Atividade 3_Comunicão

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COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO 
VISUALVISUAL
Esp. Rafael Jun Mabe
IN IC IAR
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introdução
Introdução
Nesta terceira unidade vamos discutir sobre comunicação e semiótica. Mas você
saberia de�nir exatamente qual a relação entre elas?
Para responder a essa questão, vamos percorrer pelos principais conceitos que
permitam assimilar criticamente e compreender teorias relacionadas ao tema.
Primeiro, vamos compreender a semiótica das artes e mídias.
Em seguida, aplicaremos os conceitos de semiótica no processo de leitura de
imagens. E, �nalizando a unidade, vamos analisar crítica e esteticamente as
produções que envolvem a comunicação visual existentes nos diversos tipos de
mídias.
Vamos começar?
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Para iniciarmos esta unidade, vamos relembrar os conceitos de semiótica e artes.
Conforme vimos anteriormente, se estudarmos o termo semiótica, a origem do
termo vem do grego e está relacionada à palavra signo. Ao fazermos essa
interpretação, podemos dizer que a semiótica estuda os signos. Essa abordagem
pode fazer com que o(a) leitor(a) a compreenda em algumas situações, mas pode
ainda �car em dúvidas sobre o signi�cado da palavra. Sendo assim, para
complementar a de�nição estudada anteriormente, trazemos também a de�nição da
professora Ana Lucia Santana (s.d., on-line) sobre semiótica:
Ela lida com os conceitos, as idéias, estuda como estes mecanismos de
signi�cação se processam natural e culturalmente. Ao contrário da
lingüística, a semiótica não reduz suas pesquisas ao campo verbal,
expandindo-o para qualquer sistema de signos – Artes visuais, Música,
Fotogra�a, Cinema, Moda, Gestos, Religião, entre outros.
Para falarmos sobre arte, vamos inicialmente utilizar a de�nição de Varella (2019,
on-line):
Semiótica das Artes eSemiótica das Artes e
MídiasMídias
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A Arte (do termo latino ars, signi�cando técnica e/ou habilidade) pode ser
entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem
estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de
linguagens (grifos do autor).
Para complementar as informações sobre arte, podemos a�rmar que a arte é um
meio de comunicação, uma vez que envolve um emissor e um receptor.
Agora que relembramos as de�nições de semiótica e artes, vamos abordar o
conceito de mídia. Segundo o professor Carlos Antonio Furtado Dutra (2011, on-
line):
A palavra mídia é derivada do latim "media", plural de "medium" e que tem
como signi�cado as palavras "meio" ou "forma". A mesma palavra é
derivada de outros vocabulários como o inglês "media", que no Brasil é
mais utilizado por meio da palavra "mídia", derivada da pronúncia inglesa.
Baseando-se no signi�cado da palavra, começamos a de�nir melhor o que
vem a ser mídia. 
A verdade é que a mídia faz parte do processo de comunicação que se
apresenta em três etapas subdivididas, como processo de comunicação
devemos entender que este compreende todos os elementos da
comunicação, como emissor, mensagem e o receptor.
E qual é a função da mídia? Para responder essa questão, podemos dizer que a mídia
se propõe a criar maneiras de fazer com que a mensagem que se deseja transmitir
chegue ao público. Para isso, a mídia utiliza os meios de comunicação que poderão
atingir, da melhor maneira possível, o público desejado por quem está anunciando.
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Agora que temos claros os conceitos de semiótica, artes e mídias, podemos nos
perguntar: nos dias de hoje a semiótica vem sendo aplicada nas mídias? Ao analisar a
questão anterior, podemos dizer que sim. Para complementar essa resposta,
podemos analisar o que Carneiro (2010, on-line) diz sobre o assunto:
O cinema e o teatro são exemplos de mídias analisadas sob uma
perspectiva semiótica. Assim como na análise das obras de arte, muitas
imagens que atravessam nosso dia-a-dia da mesma forma apresentam
esta di�culdade de compreensão. São livros, internet, revistas, cinema,
outdoors, anúncios publicitários e outros que, muitas vezes somados à
velocidade de sua veiculação e à velocidade da cultura da hiperinformação
em que vivemos, provocam uma tendência a não mais olhá-las
atentamente, e, consequentemente, não mais re�etir sobre o que está
sendo exposto. Podemos então dizer que somos alvos fáceis de
manipulação em virtude de certa ignorância quanto ao conteúdo destas
imagens. A Semiótica con�gura-se assim, numa importante ferramenta na
decodi�cação desse aparentemente complexo universo imagético que nos
rodeia.
Podemos observar também o uso da semiótica nos computadores:
Figura 3.1 - Outdoor
Fonte: Daniil Peshkov / 123RF.
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Assim, a perspectiva do computador como mídia, através da qual pessoas
se comunicam, vem sendo cada vez mais aceita e usada como base para o
entendimento dos sistemas computacionais. A idéia de que o computador
é usado por meio de signos, e de que o projetista propõe signos quando cria
um software, gera um novo campo de pesquisa. Este campo de pesquisa é
o da Semiótica Computacional, que vem se desenvolvendo nos últimos
anos em várias frentes e com diferentes abordagens. É interessante notar-
se que se o sistema de signi�cados for de signos baseados em computador,
o projetista estará em um papel mais próximo de um escritor, autor teatral
ou mesmo de um arquiteto, que propõe signos, do que o de um engenheiro
que constrói artefatos. (CARNEIRO, 2010, on-line).
Figura 3.2 - Computador
Fonte: Erfan Nuriiev / 123RF.
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atividadeAtividade
Segundo a professora Lucia Santaella (1983, p. 07), “o nome Semiótica vem da raiz grega
semeion, que quer dizer signo. Semiótica é a ciência dos signos”. Após estudar essa unidade,
relacione as palavras com as suas de�nições.
1. Semiótica
2. Arte
3. Mídia
(   )  Faz parte do processo de comunicação que se apresenta em três etapas subdivididas.
Como processo de comunicação devemos entender que este compreende todos os
elementos da comunicação, como emissor, mensagem e receptor.
(   ) Lida com os conceitos, as ideias, estuda como estes mecanismos de signi�cação se
processam natural e culturalmente.
(    ) Pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem
estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens.
Com base nas relações feitas, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) 3, 2, 1.
b) 3, 1, 2.
c) 1, 3, 2.
d) 2, 1, 3.
e) 1, 3, 2.
Feedback: A alternativa “b” é a correta, pois relaciona corretamente os
conceitos com as suas de�nições, pois a mídia faz parte do processo de
comunicação que se apresenta em três etapas subdivididas, e como
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processo de comunicação devemos entender que esta compreende todos
os elementos da comunicação, como emissor, mensagem e receptor; a
semiótica lida com os conceitos, as ideias e estuda como estes mecanismos
de signi�cação se processam natural e culturalmente; a arte pode ser
entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem
estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de
linguagens.
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Nesse tópico, vamos abordara utilização da semiótica no cinema. Para Lotman
(1978, p. 164), o cinema é por natureza “uma arte de massas” e um �lme é “uma
estrutura com vários níveis onde cada um deles se organiza com diferentes graus de
complexidade. Os espectadores, diversamente preparados, ‘captam’ níveis
semânticos diferentes”.
Vale ressaltar também que os responsáveis pela criação de um �lme sempre querem
transmitir alguma mensagem para os espectadores. Porém, para que o espectador
faça a leitura correta, ele precisa conhecer a linguagem utilizada nos �lmes.
Exibição e Análise de ObraExibição e Análise de Obra
AudiovisualAudiovisual
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Ainda sobre cinema, Lotman (1978, p. 163) a�rma que: “o �lme […] utiliza também
uma outra linguagem: incorpora mensagens verbais, mensagens musicais, um maior
número de relações extratextuais, que se rami�cam em estruturas de sentido muito
variados”.
Para o autor, “tudo o que notamos durante a projeção de um �lme, tudo o que nos
toca atua sobre nós, possui uma signi�cação” (LOTMAN, 1978, p. 75). Sendo assim,
podemos veri�car a importância da utilização da semiótica no cinema.
Figura 3.3 - Cinema
Fonte: Monkeybusiness / Envato Elements.
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saiba mais
Saiba mais
Para saber mais sobre a importância da semiótica
para o cinema, assista a entrevista do professor
Wilson Ferreira.
ASS I ST IR
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atividadeAtividade
No �nal do século XIX, em 1895, na França, os irmãos Louis e Auguste Lumière inventaram
o cinema. Assim, após estudar sobre a exibição e análise da obra audiovisual, analise as
a�rmativas a seguir e marque “V” para verdadeiro e “F” para falso.
(   ) O cinema é “uma arte de massas” e um �lme é “uma estrutura com vários níveis onde
cada um deles se organiza com diferentes graus de complexidade”.
(   )  Podemos a�rmar que os espectadores “captam” os mesmos níveis semânticos.
(   ) Tudo o que notamos durante a projeção de um �lme possui uma signi�cação.
(   ) Os cineastas que criam um �lme querem dizer-nos algo com a sua obra.
Com base nas respostas anteriores, assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta.
a) V, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) V, F, V, V.
d) F, V, V, V.
e) F, F, V, V.
Feedback: A alternativa “c” é a correta, pois o cinema pode ser considerado
uma “arte de massas”, uma vez que é feito para um grande público que
geralmente tem os mesmos gostos. Os espectadores captam diferentes
níveis semânticos, uma vez que relacionam com seus repertórios /
conhecimentos individuais. Tudo o que percebemos nos �lmes quer nos
transmitir algo.
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Neste tópico, analisaremos algumas imagens e faremos as suas leituras visuais.
Porém, antes de iniciarmos as análises, devemos nos perguntar: por que é
importante fazermos as leituras visuais das imagens? Para responder essa pergunta,
podemos dizer que é importante pois estamos rodeados de imagens em todos os
lugares do mundo. Ou seja, vemos diariamente ícones, fotos, pinturas, desenhos etc.
Sendo assim, cada vez mais precisamos entender e interpretar o signi�cado que
essas imagens buscam transmitir. Para reforçar a importância das leituras visuais
das imagens, vamos utilizar o que Miranda (s.d., on-line) fala sobre o assunto:
Até mesmo os jornais e revistas utilizam as imagens para complementar as
informações das notícias. Diante disso, vemos que as imagens não servem
meramente para ilustrar, mas também para informar.
A leitura das imagens também é importante em provas de vestibular,
concursos e também no ambiente escolar e acadêmico. A leitura de
imagens faz parte da rotina diária da sociedade, por isso é importante que
as pessoas desenvolvam a capacidade de interpretar aquilo que vê.
Na arte, a leitura das imagens é fundamental para que possamos captar a
essência da obra e o que o artista queria expressar. A interpretação das
imagens nos dá a dimensão daquilo que o pintor retratou. 
Uma boa leitura de imagens depende da percepção. Nesse contexto, as
Semiótica das Artes eSemiótica das Artes e
Mídias - Leitura deMídias - Leitura de
ImagensImagens
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imagens podem ter dimensões diferentes. Elas podem ser classi�cadas
como simbólicas, quando as imagens são icônicas ou representam
divindades; podem ser epistêmicas, quando trazem informações sobre o
mundo e a sociedade; e estéticas, quando a imagem tem apelo estético,
belo.
Para facilitar a leitura das imagens, podemos dizer que apresenta três  níveis
conforme apontado pela autora:
A leitura das imagens pode se apresentar em três níveis:
Nível Instintivo: depende da percepção e é impulsionada por elementos
emotivos. Notamos as cores, formas, expressões e emoções imediatas. O
nível instintivo é a primeira impressão do cérebro.
Nível Descritivo: depende da captação das primeiras informações. Nesse
nível, podemos analisar os elementos da imagem. As informações podem
estar relacionadas à descrição dos ambientes ou personagens da imagem.
Nível Simbólico: nesse nível é possível extrair o simbolismo. Essa ação está
relacionada aos mecanismos de conhecimento, ao nosso lado racional.
Essa é a fase de codi�cação da mensagem (MIRANDA, s.d., on-line).
Para iniciarmos o exercício de leitura visual da imagem, vamos analisar a Figura da
cidade de Tóquio a seguir.
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Ao analisar a Figura, podemos observar uma desarmonia da organização formal e
visual da forma, em termos de relações entre os objetos.
A organização se apresenta de maneira confusa e caótica, uma vez que podemos
observar o desalinhamento das unidades, fortes contrastes visuais e
descontinuidades visuais. Podemos observar também sobreposições das placas
informativas.
Sendo assim, podemos concluir que a pregnância da imagem em análise é muita
baixa devido à poluição visual, ao excesso de informações e à desarmonia visual.
Para compreendermos o ambiente, precisamos dedicar um certo tempo para
analisarmos e compreendermos a imagem em questão.
Vamos agora analisar a Figura de um complexo industrial (a seguir).
Figura 3.4 - Tóquio
Fonte: Sean Pavone / 123RF.
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Na imagem anterior (Figura 3.5), podemos observar fatores como desordem,
desalinhamento, assimetria e irregularidade. Podemos observar também contrastes
dimensionais, de brilhos, de profundidade e de elementos altos e baixos que
prejudicam a uni�cação e a harmonia do conjunto.
A leitura visual da imagem é difícil, sendo assim, podemos dizer que a pregnância é
baixa, o que exige um tempo maior de observação para que o observador consiga
compreender e decodi�car a imagem em questão.
Figura 3.5 - Complexo industrial
Fonte: Ammarin Amhong / 123RF.
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atividadeAtividade
Como vimos durante os nossos estudos, estamos rodeados de imagens em todos os lugares
do mundo e por isso precisamos entender e interpretar o signi�cado que elas buscam
transmitir. Após os nossos estudos, analise as a�rmativas a seguir e marque “V” para
verdadeiro e “F” para falso.
(   ) Podemos a�rmar que os jornais e revistas utilizam as imagens para complementar as
informações das notícias.
(   ) Uma boa leitura de imagens não depende da percepção.
(   ) A leitura das imagens pode se apresentar em três níveis.
Com base nas respostas anteriores,assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta.
a) V, V, V.
b) V, V, F.
c) F, V, V.
d) V, F, V.
e) F, F, V.
Feedback: A alternativa “d” é a correta, pois os jornais e revistas utilizam
imagens para transmitir as informações para os seus leitores. Uma boa
leitura de imagem está relacionada à percepção do leitor. Como vimos, a
leitura das imagens pode se apresentar em três níveis: instintivo, descritivo
e simbólico.
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Nesse tópico, analisaremos algumas obras audiovisuais e faremos as suas leituras.
Para iniciarmos nossos estudos sobre o assunto, podemos dizer que para fazermos a
leitura de um �lme, inicialmente devemos analisar o gênero a que o �lme pertence.
Além disso, vale ressaltar que o espectador deve estar atento ao �lme para não
perder as informações que o diretor pretende transmitir. Para nos aprofundarmos
sobre o assunto, vamos ver o que Lotman (1978, p. 161) diz a respeito:
Em conclusão, podemos dizer que a imagem do homem no “écran“ aparece
como uma mensagem de uma enorme complexidade, cuja capacidade
semântica é determinada pela variedade dos códigos utilizados, pela
multiplicidade dos níveis e pela complexidade da sua organização
semântica. A Arte, contudo, não se limita a transmitir uma informação;
fornece ao espectador os meios de apreender essa informação: cria o seu
próprio público. O homem, cuja estrutura no “écran“ é complexa, torna
assim também mais complexo intelectual e emocionalmente o homem que
está na sala (inversamente, uma estrutura primitiva cria um espectador
primitivo). Nisso reside a força da arte cinematográ�ca, assim como a sua
responsabilidade.
Exibição e Análise de ObraExibição e Análise de Obra
Audiovisual - LeituraAudiovisual - Leitura
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Para iniciarmos as leituras que faremos neste tópico, vamos analisar o �lme “Matrix”
das diretoras Lana e Lilly Wachowski lançado em 1999. De acordo com Ferreira
(2017, on-line):
O contraste visual através da fotogra�a, matiz e resolução que o �lme faz
entre o mundo virtual e o “deserto do real” é essencial para
compreendermos esse plano da primeiridade – na Matrix, �ca evidente
que a matiz dominante é o verde. O que é um elemento de sinalização para
o espectador (a Matrix é mortal): na psicologia das cores essa cor é dotada
de um simbolismo ambíguo – dependendo do contexto, pode simbolizar
relaxamento, natureza, pureza; mas, por outro lado, perigo, veneno,
contaminação.
Ferreira comenta também sobre as diferenças entre o mundo dentro e fora da
Matrix:
O Outro detalhe da fotogra�a é a “limpeza” das texturas: Morpheus,
Trinity, Cypher e toda a trupe da nave da Resistência, dentro da Matrix,
parecem suas versões melhoradas – pele mais lisa, cabelos mais
compostos, o elegante �gurino (overcoats pretos de couro, blazers de bom
Figura 3.6 - Matrix
Fonte: Megaloman1ac / 123RF.
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corte, gravata (verde), óculos escuros, roupa colante de couro preto).
Nas ruas e interiores, calçadas, paredes, tetos são cleans. Em nível de
secundidade, os signos são claros: remetem aos cânones da estética do
gênero fílmico noir, cyberpunk, animes japonesas e das HQs Marvel e DC
Comics.
Ao contrário, no “deserto do real”, fora da Matrix, vemos versões
visualmente “pioradas” dos protagonistas na qual a fotogra�a salienta a
textura das roupas e rostos mais duras e imperfeitas (FERREIRA, 2017,
on-line).
Ao analisarmos o �lme, observando os seus detalhes, �ca evidente a utilização da
semiótica na produção. Mediante a utilização de elementos como cores e aspectos
de limpeza e poder, as diretoras conseguem reforçar as ideias que pretendem
transmitir aos espectadores.
Vamos analisar agora o �lme “Avatar” do diretor James Cameron, lançado em 2009.
Segundo Maiorino e Camilo (2012, p. 7):
Assim como Matrix (1999), recente sucesso do cinema norte-americano,
Avatar também pode ser lido como um romance, uma narrativa de busca
que combina temas clássicos, tais como a descoberta, o triunfo do bem
sobre o mal, a iniciação e a auto realização do herói (KNIGHT; KNIGHT,
2002).
Em Avatar, nota-se como grande revelação, a inquietação existencial da
atualidade, em que a ameaça de um mundo futuro desestruturado está
presente cotidianamente. Há o medo diante o caos ecológico, a ameaça de
violação e da posse do corpo humano diante aos avanços da biogenética,
além de questões metafísicas originárias humanas, tais como: Qual é o
sentido da vida e o que signi�ca ser e estar no mundo como humano?
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Ainda sobre o �lme “Avatar”, Maiorino e Camilo (2012, p. 8) complementam:
Em relação ao �lme, temos uma temática intertextual importante
perpassando a película, que aparece ancorada na �gura do Avatar Azul do
personagem principal, a capacidade de assumir outra roupagem de ser e
estar no mundo, com novas habilidades físicas e estéticas.
Com relação aos papéis comunicacionais trazidos por Avatar, podemos
identi�car como emissor (organismo que produz o texto), o produtor norte-
americano James Cameron, que está habituado a produzir e dirigir
grandes sucessos mundiais do cinema, tais como Titanic. Já como
receptores possíveis (aqueles que recebem o texto), encontramos os
adolescentes e os adultos jovens da contemporaneidade, primordialmente,
da cultura ocidental. Podemos especi�car que são principalmente, aqueles
que, apreciam o uso das novas tecnologias, visto que o �lme se utiliza de
um forte chamamento tecnológico (uso do 3D, salas de cinema com som
em 3D, efeitos cinemáticos avançados, entre outros).
Ao analisarmos o �lme, mais uma vez podemos observar como o diretor fez o uso da
semiótica para prender ainda mais a atenção do espectador e passar as emoções e
ideias de uma maneira mais e�ciente.
Figura 3.7 - Avatar
Fonte: NejroN / 123RF.
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reflita
Re�ita
“Os avanços tecnológicos associados com a sociedade da
informação resultaram na passagem de todas as mídias para a
transmissão digital”.
Fonte: Frases… (on-line).
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atividadeAtividade
Segundo Varella (2019, on-line):
A Arte (do termo latino ars, signi�cando técnica e/ou habilidade) pode ser
entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética
ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens
(grifos do autor).
Após os nossos estudos, analise as a�rmativas a seguir e marque “V” para verdadeiro e “F”
para falso.
(   )   “Ler” um �lme implica em realizar uma análise do gênero a qual este pertence.
(  ) Os diretores dos �lmes não se preocupam em utilizar cores especí�cas para melhorar a
comunicação em suas películas.
(  ) No �lme “Matrix” �ca evidente a diferença na forma em que são apresentados os
personagens dentro e fora da Matrix. Quando estão dentro da Matrix são representados
em suas formas melhoradas do que quando estão fora da Matrix.
(   ) Na �gura do Avatar Azul, no �lme “Avatar”, o diretor tem a intenção de mostrar a
capacidade de assumir outra roupagem de ser e estar no mundo, com novas habilidades
físicas e estéticas.
Com base nas respostas anteriores, assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta.
a) V, V, V, V.
b) V, V, F, F.
c) F, V, V, F.
d) V, F, V, F.
e) V, F, V, V.
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Feedback: A alternativa “e” está correta, pois os diretores dos �lmes se
preocupam com as cores que vão utilizar nas cenaspara reforçar ainda
mais os sentimentos que desejam transmitir para os espectadores. Para
fazermos a leitura de um �lme precisamos analisar o gênero a qual ele
pertence, por exemplo, no �lme Matrix, podemos observar as diferenças
dos personagens dentro (versões melhoradas) e fora da Matrix e no �lme
Avatar, o Diretor se preocupa em mostrar como o personagem pode
assumir nova roupagem e ter novas habilidades.
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indicações
Material
Complementar
L I V R O
Semiótica visual: os percursos do olhar
Antonio Vicente Pietroforte
Editora: Contexto
ISBN: 85-7244-276-6
Comentário: Neste livro, o autor Antonio Vicente
Pietroforte apresenta a teoria da semiótica e apresenta a
aplicação da semiótica na fotogra�a, pintura, história em
quadrinhos, escultura, arquitetura e na poesia concreta.
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F I L M E
Um corpo que cai
Ano: 1958 / relançamento 2013
Comentário: Nesse �lme de suspense, o diretor Alfred
Hitchcock utiliza cores e música para prender ainda mais a
atenção do espectador. Podemos observar a utilização da
cor vermelha na roupa da personagem para reforçar a ideia
de sedução, paixão e poder representada pela personagem
Madeleine. Assista ao �lme mais de uma vez e observe como
o diretor trabalha os conceitos estudados nessa unidade.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Chegamos ao �nal de mais uma etapa dos nossos estudos. Nesta unidade discutimos
os principais conceitos relacionados à comunicação e semiótica.
Tivemos a oportunidade de abordar os conceitos da semiótica, das artes e mídias.
Além disso, analisamos imagens e �lmes para entendermos como a semiótica é
utilizada nessas mídias.
Depois de ler e estudar os tópicos dessa unidade, podemos perceber que o
pro�ssional que trabalha com comunicação visual, conhece e aplica em seus projetos
e criações as teorias abordadas e será capaz de formular estratégias a �m de
potencializar o seu poder de comunicação com o espectador, e com isso, poderá
 cada vez mais melhorar a qualidade dos seus projetos.
referências
Referências
Bibliográ�cas
CARNEIRO, L. C. Aplicações atuais da semiótica. Webartigos. 13 mar. 2010.
Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/aplicacoes-atuais-da-
semiotica/34246/>. Acesso em: 20 mar. 2019.
https://www.webartigos.com/artigos/aplicacoes-atuais-da-semiotica/34246/
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DUTRA, C. O que é mídia? Para que serve? Webartigos. 17 jan. 2011. Disponível em:
<https://www.webartigos.com/artigos/o-que-e-midia-para-que-serve/57042/>.
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07/06/2020 Ead.br
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