Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
22 Além disso, Chiavenato (2005) apresenta a produ- tividade como uma das maiores variáveis no estudo do comportamento organizacional, pela possibilidade de ser alcançada por meio de pessoas, de grupos e de toda a empresa. As instituições estão sempre à procura dos fatores que influenciam a melhoria da eficiência e eficá- cia de seus colaboradores, das equipes e da organização como um todo. Com relação à questão do absenteísmo, o autor explora os malefícios que o mesmo traz para a empre- sa, “pois provoca interrupção do trabalho e uma perda considerável da qualidade do mesmo. A instituição fica impossibilitada de alcançar seus objetivos, se seus cola- boradores não comparecem ao trabalho”. No que diz respeito à rotatividade, ele elucida so- bre a preocupação das organizações com a redução da rotatividade, uma vez que o alto índice de rotatividade gera um alto custo para a empresa, com recrutamento, seleção e treinamento. Quanto à satisfação no trabalho, ela é mais uma atitude do que um comportamento. Sobre isto o autor assegura: “pessoas satisfeitas com o trabalho são mais produtivas do que pessoas insatisfeitas; as organizações devem preo- cupar-se cada vez menos com a produtividade e cada vez mais com a qualidade de vida no trabalho, pois a satisfa- ção é um objetivo da empresa que está relacionada com o absenteísmo e a rotatividade”. (CHIAVENATO, 2005). 23 Para fidelizar o cliente final e, principalmente, en- cantá-lo, as empresas descobriram que o caminho mais eficaz é, primeiro, fidelizar e tentar encantar os seus clientes internos, ou seja, os seus colaboradores. A empresa constata que para atingir a tão desejada qualidade, a tão desejada fidelidade dos clientes finais, precisa, inicialmente, tornar possível que o colaborador deseje, consciente e/ou inconscientemente, dar o me- lhor de si para a organização e, consequentemente, para o cliente desta organização. Estudos e a prática cotidiana mostram que, quan- to mais o colaborador se sentir valorizado, respeitado, motivado, como pessoa, maior a possibilidade dele en- tregar um trabalho valoroso e de maior qualidade. Concluindo, Chiavenato (2005) atesta que a cida- dania organizacional é um comportamento que não faz parte das exigências de uma empresa, mas ajuda no fun- cionamento eficaz da organização. Desse modo: “As organizações bem-sucedidas precisam de pesso- as que façam mais do que os seus deveres normais e apresentem desempenho além das expectativas. Como nas organizações bem-sucedidas as tarefas são cada vez mais realizadas em equipe e a flexibilidade é um fator importante, elas necessitam de pessoas que adotem um comportamento de boa cidadania, oferecendo-se vo- luntariamente para tarefas extraordinárias, ajudando os colegas em suas equipes, fazendo declarações positivas sobre o trabalho de seu grupo e de sua organização evi- tando conflitos desnecessários, cuidando do patrimônio 24 da empresa, respeitando as leis e regulamentos, e sendo tolerantes com ocasionais aborrecimentos e imposições decorrentes do trabalho”. (CHIAVENATO, 2005). Enfim, a análise do comportamento organizacio- nal é uma das ferramentas organizacionais mais impor- tantes, para se compreender as situações de trabalho e as relações que se estabelecem na empresa entre seus colaboradores, auxiliando na análise, interpretação e na consequente resolução e solução de problemas, servin- do de apoio para os indivíduos e os grupos alcançarem os objetivos organizacionais, de maneira mais eficaz e certeira. Todos esses aspectos somam-se à criação de ambientes saudáveis, no qual, há confiança e um bom relacionamento interpessoal, entre colegas e equipes, criando laços de afetividade (empatia grupal = sinergia), entre os membros do grupo e dos membros do grupo com a empresa. Novamente, valho-me do exemplo do esporte, em particular do futebol, para ilustrar o exposto acima: to- dos nós já ouvimos falar de uma equipe, aparentemen- te, menos favorecida ou vista como mais fraca que, não raras vezes, vence outra equipe, conhecida como mais forte. Os especialistas no assunto costumam atribuir este fato, sobretudo, à sinergia do grupo, ou ainda ao espírito de equipe do grupo, ou à união do grupo, na linguagem do futebol. A “leitura“ ou o diagnóstico do ambiente de traba- lho, do clima de trabalho ajudam, sobremaneira, a orga- 25 nização a traçar estratégias, que possam melhorar este ambiente, tornando-o mais saudável ou salubre, para a tão almejada e necessária produtividade. Com certeza, conhecemos as seguintes frases: “Passamos mais tempo dentro das empresas, do que em casa” e “Aqui somos uma grande família”. É verdade que em alguns casos, algumas famílias têm um ambien- te ou um clima pesado, rude, que parece tornar mais difícil a “produtividade” Na convivência humana os conflitos são naturais, até esperados e muitas vezes necessários, pois podem propiciar mais espaço para a troca de ideias, planos e projetos. Neste contexto, a expressão “cidadania or- ganizacional” se torna bastante importante. Pensemos num país em que as pessoas são esclarecidas sobre seus direitos, deveres e obrigações. Saibam onde começa e termina seu espaço e estejam dispostas a colaborar para uma rua mais limpa, um bairro mais limpo e uma cidade mais limpa. Imagine um país, onde haja boa vontade para colaborar, pré-disposição para falar e para ouvir, para criticar e oferecer sugestões e/ou soluções. Nestas circunstâncias, o termo cidadania organiza- cional seria uma extensão do que entendemos por cida- dania pessoal, consciente e madura. Uma organização proativa procura fomentar am- bientes conscientes em que todos possam se ver, se en- tender e possam entender o meio em que estão inseridos. A expressão cidadania também abarca posturas tão necessárias, atualmente, como a visão ecológica ou ambiental, a visão social ou filantrópica, a visão do tra- 26 balho voluntário ou de prestação de serviços à comuni- dade, enfim fomentar a ampliação da consciência entre todos os atores do cenário organizacional. É notório que o colaborador com a autoestima alta está mais propenso a ser proativo, participativo, colabo- rativo, criativo e, principalmente, com o fundamental espírito de equipe. Para Chiavenato (2005): “Não existem organizações sem pessoas. Toda organi- zação é constituída de pessoas. Para estudar as pessoas em uma organização, o especialista em Recursos Hu- manos ou comportamento organizacional tem basica- mente duas alternativas: considerar as pessoas, como dotadas de características próprias, de personalidade e de individualidade, aspirações, desejos, valores, atitudes, motivações, ou considerar as pessoas como recursos, dotadas de habilidades, capacidades, destrezas, conhe- cimentos e competências necessárias para a tarefa”. (CHIAVENATO, 2005). Esta é uma divisão meramente didática, uma vez que, na prática e na vida dinâmica cotidiana, não se pode, e não se deve, separar as emoções das competên- cias, o desempenho das motivações e interesses. O homem é um ser social, porque se caracteriza por uma irreprimível tendência à vida, em sociedade, e em participações em diferentes grupos. O homem vive em organizações, sejam organizações formais ou in- 27 formais, públicas, privadas, pequenas, médias, grandes, visadoras de lucro ou filantrópicas, em ambientes cada vez mais complexos e dinâmicos. Assim, organizações são pessoas, organizações são grupos e organizações são organizações. Gerentes são pessoas, gerentes são membros de grupos e gerentes são membros de organizações. Contudo, a variabilidade humana é enorme. As pessoas apresentam profundas diferenças individuais. Cada pessoa tem a sua própria personalidade, sua his- tória e trajetória pessoal, seus conhecimentos e habili- dades, seus objetivos ou a falta deles, suas motivações, suas limitações pessoais, e principalmente, suas circuns- tâncias. As organizações muitasvezes se esforçam para compreender os seus membros, a despeito da grande complexidade, entretanto há de se convir que mesmo pessoas que moram juntas há 20, 30 anos, não se co- nhecem completamente. As organizações, inclusive, entrariam em colapso, se todas as esferas do ser humano, tais como família, es- cola, trabalho, religião, política etc., estivessem no palco organizacional, todos os dias. Desta maneira, se as organizações são compostas de pessoas, o estudo das pessoas constitui a unidade bá- sica para o estudo das organizações, em toda sua com- plexidade, enfocando o comportamento. Todavia, se as organizações são compostas de pes- soas e estas precisam se engajar em organizações para atingirem seus objetivos, podemos imaginar que este casamento nem sempre é fácil. Se as organizações são 28 altamente diferentes entre si, o mesmo ocorre com as pessoas, e neste ponto residem as maiores ameaças e oportunidades organizacionais. Cada pessoa é um fenômeno multidimensional, sujeito às influências de uma enormidade de variáveis. O comportamento humano é uma forma de pro- ceder, refere-se à conduta da pessoa. Padrão de com- portamento é o modo com que a pessoa costuma conduzir-se em seus afazeres. No estudo dos sistemas humanos evidenciam-se três divisões, relativamente dis- tintas: 1) o estudo da anatomia fornece uma visão da organização do corpo, 2) o estudo da fisiologia fornece informações relativas aos processos físicos compreen- didos e 3) o estudo do comportamento refere-se aos padrões evidentes de conduta da pessoa. É conhecido que o organismo influencia o comportamento e vice- -versa, contudo, em termos de comportamento organi- zacional, nosso foco é o padrão de conduta das pessoas. O comportamento humano é afetado por fatores internos e externos. Duas teorias, a teoria de campo e a teoria da dissonância cognitiva, são importantes para a compreensão do comportamento das pessoas. 1. 2 A Teoria de Campo de Kurt Lewin Segundo Kurt Lewin, apud Chiavenato (1989), a compreensão do comportamento humano depende de duas suposições básicas: o comportamento huma- no é derivado da totalidade dos fatos coexistentes, ou 29 seja, o comportamento humano é decorrente de mui- tas variáveis, fatos, causas, situações, circunstâncias, não sendo decorrente de um único fato ou situação e estes fatos coexistentes tem o caráter de um “campo dinâmico”, no qual cada parte do campo depende de uma inter-relação dinâmica com as outras. É o chama- do campo psicológico. Cada pessoa com suas vivências, histórias e circuns- tâncias de vida, suas motivações é motivada, de acordo com sua forma de ver e sentir, sendo, naturalmente, di- ferente da forma de ver, sentir e motivar outra pessoa. Esse campo psicológico é “o espaço de vida“ que contêm a pessoa e seu ambiente psicológico. Assim, está relacionado com as percepções e interpretações da pessoa acerca de seu ambiente externo. Mais do que isso, é o ambiente associado às atuais necessidades e objetivos pessoais. Ele pode adquirir valências no am- biente psicológico, determinando um campo dinâmico de forças psicológicas. A valência é positiva quando os objetos, as pes- soas ou as situações carregadas podem ou prometem satisfazer as necessidades presentes do individuo. Por outro lado, é negativa, quando podem ou prometem causar algum dano ou prejuízo. Os objetos, as pessoas ou as situações carregadas de valência positiva tendem a atrair o individuo, enquanto os de valência negativa tendem a causar repulsa ou fuga. A atração é a força ou “vetor” dirigido para o objeto, para a pessoa ou para a situação, enquanto a repulsa é a força ou “vetor”, que o leva a afastar-se, tentando escapar do objeto, da pessoa 30 ou da situação. Um vetor tende sempre a produzir uma “locomoção”, em certa direção, quando dois ou mais fatores atuam, ao mesmo tempo, sobre uma pessoa. A locomoção é uma espécie de “resultante” (ou momen- to) de forças. Algumas vezes, a locomoção produzida pelos vetores pode ser impedida ou, completamente, bloqueada por uma “barreira” (impedimento ou obstá- culo), resultando em frustração O modelo de comportamento humano, proposto por Kurt Lewin, pode ser representado esquematica- mente pela equação: C= f (P, M) Onde o comportamento (C) é o resultado ou fun- ção (f) da interação, entre a pessoa (P) e seu meio am- biente (M). A pessoa (P), nesta equação, é determina- da pelas características genéticas e pelas características adquiridas pela aprendizagem, através de seu contato com o meio. A teoria do campo de Kurt Lewin explica por que um mesmo objeto, situação ou pessoa, podem ser per- cebidos, vistos, sentidos e interpretados de maneira di- ferente, por cada indivíduo. Neste sentido, cuidado ao indicar um filme, um restaurante, uma pessoa a outra, pois elas veem, sentem e interpretam as coisas, as situações, as outras pessoas, baseadas em seu campo psicológico. Faça um teste sim- ples: mostre a mesma foto, de uma revista, para 3 ou 4 pessoas e peça para elas dizerem o que sentem, ao ver 31 tal figura. É muito provável que cada pessoa relate um sentimento diverso. Começamos a perceber quão difícil e complexo é gerir pessoas, motivar pessoas, visto que aquilo percebi- do como motivador para um, pode ser percebido como desmotivador para outro, o que é sentido como estimu- lante para um, pode ser sentido como desestimulante a outro alguém. 1.3 A Teoria da Dissônancia Cognitiva Para Chiavenato (1989), a teoria da dissonância cognitiva de Festinger baseia-se na premissa de que todo indivíduo se esforça para estabelecer um estado de consonância ou consistência, com ele mesmo e com o ambiente que o rodeia. Se uma pessoa tem cognições (pensamentos) sobre si mesma e sobre seu ambiente, que são inconsistentes entre si, isto é uma cognição im- plica o oposto da outra, então, ocorre um estado de dissonância cognitiva A dissonância cognitiva é uma das principais fon- tes de inconsistência no comportamento. As pessoas não toleram a inconsistência e a ocorrência dela, por exemplo, quando o individuo acredita em algo, mas, no entanto, age contrariamente a essa crença. A este confli- to ou inconsistência Festinger dá o nome de dissonân- cia cognitiva. O elemento cognitivo é uma espécie de crença, co- nhecimento ou opinião que o indivíduo tem de si mes- mo ou do meio externo. Esses elementos cognitivos 32 podem estar relacionados de três maneiras: dissonante, consonante ou irrelevante, assim: 1) Relação dissonante: o indivíduo acredita que fu- mar é nocivo, mas continua fumando (duas cognições em relação dissonante); 2) Relação consonante: o indivíduo acredita que fumar é nocivo e, então, deixa de fumar (duas cognições em relação consonante); 3) Relação irrelevante: o indivíduo considera o fumo nocivo e gosta de passear (elementos em uma re- lação irrelevante). A força da dissonância cognitiva depende de duas variáveis, a saber: A) A importância de cada um dos elementos dis- sonantes ou cognitivos, se uma crença tem pequena importância, a inconsistência por ela gerada terá pouca dissonância, o contrário também é verdadeiro; B) A soma de dissonância é função do número de cognições dissonantes e consonantes, que existem em dado momento; quanto maior a proporção de elementos dissonantes para consonantes, maior a dissonância sentida. A dissonância cognitiva é geralmente decorrente de situações que envolvem algum processo de decisão do indivíduo. Podemos imaginar o quão simples ou quão difícil, e até dramático, pode ser, por exemplo, para um exce- lente técnico que gosta de ser técnico, porém se vê pro- movido a supervisor pela organização. Ele não gosta de liderar, mas sabe que o salário é maior e sente que não pode desapontar a empresa. 33 Ou imagine, ainda, um colaborador que trabalhe perto de casa e tenha quatro filhos pequenos. Ele está feliz com a escola dos filhos, com seus amigos, igreja, salário, com a vida que leva,todavia, a firma precisa transferi-lo para outro estado, com um salário maior e ele tem cinco dias para decidir. A dissonância cognitiva é parte integrante da vida, afinal, o tempo todo precisa- mos decidir, escolher, “abrir mão” de coisas. A teoria, muitas vezes, é mais simples do que a prática. Suponha, então, o quão rico e complexo é o cam- po psicológico de uma organização, seja ela pequena, média ou grande, seja ela um pequeno consultório den- tário, uma loja de rua, ou uma grande indústria naval. 1.4 A Complexa Natureza do Homem É desafiador procurar entender, decifrar e teorizar sobre o comportamento humano. Deste modo, para captar melhor estas duas teorias descritas, há mais algu- mas valiosas premissas: 1) O homem é um ser transacional, que não só recebe insumos do ambiente e reage aos mesmos, mas também adota uma posição proativa, antecipando-se, e muitas vezes provocando as mudanças que ocorrem em seu ambiente; 2) O homem apresenta um comportamento dirigi- do para um objetivo, o que significa dizer que ele é ca- paz de ter objetivos, ou aspirações e de aplicar grandes doses de esforço no sentido de alcançá-los e 34 3) O homem é um modelo de sistema aberto, em que é dirigido por objetivos interdependentes, do meio físico e social, e ativamente envolvido em transações com esse ambiente, à medida que persegue seus objeti- vos. Isso exige que o homem não só desenvolva capa- cidades mentais de procedimento - de pensar, decidir, escolher - mas também de adquirir informações e cren- ças que lhe permitam “conhecer” as pessoas, situações e as coisas em seu meio e enfrentá-las. O comportamento das pessoas nas organizações, como já vimos, é bastante complexo e depende de fa- tores internos - decorrentes de suas características de personalidade - como capacidade de aprendizagem, de motivação, de aprendizagem, do ambiente interno e ex- terno, de atitudes, de emoções, de valores, e de fatores externos - decorrentes das características organizacio- nais - como sistemas de recompensas e punições, de fatores sociais, de políticas, de coesão grupal existente, tal como podemos observar no esquema a seguir: • Fatores internos/ a pes- soa na organização • Fatores externos/ com- portamento da pessoa dentro da organização • Capacidade de aprendi- zagem e motivação • Percepção • Atitudes • Emoções • Frustrações • Valores • Regras e regulamentos • Sistemas de recompensas e punições • Grau de confiança • Coesão grupal • Métodos e processos • Fatores sociais • Políticas da organização Variáveis intervenientes 35 O comportamento organizacional segue os prin- cípios do comportamento humano, sendo o compor- tamento humano multifatorial, circunstancial, influen- ciando o meio e sendo influenciado por este. A pessoa na organização, geralmente, se comporta orientada pelo clima reinante na organização. Se o clima organizacio- nal é mais informal, a pessoa tende a se comportar de maneira mais informal, se o clima reinante é mais for- mal, distante, a pessoa tende a ter um comportamento do tipo mais formal. Neste contexto, podemos imaginar quão diferen- te tende a ser o comportamento em uma instituição militar ou numa piscina pública, numa cidade, como o Rio de Janeiro, por exemplo. Ou quão tende a ser diferente o comportamento profissional de um militar e de um garçom, que trabalha em um bar, à beira da praia. O comportamento da pessoa, dentro da orga- nização, depende de suas características de personali- dade, da cultura da organização, do clima reinante, de onde esta organização está inserida - o bairro, a cida- de, país - depende do tipo de negócio da organização, do tipo de cliente, e do ambiente predominante na or- ganização. É sabido que o ser humano está inclinado a buscar adaptação e aceitação dentro dos grupos. As- sim, a pessoa, especificamente, no ambiente profissio- nal, tenderia a buscar uma sintonia comportamental com o restante do grupo e com seus líderes diretos, se ela estiver motivada e interessada em permanecer e crescer dentro da organização. Ainda consoante Chiavenato (1989): 36 “Dentre os fatores externos (ou ambientais) que influen- ciam o comportamento das pessoas podem-se incluir o clima organizacional, as pressões do chefe, as influências dos colegas de trabalho, as mudanças na tecnologia uti- lizada pela organização, os programas de treinamento e desenvolvimento empregados pela organização, as pres- sões e demandas da família, as condições ambientais, o espaço físico destinado ao trabalho, ao refeitório, o nível de expectativas depositado no colaborador, os métodos e rotinas de trabalho (ou a ausência destes) e o sistema utilizado para promoção de pessoal (ou a ausência de um plano formal).” (CHIAVENATO, 1989). Enfim, são diversos os fatores que influenciam o comportamento das pessoas dentro das organizações, e isto vale para as pessoas de diferentes cargos, funções ou papéis. Todos estão submetidos, em maior ou menor grau, a depender do nível de maturidade e do repertório pessoal de cada um. Todos nós buscamos o reconheci- mento, a aceitação, a adaptação e, principalmente, bus- camos pertencer. Segundo Kanaane (1995): “Nas relações que o homem estabelece com o trabalho e com a organização, devem ser considerados os seguintes aspectos: relação indivíduo-indivíduo, indivíduo-grupo, indivíduo-organização, grupo-grupo, grupo-organização, organização-organização“. (KANAANE, 1995).
Compartilhar