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RELATÓRIO TEÓRICO LATC Nome do aluno: Maura Felissa Neves Silvério da Silva Turma/Período: T1/6º período Data: 08/05/20 Tema da aula: Atendimento ao politraumatizado Palestrante: Dr. Flavius Na aula do dia 08/05 discutimos as principais causas de trauma e a sua sequência de atendimento. Mas antes disso, foi apresentado para nós, o Modelo Trimodal que mostra claramente que as mortes por trauma ocorrem em 3 momentos característicos: 1º. Pico (50% dos óbitos): segundo a minutos após, por lesões graves de difícil tratamento. Consequência de lesões maciças dos sistemas cardiovascular, respiratório e neurológico. A prevenção primária é a melhor conduta. 2º. Pico (30% dos óbitos): nas primeiras horas após o evento, evitável por atendimento inicial adequado. Sobretudo como consequência do choque hemorrágico. Esse momento, portanto, é chamado de “Golden Hour”. 3º. Pico (20% dos óbitos): de dias a semanas após o evento, por complicações sistêmicas. Por consequência de infecções e falência de múltiplos órgãos e sistemas. Em seguida foi discutido: Avaliação primária, reanimação e medidas auxiliares à avaliação primária e à reavaliação de acordo com atls. A: Vias aéreas com proteção da coluna cervical -Para avaliar a perviedade da via aérea, as manobras recomendadas são a chin lift (elevação do mento) e jaw thrust (tração da mandíbula). -Ambas devem ser realizadas com proteção da coluna cervical, uma vez que, todo doente politraumatizado deve ser considerado com lesão cervical até que se prove o contrário. -Essas manobras são importantes para identificar sinais de obstrução da via aérea . Entretanto, se houver corpos estranhos, eles devem ser retirados. -No caso de líquidos em grandes quantidades, deve ser realizada a aspiração com um aspirador de ponta rígida. ● Via aérea definitiva -Se tivermos qualquer dúvida sobre a capacidade do doente em manter a permeabilidade da sua via aérea, devemos estabelecer uma via aérea definitiva, que inclui a intubação endotraqueal e a via aérea cirúrgica. -Esta última deverá ser uma opção nos casos em que intubação não tiver sucesso ou haja contraindicações. -Nessa etapa ainda, é importante monitorizar a saturação do paciente, através do oxímetro de pulso, e caso ele seja intubado, a capnografia é importante para avaliarmos o CO2 no ar expirado. -A monitorização eletrocardiográfica também deve ser realizada. -Só após a estabilização da via aérea do paciente, é que poderemos seguir para a próxima etapa. B: Ventilação e Respiração -Uma via aérea pérvia, por si só, não nos garante que a ventilação do paciente está ocorrendo de maneira adequada. O ar pode estar chegando nos pulmões, mas há algum problema na troca gasosa. -Caso não tenha sido entubado na etapa ‘A’, o politraumatizado deverá receber oxigênio suplementar. -Nessa etapa, o pescoço e tórax do paciente devem ser bem examinados. Na avaliação do pescoço, devemos procurar por estase de jugulares, desvio de traquéia e enfisema subcutâneo, sinais que podem indicar a presença de uma lesão que necessita de tratamento imediato. -A palpação da coluna cervical também deve ser realizada, a fim de identificar a presença de espículas ósseas, que falam a favor de lesão vertebral. -Checado o pescoço, devemos iniciar o exame físico do tórax, e associar as informações com os achados do exame cervical. ● Inspeção torácica -Na inspeção torácica, devemos observar se os movimentos respiratórios estão simétricos e se há lesões, como pneumotórax aberto, por exemplo. -Na palpação, procuraremos por crepitações e locais de hipersensibilidade. Na percussão, o hipertimpanismo ou macicez sugerem lesões importantes. -Por fim, devemos auscultar o tórax bilateralmente a procura de murmúrio vesicular. https://www.sanarmed.com/dica-de-emergencia-manobras-de-manutencao-das-vias-aereas?term=vias%20a%C3%A9reas https://www.sanarmed.com/abordagem-das-vias-aereas-avancadas-ventilacao-insuficiencia-respiracao?term=vias%20a%C3%A9reas Obs: Os achados da ausculta e da percussão podem ser difíceis de serem identificados devido ao ambiente barulhento da sala de trauma. -Algumas lesões identificadas nessa etapa, necessitarão de tratamento imediato, sendo elas: pneumotórax hipertensivo, pneumotórax aberto, hemotórax maciço, tamponamento cardíaco e lesão de árvore traqueobrônquica. -Após estabilização dos parâmetros respiratórios do paciente, e tratamento das lesões que causam risco imediato à vida, poderemos seguir para a etapa C. C: Circulação com controle de hemorragia -Nessa etapa, iremos fazer uma avaliação do estado hemodinâmico do paciente. -A pressão arterial, cor da pele, pulso e o tempo de enchimento capilar são sinais clínicos que oferecem informações importantes sobre a volemia do paciente, e, portanto, devem ser avaliados. -Hipotensão, pulso taquicárdico, pele fria e pálida, e tempo de enchimento capilar aumentado sugerem fortemente hipovolemia, ou seja, o paciente está perdendo sangue. -Assim, além de hemorragias externas, devemos procurar por sinais que falem a favor de hemorragias internas em locais como tórax, abdome, retroperitôneo, pelve e ossos longos. ● Inspeção de abdome, parte inferior do tórax e períneo -Devemos inspecionar abdome, parte inferior do tórax e períneo, na procura de laceração, ferimento penetrante, evisceração, corpos estranhos e gravidez. -Na ausculta, a ausência de ruídos hidroaéreos pode indicar sangue intraperitoneal livre. Na percussão e palpação, a presença de dor pode indicar irritação peritoneal. -A compressão pélvica também deverá ser feita para avaliar instabilidade. -O toque retal deve ser realizado para obter informações como a presença de sangue na luz retal, fragmentos de ossos pélvicos e atonia do esfíncter, que pode sugerir uma lesão raquimedular. ● Além do exame físico, podemos lançar mão da Avaliação ultrassonográfica direcionada para trauma (E-FAST), que é bastante sensível para detectar a presença de líquido livre em cavidades: -Deve ser obtida imagens do saco pericárdico, espaço esplenorrenal, espaço hepatorrenal e pelve. -É nessa etapa, que será realizada a reposição volêmica. -Para isso, é necessário a obtenção de acessos periféricos, caso o paciente ainda esteja sem. -Após a obtenção do acesso, devemos colher amostra de sangue para exames laboratoriais, como tipagem sanguínea, prova cruzada, βHCG para mulheres em idade fértil, gasometria e lactato, e devemos iniciar a infusão em bolus de no máximo 1 litro de cristalóide. ● Paciente instável Caso ainda assim, o paciente não estabilize, é recomendada a hemotransfusão, seguindo a proporção de 1:1:1, ou seja, 1 bolsa de concentrado de hemácias para 1 bolsa de plaquetas, para 1 bolsa de plasma. É importante ressaltar que, a reposição volêmica contínua não substitui o tratamento definitivo da hemorragia. Todos os fluidos deverão ser pré-aquecidos antes de serem administrados, para evitar o risco de hipotermia, coagulopatia e acidose metabólica, conhecidos como Tríade Letal. Nessa etapa, ainda podemos utilizar de medidas auxiliares para monitorizar o paciente, como: Sondagem gástrica: indicada para diminuir a distensão gástrica, evitando vômitos e aspiração, e avaliar hemorragias do trato gastrointestinal. Sondagem vesical: avalia o débito urinário, que é um importante marcador de volemia e perfusão renal. No caso de sinais sugestivos de lesão de uretra (sangue no meato uretral e equimose perineal), a integridade da uretra deve ser confirmada pela uretrografia retrógrada antes da colocação da sonda. Caso seja confirmada a lesão, está indicada a punção suprapúbica (cistostomia). D: Disfunção neurológica Nessa etapa iremos fazer a avaliação do nível de consciência da vítima, através da escala de coma de Glasgow. O rebaixamento do nível de consciência pode estar associado a um trauma direto no cérebro ou hipóxia/hipoperfusão. É importante também checarmos a reatividade das pupilas através do reflexo fotomotor diretoe consensual. Pupilas anisocóricas podem indicar aumento da PIC por uma lesão expansiva. E: Exposição/controle do ambiente Nesta etapa, devemos retirar todo o traje do doente, atentando para a hipotermia (aquecer com manta térmica e aumentar a temperatura da sala). Não podemos esquecer de checar o dorso do paciente, a procura de lesões ocultas. Após terminar essa avaliação sequenciada, devemos reavaliar o paciente, para então, continuarmos com as etapas seguintes da Avaliação Inicial. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA E MEDIDAS AUXILIARES A AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Após a realização completa das etapas passadas, devemos iniciar a avaliação secundária, que consiste em um exame completo do paciente. Esse exame inclui uma história clínica completa, a fim de obter informações sobre alergias, medicamentos de uso habitual, passado médico, líquidos e alimentos ingeridos recentemente e mecanismo do trauma. Essas informações podem ser obtidas com familiares da vítima. Além da história, devemos realizar um exame físico completo, da cabeça aos pés. Na presença de qualquer alteração, podemos solicitar exames específicos para o fechamento do diagnóstico. REAVALIAÇÃO: Todo doente politraumatizado deve ser reavaliado constantemente, pois a qualquer momento, pode haver uma deterioração dos achados já registrados. TRATAMENTO DEFINITIVO: Caso a instituição que o paciente esteja não apresenta recursos suficientes para o seu tratamento, ele deve ser transferido para um centro de trauma mais especializado. Nome do aluno: Maura Felissa Neves Silvério da Silva Turma/Período: T1/6º período Data: 15/05 Tema da aula: Atendimento ao politraumatizado Palestrante: Dr. Flavius Na aula do dia 15/08 discutimos atendimento secundário ao politraumatizado. obs: Classificando o Choque Hipovolêmico: O Soro Ringer com Lactato é a solução isotônica de escolha, contudo, soluções cristaloides não repõem hemácias, portanto, não recupera a capacidade de carrear O2 ou as plaquetas necessárias no processo de coagulação e controle de hemorragias. Pode ser a solução para o choque hipovolêmico. ESCALA DE COMA DE GLASGOW: O atendimento secundário ao politraumatizado é no intra hospitalar. O paciente já passou pela primeira etapa do atendimento. Nessa fase o ABCDE do trauma deve ser refeito (já especificado no relatório anterior), parte por parte. EXAME DA CABEÇA AOS PÉS, FRENTE E DORSO Objetivo específico: localizar ferimentos, sangramentos, afundamentos, desvios, hematomas, alterações na cor da pele ou mucosas, assimetrias, instabilidades, alterações de motricidade e sensibilidade. Propedêuticas a serem utilizadas: Inspeção seguida de palpação, ausculta e percussão. Cabeça e face: - inspecionar e palpar o couro cabeludo, orelhas, ossos da face, olhos, pupilas (verificar diâmetro, reação à luz e simetria pupilar) nariz e boca; - observar alterações na coloração e temperatura da pele. Pescoço: - avaliar região anterior e posterior; - avaliar em especial se há distensão das veias e/ou desvio de traquéia. Tórax: - observar em especial se há uso de musculatura acessória, tiragem intercostal, movimentos assimétricos, afundamentos, ferimentos incluindo o sinal do cinto de segurança etc. - observar contusões ou lesões abertas, distensão abdominal, dor à palpação e ao rechaço, abdome em tábua e sinal do cinto de segurança. Pelve: - observar sangramentos, contusões ou lesões abertas, realizar palpação das cristas ilíacas na busca de dor e/ou instabilidade realizando compressão látero-medial e ântero posterior. Membros: - observar em especial a palpação de pulsos distais e perfusão dos membros (reenchimento capilar) - avaliar a força motora, solicitando que o paciente movimente os pés e/ou eleve uma perna de cada vez, aperte a mão do profissional e/ou eleve um braço de cada vez, se não houver suspeita de lesão; - avaliar a sensibilidade; - sempre realizar a avaliação comparando um membro com o outro. Dorso (se possível): - inspecionar a presença de deformidades, contusões, hematomas, ferimentos; - palpar processos espinhosos durante o posicionamento na prancha longa em busca de dor. Nome do aluno: Maura Felissa Neves Silvério da Silva Turma/Período: T1/6º período Data: 27/05 Tema da aula: Discussão de caso. Palestrante: Dr. Flavius Neste dia discutimos as questões de 1 a 4. 1. Ocorreu uma explosão em uma fábrica de tintas, e 5 pacientes foram removidos para o hospital. Estão descritos a seguir: Paciente 1: homem, 40 anos, com 40% de SCQ de 2º. Grau, referindo dor abdominal, PA = 70 x 30 mmHg e FC = 130bpm. Paciente 2: mulher, 22 anos, atingida por estilhaços de vidro, com hematoma cervical e estridor respiratório. Paciente 3: homem, 25 anos, arremessado a distância, com MV diminuído à direita. Paciente 4: homem, 50 anos, gritando por dor em MIE, PA = 120x80 mmHg, FC = 90 bpm e FR = 25 irpm. Paciente 5: mulher, 30 anos, gestante, PA = 130 x 70 mmHg. FC = 95 bpm, FR = 28 ipm e sangramento vaginal. Qual é a melhor ordem de atendimento dos pacientes, de acordo com as respectivas prioridades? a) 3, 5, 2, 1, 4. b) 3, 2, 5, 4, 1. 9 c) 2, 3, 1, 5, 4. d) 5, 3, 2, 1, 4. e) 2, 5, 1, 4, 3. 2. De acordo com a distribuição trimodal da mortalidade pós-trauma, podemos afirmar que a redução da mortalidade no 1º. Pico pode ser obtida como? a) Os sistemas de atendimento ao trauma com cuidados agudos ao paciente. b) A melhora das estratégias de prevenção e controle do trauma. c) A prevenção da infecção pós-trauma. d) A organização de estratégias de transferência para centros de trauma. 3. Paciente de 22 anos, sexo masculino, motociclista, colidiu com caminhão. Trazido pela ambulância de suporte básico apenas com máscara de oxigênio a 10 litros por minuto, colar cervical e prancha rígida. Sala de emergência: dispneico, SatO2 de 90 com oxigênio, sangue em grande quantidade da cavidade oral. Ausculta respiratória revela diminuição de MV a esquerda com hipertimpanismo. Amputação traumática de perna direita com sangramento ativo. Escala de coma de Glasgow de 7. Quais são no caso acima as ameaças imediatas a vida do paciente? Qual seria a sequência de procedimentos a serem realizados? R: devemos sempre seguir o ABCDE do trauma, ele possue muito sangue na cavidade oral, portanto devemos deixar uma via aérea definitiva, pois corre risco de broncoaspiração. então aspiraria via aérea, intubar o paciente com bloqueio neuromuscular. além disso está com glasgow 7 e saturação de 90 Mv com hipertimpanismo, sugestivo de pneumotórax, então eu realizaria procedimento de descompressão de pulmão com punção de gelco, seguido de drenagem. AB realizado. C ele tem amputação traumática, então precisa estancar sangramento com torniquete, evitar hemorragia e fazer volemia. D já está respondido, glasgow 7 então seguir protocolo. e exposição E, para verificar se não há outras lesões. anotação de aula: 4. Um motorista de 44 anos de idade colidiu frontalmente contra um muro. No local, estava irresponsivo. Chegou ao hospital trazido pelo suporte básico, imobilizado em prancha longa, com colar cervical, ventilado com dispositivo de máscara com válvula e balão. Considere o nosso doente que dizem que estava irresponsivo e precisou de ventilação assistida depois da colisão frontal. Que alterações você espera encontrar na avaliação primária? Qual a melhor maneira de avaliar rapidamente este doente? R: deve ter alteração de vias aéreas ou seja, A e B, e alteração em D por estar inconsciente. Nome do aluno: Maura Felissa Neves Silvério da Silva Turma/Período: T1/6º período Data: 03/06 Tema da aula: Discussão de caso. Palestrante: Dr. Flavius 5. Um motociclista de 34 anos de idade perdeu o controle da moto e bateu contra uma cerca em alta velocidade. Ele não usava capacete e apresenta trauma facial evidente. O doente está com hálito etílico. Ele estava agitado e agressivo na cena,entretanto apresenta-se agora de forma letárgica e irresponsivo. Sua respiração é ruidosa. A leitura da oximetria de pulso é de 85%. Qual a sequência de atendimento? R: verificar se não há nenhum objeto obstruindo vias aéreas (osso), estabilizar trauma facial e adquirir uma via aérea definitiva. verificar alterações de ausculta torácica, MV, etc. e realizar procedimento se necessário, nesse caso está saturando 85% irresponsivo e letárgico. C verificar se nao esta com sangramento ativo e estancar se necessário, D testar nível de consciência, fazer a escala de coma de glasgow, fazer exames neurológicos. E expor todo o paciente e verificar se nao ha nenhum ferimento que não foi visto anteriormente, checar todo o corpo, verificar fraturas etc. 6. Paciente de 53 anos se envolveu em um acidente de carro envolvendo o atropelamento de um pedestre. Durante a avaliação do paciente, você encontrou Escala de Glasgow de 11. Realizada estabilização de fratura em membro inferior em cena, assim como contenção de sangramento em região temporal esquerda e em membro superior. Foi levado ao Hospital. Chegou ao hospital com os seguintes dados vitais e achados ao exame físico: FC: 110 bpm; FR: 30 ipm; PA: 90 x 70 mmHg; Desvio da traqueia para direita; Expansão torácica assimétrica, MV abolido em HTE e macicez à percussão de HTE. O que deve ser feito? R: paciente está chocado, deve se fazer via aérea definitiva, descompressão pulmonar com punção em pleura para voltar o movimento pulmonar, O manejo do hemotórax no trauma torácico fechado inicia com a verificação dos sinais vitais do paciente para determinar se há instabilidade hemodinâmica ou outros fatores potencialmente letais. Nessa etapa é recomendável realizar uma radiografia de tórax. Identificado o pneumotórax, é necessário realizar a descompressão torácica através de uma toracocentese com agulha e inserir um dreno torácico conectado a um sistema de selo d’água. depois verificar se estancou sangramento de osso temporal e membro superior, devolver volemia ao paciente com ringer lactato. 1l litro aquecido e depois verificar nível de consciência e fazer testes neurológicos. expor o paciente e verificar outras fraturas, escoriações, sangramento, etc. em todas as questões deve se aproveitar e fazer FAST e RX de tórax no leito da emergência. 7. Paciente vítima de acidente automobilístico, foi ejetado de sua moto ao colidir com a lateral de um carro. Encaminhado sem regulação para hospital de emergência por ambulância comum. Paciente chegou consciente, comunicativo e levemente agitado. Dados vitais: PA 110×80 mmHg; FC: 105 bpm; FR: 22 ipm. No exame físico: tórax com expansibilidade normal bilateralmente. Refere dor em arcos costais inferiores à esquerda. Percussão não muito bem audível pelos ruídos da sala de emergência. MV reduzido à esquerda. Oximetria de pulso revela saturação de 95%. Ao examinar a pelve, observa-se instável e com crepitação à palpação. Qual a sequência de atendimento? Após ter feito o atendimento, foi solicitado RX tórax e RX pelve. Quais os achados? R: A esta ok, apenas oxigenar a paciente com cateter de O2,B verificar com RX de tórax o motivo do MV estar diminuído que provavelmente foi causado pela fratura de costela e lesionou o tecido pulmonar ou pleural causando sangramento. C ela tem crepitação de osso da pelve e pode ser um local de hemorragia, portanto deve se fazer estabilização com lençóis do leito, D testa nível de consciência e fazer testes neurológicos. E buscar outras lesões e fraturas, estabilizar ou estancar se necessário. 8. Paciente do sexo feminino, 27 anos, foi admitida no Hospital após ter sido vítima de capotamento de automóvel em alta velocidade. Apresentava-se inicialmente em Glasgow 14, instável hemodinamicamente e dispneia. A radiografia inicial evidenciou: fratura e disjunção do púbis e fratura íleo-sacral à direita, fratura distal do fêmur direito, fratura do platô tibial e do tálus também à direita. Não havia sinais de hemotórax ou pneumotórax. Havia ainda lesão em hemiface direita e rinorreia. A paciente apresentava pressão de 70 x 55 mmHg e saturação de oxigênio 80%. Ao exame físico, apresentava distensão e macicez à percussão abdominal e sons pulmonares diminuídos bilateralmente, além de anuria e hipotermia. Qual a sua conduta? paciente chocada. fazer via aérea definitiva, inspeção de tórax mas sem procedimento, verificar fonte de sangramento e estancar hemorragia de ossos longos e de pelve, verificar outras fratura, fazer FAST, etc 9. Um homem de 37 anos de idade brigou em um bar e foi ferido por arma branca no hemitórax esquerdo, lesão de 2 cm. Chegou ao hospital trazido pelo suporte básico, imobilizado em prancha longa, com colar cervical e ventilado com dispositivo de máscara com válvula e balão. Aspecto geral: palidez e confusão mental. Sinais vitais: FC: 145 bpm; FR: 40 ipm; S02: 91%; PA: 80×30 mmHg. Exame físico torácico/pulmonar: Inspeção: Expansibilidade diminuída em hemitórax esquerdo. Palpação: Dor à palpação de hemitórax esquerdo; Percussão: Hipertimpânico; Ausculta: Murmúrios vesiculares abolidos em hemitórax esquerdo. Abdome com equimose e lesão penetrante em hipocôndrio esquerdo, reativo e doloroso a palpação superficial. Paciente apresenta Glasgow de 13. Qual a sequência de atendimento? R: chocado. deve se fazer via aérea definitiva, RX de tórax e toracocentese de urgência, precisa descomprimir esse pulmão. FASt no abdome pois tem equimose lesão em hipocôndrio, reposição da volemia. verificar nível de consciência, e expor o paciente para ver se nao ha mais lesões. Nome do aluno: Maura Felissa Neves Silvério da Silva Turma/Período: T1/6º período Data: 10/6 Tema da aula: Vias aéreas Palestrante: Dr. Flavius ● Indicações de obtenção de via aérea definitiva: Apneia Obstrução respiratória. Impossibilidade de manter a via aérea permeável por outros métodos. Necessidade de proteger a via aérea inferior contra a aspiração de sangue ou de vômitos Comprometimento iminente ou potencial da via aérea, como por exemplo, em lesões por inalação, fraturas faciais, hematoma retrofaríngeo ou convulsões persistentes. Trauma cranioencefálico necessitando de ventilação (Glasgow <8). Incapacidade em manter oxigenação adequada com uso de máscara de oxigênio. Reanimação Cardiopulmonar Se o paciente encontra-se consciente, é fundamental explicar-lhe o procedimento e sua necessidade a fim de obter a sua colaboração. Ainda, deve se atentar ao fato de que pacientes hipóxicos ou hipercapneicos toleram com facilidade manobras de intubação. INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL VERSUS NASOTRAQUEAL A Intubação Orotraqueal (IOT) é o método usual de intubação. A via nasal está indicada quando o acesso à via oral é difícil ou impossível. As contraindicações à Intubação Nasotraqueal são apneia, coagulopatia, patologia intranasal severa, fraturas de face e de base de crânio e perda de fluido cerebrospinal. O determinante mais importante na escolha entre Intubação Orotraqueal ou Nasotraqueal é a experiência do médico. INTUBAÇÃO NO PACIENTE ACORDADO As indicações de intubação realizada no paciente consciente com sedação e anestésicos locais incluem história ou suspeita de intubação difícil, risco severo de aspiração ou instabilidade hemodinâmica. As razões devem ser explanadas ao paciente e devidamente documentadas. Analgésicos opióides são utilizados para facilitar a intubação nesses casos, uma vez que proporciona sedação suave, analgesia e redução de tosse e broncoespasmo. O uso de agentes anestésicos locais auxilia na diminuição dos reflexos da via aérea. ACESSO DEFINITIVO À VIA AÉREA Após o posicionamento adequado do paciente, o laringoscópio é mantido na mão esquerda e os dedos da mão direita são utilizados para abrir a boca gentilmente. Procede-se então à IOT através de laringoscópio comum. A sua lâmina deve ser introduzida ao longo do canto direito da boca para evitar contato com os dentese para permitir que o rebordo da lâmina mantenha a língua à esquerda. Ao utilizar a lâmina de Macintosh, deve-se inseri-la na valécula, o espaço entre a base da língua e a superfície faríngea da epiglote. Ao pressionar o ligamento hioepiglótico, a epiglote eleva-se para expor a laringe. Caso seja utilizada a lâmina de Miller, esta é passada para incluir a epiglote e sua ponta alcança a superfície laríngea da epiglote. A direção da força realizada é ao longo do eixo da manivela do laringoscópio, para puxá-lo para frente e para cima. Durante a passagem do tubo endotraqueal, este deve ser segurado com a mão direita do operador e inserido pelo canto direito da boca. A ponta do tubo é colocada logo abaixo das pregas vocais. O tubo inserido muito distal a estas poderá causar intubação endobrônquica, enquanto o tubo que estiver muito próximo apresentará maior risco de extubação acidental. Neste momento, o balonete do tubo deve ser insuflado, e o tubo ser seguramente fixado com fita adesiva. Confirma-se sua posição através da ausculta dos murmúrios vesiculares e da capnografia. A tentativa de intubação endotraqueal não deve ultrapassar 30 segundos. 2 Em pacientes inconscientes, a oclusão do esôfago pela compressão da cartilagem cricóide (Manobra de Sellick), realizada pelo polegar e pelo indicador, é útil para evitar a aspiração. Em caso de vômitos volumosos, não se deve perder tempo aspirando. Coloca-se então o tubo às cegas. Se o mesmo estiver na traqueia, aspira-se dentro do tubo e procede-se à ventilação. Se o tubo encontrar-se no esôfago, deve-se orientar o vômito para fora da boca, aspirar a mesma e proceder à IOT com visão completa. Isto se justifica pelo fato de que geralmente o volume de vômito é tão abundante, que se torna inviável aspirar e limpar completamente a cavidade oral. Após a garantia de obtenção da via aérea, deve-se sedar o paciente e, se necessário, utilizar relaxante muscular para melhor aceitação do respirador e analgésicos para aliviar a dor. Caso não se obtenha sucesso após duas tentativas de intubação endotraqueal com laringoscópio comum, não se deve insistir com a manobra, uma vez que as tentativas aumentam o risco de edema e lesão de via aérea e de cansaço do operador – o que dificulta muito a obtenção por outro método. Neste momento, é recomendável solicitar auxílio de pessoa habilitada (anestesiologista ou internista). Pode-se considerar então o uso de laringoscópio articulado (Through View) ou uma guia metálica maleável no interior do tubo para alcançar a glote - deve-se dobrar a mesma em formato de S. A manipulação da laringe através de pressão para trás, para cima e para o lado direito pode auxiliar na visualização das pregas vocais. Quando, apesar dos esforços, a visualização direta não for possível, a intubação deve ser feita às cegas. Dessa forma, pode-se utilizar um Guia Introdutor de Intubação – Gum elastic bougie ou GEB. Trata-se de um fio guia que é introduzido às cegas além da epiglote, com o laringoscópio locado. Ao atingir a posição traqueal, introduz-se o tubo endotraqueal e o GEB é removido. É fundamental confirmar sua posição. Outras técnicas que não requerem visualização direta incluem a Fibrobroncoscopia e a Intubação Retrógrada. Aquela técnica pode ser realizada no paciente acordado ou anestesiado, via oral ou nasal, e não requer uso de laringoscópio.3 Caso o tubo endotraqueal não possa ser posicionado e a situação ventilatória do doente esteja em perigo, deve-se tentar utilizar a ventilação com Máscara Laríngea ou outro dispositivo extra glótico. Cabe ressaltar que este dispositivo não se trata de uma via aérea definitiva e, portanto, é necessário manter o planejamento da obtenção de forma definitiva.¹ A impossibilidade de intubação endotraqueal é uma indicação clara para a criação de uma via aérea cirúrgica. As opções existentes são a Cricotireoidostomia Cirúrgica e a Cricotireoidostomia por Punção. Entre as indicações, destacam-se as explicações prolongadas com necessidade de manejo de vias aéreas, corpo estranho e trauma facial extenso. A Cricotireoidostomia Cirúrgica é preferível na maioria dos pacientes, uma vez que é mais fácil de ser realizada e sangra menos. A técnica consiste na incisão da pele, através da membrana cricotireóidea. Uma pinça hemostática curva pode ser usada para dilatar a abertura e então se introduz um tubo endotraqueal. Esse procedimento não deve ser realizado em crianças menores de 12 anos, devido ao risco de lesão da cartilagem cricóide, único suporte circunferencial para a parte superior da traqueia. A Cricotireoidostomia por Punção é realizada colocando-se um cateter plástico de grande calibre através da membrana cricotireoidea ou diretamente na traquéia. É um procedimento útil em situações de emergência, capaz de oferecer oxigênio durante um curto período de tempo. Garantida uma oxigenação suplementar temporária, a intubação deixa de ser um procedimento de emergência e passa a ser uma medida urgente.¹ Em casos de obstrução de via aérea devido a corpo estranho, deve-se ter o cuidado de abrir a traqueia abaixo da oclusão. COMPLICAÇÕES IMEDIATAS As complicações imediatas são definidas como aquelas que ocorrem durante ou logo após a intubação.4 São as seguintes: lesões dos tecidos moles, perdas dentárias, laringoespasmo, broncoespasmo, hipotensão, intubação esofágica, intubação seletiva ou endobrônquica, aspiração, hipóxia, arritmia e parada cardiorrespiratória. Nome do aluno: Maura Felissa Neves Silvério da Silva Turma/Período: T1/6º período Data: 24/06 Tema da aula: discussão de caso Palestrante: Dr. Flavius 1. Paciente de 72 anos, sexo masculino, hipertenso. É encaminhado para a unidade de pronto atendimento devido à queda que sofreu de escada, a uma altura de 2 metros. Acompanhantes relataram inconsciência de duração menor que 3 minutos no local e negaram a ocorrência de uma crise convulsiva. Paciente foi encaminhado para hospital local com alteração do nível de consciência, confusão mental e vômitos. Deu entrada neste serviço em regular estado geral, ainda com rebaixamento do nível de consciência e em Glasgow 11 (Resposta ocular: 3, Resposta verbal: 2, Resposta Motora: 6). Nega alergias medicamentosas e não soube informar quais medicamentos faz uso contínuo. EXAME FÍSICO: hidratado, normocorado, anictérico, acianótico, afebril, eupneico e com boa perfusão tissular. Dados vitais: FC: 80 bpm, FR: 18 ipm, Temperatura: 37°C; PA: 120x70 mmHg. Sistema neurológico: Sonolento, hipoativo, acamado. Pupilas isocóricas e fotorreativas. Hemiparesia braquial crural a esquerda, densa, força grau 2+/5+ a esquerda, com predomínio em MIE. Aparelho respiratório: Ao ar ambiente, eupneico, sem esforço respiratório com expansibilidade preservada e murmúrio vesicular universalmente audível sem ruídos adventícios. Aparelho cardiovascular: Bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Aparelho digestório: flácido, normotenso, indolor à palpação e sem visceromegalias. Ruídos hidroaéreos presentes. Aparelho geniturinário: Sem alterações. Foi solicitada uma TCPDF do caso Quais os achados? R: eupneico, via aérea pérvia, ponto hemodinâmico estável. FR e FC estável. sonolento e hipoativo, parte circulatória normal. Analisar Tc de crânio: para ver fraturas ( contorno da calota craniana, linha interna e externa- se tem afundamento de crânio ). linha média do crânio: para ver se tem desvio ( efeito de massa- pode ser causada por hematoma, isquemia, edema, o risco de desvio de linha média é a herniação entrando em coma e podendo vir a óbito- por isso a urgência de descompressão). nessa tc: nao tem fratura, não tem desvio importante de linha média, e tem sangramento- pode ser hematoma intraparenquimatoso ou sangramento espontâneo ( que levou à queda)- difícil saber se o sangramento é devido ao trauma ou o sangramento que levou ao trauma. pelo desvio precisa ser avaliado pela cirurgia, e nesse caso não tem indicaçãode intubação. sinais de hipertensão intracraniana: bradicardia, hipertensão arterial e alteração do sensório com vomito. 2. Paciente sexo masculino, 20 anos, vítima de PAF (projétil de arma de fogo) em zona 2 de região cervical. Apresenta 2 ferimentos com sangramento ativo, os orifícios de entrada (em região paravertebral) e saída (em face ventral) do PAF. Paciente foi admitido hemodinamicamente instável e inconsciente. Deu entrada na unidade hospitalar com os seguintes dados vitais: Frequência Cardíaca: 122 bpm. Pressão Arterial: 70×50 mmHg. Frequência Respiratória: 31 ipm. SatO2: 90%. EXAME FÍSICO: Respiração com expansibilidade adequada e simétrica. Sem dor à palpação e inspiração profunda. Murmúrio vesicular diminuído e macicez à percussão de hemotórax direito. Hemodinamicamente instável. Pele fria e diaforética, pulsos filiformes, rítmicos, perfusão normal. Exame abdominal sem alterações, pelve estável. Sangramento importante em coxa esquerda por provável fratura de fêmur. Escala de coma de Glasgow pontuada de 3. Qual a sequência de atendimento? R: o pescoço é dividido em 3 zonas.a zona 2 é do ângulo da mandíbula até a fúrcula esternal, acima do ângulo da mandíbula é a zona 1 e abaixo da fúrcula é a zona 3. paciente instável hemodinamicamente e inconsciente., chocado, dispneico e com sangramento cervical. A: indicação de intubação definitiva- lesão cervical com sangramento ativo ( potencial risco de obstrução de via aérea) e glasgow 3 (risco pela queda da língua) B: MV diminuído, macicez à percussão de hemotórax direito→ hemotórax→ necessita de drenagem C: hipotenso, taquicárdico, alteração perfusional- precisa parar o sangramento e fazer reposição volêmica e encaminhar para avaliação do cirurgião. paciente tem sangramento ativo na coxa, precisa palpar pulso distal- pode dar isquemia distal. 3. Paciente 37 anos, sexo masculino, admitido no PS vítima de espancamento, apresentando múltiplas escoriações e desvio de mandíbula, escoriações em face, MMSS e MMII, em uso de curativo em região da cabeça. Foi trazido pelo SAMU já com colar cervical, tala gessada em MSE e em prancha rígida. Foi admitido com os seguintes dados vitais: FC: 88 bpm. PA: 110 x 70 mmHg. FR: 22 ipm. Apresenta SatO2: 95%. Sangramento importante em segmento cefálico e Escala de Coma de Glasgow: 14. Qual a sequência de atendimento? Há necessidade de algum exame complementar além da TC? Se sim, qual (is)? TC crânio: caso em PDF Qual achado? Qual abordagem do exame secundário? hematoma subdural: ele se espalha, tem desvio de linha média. não consegue ver sulco nem ventrículos, edema cerebral. encaminhar para neuro. além de todo protocolo ATLS realizado 4. Uma motorista de 28 anos de idade que não usava cinto de segurança é envolvida numa colisão automobilística. Ela está confusa e ansiosa, mas é capaz de dizer o seu nome. Sua frequência respiratória é 28, pulso 126 e pressão sanguínea de 96 x 70 mmHg. A radiografia de tórax da doente mostra alargamento de mediastino e várias fraturas de arcos costais do lado esquerdo. Sua radiografia de pelve é normal. Qual conduta? Como avaliar a via aérea? paciente taquipneico, chocada. fazer via aérea definitiva, reposição volêmica, seguir com protocolo ATLS.
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