Buscar

08 - Aula 8 - Transtornos Alimentares

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 66 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
FISIOPATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA I 
Aula 8: Transtornos Alimentares
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Introdução
Os transtornos alimentares são quadros
psiquiátricos caracterizados por
profundas alterações no comportamento
alimentar e disfunções no controle do
peso e forma corporal, que levam a
sérios prejuízos clínicos, psicológicos e
de convívio social.
TIMERMAN et al., 2015
Conceito
Termo em inglês binge eating disorders
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fisiopatologia dos transtornos alimentares
O MAIOR EQUÍVOCO FISIOLÓGICO que pode ocorrer é 
tentar distinguir a FOME da SACIEDADE
Situação de ansiedade → Desvio do controle FOME-
SACIEDADE
BERNARDI, 2011
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Centro da Fome x Saciedade
BERNARDI, 2011
Hipotálamo lateral → Fome
Hipotálamo Ventromedial→
Saciedade 
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fisiopatologia dos transtornos alimentares
BERNARDI, 2011
Grelina – “Hormônio da 
fome”
Produzido no estômago 
quando esta vazio
Leptina – “Hormônio da 
saciedade”
Produzido no tecido 
adiposo
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I Grelina x Leptina
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fisiopatologia dos transtornos alimentares
ANOREXIA
• A fome ainda existe! Mas, por um “controle individual’, a paciente não 
ingere alimentos.
BULIMIA
• A fome já foi saciada. Mas, a vontade de comer não.
Ambas são caracterizadas por um medo supervalorizado da obesidade →
Levando a uma série de comportamentos compensatórios
BERNARDI, 2011
CICLO COMPULSÃO – PURGAÇÃO – RESTRIÇÃO
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fisiopatologia dos transtornos alimentares
BERNARDI, 2011
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fisiopatologia dos transtornos alimentares
VIGOREXIA (Overtraining)
• É um transtorno de dismorfia muscular
• Preocupação em ser forte em todas as áreas corpóreas 
• A pessoa se descreve aspectos de fraqueza, no entanto 
apresentam formação muscular acima no nível médio 
• Ocorrência maior na população masculina 
MARTINS et al, 2011
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fisiopatologia dos transtornos alimentares
VIGOREXIA (Overtraining)
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fisiopatologia dos transtornos alimentares
ORTOREXIA NERVOSA
• É o termo descrito para o comportamento obsessivo
patológico caracterizado pela fixação por saúde alimentar.
• Distúrbio que também prejudica a vida social e a saúde
como um todo.
• A preocupação do doente não é com a forma física, e sim
com a qualidade dos alimentos ingeridos.
MARTINS et al, 2011
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
• Distúrbio que também prejudica a vida social e a saúde como
um todo.
• A preocupação do doente não é com a forma física, e sim com
a qualidade dos alimentos ingeridos.
MARTINS et al, 2011
ORTOREXIA NERVOSA
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Transtornos alimentares – Iremos estudar
DSM-5, 2014
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Transtornos alimentares
• Anorexia Nervosa;
• Bulimia Nervosa;
• Transtorno Alimentar Não Especificado (EDNOS – Esatin
Disorder Not Otherwise Speified);
• Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP).
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Anorexia nervosa
Conceito
• O termo anorexia deriva do grego; 
• An- deficiência ou ausência de;
• Orexis- apetite;
CORDÁS & SALZANO, 2011
CID 10: F-50.0 - DSM-5: 307.1
CID 10- Classificação Internacional de Doenças, 10ª edição - OMS
DSM-5- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 
- APA (Associação Americana de Psiquiatria)
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Anorexia nervosa
CORDÁS & SALZANO, 2011
Modelo gaúcha morre de complicação da anorexia nervosa
21 anos, 48 Kg, 1,65m, IMC de 17,6 Kg/m 2
“Quanto mais emagrecia, mais seguidores e elogios conquistava nas redes sociais”
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Características 
• Restrição persistente da ingestão calórica;
• Medo intenso de ganhar peso ou de 
engordar ou comportamento persistente 
que interfere no ganho de peso; 
• Perturbação na percepção do próprio peso 
ou da própria forma.
DSM-5, 2014
Fonte: bitsandpieces
Anorexia nervosa
http://www.bitsandpieces.us/2012/08/28/anorexic-apple/
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Epidemiologia
• Ocorre predominantemente em adolescentes e mulheres adultas 
jovens;
• Pouco se sabe a respeito da prevalência entre indivíduos do gênero 
masculino. Proporção feminino-masculino de aprox. 10:1;
• Taxa de prevalência ao longo da vida variando de 0,3 a 3,7%;
• Picos de incidência: aos 14 e aos 17 anos;
• Risco aumentado: profissões que exigem leveza para melhor 
desempenho (ginastas, patinadoras, bailarinas) ou esbeltez para 
"comercialização" da imagem (modelos, atrizes).
YAGER et al., 2000
Anorexia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
DSM-5
• Perda de peso e recusa em manter o peso dentro da faixa normal 
(≥85% do esperado);
• Medo mórbido de engordar mesmo estando abaixo do peso;
• Perturbação na forma de vivenciar o baixo peso, influência indevida do 
peso sobre a autoavaliação e negação do baixo peso;
DSM-5, 2014
Subtipos:
1.Restritivo (dieta e exercícios apenas) → NA-R
2.Compulsão periódica/purgativo (presença de episódios de compulsão 
e/ou purgação além da dieta, exercícios, diuréticos, clister) → NA-P
Anorexia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
CID-10
• Perda de peso e manutenção abaixo do normal (IMC ≤ 17,5 kg/m²);
• Perda de peso auto induzida pela evitação de alimentos que engordam; 
• Medo de engordar e percepção de estar muito gorda(o);
• Distúrbio endócrino envolvendo o eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal
(amenorreia) e atraso no desenvolvimento puberal;
• Vômitos auto induzidos, purgação e uso de inibidores do apetite e/ou 
diuréticos podem estar presentes.
DSM-5, 2014
Anorexia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Consequências Funcionais
• Limitações funcionais associadas ao 
transtorno;
• Alguns permanecem ativos no 
funcionamento social e profissional;
• Isolamento social significativo e/ou 
fracasso em atingir o nível acadêmico ou 
profissional.
YAGER et al., 2000
Fonte: cidadeverde.com
Anorexia nervosa
cidadeverde.com
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Quadro Clínico
• Perda da gordura corporal;
• Bradicardia;
• Hipotensão;
• Hipotermia;
• Intolerância ao frio;
• Dor abdominal;
• Sensação de plenitude;
SCHEBENDACH et al., 2010
Anorexia nervosa
• Constipação intestinal;
• Perda do interesse sexual;
• Perda excessiva de cabelo;
• Lanugo corpo e face;
• Distúrbio do sono;
• Manifestação depressão.
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Diagnóstico Diferencial – Devido ao emagrecimento 
intenso, não confundir...
• Doenças inflamatórias intestinais;
• Diabetes mellitus;
• Câncer;
• Hipertireoidismo;
• Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA);
• Bulimia nervosa.
DSM-5, 2014 
Anorexia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Mortalidade
• 0,56%/ano parece ser pequena
• É a maior taxade mortalidade dentre todos os distúrbios 
psiquiátricos
Principais consequências
• Complicações cardiovasculares;
• Insuficiência renal; 
• Suicídio.
YAGER et al., 2000
Anorexia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Bulimia nervosa
Conceito
O termo bulimia deriva do grego:
• Bous- boi;
• Limeos- fome.
Fome intensa, suficiente para devorar um “boi”.
Sentimento de culpa e medo de engordar.
CORDÁS & SALZANO, 2011
CID 10- Classificação Internacional de Doenças, 10ª edição - OMS
DSM-5- Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - APA (Associação Americana de Psiquiatria)
Fonte: denisemoreirapsicologa.com
CID 10: F-50.0 - DSM-5: 307.51
denisemoreirapsicologa.com
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Epidemiologia
• Extremamente rara antes dos 12 anos;
• O transtorno é característico das mulheres jovens e adolescentes, 
com prevalência de 1,1% a 4,2% neste grupo.
Etiologia
• Fatores de ordem biopsicossocial
YAGER et al., 2000
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
DSM-5
• Episódios recorrentes de compulsão alimentar (excesso alimentar + perda de 
controle) → Alimentos de alto teor de gordura e calorias – 1000 a 2000Kcal por 
episódio de compulsão
• Métodos compensatórios para prevenção de ganho de peso: indução de 
vômitos, uso de laxantes, diuréticos, enemas, jejum, exercícios excessivos ...
• Frequência dos episódios compulsivos e compensatórios: em média pelo 
menos 02 vezes/semana por três meses.
• Influência indevida do peso/forma corporal sobre a auto-avaliação
DSM-5, 2014
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
DSM-5, 2014
CID-10
• Episódios recorrentes de hiperfagia (02 vezes/semana por três meses). 
Preocupação persistente com o comer e desejo irresistível de comida
• Uso de métodos compensatórios para neutralizar ingestão calórica: vômitos, 
abuso de laxantes, jejuns ou uso de drogas (anorexígenos, hormônios 
tireoidianos ou diuréticos)*
• Medo de engordar que leva a busca de um peso abaixo do limiar ótimo ou 
saudável
*diabéticas podem negligenciar o tratamento insulínico (evitando a absorção da 
glicose sanguínea.
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
DSM-5, 2014
Subtipos: Purgativa e Não Purgativa
1.Purgativa→ BN-P os indivíduos provocam a eliminação do alimento de 
diversas maneiras como vômito....
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
DSM-5, 2014
Subtipos: Purgativa e Não Purgativa
1.Não Purgativa → BN-NP os indivíduos não provocam vômito nem 
abusam de laxantes ou diuréticos → realizam jejum ou atividade física 
em demasia.
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Quadro Clínico
• Massa corporal adequada;
• Vômitos;
• Erosão do esmalte dental com aumento das cáries 
dentárias;
• Calos nas articulações dos dedos;
• Hipertrofia das glândulas parótidas;
• Manifestações clínicas: dor de garganta, esofagite, discreta;
• Hematêmese, dores abdominais e hemorragia 
subconjuntival;
• Queixas: culpa, depressão, ansiedade e digestão difícil.
SCHEBENDACH et al., 2010
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Quadro Clínico
SCHEBENDACH et al., 2010
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Diagnóstico Diferencial – Não confundir...
• ANP - Anorexia Nervosa Punitiva/Periódica
A diferença entre Bulimia e ANP:
1. Peso → Na ANP os indivíduos comem 
compulsivamente e elimina a comida, mas estão 85% 
abaixo do peso desejado ou com o IMC por volta de 
17,5 e são amenorreicas.
2. Por outro lado, na Bulimia os pacientes estão um 
pouco abaixo do peso, com peso ideal ou acima deste
DSM-5, 2014 
Bulimia nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Diagnóstico Diferencial – Não confundir...
• Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP);
• Transtorno depressivo maior, com aspectos atípicos;
• Transtorno da personalidade borderline.
DSM-5, 2014 
Fonte: abeso
Bulimia nervosa
http://www.abeso.org.br/
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
• Alterações Metabólicas: hipoglicemia, hipercolesterolemia
• Alterações Hematológicas: anemia, leucopenia
• Alterações Hidroeletrolíticas: hipocalemia, hipomagnesemia, 
hiponatremia, hipofosfatemia→ desordens cardio-respiratórias e 
síndrome da realimentação
• Alterações Gastrointestinais: constipação, distensão abdominal, 
plenitude pós-prandial, esofagite, vômitos, pancreatite aguda
Complicações clínicas na anorexia nervosa e bulimia nervosa
ASSUMPÇÃO & CABRAL, 2002
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
• Alterações Renais: azotemia pré-renal, cálculo renal, 
hematúria;
• Alterações Físicas: lanugo; pele e cabelo (finos, secos 
e sem brilho); sinal de Russel;
• Alterações Dentárias e Bucais: erosão dentária, 
hipertrofia bilateral das glândulas parótidas.
✓ Acessar Rev Bras Psiquiatr 2002; 24 (Supl III): 29-33
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-
44462002000700003
Complicações clínicas na anorexia nervosa e bulimia nervosa
ASSUMPÇÃO & CABRAL, 2002
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462002000700003
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Laguno
Complicações clínicas na anorexia nervosa e bulimia nervosa
Sinal de Russel
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Etiologia e definição
• Causa heterogênea → Inclui casos PARCIAIS de AN, BN e TCAP
Exemplo:
Indivíduo obeso que desenvolve um medo intenso de 
engordar e um comportamento exagerado de dieta, perde 
mais de 40% do seu peso, porém não atende ao critério de 
baixo peso estabelecido par a AN.
Não possui comportamentos compensatórios observado na 
BN
Transtorno alimentar não especificado (EDNOS)
DSM-5, 2014
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
Transtorno alimentar não especificado (EDNOS)
DSM-5, 2014
CID 10: F-50.9 - DSM-5: 307.5
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
Transtorno alimentar não especificado (EDNOS)
DSM-5, 2014
CID 10: F-50.9 - DSM-5: 307.5
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Transtorno de Compulsão Alimentar Periódico (TCAP)
DSM-5, 2014
Definição
• O TCAP é uma compulsão alimentar regular, que pode ocorrer 
duas vezes por semana ou mais, porém sem os 
comportamentos compensatórios típicos da BN.
• Ingerem menos alimento de forma compulsiva quando 
comparados com os indivíduos com bulimia
• Comem mais durante o dia e, provavelmente, estão acima do 
peso quando comparados com indivíduos com BN
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Critérios Diagnósticos
Transtorno de Compulsão Alimentar Periódico (TCAP)
DSM-5, 2014
CID 10: F-50.8 - DSM-5: 307.51
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Fatores
Precipitantes
Fatores
Mantenedores
Fatores
Predisponentes
Etiologia - Multifatorial
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
• Fatores Predisponentes → São aqueles que 
aumentam as possibilidades do indivíduo ter um 
transtorno alimentar.
– Tendência a Obesidade
– Eventos Adversos (Abuso sexual, perdas importantes, 
bullying)
– Genética
– Padrão familiar
– Fatores socioculturais (Padrões de beleza rígidos, culpa 
ao se alimentar)
Transtornos alimentares
Etiologia
AULA 8: TRANSTORNOSALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Etiologia - Multifatorial
Transtornos 
alimentares
Genética
Desenvolvimento 
Sexual
Socioculturais
Personalidade
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Nutrição comportamental
http://www.nutricaocomportamental.com.br/http://www.nutricaocomportamental.com.br/
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Tratamento dos Transtornos Alimentares
Equipe multiprofissional
• Médico Clínico e Psiquiatra
• Enfermeiro
• Nutricionista
• Terapeuta Ocupacional
• Psicólogo
• Assistente Social
SCAGLIUSI, 2009
Diretrizes para o 
tratamento dos transtornos 
alimentares da Associação 
Norte-americana de 
Psiquiatria e do Instituto 
Nacional para a Excelência 
Clínica dos Estado Unidos
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Necessidades Nutricionais – Anorexia e Bulimia Nervosa
Peso
• O terapia nutricional deve construir junto com o paciente o conceito
de peso saudável
• O peso é atingido naturalmente, em um processo de tentativa e erro
• Metas para ganho de peso:
• 900 a 1300g/semana para pacientes internados
• 500 a 900g/semana para pacientes em internação parcial
• 200 a 450g/semana para pacientes de ambulatório
SCAGLIUSI, 2009
Peso
• O terapia nutricional deve construir junto com o paciente o conceito
de peso saudável
• O peso é atingido naturalmente, em um processo de tentativa e erro
• Metas para ganho de peso:
• 900 a 1300g/semana para pacientes internados
• 500 a 900g/semana para pacientes em internação parcial
• 200 a 450g/semana para pacientes de ambulatório
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Peso
• Resposta individual: 
1. Atividade física
2. Uso de métodos purgativos
3. Baixo peso crônico
4. Tipo de restrição alimentar
5. Velocidade da perda de peso
6. Aceitação da dieta.
SCAGLIUSI, 2009
A recuperação do peso não 
indica recuperação total e 
forçar o ganho de peso sem 
suporte psicológico é 
desaconselhável.
Necessidades Nutricionais – Anorexia e Bulimia Nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Calorias
• Fase inicial: 30 a 40 kcal/kg/dia. Aumentar 300 a 400 Kcal a cada
24 a 48h;
• Atenção a síndrome da realimentação
• Fase de manutenção de massa corporal: 40 a 60 kcal/kg/dia.
SCAGLIUSI, 2009
Necessidades Nutricionais – Anorexia e Bulimia Nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
SCAGLIUSI, 2009
Macronutrientes
• Proteína: 15 a 20% do VET;
• Carboidratos: 50 a 55% do 
VET;
• Lipídios: 25 a 30% do VET.
Micronutrientes
• 100% da IDR de suplementos 
vitamínicos e minerais.
*VET- valor energético total, IDR- ingestão dietética recomendada
Necessidades Nutricionais – Anorexia e Bulimia Nervosa
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Ross et al, 2016
Sintomas gastrintestinais são comuns nos primeiro dias de 
terapia nutricional. Estes são causados pela lentidão do 
esvaziamento gástrico e de provável doença de refluxo 
causada pelas constantes purgações:
• Náuseas
• Azia
• Dor abdominal
• Gases
• Constipação
Transtornos relacionados ao início da dieta
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Ross et al, 2016
1. Número de refeições no início deve ser de três refeições 
ao dia
2. Com ingestão de porções normais
3. Expandir o repertório de alimentos lentamente (Evitando 
alimentos dietéticos ou sem gordura – com exceção de 
pacientes com TCAP e BN que estão acima do peso)
4. Incentivar o consumo de frutas e verduras
Papel da(o) Nutricionista nos Transtornos 
Alimentares
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Ross et al, 2016
5. O vegetarianismo desenvolvido após o início da dieta é 
comum em AN e BN e deve ser desestimulado. Avaliando 
estes alimentos, sempre são os que possuem pouca caloria
6. Geralmente, em paciente com TCAP e BN, recomenda-se 
uma ingestão de 2000Kcal/dia com o objetivo de manter o 
peso
Papel da(o) Nutricionista nos Transtornos 
Alimentares
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Ross et al, 2016
7. Já na AN, recomenda-se uma ingestão de 2000Kcal/dia 
mais a inclusão de suplementos líquidos, nos intervalos. 
Totalizando um adicional de 1000 a 1500Kcal/dia e uma 
dieta de 3000 a 3500Kcal ao dia.
8. Cuidado com a Síndrome da Realimentação em pacientes 
com restrição alimentar por longos períodos e com IMC 
menor que 14,5kg/m2
Papel da(o) Nutricionista nos Transtornos 
Alimentares
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Ross et al, 2016
9. A aferição compulsiva do peso deve ser desestimulada. 
Pesar apenas uma vez a cada semana e com a presença 
da(o) Nutricionista ou terapeuta.
10. Encorajar o uso do Diário Alimentar → Comprovou ser 
uma ferramenta eficaz para a mudança comportamental.
Papel da(o) Nutricionista nos Transtornos 
Alimentares
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
ELEMENTOS PARA QUEM TRATA 
TRANSTORNOS ALIMENTARES 
• Habilidade não inerentes à formação:
– Conhecimento de psicologia e psiquiatria
– Conhecimento de TCC: Terapia Cognitivo
Comportamental
• Capacidade em criar vínculo atuando de forma
empática, colaborativa e flexível
Rev. Psiq. Clin. 31(4); 173-176, 2004 
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Diário alimentar 
ALVARENGA et al., 2004
Data Hora O que comeu e 
quanto?
Compulsivo? Purgação? Fome (0-10)? Satisfação? Duração? Onde/ com 
quem?
Sentimento?
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Terapia nutricional - anorexia nervosa e bulimia nervosa
Enteral
• Via de acesso: usualmente por sonda nasoenteral;
• Escolha da dieta: polimérica, isotônica, hipolipidica e isenta de fibras;
• Técnica de infusão: contínua por bomba ou cíclica noturna;
• Velocidade de infusão: iniciar a 20 mL/h e progredir para 40 mL/h até 
atingir o GET.
SCHEBENDACH et al., 2010
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Terapia nutricional - anorexia nervosa e bulimia nervosa
SCHEBENDACH et al., 2010
Parenteral
• Indicação: pacientes resistentes ao tratamento usual;
• Velocidade de infusão: Iniciar a 25 mL/h;
Checar exames laboratoriais
Progredir conforme tolerância
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
HEMOGRAMA FERRO SÉRICO E FERRITINA
LIPIDOGRAMA VITAMINAS: A, C, B9, B12
GLICEMIA TSH
ALBUMINA E PTNS TOTAIS URÉIA E CREATININA
ELETRÓLITOS FUNÇÃO HEPÁTICA
ZINCO ELETROCARDIOGRAMA
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Tratamento farmacológico
Appolinario JC & Bacaltchuk J, 2002
AN- Anorexia Nervosa, BN- Bulimia Nervosa, ISRS- Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina, ECR- Ensaio Clínico Randomizado
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Tratamento farmacológico
Appolinario JC & Bacaltchuk J, 2002
AN- Anorexia Nervosa, BN- Bulimia Nervosa, ISRS- Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina, ECR- Ensaio Clínico Randomizado
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
Curso e Evolução
CURSO/EVOLUÇÃO BULIMIA ANOREXIA
BOA RECUPERÇÃO 60% 30-40%
EVOLUÇÃO MEDIANA 30% 30-40%
CURSO RUIM 10% 20-40%
ANOREXIA NERVOSA: O índice de mortalidade por complicações
decorrentes da doença ou suicídio pode chegar a 20%.
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
• O cuidado nutricional é componente fundamental do tratamento;
• O terapeuta nutricional deve:
• Ser flexível;
• Ter amplo conhecimento da ciência da nutrição;
• Ser experiente em transtornos alimentares;
• Trabalhar de modo colaborativo e não somentecontrolador;
• Ser paciente, cuidadoso, com atitude de não julgamento;
• Ser otimista e esperançoso com relação à recuperação do paciente.
Considerações finais
AULA 8: TRANSTORNOS ALIMENTARES
Fisiopatologia da nutrição e dietoterapia I
ALVARENGA, M. Nutrição Comportamental. São Paulo: Editora Manole, 2015. Cap.: 16 (págs.: 381-
412).
APPOLINARIO, J. C.; BACALTCHUK, J. Tratamento Farmacológico dos Transtornos Alimentares. Rev.
Bras. Psiquiatr. 2002; 24 (Supl III): 54-9.
ASSUNÇÃO, C. L.; CABRAL, M. D. Complicações Clínicas da Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa. Rev.
Bras. Psiquiatr. 2002; 24 (Supl III): 29-33.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. 3. ed. São Paulo: Editora Manole, 2009. Cap.: 18 (págs.: 455-
470).
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5. ed. DSM-5, 2014.
WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. Rio de Janeiro: Editora
Atheneu, 2009.
YAGER J.; ANDERSEN, A.; DEVLIN, M.; EGGER, H.; HERZOG, D.; MITCHELL, J. et al. Pratice guideline
for the treatment of patients with eating disorders, 2000.
Bibliografia complementar

Continue navegando