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América Latina Desenvolvimento e Sustentabilidade - Atividade I

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS
UNIDADE ACADÊMICA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
ALAN KLIMICK
AMÉRICA LATINA DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
São Leopoldo
2
2020
ALAN KLIMICK
AMÉRICA LATINA DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE
Trabalho apresentado para a disciplina América Latina Desenvolvimento e Sustentabilidade, pelo Curso de Administração de Empresas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, ministrada pelo Professor Dr. Laércio Pilz e tutor Me. Caio Fernando Flores Coelho.
São Leopoldo
Questões abaixo referente a Atividade 1 da disciplina.
1. Como o bem viver indígena (sumak kawsay) trazido no material de apoio pode tensionar o nosso modo de viver e que valores de vida se colocam como prioridade?
Ser feliz, como indivíduo, e viver bem, como ser social em família e sociedade são duas tarefas conjuntas que procuramos solucionar a vida inteira. Parecem duas tarefas contraditórias. No centro da primeira está a felicidade própria do indivíduo, o núcleo da segunda são costumes e prescrições culturais, a moral, a virtude e a lei da sociedade.
Temos exemplos históricos, que mostram que é possível esmagar o indivíduo pelo coletivo como temos exemplos do contrário que nos mostram como o indivíduo, com seus anseios de igualdade e liberdade, se impõe à coletividade através de privilégios herdados ou prestígios sociais conquistados. Numa sociedade de grandes desigualdades não há felicidade, nem para as elites nem para os pobres. A partir de certa disparidade entre ricos e pobres, falta a base material para o bem-estar espiritual da maioria da população. Não reduzimos a felicidade ao bem-estar material nem separamos o bem estar material do bem-estar espiritual.
Hoje, o capitalismo, essa nova colonização pelo capital, pela ideologia do desenvolvimento, pelo consumo e pela competição, procuramos curar as patologias do desequilíbrio que se manifesta pela acumulação, pelo crescimento desenfreado e pela aceleração. Procuramos novos conceitos de propriedade e desenvolvimento para construir novas realidades. Procuramos bem-estar sem crescimento. No meio de lutas pela redistribuição dos bens (terra, água, ar) e pelo reconhecimento do outro procuramos desvincular o bem-estar do crescimento predatório (agrotóxicos, expansão sobre a propriedade dos outros, consumo autodestrutivo).
2. Qual o sentido que tem o conceito de "olhar enviesado" trazido na coluna de Milton Santos? Comente.
O texto possui viés de nos trazer à tona racismo que existe no Brasil. 
Enfrentar a questão seria, então, em primeiro lugar, criar a possibilidade de reequacioná-la diante da opinião, e aqui entra o papel da escola e, também, certamente, muito mais, o papel frequentemente negativo da mídia, conduzida a tudo transformar em "faits-divers", em lugar de aprofundar as análises. A coisa fica pior com a preferência atual pelos chamados temas de comportamento, o que limita, ainda mais, o enfrentamento do tema no seu âmago. E há, também, a displicência deliberada dos governos e partidos, no geral desinteressados do problema, tratado muito mais em termos eleitorais que propriamente em termos políticos. Desse modo, o assunto é empurrado para um amanhã que nunca chega. Ser negro no Brasil é, pois, com frequência, ser objeto de um olhar enviesado. A chamada boa sociedade parece considerar que há um lugar predeterminado, lá embaixo, para os negros e assim tranquilamente se comporta. Logo, tanto é incômodo haver permanecido na base da pirâmide social quanto haver "subido na vida".
3. Como pessoal, política e socialmente podemos enfrentar propositivamente o preconceito e a exclusão racial e social? Como podemos exercitar este "colocar-se no lugar do outro"?
Enquanto cidadãos podemos refletir sobre o que nos difere dos demais cidadãos se aceitaríamos ser excluídos, agredidos e menosprezados por termos alguma característica diferente do outro. Cabe a nós nos colocarmos no lugar do outro, porque se um negro é diferente de nós por ser negro, nós também somos diferentes dele por ser branco, da mesma forma com os índios e qualquer outra raça, nem por isso aceitaríamos uma posição inferior na sociedade, por que então eles devem?
Socialmente podemos passar essa reflexão adiante, não em forma de discussão especifica sobre o assunto, mas naturalmente, se virmos alguma discriminação nos colocarmos em prol do discriminado, inspirar a paz, distribuir amor e respeito e não simplesmente fechar os olhos, como se aquilo não lhe dissesse respeito, pelo simples fato do medo de ser hostilizado. Se nos unirmos, como recentemente nos unimos contra a corrupção, pouco a pouco estaremos extinguindo essas formas de preconceito, sempre em busca do bem geral e não apenas o bem individual, temos que nos tornar pessoas menos egoístas, afinal, a vida, a sociedade, é um ciclo, de alguma forma um tem influência sobre o outro, por isso se buscarmos fazer o bem ele voltar para nós.
Mentalmente basta uma reflexão e conscientização de que ninguém é mais do que ninguém, que não devemos nos tolerar, mas respeitarmos uns aos outros. Na prática disseminar essa ideia. Vivemos hoje numa sociedade que se preocupa muito com as aparências, dessa forma, se cada um fizer a sua parte, os outros passarão a repetir os gestos de bondade e generosidade, independentemente de raça, cor, status etc. Como disse Milton Santos, não devemos ser tratados com exclusividade, mas de forma justa e igualitária. Por isso creio que ONG’S apesar de muitas vezes serem a única “saída” acabam por segregar as pessoas, mostrando que são diferentes. 
Referências:
https://www.geledes.org.br/o-preconceito-racial-e-suas-repercussoes-na-instituicao-escola/
BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. 2002. Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas - 2ª edição - Brasília: Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde: 40.
http://www.ihuonline.unisinos.br/edicao/257

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