Buscar

RESUMO AFAII

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo: Sons Cardíacos; Dinâmica dos Defeitos Valvulares e dos Defeitos Cardíacos Congênitos
O fechamento das válvulas está associado a sons audíveis, nenhum som cardíaco ocorre quando as válvulas se encontram abertas. Quando um coração normal é auscultado por um estetoscópio escuta-se um som descrito como “lud, dub, lud, dub.” O som “lub” é denominado primeira bulha cardíaca causado pela vibração das válvulas retesadas imediatamente após o fechamento, juntamente com a vibração do sangue adjacente, das paredes do coração e dos grandes vasos em torno do coração, com duração de 0,14 segundos. Já a segunda bulha cardíaca (som “dub”) decorre do súbito fechamento das válvulas semilunares (as válvulas aórtica e pulmonar), tendo uma duração mais curta de 0,11 e tem uma frequência mais alta do que a primeira, devido ao retesamento das válvulas semilunares em comparação as válvulas A-V e pelo maior coeficiente de elasticidade das artérias. Ocasionalmente existe uma terceira bulha como um ribombo fraco ouvida no terço médio da diástole. Já a quarta bulha pode ser registrada em muitas pessoas e a sua frequência por ser baixa 20 ciclos segundos, muitas vezes o ouvido não consegui ouvi-lo, porem pode ser registrado pelo fonocardiograma. A asculta dos sons cardíacos é feita nas áreas da parede torácica nas quais os diferentes sons valvulares podem ser melhor distinguidos, para isso é utilizado o fonocardiograma um microfone especialmente desenhado para detetar sons de baixa frequência onde as bulhas cardíacas podem ser amplificadas e registradas. As lesões valvulares ocorrem como consequência da febre reumática uma doença auto- imune em que as válvulas cardíacas podem ser lesadas ou destruídas e é desencadeada pela toxina estreptocócica. Uma válvula em que os folhetos aderem uns aos outros de forma que o sangue não pode fluir facilmente através dela é considerada como estando estenosada. Por outro lado, quando as margens da válvula estão de tal forma destruídas pelo tecido cicatricial que não podem fechar-se quando os ventrículos se contraem, há uma regurgitação, ou refluxo de sangue. Essas lesões ainda podem provocar sopros cardíacos (sons cardíacos anormais) como o sopro da estenose aórtica e mitral e sopro da regurgitação aórtica e mitral. As valvulas lesionadas podem ser cicatrizadas, desde que essas lesões ocorram ao mesmo tempo em folhetos valvulares adjacentes, de modo que as margens dos folhetos ficam presas umas às outras, permitindo assim que essas lesões tornam- se um tecido cicatricial, fundindo permanentemente partes dos folhetos ao longo de semanas, meses ou anos. Diante da estenose e da regurgitação aórtica o volume efetivo do débito sistólico fica reduzido, existe várias compensações importantes que podem reduzir a gravidade dos defeitos circulatórios como hipertrofia do ventrículo esquerdo, aumento do volume sanguíneo, insuficiência eventual do ventrículo esquerdo e desenvolvimento de edema pulmonar, isquemia miocárdica nas valvulopatias aórticas. A dinâmica da estenose mitral e da regurgitação mitral é comprometida, diante dessas condições o efeito é o de redução do movimento efetivo do sangue do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo, e para compensação pode ocorrer a edema pulmonar nas valvulopatias mirrais, a dilatação do átrio esquerdo, fibrilação atrial e compensações nas valvulopatias mitrais. A estenose ou falta de um ou mais folhetos de uma válvula ocorre como defeito congênito como por exemplo a persistência do canal arterial, um shun esquerdo-direito, e a tetralogia de FaJlot, um shunt direito- esquerdo. Para as cirurgias cárdicas é aplicado o sistema de circulação extracorpórea consistente em uma bomba e dois aparelhos de oxigenação, como forma de melhorar a circulação cardíaca.

Outros materiais