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EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO ESCOLAR

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FACULDADE FUTURA
MARIA CRISTINA RAMOS
EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO ESCOLAR
SANTA BÁRBARA
2019
FACULDADE FUTURA 
MARIA CRISTINA RAMOS
EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO ESCOLAR
Artigo Científico Apresentado à Faculdade Futura, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Educação Física Escolar e Educação Especial.
SANTA BÁRBARA
2019
EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO ESCOLAR
MARIA CRISTINA RAMOS
RESUMO
O presente estudo pretende proporcionar uma análise e reflexão acerca das contribuições da Educação Física na aprendizagem e desenvolvimento dos alunos com deficiência e a função da escola frente a essa demanda. O objetivo deste artigo é apresentar a importância do esporte na educação, sua contribuição na prática educacional inclusiva e o dever da escola em atender e incluir todos os portadores de necessidades educacionais especiais. Aplicou-se a metodologia através de uma pesquisa bibliográfica dos autores como GOMES, QUEIROZ e SILVA (2016) e SANTOS (2011), entre outros que contribuíram com a pesquisa relacionada à temática. Preocupou-se em se ater sucintamente a respeito dos processos de inclusão no esporte e a preparação da escola para receber os alunos deficientes. Concluiu-se que a Educação Física oferece uma enorme colaboração para a educação inclusiva como auxiliadora no entendimento das diversidades e possibilita que os horizontes se abram para um melhor atendimento às diferenças, promovendo a inclusão.
Palavras-chave: Educação Física. Inclusão Escolar. Educação Especial. 
Introdução
O presente trabalho tem como tema os desafios relacionados à educação física escolar e formas de inclusão através do esporte na educação especial, destacando com veemência a tarefa árdua que é desmistificar a educação física como atividade somente para pessoas ditas “normais”.
Todas as pessoas deficientes têm o direito de ter suas necessidades reconhecidas e atendidas pela sociedade, desfrutar de oportunidades e garantir sua liberdade de ser diferente, inclusive dentro do esporte escolar.
A escola, portanto, precisa se adaptar às necessidades dos alunos, de forma a aceitar e respeitar suas diferenças, trabalhando a inclusão sem distinção, de forma coletiva independente de suas habilidades.
Sabe-se que o desafio dos professores ao enfrentar o cotidiano da sala de aula com a educação especial não é uma tarefa muito fácil, porém não é impossível e, para o bom desenvolvimento da classe e dos alunos de forma individual, é necessária uma formação contínua para se pensar a prática inclusiva da educação física e propostas de intervenção que promoverão mudanças significativas na vida escolar.
Neste contexto, o trabalho apresenta como objetivo a importância da disciplina de Educação Física no contexto da educação especial e como esta auxilia no entendimento do funcionamento do corpo, das competências sociais e interação para o desenvolvimento adequado do aluno.
Para o desenvolvimento do trabalho utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica. Consultaram-se materiais publicados na literatura e artigos científicos em sites eletrônicos. Os artigos e textos foram analisados buscando responder aos objetivos do estudo.
O texto final foi fundamentado nas ideias e concepções de autores como: Batista e Enumo (2004), Franz, Matiello e Peruzzo (2015), Gomes, Queiroz e Silva (2016), Lara e Pinto (2017), Mello e Silva (2018), Santos (2011), Unesco (1994), Werneck (1997).
Desenvolvimento 
A inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais vem mobilizando toda a comunidade escolar, remetendo uma inserção total desses alunos e criando cada vez mais uma ruptura no modelo tradicional de ensino, mostrando que todos os alunos, independente de portar ou não algum tipo de deficiência, devem ser incluídos nas escolas.
Nos últimos tempos, a educação física na escola tem sido vista como uma tarefa fácil de executar, pois se percebe que a maioria dos alunos gostam de participar das aulas, porém essa disciplina ainda continua sendo pouco valorizada em relação às demais no ambiente escolar. Sendo área de suma relevância para o bom funcionamento escolar, a educação física serve de suporte para muitas outras disciplinas facilitando a prática educativa, buscando incluir, sem segregação, todos os alunos e, assim, respeitando a diversidade. 
É importante especificar o conceito de integração e inclusão, processos diferentes, mas que priorizam a inserção dos portadores de necessidades especiais na escola. Werneck (1997), assim conceitua integração e inclusão:
A palavra inclusão remete-nos a uma definição mais ampla, indicando uma inserção total e incondicional. Integração, por sua vez, dá a idéia de inserção parcial e condicionada às possibilidades de cada pessoa, já que o pressuposto básico é de que a dificuldade está na pessoa portadora de deficiência, e que estas podem ser incorporadas no ensino regular sempre que suas características permitirem. Dito de outra forma, a inclusão exige a transformação da escola, pois defende a inserção no ensino regular de alunos com quaisquer déficits e necessidades, cabendo às escolas se adaptarem às necessidades dos alunos, ou seja, a inclusão acaba por exigir uma ruptura com o modelo tradicional de ensino.
Parâmetros curriculares nacionais da Educação Física apontam metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, com confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança (BRASIL, 1998).
De acordo com Lara e Pinto (2017), o professor deverá se adequar a essa nova proposta pedagógica, sendo necessário considerar a diversidade social, cultural, física ou qualquer outra. O professor pode explorar variáveis dentro da prática da educação física para fomentar processos inclusivos, além de viabilizar uma melhor aceitação do outro e de si mesmo. A educação física mediada por um professor inovador pode ser uma forma criativa de desvencilhar preconceitos e aumentar formas de efetiva inclusão.
Segundo Santos (2011), o cérebro é responsável por processar uma informação, armazenar e selecionar o conhecimento, é preciso compreender o seu funcionamento. O profissional da educação física precisa entender que existe uma biologia, uma anatomia neste cérebro que aprende, portanto, é importante que o professor busque conhecer um pouco de como o cérebro e o corpo dos portadores de deficiência funcionam para que assim ele possa intensificar sua prática pedagógica auxiliando esses alunos.
Além do conhecimento acerca das estruturas corporais e seu funcionamento, os profissionais ligados à educação física precisam criar e utilizar estratégias que contribuem para a prática pedagógica em sala de aula, para que os estudantes com deficiência se sintam parte do grupo, independentes e capazes de desenvolver amizades.
Franz, Matiello e Peruzzo (2015) enfatizam que:
Entende-se por metodologia o caminho a ser percorrido. Ela determina os procedimentos ou estratégias que se utiliza para dar aula. A metodologia precede do planejamento das atividades, é o “como” vamos ensinar, sendo sua escolha imprescindível para a prática docente.
Isso mostra como a educação física pode ajudar na prática pedagógica com estudantes deficientes, em entender como o cérebro e o corpo aprendem oferecendo à educação propostas de intervenção e expansão dos repertórios de competência social e cognitiva, reduzindo a probabilidade de isolamento e retrocesso dos alunos deficientes.
A noção de inclusão e o seu conceito é um desafio a ser enfrentado pelas escolas regulares e à educação como um todo. O sistema educacional brasileiro tem vivenciado um momento de transição no atendimento dos alunos com necessidades educativas especiais, o entendimento a respeito da inclusão tem aflorado e causado efeitos no que tange às possibilidades de cada um, além de garantir o direito de educação para todos.
 A Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), assegura que:
As escolasdevem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas.
Dessa forma, Batista e Enumo (2004) afirmam que:
O processo de inclusão/integração de crianças com deficiência no ensino regular possibilita-lhes interagir espontaneamente em situações diferenciadas, enquanto adquirem conhecimento e se desenvolvem. Essa integração, entretanto, não deve ser facilmente resolvida a partir de uma resolução de cunho legal ou teórica, uma vez que variáveis relacionadas a processos grupais e reações de preconceito podem influenciá-la, seja facilitando ou dificultando a integração dessas pessoas com aquelas ditas "normais".
Segundo os autores Silva, Gomes e Queiroz (2016), a prática escolar irá exigir muito mais de todos os envolvidos nesse processo e, é bem verdade, que agitará toda uma estrutura que antes se organizava muito “certinha” e que agora parece não se encontrar diante das novas demandas exigidas por este novo público.
A escola passa por muitas transformações, de modo que ela precisa se adaptar às necessidades dos alunos, ou seja, haverá mudanças, criação de projetos e estratégias não apenas no âmbito da aprendizagem por meio da Educação Física, mas também a respeito da interação social, criação de vínculos das crianças ditas “normais” com as “anormais”, oferecendo um ambiente de qualidade para o bom desempenho de todos. 
Silva, Gomes e Queiroz (2016), enfatizam ainda, que a dificuldade de aceitação e interação num primeiro momento entre crianças típicas e atípicas é pertinente. Por isso, é preciso perceber que a inclusão escolar tem uma ampliação muito maior em suas ações que vão para além do atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência.
É de suma importância o professor ficar atento ao movimento de suas aulas, pois com a prática de esportes rótulos serão criados, o isolamento e o contraste entre grupos podem vir a acontecer, pois há um processo de identificação para a interação entre colegas, principalmente nos jogos. O diferente causa impacto e, muitas vezes, o olhar de desconfiança e medo se apodera dos alunos “normais”.
É papel da escola saber lidar com essa situação, desmistificar a ideia de que pessoas portadoras de alguma deficiência não são capazes de realizar qualquer tarefa com as habilidades que possuem, quebrar estereótipos traduzidos nos apelidos, chacotas e ridicularizações. Auxiliar os alunos no entendimento de que existe algo em comum entre todos e isso precisa ser respeitado independente de qualquer situação. 
Alunos deficientes devem ser preparados para conviver em sociedade, e a inclusão através do esporte é apenas uma porta que abrirá para várias outras e que levará essas pessoas a crescer, desenvolver e exercer sua cidadania.
Resumindo, a integração privilegia o aluno portador de necessidades educativas especiais, dividindo com ele a responsabilidade da inserção, enquanto a inclusão tenta avançar, exigindo também da sociedade, em geral, condições para essa inserção (GOMES; QUEIROZ; SILVA; 2016).
Conclusão
Diante do exposto, conclui-se que todo o estudo e a trajetória do processo de inclusão de alunos com deficiência nas aulas de Educação Física visam o bem comum e garante a essas crianças/adolescentes a possibilidade de interagir sem restrições ou rótulos em situações diversas, na medida em que adquirem independência e se desenvolvem cognitivamente e fisicamente.
Vale ressaltar que o sistema de ensino ainda é muito falho e a inclusão de estudantes deficientes acaba sendo, em alguns casos, pela força da lei. Porém, não é impossível conscientizar toda a comunidade escolar a direcionar o olhar à diversidade de capacidades e saber que Educação Física precisa ser encarada com responsabilidade.
É necessário considerar que a disciplina de Educação Física oferece uma enorme contribuição de intervenções com práticas educacionais e inclusivas, ajudando os professores a ampliar seus horizontes e melhorar a prática pedagógica em sala de aula, sendo fundamental no fortalecimento dos vínculos entre alunos com deficiência e os que não a possuem. 
É preciso conhecer as características individuais dos alunos com necessidades educacionais especiais, a fim de traçar a melhor aula a ser ofertada para que ele possa desenvolver todas as suas habilidades, aprender a lidar com essa diversidade de alunos em sala de aula e promover a prática pedagógica inclusiva, respeitando as diversidades e singularidades de cada aluno.
Dessa forma, compreende-se que essa prática ainda tem muito a melhorar e que o entendimento do funcionamento corporal resulta em um ensino com melhor qualidade. Destaca-se que a relação íntima entre inclusão e Educação Física pode interferir positivamente no rendimento escolar de todos os alunos e mostra que todos precisam, devem e podem ser incluídos no cotidiano escolar.
	
REFERÊNCIAS
BATISTA, Marcus Welby; ENUMO, Sônia Regina Fiorim. Inclusão escolar e deficiência mental: análise da interação social entre companheiros. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2004 000100 012. Acesso em 20 dez. 2019.
GOMES, Ricardo Jorge Silveira; QUEIROZ, Eroflim João; SILVA. Educação Especial e Neurociência: Um diálogo possível na prática pedagógica em sala de aula comum. Disponível em: https://editorarealize.com.br/revistas/ cintedi/trabalhos/TRABALHO_EV060_MD1_SA6_ID499_04092016204909.pdf. Acesso em: 20 dez. 2019.
MELLO, Elena Maria Billig; SILVA, Luciane Grecilo da. Fundamentos de neurociência presentes na inclusão escolar: vivências docentes. Disponível em: file:///C:/Users/Win/Downloads/28388-163530-1-PB%20(1).pdf. Acesso em 20 dez. 2019.
SANTOS, Denise Russo dos. Contribuições da neurociência à aprendizagem escolar na perspectiva da educação inclusiva. Disponível em: http://files.cdirscomunidadespraticas.webnode.com/200000100-6b2f46d264/artigo_d eniserusso.pdf. Acesso em 20 dez. 2019.
UNESCO. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas Especiais. Brasília: CORDE, 1994.
WERNECK, Claudia. Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva. São Paulo: Wva, 1997.
MATIELLO, Marizete Lemes da Silva; FRANZ, Edilaine; PERUZZO, Joice. A Educação Física na inclusão: um olhar sobre a perspectiva da metodologia de ensino. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/2 0917_11093.pdf. Acesso em: 20 dez. 2019.

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