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Instituto Ipanec
Pós-Graduação: Direito Penal
Modulo: Garantias Constitucionais
Aluno: Sandro José do Nascimento
DISSERTAR SOBRE AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL, ORIGEM E TEOLOGIA.
	No Estado Democrático de Direito, a preservação das garantias fundamentais do réu no processo penal deve se revelar como maior interesse da prestação jurisdicional. Não obstante, deparamo-nos, frequentemente, com ações penais interrompidas por mecanismos de controle de atos jurisdicionais, como os recursos e o habeas corpus, pelo fato de abrigarem violações às garantias fundamentais, desdobradas em nulidades. O processo penal deve ser visto como fonte de manutenção das garantias do réu, na medida em que o modelo garantista não admite que as falhas na prestação jurisdicional ocasionem-lhe prejuízo.
	Nesse sentido, os direitos e garantias fundamentais do réu no processo será feita pela ótica do devido processo legal, que figura no rol do art. 5º da Carta Magna de 1988 como garantia fundamental, bem como, pelo Pacto de São José da Costa Rica, no qual constam diversas garantias judiciais que integram o ordenamento jurídico interno da nossa nação. Como grande aliado do devido processo legal, o princípio da instrumentalidade das formas atuará como mecanismo de validação dos atos praticados de modo diverso do previsto em lei que, entretanto, tenham alcançado o fim desejado.
	A Constituição Federal de 1988 deve ser o ponto de partida para fundamentar todo ordenamento jurídico, devendo buscar sempre o equilíbrio do conflitante entre o jus puniendi imposto pelo Estado contra o jus libertatis do indivíduo. Fazendo sempre uma interpretação á luz da Constituição. A finalidade da prestação jurisdicional no modelo de processo penal garantista deve estar consubstanciada na cláusula do devido processo legal que, para a sua concretização, enseja a prática de atos jurídicos que não sejam eivados de vício.
	A Carta magna e o Pacto de São José da Costa Rica trazem em seus bojos uma série de garantias fundamentais do réu no processo penal, cuja inobservância ocasiona, indubitavelmente, o fracasso da atuação do Poder Judiciário frente ao jurisdicionado. Contudo, o descumprimento das formas legais dos atos jurisdicionais nem sempre levará à violação de direito ou garantia fundamental e, consequentemente, do devido processo legal.
	Assim, o sistema de nulidades no processo penal, criado como mecanismo para coibir abusos por parte do Estado-juiz, deve ser analisado pelo prisma do princípio da instrumentalidade das formas, sendo que a nulidade deve ser declarada somente quando o ato mesmo tendo sido realizado de outro modo, não tenha alcançado o seu fim. No modelo garantista, o processo penal migra da mera função de instrumento para a aplicação do jus puniendi estatal, pelo Direito Penal, para tornar-se mecanismo da mais alta relevância para a concretização dos direitos e garantias fundamentais do réu no curso da ação penal.
	A proteção dada ao cidadão contra o arbítrio judicial e a coerção estatal deve ser o mecanismo que venha, assegurar sua liberdade individual, restringindo apenas se o órgão acusador comprovar mediante elemento de certeza a culpabilidade do réu. Isso é uma questão que interessa diretamente a todos, independentemente de estarem ou não envolvidos na esfera jurídica, já que limita o poder punitivo do Estado.
	Por fim e certo de que esse assunto é muito amplo, as garantias Constitucionais no Processo Penal é tema de grande relevância pra debates no ordenamento jurídico, em que de um lado sempre terá o poder punitivo Estatal e do outro os diretos fundamentais do cidadão.
Atenciosamente;
Sandro Nascimento.