 
EXEMPLO 
Suponhamos que você quer saber a opinião de 
estudantes universitários chilenos sobre 
política. Para realizar amostra por 
conveniência, poderíamos abordar três 
universidades próximas, simplesmente porque 
representam o local onde a população da 
pesquisa "reside" e perguntar a alguns 
estudantes do período matutino que 
concordam em participar. 
MEPCAST 21 
AMOSTRAGEM BOLA DE NEVE 
É uma técnica de amostragem não 
probabilística onde os indivíduos selecionados 
para serem estudados convidam novos 
participantes da sua rede de amigos e 
conhecidos. 
O nome de "bola de neve" provem justamente 
desa ideia: do mesmo modo que uma bola de 
neve rola ladeira a baixo, cada vezmais ela 
aumenta seu tamanho. 
O mesmo ocorre com a essa técnica amostral, 
ela vai crescendo à medida que os indivíduos 
selecionados convidam novos participantes. 
A bola de neve é usada com frequência para 
acessar a populações de baixa incidências e 
indivíduos de difícil acesso por parte do 
pesquisador. 
EXEMPLO 
Estudar um grupo especifico, como por 
exemplo colecionadores de selo. 
MEPCAST 22 
AMOSTRAGEM POR SATURAÇÃO 
É uma ferramenta conceitual frequentemente 
empregada nos relatórios de investigações 
qualitativas em diferentes áreas no campo da 
Saúde, entre outras. 
É usada para estabelecer ou fechar o tamanho 
final de uma amostra em estudo, 
interrompendo a captação de novos 
componentes. 
EXEMPLO 
Para populações infinitas (com cerca de 100.00 
hab. ou mais), não há necessidade de aumentar 
mais o tamanho da amostra, pois a margem de 
erro não irá se reduzir significantemente. 
MEPCAST23 
INCERTEZAS MEDIDAS 
Parâmetro associado ao resultado de uma 
medição, que caracteriza a dispersão dos 
valores que podem ser razoavelmente 
atribuídos ao mensurando (quantidade 
particular submetida a medição). 
ERRO ALEATORIO 
Decorrem de fatores não controlados na 
realização de medidas e seu efeito consiste em 
produzir ao acaso acréscimos e decréscimos 
no valor obtido. Estes efeitos aleatórios são a 
causa de variações em observações repetidas 
do mensurando. Embora não seja possível 
compensar o erro aleatório de um resultado de 
medição, ele pode geralmente ser reduzido 
 
13 Camila Carminate – 2 FASE 
aumentando-se o número de observações; seu 
valor esperado é zero. 
-Pode ser medido e não pode ser evitado; 
MEPCAST 24 
INCERTEZAS EVITADAS 
ERRO SISTEMATICO 
Não podem ser eliminados, porém podem ser 
reduzidos. Se um erro sistemático se origina de 
um efeito reconhecido de uma grandeza de 
influência em um resultado de medição, por 
exemplo, a má calibração de uma balança 
pode acrescer sistematicamente sempre a 
mesma quantidade nas medidas de uma 
determinada massa, este efeito pode ser 
quantificado e corrigido. 
MEPCAST 25 
TIPOS DE VIÉS 
Quando existe um viés, significa que o 
pesquisador introduziu no estudo um erro 
sistemático que levara a uma distorção dos 
resultados que não pode ser resolvida com 
técnicas de análise estatística. 
Quando se tem viés, a pesquisa perde o valor e 
o estudo deve ser repetido. 
VIES DE SELEÇÃO 
- Os grupos (expostos e não expostos) são 
iguais em todos os aspectos? 
Quando o grupo controle escolhido como 
comparador do grupo de casos não apresenta 
as mesmas características epidemiológicas. 
Comparação estatística de variáveis como 
idade, nível educacional, nível 
socioeconômico etc. 
Erro mais frequente, por ser difícil encontrar 
populações idênticas ao grupo de caso em 
todos os aspectos menos na doença. 
Caso existam diferenças estatisticamente 
significativas entre as características gerais das 
duas populações, então estamos frente a 
grupos diferentes e não idênticos, ou seja, foi 
utilizado viés de seleção; 
EXEMPLO 
Uma pesquisa para descobrir a chance de se 
ter câncer de pulmão, mas selecionar apenas 
pessoas que fumam; 
VIES DE MEMORIA 
São quando os indivíduos já tiveram a doença e 
lembra dos detalhes passados da doença. 
O doente pode procura para achar uma 
explicação para o que acontece com ele. 
Uma forma de ter precisão no viés de memória 
é utilizando dispositivos que ajudam a 
relembrar (fotos, lembretes, etc.), mas nunca 
influenciando na resposta do doente. 
EXEMPLO 
Uma pesquisa onde se avalia o uso de 
hormônios e a aparição de má formação no 
recém-nascido. 
Para ajudar foi utilizado foto dos hormônios 
vendidos anos atrás e que poderiam estar 
relacionados a má formação. 
VIES DE INFORMAÇÃO 
- As informações nos dois grupos são coletados 
da mesma maneira? 
Os entrevistadores devem desconhecer o 
objetivo ou hipótese da pesquisa (manter 
cego), para evitar resultados ou avaliações 
subjetivas. Assim como devem desconhecer 
qual o grupo de paciente exposto e qual o não 
exposto. Apenas treinados para registrar as 
informações. 
EXEMPLO 
Quero avaliar o risco de desenvolver câncer de 
pulmão quando tabagista. 
As informações dos não expostos são coletados 
de registros médicos hospitalares e dos 
expostos através de entrevistas anuais. 
 
14 Camila Carminate – 2 FASE 
Nesse caso não se garante que as informações 
sejam iguais nos dois grupos. 
MEPCAST 26 
VIES DE AFERIÇÃO - ESTUDO 
Não meço da forma ideal; 
EXEMPLO 
Quando vou medir o tanto que a pessoa fuma, 
mas eu deixo que ela me responda o quanto ela 
fuma em um papel e essa pessoa perde o 
papel; 
Comprar a respeito de uma doença e o teste 
diagnostico não é padronizado, ou seja, em um 
grupo eu uso um teste e no outro grupo eu uso 
outro teste; 
MEPCAST 27 
VIES DE CONFUSÃO - ESTUDO 
Aquilo que o pesquisador está medindo e vai 
ser influenciada por outras variáveis que não 
são controladas pelo pesquisador; 
EXEMPLO 
O pesquisador afirma que é maior a chance de 
desenvolver câncer de pulmão nos indivíduos 
que fumam, mas o grupo controle está 
localizado em um lugar que possui uma usina 
que exala muita poluição; 
MEPCAST 28 
TESTE DE HIPOTESES 
Quando fazemos uma pesquisa, normalmente 
usamos amostras. Entretanto, o objetivo final é 
generalizar os resultados para toda população. 
O que diz se é valido ou não são os testes de 
hipóteses. 
HIPOTESE NULA – H0 
Essa hipótese diz que os resultados são obras 
do acaso, ou seja, não podem ser generalizadas 
para a população. 
Não há diferença entre os dados. 
Tente provar a falsidade através de testes. 
EXEMPLO 
Em uma pesquisa para descobrir qual o melhor 
meio de transporte, 50% dos entrevistados 
afirmaram preferir utilizar o Taxi e 50% dos 
entrevistados afirmaram preferir utilizar Uber. 
HIPOTESE ALTERNATIVA – H1 
É o contrário da nula. Não tem preferência e há 
diferença. 
Essa hipótese diz que os dados são validos para 
toda população. 
Considerada Unicaudal. Ela também é 
probabilística, ou seja, pode ter erro ou não. 
EXEMPLO 
Em uma pesquisa para descobrir qual o melhor 
meio de transporte, o Uber foi escolhido com 
mais votos. 
MEPCAST 29 
ERRO ALFA – NIVEL DE SIGNIFICANCI 
DO TESTE 
Quando a hipótese nula é verdadeira e você a 
rejeita. 
EXEMPLO 
-Hipótese nula (H0): μ1= μ2 
Os dois medicamentos são igualmente 
eficazes. 
-Hipótese alternativa (H1): μ1≠ μ2 
Os dois medicamentos não são igualmente 
eficazes. 
Um erro alfa ocorre se o pesquisador rejeita a 
hipótese nula e conclui que os dois 
medicamentos são diferentes quando, de fato, 
eles não são. 
MEPCAST 30 
ERRO BETA – PODER DO TESTE 
Quando a hipótese nula é falsa e você não a 
rejeita. 
 
15 Camila Carminate – 2 FASE 
EXEMPLO 
Hipótese nula (H0): μ1= μ2 
Os dois medicamentos são igualmente 
eficazes. 
Hipótese alternativa (H1): μ1≠ μ2 
Os dois medicamentos não são igualmente 
eficazes. 
Ocorrer um erro beta o pesquisador não 
rejeitará a hipótese nula, quando ele deveria 
tê-la rejeitado. Isto é, o pesquisador concluir 
que os medicamentos são os mesmos quando, 
de fato, eles são diferentes.

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