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GESTÃO DIMENSÕES E APLICABILIDADE TÉCNICO-OPERATIVA DO SERVIÇO SOCIAL
RESUMO
O presente trabalho almeja, apresentar os instrumentos utilizados pela Assistente Social, na instituição Unidade Acolhimento Institucional, que atende adolescente do sexo feminino de 12 a 18 anos, que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social. O acolhimento dos adolescentes ocorre devido alguns determinantes como: Violência Doméstica, Física, Sexual, Psicológica e Negligência, Uso de abuso de Substâncias Psicoativas, Evasão Escolar, Evasão Escolar, Vivência nas ruas, Abandono Familiar entre outros. A Instituição está tipificada na política de Assistência Social como alta complexidade, na modalidade de acolhimento institucional, visando reestabelecer os direitos violados e o vínculo familiar. Este acolhimento visa assegurar a Integridade Física, Segurança, Privacidade, Higienização entre outros. Estão acolhidos na instituição doze adolescentes, dentre esses observou-se que oito adolescentes encontravam-se em atraso escolar e somente quatro estão em situação regular. Pode-se considerar um número baixo, pois corresponde a apenas 1/3 dos adolescentes acolhidos. O desafio do Serviço Social é estimular a participação da família na instituição. Visando a reintegração familiar e a manutenção do Vínculo. Quando a adolescente é acolhida na entidade é realizada uma visita domiciliar aos seus familiares, para que se possa observar o contexto e convívio familiar, bem como as situações que o permeiam. A Assiste Social desenvolve projetos com o intuito de promover, desenvolver e descobrir habilidades das adolescentes.
Palavras-Chave: Trabalho, Instituição, Acolhimento, Adolescente, Assistente Social
1- INTRODUÇÃO
Neste trabalho apresentaremos brevemente a Instituição Unidade Acolhimento Institucional (UNAI) a mesma é uma entidade de acolhimento temporário para adolescentes do sexo feminino. Será pontuada os instrumentos utilizados pela Assistente Social na instituição visando demonstrar a importância deste profissional, e a relevância do trabalho interdisciplinar no espaço de acolhimento. A formação profissional em Serviço Social é marcada por embates de ordem teórico-metodológica, o que tem refletido no cotidiano da atuação profissional. Estas contradições, além de provocar angústias entre os profissionais, têm contribuído para uma cisão no interior da categoria, ou seja, o profissional que pensa e o profissional que faz. A Unidade acima citada, foi inaugurada no dia 08 de fevereiro de 1996, tendo como principal objetivo “Acolher” adolescente do sexo feminino. Tudo deu-se no mesmo ano, no dia 12 de fevereiro, acolhendo adolescentes em situação de risco pessoal e social. A referida instituição tem como finalidade atendimento temporário aos adolescentes de 12 a 18 anos em situação de risco e vulnerabilidade, sejam elas pessoais ou sociais. De acordo com deslanes ( 1994, P.SAGAZ 2008) a violência doméstica contra criança e adolescente traz em si elementos culturais e sociais estabelecidos de hierarquia e de denominação do mais forte usa-se o castigo como instrumento de ensino e traz no arcabouço a noção de proteção. A violência doméstica cometida pelos pais e/ou responsáveis, é baseada no poder que é utilizado abusivamente contra a criança e ao adolescente, burlando assim seus direitos de expressão, sentimentos e opiniões. Vale ressaltar que tais direitos estão assegurados no ( ECA) Estatuto da Criança e do Adolescente, a partir dos seguintes artigos: artigo 2º, a Convenção passa a discorrer sobre os direitos fundamentais da criança, é dizer, direito a vida (art. 6º), à integridade física e moral (art. 19), à privacidade e à honra (art.16), à imagem, à igualdade, à liberdade (art. 37), o direito de expressão (art. 12 e 13), de manifestação de pensamento (art. 14), sem distinção de qualquer natureza (raça, cor, sexo, língua, religião, convicções filosóficas ou políticas origem étnica ou social etc.), estabelecendo diretrizes para adoção e efetivação de medidas que garantam estes direitos por parte dos Estados convencionados, objetivando garantir a proteção das crianças de qualquer forma de discriminação ou punição injusta. Para tanto, nos termos do artigo 4º, os Estados-partes deverão tomar todas as medidas administrativas, legislativas para a implementação dos direitos reconhecidos na Convenção, e, especialmente com relação aos direitos econômicos, sociais e culturais, tomarão tais medidas no alcance máximo de seus recursos disponíveis e, quando necessário, no âmbito da cooperação internacional. Os referidos direitos fundamentais, arrolados no artigo 5º de nossa Constituição Cidadã, de 1988, são especificamente atribuídos à criança e ao adolescente no artigo 227 dessa Lei Maior, atribuindo à família, à sociedade e ao Estado a responsabilidade pelo bem estar dos infantes. Estes princípios, irradiados por toda a Convenção, refletem-se igualmente nas disposições preliminares contidas no Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990. A Unidade Acolhimento Institucional proporciona desenvolvimento pessoal, as habilidades das adolescentes em atividades como; aula de balé (trabalha expressões corporais), pintura em madeira (desenvolve a criatividade), aula de violão (amplia a percepção e atenção, entre outros). Esse projeto tem como direcionamento, proporcionar o crescimento da confiança e a maturidade, elevando sua autoestima.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa de estratégias de ação que resultará no método de trabalho empregado pelo assistente social. Como Sabemos o Serviço Social é a construção de um Projeto Profissional desde a década de 1980/90, o mesmo vem modificando nossa realidade, no sentido de transformar o sujeito em ator e autor de sua história. Esta prática profissional é a verdadeira legitimação da profissão. Deste modo, compete aos profissionais uma constante e permanente formação técnica capaz de garantir o aprimoramento de competência técnico-operativo e intelectual, consolidando o compromisso político com a classe trabalhadora (GUERRA, 2005). Concordo com Magalhães (2003, p. 47) quando afirma que não é possível esquecer que o eixo técnico-operativo das profissões deve estar relacionado ao seu norte ético-político, pois mesmo no uso de um instrumento de apoio há uma intencionalidade. Assim, para além da compreensão do instrumental como um conjunto articulado de O cotidiano da intervenção profissional, nos mais diversos campos de atuação, é marcado pelo atendimento às demandas e requisições da classe trabalhadora, que exige respostas diretas, na perspectiva imediata. Estas demandas e requisições dizem respeito ao atendimento às necessidades básicas dos sujeitos e para as quais se faz necessário proporcionar acessos aos direitos reclamáveis. Para Guerra (2000), muitas destas requisições da profissão são em nível de responder às demandas contraditórias do capital e do trabalho, colocando a intervenção profissional em uma dimensão instrumental, o que significa reduzir a uma atuação funcional a manutenção da ordem no atendimento do projeto burguês.
É necessário, portanto, que pela via do conhecimento os assistentes sociais possam desenvolver estratégias capazes de fazer do imediato o seu instrumento de construção do projeto ético-político profissional, comprometido com a transformação da sociedade. Isso se dá através da articulação entre o imediato e o mediato, entre aquilo que representa respostas a uma expressão singular e respostas sociopolíticas que alavancam condições de empoderamento da população na construção de autonomia e protagonismo. Magalhães (2003, p. 69) afirma que o cotidiano do trabalho deve ser vivenciado de modo pleno, consciente e compromissado (política e eticamente), para que a ação profissional apresente-se como uma possibilidade, não de alienação, mas de construção de valores que deem sentido ético-político à história profissional. Em qualquer trabalho desenvolvido no universo institucional, é de suma importância uma prática consciente erefletida, que não se deixe levar unicamente pela cotidianidade, que muitas vezes configura-se como uma porta aberta para a alienação e que só pode ser superada por meio de uma prática compromissada e crítica reflexiva.
Deste modo, compete aos profissionais uma constante e permanente formação técnica capaz de garantir o aprimoramento de competência técnico-operativo e intelectual, consolidando o compromisso político com a classe trabalhadora (GUERRA, 2005).
Concordo com Magalhães (2003, p. 47) quando afirma que não é possível esquecer que o eixo técnico-operativo das profissões deve estar relacionado ao seu norte ético-político, pois mesmo no uso de um instrumento de apoio há uma intencionalidade.
Para Guerra (2000), muitas destas requisições da profissão são em nível de responder às demandas contraditórias do capital e do trabalho, colocando a intervenção profissional em uma dimensão instrumental, o que significa reduzir a uma atuação funcional a manutenção da ordem no atendimento do projeto burguês.
 Magalhães (2003, p. 69) afirma que o cotidiano do trabalho deve ser vivenciado de modo pleno, consciente e compromissado (política e eticamente), para que a ação profissional apresente-se como uma possibilidade, não de alienação, mas de construção de valores que deem sentido ético-político à história profissional.
CITAÇÃO DIRETA CURTA
Magalhães (2003, p. 47) “afirma que não é possível esquecer que o eixo técnico-operativo das profissões deve estar relacionado ao seu norte ético-político, pois mesmo no uso de um instrumento de apoio há uma intencionalidade”.
CITAÇÃO DIRETA LONGA
Diante de todo este movimento, pode-se constatar que o Serviço Social é uma profissão dinâmica inserida no próprio contexto sócio histórico. Portanto, cabe ao assistente social modificar a sua forma de atuação profissional, em decorrência da demanda que lhe é colocada e da necessidade de responder às exigências e às contradições da sociedade capitalista. É preciso acompanhar o movimento da sociedade e visualizar os novos espaços como possibilidades de intervenção sobre uma realidade social concreta.
Isto significa assumir o pressuposto da ação investigativa como novas possibilidades de intervenção, na medida em que desvela o contraditório e produz as condições necessárias para o enfrentamento e superação das questões sociais que se apresentam cotidianamente.
É a atitude investigativa que permite revelar a essência do problema e pensar o novo e, por isso, teoria e método, mesmo sendo elementos distintos, devem ser coerentes entre si. A teoria fundamenta a prática e encontra-se no nível da abstração, e o método, por sua vez, norteia a prática. Ambos devem ser incorporados no agir profissional.
Entre os assistentes sociais é frequente o discurso da dicotomia entre a teoria e prática, o que revela resquícios de uma fragilidade de fundamentação teórico-metodológica para uma atuação competente. Os limites se desvelam pela falta de clareza dos fundamentos que orientam a prática profissional, prevalecendo posturas conservadoras, autoritárias, discriminatórias, tecnocratas e clientelistas, enfraquecendo o projeto ético-político, cuja defesa de liberdade e da emancipação dos sujeitos sociais se faz presente.
O foco da formação do assistente social
Portanto, o assistente social tem formação para trabalhar com os serviços sociais nas mais diversas áreas: órgãos da administração pública e privada, empresas, organizações da sociedade civil, com políticas sociais nas áreas da saúde, da habitação, educação, assistência, jurídica, entre outras.
A habilidade do profissional vai além de ser somente executivo, inclui a capacidade de propor e implementar políticas sociais e, ainda, avaliar projetos na área social, realizar perícias técnicas, emitir pareceres, exercer funções de direção na administração de serviços sociais.
O trabalho destes profissionais deve ser realizado sob a perspectiva da totalidade, não visualizando apenas o indivíduo, mas as relações mais amplas, buscando formas de intervenção para sua transformação, a partir de atendimentos às demandas mais imediatas que se fazem presentes no cotidiano profissional.
A disposição de estratégias de ação resultará no método de trabalho empregado pelo assistente social, modificando uma realidade, transformando o sujeito em ator e autor de sua história. Esta prática profissional é a verdadeira legitimação da profissão. Deste modo, compete aos profissionais uma constante e permanente formação técnica capaz de garantir o aprimoramento de competência técnico-operativo e intelectual, consolidando o compromisso político com a classe trabalhadora (GUERRA, 2005).
Magalhães (2003, p. 47) afirma que \u201cnão é possível esquecer que o eixo técnico-operativo das profissões deve estar relacionado ao seu norte ético-político, pois mesmo no uso de um instrumento de apoio há uma intencionalidade\u201d.
Assim, para além da compreensão do instrumental como um conjunto articulado de técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional, Guerra (2000) denomina de \u201cinstrumentação técnica\u201d a discussão que tem o sentido da instrumentalidade enquanto propriedade da profissão, com capacidade de construí-la e reconstruí-la no processo sócio histórico.
Intervenção profissional
O cotidiano da intervenção profissional, nos mais diversos campos de atuação, é marcado pelo atendimento às demandas e requisições da classe trabalhadora, que exige respostas diretas, na perspectiva imediata. Estas demandas e requisições dizem respeito ao atendimento às necessidades básicas dos sujeitos e para as quais se faz necessário proporcionar acessos aos direitos reclamáveis. Para Guerra (2000), muitas destas requisições da profissão são em nível de responder às demandas contraditórias do capital e do trabalho, colocando a intervenção profissional em uma dimensão instrumental, o que significa reduzir a uma atuação funcional a manutenção da ordem no atendimento do projeto burguês.
É necessário, portanto, que pela via do conhecimento os assistentes sociais possam desenvolver estratégias capazes de fazer do imediato o seu instrumento de construção do projeto ético-político profissional, comprometido com a transformação da sociedade. Isso se dá através da articulação entre o imediato e o mediato, entre aquilo que representa respostas a uma expressão singular e respostas sociopolíticas que alavancam condições de empoderamento da população na construção de autonomia e protagonismo.
Magalhães (2003, p. 69) afirma que o cotidiano do trabalho \u201cdeve ser vivenciado de modo pleno, consciente e compromissado (política e eticamente), para que a ação profissional apresente-se como uma possibilidade, não de alienação, mas de construção de valores que deem sentido ético-político à história profissional\u201d.
Em qualquer trabalho desenvolvido no universo institucional, é de suma importância uma prática consciente e refletida, que não se deixe levar unicamente pela cotidianidade, que muitas vezes configura-se como uma porta aberta para a alienação e que só pode ser superada por meio de uma prática compromissada e crítica reflexiva.
Segundo Iamamoto (2005, p. 20), \u201cum dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos
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Diante de todo este movimento, pode-se constatar que o Serviço Social é uma profissão dinâmica inserida no próprio contexto sócio histórico. Portanto, cabe ao assistente social modificar a sua forma de atuação profissional, em decorrência da demanda que lhe é colocada e da necessidade de responder às exigências e às contradições da sociedade capitalista. É preciso acompanhar o movimentoda sociedade e visualizar os novos espaços como possibilidades de intervenção sobre uma realidade social concreta.
Isto significa assumir o pressuposto da ação investigativa como novas possibilidades de intervenção, na medida em que desvela o contraditório e produz as condições necessárias para o enfrentamento e superação das questões sociais que se apresentam cotidianamente.
É a atitude investigativa que permite revelar a essência do problema e pensar o novo e, por isso, teoria e método, mesmo sendo elementos distintos, devem ser coerentes entre si. A teoria fundamenta a prática e encontra-se no nível da abstração, e o método, por sua vez, norteia a prática. Ambos devem ser incorporados no agir profissional.
Entre os assistentes sociais é frequente o discurso da dicotomia entre a teoria e prática, o que revela resquícios de uma fragilidade de fundamentação teórico-metodológica para uma atuação competente. Os limites se desvelam pela falta de clareza dos fundamentos que orientam a prática profissional, prevalecendo posturas conservadoras, autoritárias, discriminatórias, tecnocratas e clientelistas, enfraquecendo o projeto ético-político, cuja defesa de liberdade e da emancipação dos sujeitos sociais se faz presente.
O foco da formação do assistente social
Portanto, o assistente social tem formação para trabalhar com os serviços sociais nas mais diversas áreas: órgãos da administração pública e privada, empresas, organizações da sociedade civil, com políticas sociais nas áreas da saúde, da habitação, educação, assistência, jurídica, entre outras.
A habilidade do profissional vai além de ser somente executivo, inclui a capacidade de propor e implementar políticas sociais e, ainda, avaliar projetos na área social, realizar perícias técnicas, emitir pareceres, exercer funções de direção na administração de serviços sociais.
O trabalho destes profissionais deve ser realizado sob a perspectiva da totalidade, não visualizando apenas o indivíduo, mas as relações mais amplas, buscando formas de intervenção para sua transformação, a partir de atendimentos às demandas mais imediatas que se fazem presentes no cotidiano profissional.
A disposição de estratégias de ação resultará no método de trabalho empregado pelo assistente social, modificando uma realidade, transformando o sujeito em ator e autor de sua história. Esta prática profissional é a verdadeira legitimação da profissão. Deste modo, compete aos profissionais uma constante e permanente formação técnica capaz de garantir o aprimoramento de competência técnico-operativo e intelectual, consolidando o compromisso político com a classe trabalhadora (GUERRA, 2005).
Magalhães (2003, p. 47) afirma que \u201cnão é possível esquecer que o eixo técnico-operativo das profissões deve estar relacionado ao seu norte ético-político, pois mesmo no uso de um instrumento de apoio há uma intencionalidade\u201d.
Assim, para além da compreensão do instrumental como um conjunto articulado de técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional, Guerra (2000) denomina de \u201cinstrumentação técnica\u201d a discussão que tem o sentido da instrumentalidade enquanto propriedade da profissão, com capacidade de construí-la e reconstruí-la no processo sócio histórico.
Intervenção profissional
O cotidiano da intervenção profissional, nos mais diversos campos de atuação, é marcado pelo atendimento às demandas e requisições da classe trabalhadora, que exige respostas diretas, na perspectiva imediata. Estas demandas e requisições dizem respeito ao atendimento às necessidades básicas dos sujeitos e para as quais se faz necessário proporcionar acessos aos direitos reclamáveis. Para Guerra (2000), muitas destas requisições da profissão são em nível de responder às demandas contraditórias do capital e do trabalho, colocando a intervenção profissional em uma dimensão instrumental, o que significa reduzir a uma atuação funcional a manutenção da ordem no atendimento do projeto burguês.
É necessário, portanto, que pela via do conhecimento os assistentes sociais possam desenvolver estratégias capazes de fazer do imediato o seu instrumento de construção do projeto ético-político profissional, comprometido com a transformação da sociedade. Isso se dá através da articulação entre o imediato e o mediato, entre aquilo que representa respostas a uma expressão singular e respostas sociopolíticas que alavancam condições de empoderamento da população na construção de autonomia e protagonismo.
Magalhães (2003, p. 69) afirma que o cotidiano do trabalho \u201cdeve ser vivenciado de modo pleno, consciente e compromissado (política e eticamente), para que a ação profissional apresente-se como uma possibilidade, não de alienação, mas de construção de valores que deem sentido ético-político à história profissional\u201d.
Em qualquer trabalho desenvolvido no universo institucional, é de suma importância uma prática consciente e refletida, que não se deixe levar unicamente pela cotidianidade, que muitas vezes configura-se como uma porta aberta para a alienação e que só pode ser superada por meio de uma prática compromissada e crítica reflexiva.
Segundo Iamamoto (2005, p. 20), \u201cum dos maiores desafios que o assistente social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos
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