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ROTEIRO DE EXAME FÍSICO DO AP. RESPIRATÓRIO Paula Novais INSPEÇÃO: N=Tórax atípico, eupnêico, sem esforço respiratório (tiragens ou uso de musculatura acessória) com expansibilidade preservada bilateralmente 1-INSPEÇÃO GERAL DO TÓRAX: - Abaulamentos, retrações, cicatriz e/ou lesões de pele - Observar forma do tórax (Tonel (DPOC)? deformidades de coluna vertebral?) 2-EXPANSIBILIDADE TORÁCICA 3-FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (Incursões por minuto) Eupnêico (16-20ipm) / taquipnêico/ bradipnêico 4- TIRAGEM INTERCOSTAL - esforço respiratório Retração respiratória dos espaços intercostais, supra-esternal, supraclavicular 5- USO DE MUSCULATURA ACESSÓRIA - esforço respiratório grave ECM e escalenos (pode batimentos de asas de nariz) 6- FÊNOMENO DE LITTEN: (visualização da movimentação do diafragma -depressão linear) Pct deitado com braços levantados (olhar face lateral do tórax) Avaliar se há diferença entre os dois lados PALPAÇÃO: 1- EXPANSIBILIDADE TORÁCICA N= Expansibilidade preservada bilateralmente MANOBRA DE LASÉGUE (bases pulmonares)- mãos espalmadas MANOBRA DE RUAULT ápices pulmonares Examinador por trás coloca as mãos (dedos polegares unidos formando um ângulo) apoiadas nas costas (por cima da fossa supraclavicular) do paciente sentado.Comparar movimentos das mãos bilateralmente (N= mãos angularem iguais) 2-FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV)- “33” N= FTV uniformemente palpável bilateralmente Usar apenas uma das mãos (Palpar tanto anteriormente quanto posteriormente) IDADE FR (ipm) RN 40-45 lactentes 25-35 Pré- escolares 20-35 Escolares 18-22 Adultos 16-20 RITMOS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS 1-Cheyne-stokes (ciclopnéia) hiperpnéia , bradipnéia e apnéia Causas; insuf cardíaca, TU cerebral, Intoxicação por morfina ou barbitúricos, uremia 2-Kussmaul Amplos mov inspiratórios e inspiratórios com pausas de apnéia : rápida e profunda Causa: acidose metabólica 3-Biot (atáxica) Pausas de apnéia de duração variável- irregularidade imprevisível Causa: meningite, TU, TCE (lesão do c. respiratório) 4-Apnéia do sono -Pausas respiratórias prolongadas (>10 seg) Causas: DPOC, micrognatismo, cifoescoliose, obesidade 5-Síndrome de Pickwick- Apnéia do sono em obesos Aumentada: compensador (Ex: D. pleural ou atelectasia unilat) Diminuida: unilateral: atelectasia, D. pleural unilat, PNM, atelectasia bilateral: enfisema pulm. D. pleural bilat, politrauma, depressão resp., polio, miastenia Diminuição generalizada do FTV: enfisema, obesidade, edema de parede torácica Diminuição localizada do FTV: PNTX, D. pleural, Atelectasia Aumento localizado do FTV: PNM com condensação (precisa ter brônquio pérvio) 3-FRÊMITO OU ATRITO PLEURAL- Palpado nas pleurites 4-CREPITAÇÕES - No enfisema subcutâneo 5-ABAULAMENTOS OU FLUTUAÇÕES- Processos infeciosos parietais /empiemas PERCUSSÃO N= som claro atimpânico OBS: a região precordial apresenta zonas de macicez (coração) Técnica Digito-digital (falanges distais do dedo médio) Percurtir entre os espaços intercostais / Sempre comparar bilateralmente AUSCULTA N= Múrmurio vesicular universalmente audível s/ ruídos adventicios (MVUA s/ RA) Ausculta-se: 1-Murmúrio vesicular (ruido suave, mais intenso nas bases e diminuido ou ausente no precórdio) 2- Ruídos adventícios 1-MURMÚRIO VESICULAR Técnica Paciente sentado com mãos no joelho, tórax despido (tossir algumas vezes antes) Auscultar: anterior, posterior, lateral e fossas supraclaviculares (ápices pulm) OBS: pêlos e roupas podem simular ruidos anormais (semelhantes a estertores) 2-RUÍDOS ADVENTÍCIOS RONCOS E SIBILOS Significa espasmo (asma, bronquite, reação alérgica, enfisema…) Sibilos monofônicos (um segmento brônquico acometido) ou polifônicos ESTERTORES a) Crepitantes- ouvidos no fim da insp. (PNM lobar, fibrose pulmonar, I. card c/ HAP, bronquiectasias) b) Bolhosos- pode ser modificado pela tosse (congestão pulmonar da insuf cardiáca, EAP) ATRITO PLEURAL “ranger de couro cru” Sem relação com inspiração ou expiração/ não é modificado pela tosse SOPROS a)Sopro glótico patológico (sopro “tubário”) condensações superficiais extensas com brônquio pérvio b)Sopro cavernoso ou cavitário (mais grave e mais rude que o sopro tubário) Tuberculose pulmonar cavernosa (sem liquido dentro) c)Sopro anfórico “soprar dentro de uma garrafa vazia”- Variante do sopro cavitário EX: tuberculose cavernosa, PNTX com fístula broncopleural aberta BRONCOFONIA (distingue-se as palavras - o som fica mais nítido) O normal é não distinguir bem as sílabas Pede para o pct falar “33” ou qualquer outra palavra Em casos de condensação pulmonar com brônquio pérvio Som timpânico ou Hipertimpânico- pneumotórax Som maciço- derrame pleural, pneumonia, atelectasias MV aumentado difusamente: hiperventilação MV diminuido localmente- atelectasia, PNM, D. pleural, PNTX MV diminuido difusamente: enfisema, obesidade, asma grave PECTORILÓQUIA AFÔNICA (distingue-se as sílabas- som sussurrado intenso) Semelhante a broncofonia Em casos de condensaçào pulmonar com brônquio pérvio EGOFONIA “tipo ruido de cabra” Agudo, metálico, entrecortado, fala “E” e ouve-se “A” Em casos derrame pleural e condensação pulmonar CORNAGEM OU ESTRIDOR obstrução alta Causas: Estenoses de traquéia, corpo estranho, secreções, reações anafiláticas SINTOMAS SÍNDROMES EDEMA AGUDO DE PULMÃO Inspeção - dispnéia, tiragem intercostal e supraclavicular, expectoração rósea. Palpação - sem anormalidades Percussão - som claro atimpânico Ausculta - estertores crepitantes ao final da inspiração DERRAME PLEURAL Inspeção - a traquéia pode estar desviada para o lado oposto nos grandes derrames. Palpação - expansibilidade diminuída; FTV diminuído ou ausente. Percussão - maciço a submaciço. Ausculta - MV diminuído ou ausente; por vezes atrito pleural PNEUMOTÓRAX Inspeção - dispnéia, cianose, tiragem intercostal desvio da traquéia para o lado contrário da lesão. Palpação - diminuição ou ausência da expansibilidade, FTV diminuído ou ausente. Percussão - timpanismo, hiperressonância. Ausculta - MV diminuído ou ausente; ausência ou diminuição da voz sussurrada CONDENSAÇÃO PULMONAR Inspeção - sem anormalidades Palpação - expansibilidade sem alterações; FTV aumentado Percussão - macicez na região isenta de ar Ausculta - estertores no final da inspiração na região envolvida, broncofonias (egofonia, pectorilóquia) DISPNÉIA 1- Grandes esforços (subir vários lances de escadas/ pegar peso/ato sexual) 2- Médios esforços (andar no plano/ um lance de escada) 3- Pequenos esforços (pentear cabelo/ troca de roupa) 4- Repouso DISPNÉIA PAROXÍSTICA NOTURNA (DPN) Dorme e acorda depois de algum tempo (2-3h) com dispnéia (despertado pela dispnéia) ORTOPNÉIA Deita e apresenta dispnéia (dispnéia de decúbito) PLATIPNÉIA Melhora da dispnéia ao deitar (síndrome hepato-pulmonar) DISFONIA (ROUQUIDÃO) Causas: laringite alérgica/ viral/ BK/ TU/ “calo” de cordas vocais/ paralisia de cordas vocais/ Tu de mediastino/ mixedema/ amiloidose/ DRGE/ funcional/ psicogênica ou “emocional” SIBILÂNCIA (“CHIADO”) Significa broncoespasmo Geralmente difuso: asma/ bronquite/ reações alérgicas/ Se localizado: pensar em corpo estranho e TU CORNAGEM Sinal de obstrução de via áerea alta ATELECTASIA Inspeção - a traquéia pode estar desviada para o lado comprometido. Palpação - expansibilidade diminuída; FTV geralmente ausente quando persiste o tampão brônquico. Percussão -macicez na região sem ar. Ausculta - MV ausente enquanto persiste o tampão brônquico ENFISEMA PULMONAR Inspeção - taquipnéia, expiração prolongada, tórax em tonel, dedos em baqueta de tambor. Palpação - diminuição da expansibilidade; FTV diminuído. Percussão - hiperressonância, limite inferior de ambos pulmões rebaixados. Ausculta - MV diminuído, prolongamento da expiração, ocasionalmente roncos, sibilos e estertores. ASMA BRÔNQUICA Inspeção - taquipnéia, expiração prolongada, por vezes com tiragem intercostal. Palpação - diminuição da expansibilidade; FTV diminuído. Percussão - hiperressonância ocasional. Ausculta - MV diminuído, prolongamento da expiração, roncos e sibilos OBS: Derrame pleural, pneumotórax desviam a traquéia para o lado contrário da lesão Atelectasia: desvia traquéia homolateral a lesão RESUMO DA DESCRIÇÃO DE EXAME DO AP RESPIRATÓRIO NORMAL Tórax atípico, eupnêico (FR x ipm), sem esforço respiratório (tiragens ou uso de musculatura acessória) com expansibilidade preservada bilateralmente. FTV uniformemente palpável bilateralmente. Som claro atimpânico à percussão. Múrmurio vesicular universalmente audível s/ ruídos adventicios (MVUA s/ RA).
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